Leis Universais do Microcosmo Humano
Publicado em 20 de julho de 2009 por mirna albuquerque
O que é a filosofia?Amor à vida ou a busca da Verdade? Ou ambas, pois
uma sem a outra, não seria possível , vez que se interconectam?
Há formas simples, ao alcance de todos, e não só dos estudiosos, para
que possamos tentar entendermos a nós mesmos e vivermos uma vida
'feliz'? ...Mesmo nãp havendo 'regras' específicas, há, sim , maneiras
que, usando-as, exercitando-as, vivendo-as, essas poderão ser a ponte
que nos ligará à felicidade. A 'buca da felicidade' é um direito
inalienável do Ser humano.
Desde o Princípio, a felicidade tem sido sempre o objetivo do homem, mesmo que seu desenvolvimento mental ainda não o permitisse. Consistia provavelmente na busca de satisfazer suas necessidades de sobrevivência.
Com o perpassar inexorável do tempo, séculos e milênios modificaram, concomitante às transformações antropológicas, a utilização do cérebro e ao subseqüente desenvolvimento e aprimoramento do homem, essas necessidades que passaram por uma metamorfose paulatina de adaptação.
O homem compreendeu que satisfazer à premência de sobreviver não mais lhe bastava. Passou a pensar, a sentir, a questionar, a sensibilizar-se e, finalmente, a indagar-se sobre o que lhe ocorria e não compreendia a razão.
Muito já foi escrito a respeito. Teria que escrever um livro para enumerar todos os pensadores que se debruçaram a discorrer sobre o que consiste a felicidade e como obtê-la.
É ela de tal importância que se encontra inserta no preâmbulo da maioria das constituições escritas após a Revolução Francesa. A "busca da felicidade" (the pursuit of happiness...) é considerado como um direito fundamental e inalienável dos cidadãos desses países.
Mas o que é a felicidade? Depende ela de fatores endógenos ou exógenos? Está ao nosso alcance direto ou pode ser obtida sem esforço pessoal qualquer que seja? É um estado de espírito ou um bem-estar meramente físico - ou intrinsecamente um existe no outro ou mesmo, pode uma existir sem que a outra esteja presente?
Sob outro ângulo, é possível alguém sentir-se feliz estando só ou necessita de outro alguém para que a felicidade se faça presente? Ou mesmo... se esse alguém não é feliz só - pode ele fazer outrem feliz?
As respostas às indagações todas acima dariam, no mínimo, extensos capítulos - como o Rocambole, de Ponson de Terrail. E isso pelo motivo de que as respostas dependeriam de quantas fossem as pessoas que se pusessem a questionar a si mesmas sobre este único tema caleidoscópico.
Cada ser é um universo em si mesmo e este fato, por si só, é a origem da diversidade de necessidades pessoais para que cada um se considere feliz.
Escrevi: "que se considere feliz" propositalmente, pois é fundamental "saber-se feliz". Não há possibilidade de "ser-se feliz" sem a consciência de sê-lo.
Os 'estágios' de felicidade passam por todas as necessidades espirituais e físicas de um ser. E tanto é difícil a elas todas preencher, que é comum o entendimento de que "felicidade completa não existe neste mundo".
Fixemo-nos, todavia, na felicidade que podemos obter enquanto estamos nesta dimensão. Até onde, na estrada da vida, poderemos nos considerar felizes, conscientemente felizes? Como deveremos agir para que assim nos sintamos? Estão ao nosso alcance os meios para sermos felizes?
Por outro lado, ressalte-se: todas as criaturas, indistintamente, para atingirem - ou mesmo tentar atingir este objetivo, deverim desfrutar, em princípio, o bem da saúde.
Mas, então, alguém pode ainda indagar: "e as pessoas doentes fisicamente falando, jamais poderiam ser felizes?". Minha resposta simples - porém não simplista - é uma só: "dependerá de seus espíritos - do grau de desenvolvimento de suas almas, por isso escrevi acima:"em princípio". Minha resposta não poderia ser absoluta.
Todavia com saúde ou não, o auto conhecimento é fundamental para todos nós - ou jamais poderemos vir a alçar vôo como os pássaros em direção ao horizonte infindo das possibilidades humanas.
Com o auto-conhecimento, tudo poderemos, pois, sendo cônscios de que somos parte do mecanismo universal, seremos capazes de acionar suas engrenagens para que se movimentem a nosso favor.
Judeus, sumérios, assírios, caldeus, egípcios - os povos da antiguidade todos (de acordo com seus costumes), iniciaram suas indagações não só frente ao desconhecido universo que os envolvia, como ao microcosmo representativo de cada um de seus membros.
Consideram os historiadores, todavia, a Grécia como o berço das idéias que se projetaram luminosamente sobre o mundo, tirando-o da escuridão que o encobria.
Bem antes de O Segredo - tão lido e comentado hoje em dia como uma 'novidade', Guerdjef, pensador russo, no início do século passado já falava em auto-conhecimento.
Dizia ele: "Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento, e se soubermos distinguir o acessório do principal".
Seguindo essa linha de pensamento, escreveu Guerdjef vinte regras de vida.
Afirmam os entendidos em comportamento que, se formos capazes de seguir apenas a metade delas, poderemos também ser capazes de viver em harmonia com nossa essência.
Ao leitor menos avisado, podem parecer comezinhas essas indicações, mas asseguro-lhes que são eficazes. Se buscam a felicidade, leiam-nas e sigam-nas. Transcrevo-as a seguir, consoante minha interpretação.
1- Faze uma pausa de 10 minutos a cada 2 horas de trabalho, no máximo. Repete estas pausas durante o dia, enquanto acordado. Pensa em ti e analisa profunda e sinceramente tudo o que fizeste e como o fizeste durante teu dia.
2- Aprende a dizer "não" sem que te sintas culpado ou mesmo sem achares que magoaste a pessoa a quem disseste "não". Se pretenderes agradar a todos, desgastar-te-ás tremendamente. Poupa-te sempre que possível. Auxilia, sim, quem de ti necessitar, mas antes, cuida de ti. Só poderás ser útil aos demais se tu te encontrares bem.
3- Planeja sempre teu dia, mas não sejas inflexível. Deixa espaço para o imprevisível, pois bem sabes que não és o senhor do destino - muito mesmo do tempo. Muitas coisas acontecem sem que possuas qualquer domínio sobre as mesmas.
4 - Concentra-te em apenas fazer uma tarefa de cada vez. Por mais inteligente que sejas, teu cérebro se poderá cansar e assim, não aproveitarás tua capacidade mental ao máximo. (Na verdade, pouquíssimos são os que utilizam o seu cérebro na íntegra - daí os gênios. E esses, tem a consciência de que poderiam ainda, ir mais adiante...)
5 - Não penses que és insubstituível no seio de tua família, no teu trabalho ou no meio social ao qual pertences. Quando partires, podes estar certo de que todos continuarão a viver sem ti. Tudo continuará a existir quando estiveres em outra dimensão. Sentirão saudades de ti na mesma proporção que te queriam bem, mas suas vidas seguirão seu inexorável já traçado caminho.
Fundamenta é ressalvar: se tiveres tido a graça extremamente improvável de haver encontrado tua alma gêmea, o corpo da criatura que à mesma anima, poderá sofrer tanto, que ela sim, pela perda irreparável, será passível de ter sua vida física abreviada e até terminada.
6 - Não te consideres responsável pela alegria e felicidade (ou tristeza) dos demais. Nascemos sós e sós partiremos. Portanto, sê solidário para com teus semelhantes, mas não te esqueças que tu - e somente tu és o responsável por ti - ninguém mais. E esta responsabilidade é a mesma para cada uma das pessoas que vieram ter à Terra.
7 - Pede ajuda sempre que não te julgares capaz de algo, mas pede-a às pessoas que possam e queiram realmente ajudar-te.
8 - Aprende a distinguir os problemas reais daqueles que tua mente cria e elimina estes últimos. O interstício que aqui ficamos é pequeno por demais frente à eternidade para que percamos um átimo de segundo que seja dele com o inexistente ou mesmo com situações que acabarão por solucionar-se de per si.
9 - Referentemente às coisas simples da vida: ver, ouvir, andar, comer, dormir, tomar banho... aprende a apreciá-las e a sentir prazer ao fazê-las... vê as cores todas, saboreia uma comida gostosa, ouve com a alma a música que te agrada... sem jamais deixares de buscar outras coisas... a vida tem muito a oferecer àquela criatura que sabe buscar os seus sonhos - mesmo que possam parecer impossíveis de serem atingidos...
10 - Ajuda sim, teus semelhantes, mas não sejas como a esponja a absorver seus problemas, principalmente quando os mesmos possam vir a passar-te ansiedade ou tensão. Essas são pessoais e intransferíveis e dizem respeito a quem as causou ou a quem permitiu que outrem as causasse.
11 - Tua família faz parte de teu mundo - é teu mais importante referencial - mas tu és uno, com tua identidade. Tua família - cada um de seus membros - possui sua própria identidade, seu universo. Fazem parte de um Sistema, mas são, sem dúvidas quaisquer que sejam, planetas independentes, mesmo que gravitem como satélites à tua volta.
12 - Não te restrinjas a convicções e Princípios já estabelecidos. Aceita mudanças, envolve, evolui, abre os portões de tua alma e cérebro para ouvir o novo. Se, após estudares o que te foi apresentado, estiveres de acordo, incorpora-o ao teu SER. Busca sempre o que existe à tua volta. Mudar de opinião é sinal de inteligência e não inconsistência de um bom caráter.
13 - Tem sempre um amigo especial - alguém em quem possas confiar e falar abertamente sobre o que te aflige. Não pagues a ninguém para ouvir-te. Não busques psicólogos. A maioria desses profissionais não consegue resolver nem mesmo seus próprios dilemas, como ajudar-te-iam a resolver os teus? Ninguém te conhece melhor do que tu mesmo.
Ressalto que se teu problema for de ordem física, se carecer teu cérebro de elementos como a serotonina, por exemplo e, mesmo com exercícios e meditação não conseguires sua natural reposição, procura, dessarte, a ajuda de um bom psiquiatra. Este poderá ajudar-te, pois está apto a prescrever-te um remédio para que te mantenhas feliz e mentalmente saudável.
14 - Fica atento ao feeling que te conduzirá para que te retires do centro das atenções. Muitas das vezes, nossa presença será mais sentida quando estivermos ausentes. Por paradoxal que possa soar esta afirmação aos teus ouvidos, podes estar certo de que, quando tuas palavras tiverem sito proferidas anteriormente com sabedoria, elas - e tu- serão lembrados, mesmo quando não te encontrares fisicamente junto às pessoas das quais te afastaste. Tudo vai depender de ti.
15 - Não te importes com o que disserem de ti. A humanidade é geralmente pequena e mesquinha. Se falarem mal, defende-te da maneira que achares melhor e depois, ignora. Há criaturas amorais - nem mesmo merecem resposta. Por outro lado, não creias em bajuladores. Geralmente são pessoas de mau caráter que apenas tentam aproveitar-se de situações. Sê, pois, o fiel da balança. In medio virtus (no meio a virtude), já diziam na antiga Roma... Assim, sopesa com discernimento tudo o que ouvires e somente então decide.
16 - O mundo moderno é de competição no lazer, no trabalho e até mesmo na vida a dois... etc... Tenta dar sempre o melhor de ti, mas não sejas um 'atleta' no teu dia-a-dia... se o fores poderás esgotar-te e perder, por via de conseqüência, o que de melhor a vida tem a oferecer-te.
17 - Jamais deixes que tua mente e coração se endureçam."A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe a firmeza, o que é muito diferente".
18 - Uma hora de imenso prazer substitui, sem dúvida qualquer que seja, três horas de sono 'perdido'. O prazer - seja ele qual for, recompõe mais que o sono. Logo, não percas uma só oportunidade saudável de divertir-te fazendo o que melhor te aprouver: (entra aí o que se podemos considerar analogicamente como 'mais valia'. Escolhe, portanto, entre "isso ou aquilo", tão bem exposto por Cecília Meirelles.
19 - Fica sempre atento para que não abandones tuas três grandes e inabaláveis amigas: a Intuição, a ingenuidade e, acima e além, a Fé.
20 - Finalmente, faze o possível para compreender definitivamente: tu és o único que podes fazer de ti mesmo o que tu quiseres ser. Tens em ti a infinita possibilidade e a complexa, mas real probabilidade de te transformares no ser que gostarias de poder reconhecer como sendo tu, frente ao espelho.
Mirna Cavalcanti de Albuquerque Pinto da Cunha
Desde o Princípio, a felicidade tem sido sempre o objetivo do homem, mesmo que seu desenvolvimento mental ainda não o permitisse. Consistia provavelmente na busca de satisfazer suas necessidades de sobrevivência.
Com o perpassar inexorável do tempo, séculos e milênios modificaram, concomitante às transformações antropológicas, a utilização do cérebro e ao subseqüente desenvolvimento e aprimoramento do homem, essas necessidades que passaram por uma metamorfose paulatina de adaptação.
O homem compreendeu que satisfazer à premência de sobreviver não mais lhe bastava. Passou a pensar, a sentir, a questionar, a sensibilizar-se e, finalmente, a indagar-se sobre o que lhe ocorria e não compreendia a razão.
Muito já foi escrito a respeito. Teria que escrever um livro para enumerar todos os pensadores que se debruçaram a discorrer sobre o que consiste a felicidade e como obtê-la.
É ela de tal importância que se encontra inserta no preâmbulo da maioria das constituições escritas após a Revolução Francesa. A "busca da felicidade" (the pursuit of happiness...) é considerado como um direito fundamental e inalienável dos cidadãos desses países.
Mas o que é a felicidade? Depende ela de fatores endógenos ou exógenos? Está ao nosso alcance direto ou pode ser obtida sem esforço pessoal qualquer que seja? É um estado de espírito ou um bem-estar meramente físico - ou intrinsecamente um existe no outro ou mesmo, pode uma existir sem que a outra esteja presente?
Sob outro ângulo, é possível alguém sentir-se feliz estando só ou necessita de outro alguém para que a felicidade se faça presente? Ou mesmo... se esse alguém não é feliz só - pode ele fazer outrem feliz?
As respostas às indagações todas acima dariam, no mínimo, extensos capítulos - como o Rocambole, de Ponson de Terrail. E isso pelo motivo de que as respostas dependeriam de quantas fossem as pessoas que se pusessem a questionar a si mesmas sobre este único tema caleidoscópico.
Cada ser é um universo em si mesmo e este fato, por si só, é a origem da diversidade de necessidades pessoais para que cada um se considere feliz.
Escrevi: "que se considere feliz" propositalmente, pois é fundamental "saber-se feliz". Não há possibilidade de "ser-se feliz" sem a consciência de sê-lo.
Os 'estágios' de felicidade passam por todas as necessidades espirituais e físicas de um ser. E tanto é difícil a elas todas preencher, que é comum o entendimento de que "felicidade completa não existe neste mundo".
Fixemo-nos, todavia, na felicidade que podemos obter enquanto estamos nesta dimensão. Até onde, na estrada da vida, poderemos nos considerar felizes, conscientemente felizes? Como deveremos agir para que assim nos sintamos? Estão ao nosso alcance os meios para sermos felizes?
Por outro lado, ressalte-se: todas as criaturas, indistintamente, para atingirem - ou mesmo tentar atingir este objetivo, deverim desfrutar, em princípio, o bem da saúde.
Mas, então, alguém pode ainda indagar: "e as pessoas doentes fisicamente falando, jamais poderiam ser felizes?". Minha resposta simples - porém não simplista - é uma só: "dependerá de seus espíritos - do grau de desenvolvimento de suas almas, por isso escrevi acima:"em princípio". Minha resposta não poderia ser absoluta.
Todavia com saúde ou não, o auto conhecimento é fundamental para todos nós - ou jamais poderemos vir a alçar vôo como os pássaros em direção ao horizonte infindo das possibilidades humanas.
Com o auto-conhecimento, tudo poderemos, pois, sendo cônscios de que somos parte do mecanismo universal, seremos capazes de acionar suas engrenagens para que se movimentem a nosso favor.
Judeus, sumérios, assírios, caldeus, egípcios - os povos da antiguidade todos (de acordo com seus costumes), iniciaram suas indagações não só frente ao desconhecido universo que os envolvia, como ao microcosmo representativo de cada um de seus membros.
Consideram os historiadores, todavia, a Grécia como o berço das idéias que se projetaram luminosamente sobre o mundo, tirando-o da escuridão que o encobria.
Bem antes de O Segredo - tão lido e comentado hoje em dia como uma 'novidade', Guerdjef, pensador russo, no início do século passado já falava em auto-conhecimento.
Dizia ele: "Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento, e se soubermos distinguir o acessório do principal".
Seguindo essa linha de pensamento, escreveu Guerdjef vinte regras de vida.
Afirmam os entendidos em comportamento que, se formos capazes de seguir apenas a metade delas, poderemos também ser capazes de viver em harmonia com nossa essência.
Ao leitor menos avisado, podem parecer comezinhas essas indicações, mas asseguro-lhes que são eficazes. Se buscam a felicidade, leiam-nas e sigam-nas. Transcrevo-as a seguir, consoante minha interpretação.
1- Faze uma pausa de 10 minutos a cada 2 horas de trabalho, no máximo. Repete estas pausas durante o dia, enquanto acordado. Pensa em ti e analisa profunda e sinceramente tudo o que fizeste e como o fizeste durante teu dia.
2- Aprende a dizer "não" sem que te sintas culpado ou mesmo sem achares que magoaste a pessoa a quem disseste "não". Se pretenderes agradar a todos, desgastar-te-ás tremendamente. Poupa-te sempre que possível. Auxilia, sim, quem de ti necessitar, mas antes, cuida de ti. Só poderás ser útil aos demais se tu te encontrares bem.
3- Planeja sempre teu dia, mas não sejas inflexível. Deixa espaço para o imprevisível, pois bem sabes que não és o senhor do destino - muito mesmo do tempo. Muitas coisas acontecem sem que possuas qualquer domínio sobre as mesmas.
4 - Concentra-te em apenas fazer uma tarefa de cada vez. Por mais inteligente que sejas, teu cérebro se poderá cansar e assim, não aproveitarás tua capacidade mental ao máximo. (Na verdade, pouquíssimos são os que utilizam o seu cérebro na íntegra - daí os gênios. E esses, tem a consciência de que poderiam ainda, ir mais adiante...)
5 - Não penses que és insubstituível no seio de tua família, no teu trabalho ou no meio social ao qual pertences. Quando partires, podes estar certo de que todos continuarão a viver sem ti. Tudo continuará a existir quando estiveres em outra dimensão. Sentirão saudades de ti na mesma proporção que te queriam bem, mas suas vidas seguirão seu inexorável já traçado caminho.
Fundamenta é ressalvar: se tiveres tido a graça extremamente improvável de haver encontrado tua alma gêmea, o corpo da criatura que à mesma anima, poderá sofrer tanto, que ela sim, pela perda irreparável, será passível de ter sua vida física abreviada e até terminada.
6 - Não te consideres responsável pela alegria e felicidade (ou tristeza) dos demais. Nascemos sós e sós partiremos. Portanto, sê solidário para com teus semelhantes, mas não te esqueças que tu - e somente tu és o responsável por ti - ninguém mais. E esta responsabilidade é a mesma para cada uma das pessoas que vieram ter à Terra.
7 - Pede ajuda sempre que não te julgares capaz de algo, mas pede-a às pessoas que possam e queiram realmente ajudar-te.
8 - Aprende a distinguir os problemas reais daqueles que tua mente cria e elimina estes últimos. O interstício que aqui ficamos é pequeno por demais frente à eternidade para que percamos um átimo de segundo que seja dele com o inexistente ou mesmo com situações que acabarão por solucionar-se de per si.
9 - Referentemente às coisas simples da vida: ver, ouvir, andar, comer, dormir, tomar banho... aprende a apreciá-las e a sentir prazer ao fazê-las... vê as cores todas, saboreia uma comida gostosa, ouve com a alma a música que te agrada... sem jamais deixares de buscar outras coisas... a vida tem muito a oferecer àquela criatura que sabe buscar os seus sonhos - mesmo que possam parecer impossíveis de serem atingidos...
10 - Ajuda sim, teus semelhantes, mas não sejas como a esponja a absorver seus problemas, principalmente quando os mesmos possam vir a passar-te ansiedade ou tensão. Essas são pessoais e intransferíveis e dizem respeito a quem as causou ou a quem permitiu que outrem as causasse.
11 - Tua família faz parte de teu mundo - é teu mais importante referencial - mas tu és uno, com tua identidade. Tua família - cada um de seus membros - possui sua própria identidade, seu universo. Fazem parte de um Sistema, mas são, sem dúvidas quaisquer que sejam, planetas independentes, mesmo que gravitem como satélites à tua volta.
12 - Não te restrinjas a convicções e Princípios já estabelecidos. Aceita mudanças, envolve, evolui, abre os portões de tua alma e cérebro para ouvir o novo. Se, após estudares o que te foi apresentado, estiveres de acordo, incorpora-o ao teu SER. Busca sempre o que existe à tua volta. Mudar de opinião é sinal de inteligência e não inconsistência de um bom caráter.
13 - Tem sempre um amigo especial - alguém em quem possas confiar e falar abertamente sobre o que te aflige. Não pagues a ninguém para ouvir-te. Não busques psicólogos. A maioria desses profissionais não consegue resolver nem mesmo seus próprios dilemas, como ajudar-te-iam a resolver os teus? Ninguém te conhece melhor do que tu mesmo.
Ressalto que se teu problema for de ordem física, se carecer teu cérebro de elementos como a serotonina, por exemplo e, mesmo com exercícios e meditação não conseguires sua natural reposição, procura, dessarte, a ajuda de um bom psiquiatra. Este poderá ajudar-te, pois está apto a prescrever-te um remédio para que te mantenhas feliz e mentalmente saudável.
14 - Fica atento ao feeling que te conduzirá para que te retires do centro das atenções. Muitas das vezes, nossa presença será mais sentida quando estivermos ausentes. Por paradoxal que possa soar esta afirmação aos teus ouvidos, podes estar certo de que, quando tuas palavras tiverem sito proferidas anteriormente com sabedoria, elas - e tu- serão lembrados, mesmo quando não te encontrares fisicamente junto às pessoas das quais te afastaste. Tudo vai depender de ti.
15 - Não te importes com o que disserem de ti. A humanidade é geralmente pequena e mesquinha. Se falarem mal, defende-te da maneira que achares melhor e depois, ignora. Há criaturas amorais - nem mesmo merecem resposta. Por outro lado, não creias em bajuladores. Geralmente são pessoas de mau caráter que apenas tentam aproveitar-se de situações. Sê, pois, o fiel da balança. In medio virtus (no meio a virtude), já diziam na antiga Roma... Assim, sopesa com discernimento tudo o que ouvires e somente então decide.
16 - O mundo moderno é de competição no lazer, no trabalho e até mesmo na vida a dois... etc... Tenta dar sempre o melhor de ti, mas não sejas um 'atleta' no teu dia-a-dia... se o fores poderás esgotar-te e perder, por via de conseqüência, o que de melhor a vida tem a oferecer-te.
17 - Jamais deixes que tua mente e coração se endureçam."A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe a firmeza, o que é muito diferente".
18 - Uma hora de imenso prazer substitui, sem dúvida qualquer que seja, três horas de sono 'perdido'. O prazer - seja ele qual for, recompõe mais que o sono. Logo, não percas uma só oportunidade saudável de divertir-te fazendo o que melhor te aprouver: (entra aí o que se podemos considerar analogicamente como 'mais valia'. Escolhe, portanto, entre "isso ou aquilo", tão bem exposto por Cecília Meirelles.
19 - Fica sempre atento para que não abandones tuas três grandes e inabaláveis amigas: a Intuição, a ingenuidade e, acima e além, a Fé.
20 - Finalmente, faze o possível para compreender definitivamente: tu és o único que podes fazer de ti mesmo o que tu quiseres ser. Tens em ti a infinita possibilidade e a complexa, mas real probabilidade de te transformares no ser que gostarias de poder reconhecer como sendo tu, frente ao espelho.
Mirna Cavalcanti de Albuquerque Pinto da Cunha