Acariciando com olhar a face de um antigo companheiro reencontro a fenda que me leva além do tempo e penetro reminiscências...

Aventuras rabiscadas na memória ainda tenho, na orelha velhas notas,como brincos de esmeraldas, atiçaram a curiosidade com a beleza de vozes estrangeiras .

Bem ao meio sublinhadas, palavras e sentenças inteiras guiam-me ao conhecimento.

Descobri através do Livro-amigo, que o melhor momento está no intervalo, entre a palavra e silêncio.

Àqueles que jamais toquei, embora as almas suas em mim habitam, pessoas de carne e ossos como nós, escreveram para que não esqueçamos o calor de suas vozes, o clamor de seus espíritos que Como chamas ardentes queimam as dores produzidas pela ignorância e solidão dos aflitos.

Seja em versos, literatura de ficção, nas letras da filosofia ou das ciências exatas às artes, os fonemas penetram na raiz do tempo, temperando a seiva do que há por se produzir.

Se a imaginação nos é própria, que a cultivemos amplamente e, através dos Livros, filhos desgarrados, possamos inscrevemo-nos nas histórias, traspassar e transcender dolorosas memórias.

Com estas singelas palavras desejo manifestar meu apreço a todos Escritores e também aos Editores, neste dia 22 de abril em que comemoramos o Dia Internacional do Livro.

virgínia fulber -