Legalização das drogas
Publicado em 05 de abril de 2011 por Jean Carlos Neris de Paula
Dependência química
Mesmo considerando os efeitos arrasadores das drogas, muitos países avançados desenvolvem projetos de legalização de entorpecentes, já que a repressão policial não resolve os problemas do consumo, que só aumenta.
Na Austrália, viciados utilizavam heroína em salas cedidas por uma igreja evangélica, até o governo liberar centros especializados para eles injetarem drogas sob supervisão médica. Em Lambeth, um bairro londrino, a polícia não efetua mais prisões por porte de maconha. Portugal liberou o consumo de qualquer tipo de entorpecente. Na Holanda, há mais de vinte anos as leis permitem o uso e o porte de maconha, que pode ser comprada em bares. O resultado foi a diminuição do consumo. O surpreendente nessa experiência é que países como EUA, Espanha, Inglaterra e Canadá, que têm leis de proibição rigorosa, consomem mais a droga que a Holanda, onde a erva é liberada.
A dificuldade de controlar o consumo de drogas é a causa principal de muitos defenderem a liberação, pois as políticas de proibição foram incapazes de coibir o consumo crescente. Faz-se realmente necessário, portanto, mudar a estratégia de convívio com os mais variados tipos de droga, tentando novos métodos, como a liberação, assim como "funciona" o consumo do álcool e do cigarro, os quais podem ser tão ou mais prejudiciais que as drogas ilícitas, mas são liberados no mercado, embora haja campanhas educativas, visando a conscientizar as pessoas a não beber e a não fumar.
Jean Carlos Neris de Paula