Leitura e Escrita: dois processos envolvidos.

                                               Simone Eufrausino Lima[1]

                                 Maria da Doris Moreira de Araujo[2] 

Resumo:

Esse trabalho consiste na observação dos processos que envolver a leitura e a escrita como atividades que organizam o conhecimento, o aprendizado, que envolve estudo e que visar caracterizar a apropriação dessas atividades de maneira que elas sejam postas como método de reflexão critica e interpretativa. Este artigo procura expor as semelhanças que existe no objetivo de reflexão e interpretação sobre os processos da leitura e da escrita e mostrar a importância de sabermos produzir texto e de como discuti-lo através dos ensinamentos dados pela a escola, tirando o que há de mais importante no conhecimento destas habilidades.

Palavras-chave: Leitura. Escrita. Processos. Habilidades. Atividades.

Introdução:

Escrever e ler nem sempre é uma tarefa tão fácil, nem para quem pretende aprender, nem para quem vai ensinar. É preciso entender que a escrita e a leitura se desenvolve em suas unidades, mas também são atividades envolvidas no que desrespeita as suas habilidades e disposições. O principio é entender, compreender, pois para saber ler e escrever é necessário ter o domínio de algumas competências fundamentais para o desenvolvimento.

            A leitura e a escrita são papel de grande importância na formação de alunos, para que eles não venham a se tornar meros decodificadores de textos, e nem se tornem repetidores de seus professores. Na leitura, a compreensão do que esta sendo lido é essencial, para que leitores se tornem critico pensador para que entre no mundo de uma maneira que possam refletir e não serem transmissores de ideias já formadas. E na escrita é necessário haver habilidades para a melhoria do escritor, como também para outras competências que aprendemos através da mesma.

A atividade de ler e escrever requer um processo de desenvolvimento, de adaptação de aperfeiçoamento e principalmente de domínio, de pratica. Leitura e escrita se complementam, no sentido de deixar de serem atividades ocasionais e se tornarem comum no dia-a-dia.

A pesquisa é fundamentada na visão de alguns teóricos, como Saraiva (2001), Pausas (2004), dentre outros que discutem os processos de leitura e escrita.

Materiais e métodos

Tendo como base Livros e textos de estudos relacionados aos processos de envolvimento da leitura e da escrita, revelando o quanto uma reflete na outra para o desenvolvimento de ambas e ao mesmo tempo mostrar a importância para o relacionamento social e cultural da existência humana.

            Dessa forma, a leitura e a escrita permitem mais além do conhecimento, permitem a interação no meio e na sociedade em geral.

O ser humano é condicionado deste de cedo a não pensar e assim, se torna dependente. Com este comportamento surgi à dificuldade de estabelecer ações na leitura e na escrita se restringindo ao cotidiano.

“O pretenso leitor assume o papel de decodificador e de eventual interprete, sem almejar o desenvolvimento de atitudes crítico-reflexivas, e limita suas experiências com textos literários ás exigido pela a escola, enquanto se restringe, na vida cotidiana, á leitura de jornais e revistas”. (Saraiva, 2001, p. 23).

            A autora trata do relacionamento e da limitação que é posta quando assunto em questão é a leitura, o quanto é comum observar a presença da limitação em fazer leitura, sem que seja por uma obrigação. Quando lemos nos limitamos apenas em textos diretos, sem a busca de compreender e ir a fundo ao seu sentido.

A leitura e a escrita são consideradas processo que exige a participação ativa de indivíduos para propiciar neles uma atitude de leitor critica interpretativo e responsável pela objetividade do que esta lendo e, consequentemente um leitor se tornara um bom escritor que se propicia de situações que enriquecem a sua educação e formação.

Por serem atividades complexas são essencialmente necessárias para o acesso dos saberes organizadores de uma cultura, são atividades que mostram a importância da linguagem escrita e oral nas instituições escolares. O conhecimento que cada um traz desde cedo para convivência no meio, através das competências, são instrumento essencial para o desenvolvimento de um individuo, pois, podem ser transmitida como meio de comunicação e ter a compreensão como resposta.

Esses processos estão inseridos na vida humana, desde, o primeiro momento que uma pessoa ingressa na educação, como atividade que complementam e estimulam para o ato dessas duas aprendizagens, leitura e escrita.Como atividades, exigem um processo de elaboração de hipóteses, planejamento, abordagem educativas e finalidade que venham a ser um processo de sentido social e interativo, que se originem num meio social e cultural.

O modelo construtivista considera a leitura e a escrita como processos relacionados, por isso, que em momentos educativos, precisam ser abordados de maneira que haja significado. Conforme Pausas (2004, p.18).

Essas considerações nos distanciam de visões mais formalistas que consideram que a leitura e a escrita consistem no domínio de um conjunto de símbolos que deve sempre ser dividido em unidades menores para facilitar a aprendizagem, as quais é preciso conhecer e dominar antes de poder utilizar os referidos símbolos para se comunicar ou interpretar o meio ao redor.

Diferentemente do formalismo, o ensino de leitura e escrita dividem o mesmo espaço, pois, uma completa a outra, para o domínio de ambas se faz necessário que haja uma ligação entre as duas, o ensino da leitura é que desenvolve um bom leitor e consequentemente um escritor. Nesta percepção, esses elementos do discurso oral ou escrito eram estudados numa maneira retórica. E a realização do processo de envolvimento, traz a compreensão e a habilidade dessas atividades de uma maneira que elas venham a aparecer de forma indispensável na educação.

Analises e discussões

A leitura abrange duas etapas, a decodificação e a compreensão. Às vezes, a leitura é vista como uma atividade mecânica, que concorda com tudo que está inserido, esquecendo que as ideias propostas, podem está errada, pois qualquer individuo está sujeito ao erro, então uma leitura decodificada é uma leitura sem sentido, pois dessa leitura não foi retirada nenhuma opinião ou critica que mostrasse algum resultado positivo. A compreensão da leitura que venha aparecer com resultado, é preciso que o leitor tenha um conhecimento prévio do assunto para queatravés desse conhecimento possa haver uma interpretação e reflexão. Segundo Saraiva,(2001, p.23):

A preparação do eleitor efetivo passa pela adoção de um comportamento em que a leitura deixe de ser atividade ocasional para integrar-se à vida do sujeito como necessidade imperiosa, de que decorrem prazer e conhecimento. Consequentemente cabe a escola mais do que alfabetizar e possibilitar a seus alunos o domínio de um código e, através desse, a convivência com a tradição literária: dela se espera a formação do leitor.

Desta maneira, a autora, manifesta sua opinião em relação ao papel das escolas em integrar seus alunos no mundo da leitura, estabelecendo que a um distanciamento na ação dos profissionais em relação ao comportamento desejado nos alunos. Sem desenvolver atitudes de leitor, assumem papel de decodificador, pois, limitam-se apenas muitas vezes nos textos propostos pelo o professor.

Vista como “atividade essencial a qualquer área do conhecimento” (Silva, 1987, p.43), a leitura se envolve com o sucesso, não apenas na formação, mas também na vida social e econômica, pois tem a capacidade de promover as pessoas e possibilitar, que cresçam em variados pontos, tanto pessoalmente como intelectualmente. Sendo assim, o domínio da leitura pode ser visto numa maneira para o enriquecimento cultural e para o crescimento diante do mundo.

A base do aprendizado da leitura é a escola e o professor, então, cabe a eles inserir nos alunos, à vontade e o anseio de ter a leitura em suas vidas. Pois, não é apenas em alguns momentos propostos pela escola, alguns tipos de leitura, sem um propósito maior, que os alunos irão desenvolver essa capacidade.

A escola se torna um ponto de referencia, positivo ou negativo na vida dos alunos, porque, cabe a ela tornar os estudantes leitores, capazes, críticos, pesquisadores e acima de tudo, leitores que procurem respostas em vários tipos de textos, para que venham a ter um completo entendimento e compreensão. Ensinar a ler é ensinar a compreender também.

            Atualmente, os questionamentos sobre leitura são vistos frequentemente, e, principalmente voltado para compreensão do que é ler e escrever, de entender e analisar os diversos modos de leitura.

Ler é uma forma de compreender e entender. É achar respostas para as perguntas de uma determinada discussão ou questão. E para escrever, é preciso o conhecimento sobre o assunto para que haja entendimento tanto do escritor como do leitor, a leitura e a escrita são experiências que vivenciamos perante muitas situações, não só na tentativa de compreender essas habilidades tão envolvidas, como também no que se refere ao conhecimento de mundo.

Segundo KRAMER (2000. p1), “O leitor leva rastros do vivido, no momento da leitura para depois ou para fora do momento imediato isso torna a leitura uma experiência”. Assim, como as experiências vividas no sentido de mundo, que tiramos vantagens para a vida, também podemos tirar experiência de dentro da leitura.

Ao ler, podemos ter vários momentos, que podem ser colocados em ações que se caracterize com o tempo, no entanto, valores dados as tais atividades como a leitura e a escrita, é preciso diante da importância para a sociedade.

Durante muito tempo, a aprendizagem era realizada através da transmissão oral, não existiam livros, nem escolas, e, era através das formas possíveis de comunicação oral que transmitiam valores e regras sociais. Em seguida surgiu à escrita que mudou a relação entre os indivíduos sociais, conforme SANTO (2000, p.5):

O sujeito pode projetar a sua visão do mundo, sua cultura, seus sentimentos e vivencias, no papel. [...] O saber que era condicionado pela subjetividade se tornou objetivo e possível de se distanciar, a experiência pode ser partilhada sem que o autor e leitor necessariamente participassem do mesmo contexto.

A escrita pode ser desenvolvida em seu processo único, basta o escritor pôr suas ideias de acordo com sua língua, é uma forma de expressar sentimentos e ideias, mas, escrever não é uma tarefa fácil, requer pratica, treino e objetividade. Pois, na sociedade que vivemos hoje não se aceita mais dizer tudo escrevendo, porque é o ato da fala, que coloca a escrita em segundo lugar.

Escrever é a capacidade de desenvolvimento de outra aprendizagem, pois através da escrita podemos identificar outras fases que possam ser de total importância na vivência de outros indivíduos, de acordo com JÚLIO DANTAS: “Escrever é um desporto único de alta competição: pratica-se ao longo da vida, exige um treino intensivo diário, e tem a grande vantagem de ser arbitrado pelo público”.

Porém, para que haja um bom desempenho na escrita, se faz necessário treinamento, que pode vir, auxiliado com a leitura, pois, quem tem o habito de está lendo frequentemente tem mais condições de escrever melhor, por as ideias em sequencia mais lógicas e de tornar um texto mais compreensivo de acordo com seu conteúdo.

Nos dias de hoje, é possível perceber o interesse, as dificuldades, as exigências que levam a escolha da profissão de professor. E partindo, desse ponto de discussão que é importante, observar o quanto a leitura e a escrita são um dos principais desafios nas escolas, segundo PAUSAS, (2004, p.18):

Entendemos a aprendizagem da leitura e da escrita como um processo interativo, em que se considera o com papel ativo do menino e da meninacom capacidade de refletir e buscar o significado das ideias e do pensamento.Assim, pois no modelo de aprendizagem que apresentamos, salienta-se a capacidade e a necessidade dos alunos de pensar sobre o que leem e escrevem, e o trabalho dos professores é lhes facilitar a compreensão da realidade mediante a educação do pensamento

Os professores que ensinam língua Portuguesa colocam o ensino como mediação entre o meio social e a escola no sentido de possibilitar o desenvolvimento da reflexão adquirida através da construção de sentido que o aluno adquiriu, sabendo construir sua própria opinião em relação ao mundo. E é através dessa reflexão que o aluno tem que se apegar para que não se torne um repetidor de aprendizado, de acordo com MONEREO (1994 s/p):

Apesar do papel importante do (a) professor(a) como mediador(a), não devemos esquecer que nosso objetivo final é conseguir transferência de controle, de modo que o aluno, ao final do processo, possa construir de forma autônoma as aprendizagens.

            Os professores são mediadores. Eles mostram os métodos, resultados e ações, que exige uma reflexão do aluno perante o que estão lendo e escrevendo. Cabe aos alunos construir sua opinião em cima do seu aprendizado para que, eles venham a desenvolver melhor suas construções nas atividades que lhes são atribuídas como a leitura e a escrita.

A leitura e a escrita são de essencial importância na vida dos alunos, pois e através delas poderão construir seu espaço critico e reflexivo, mas em algumas instituições esse papel é raro, a não ser para os alunos fazerem suas avaliações, o aluno quando ler bem, ele consegue compreender melhor, se tornar um leitor e escritor, capaz de interpretar e entender questões que sejam favoráveis a sua formação.

            A escola deve preparar seus alunos para refletir, mas as instituições se prendem muito em envolver seus alunos apenas com seu próprio meio, que é para obter resultados propostos por projetos, que visam apenas ter o aluno como distribuidor de matérias armazenadas e não pensador, que venha discutir suas próprias opiniões e decisões sobre determinados assuntos.

Consequentimente, percebemos na formação dos alunos as lacunas, as quais deixam a desejar  nas habilidades principais: ler e escrever, como também em outras importantes para a formação.

Considerações finais

                 Diante dessa discussão sobre leitura e escrita podemos perceber o quando elas se partilham, são envolvidas em várias áreas e meio. Foi possível perceber que estas atividades leitura e escrita são de grande importância para o meio social, escolar e principalmente são capazes de nos envolver no mundo em todos os aspectos, pois são extremamente questionadas, no que se refere à forma como são vistas.

                 São atividades que mostram o quando o profissional da educação tem que ser minucioso e atento no ensinamento dessas habilidades, para que ele consiga obter o resultado desejado nos alunos. Enfim, são atividades envolvidas que servem para expandir conhecimento, interpretação, comunicação, fluência de ideiaspara melhorara escrita e a leitura.

                        Assim, o processo de conhecimento dessas atividades, mais que tudo se remetem ao conhecimento de compreender o mundo. 

Referências bibliográficas

Monereo, C.”Elaborações de projetos baseados na diversidade escolar”, 1994.

Pausas, AscenDíez de Ulzurum, Ed.Artemed,2004.

Saraiva,Juracy AssmannEd. Artemed, 2001.

Kramer, Sônia, Presença Pedagógica, 2000.



[1] Acadêmica do 6° período do Curso de Letras da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.

[2]Orientadora do trabalho referente à 3AP, da disciplina Metodologia do Ensino de língua Portuguesa.