O Brasil entrou na competitividade capitalista na década de 90, com a abertura das fronteiras comerciais pelo então presidente da republica Fernando Collor de Melo. Na época muitas empresas foram à falência. Algumas empresas não faliram, embora tenham sofrido conseqüências imediatas, e as que sobreviveram à crise herdou uma cultura arcaica do período antecessor à abertura comercial "sinônimo" ao que sucedeu ao período pós-guerra, na década de 50:

"(...) após a segunda guerra mundial, com a economia dos EUA em processo de rápido crescimento, o clima era produzir e vender. Isto gerava altos lucros, fazendo com que certa ineficiência na distribuição fosse tolerada". (Yuh, 2001, p.22).

Através desta citação podemos inferir a relevância cultural que envolve até hoje organizações, criando assim uma cultura de produzir para lucrar esquecendo-se de toda uma organização visando diminuir o custo.

TZU relata: "'terreno' abrange não só as distâncias, mas também o relevo; 'medições' significa cálculos. Antes de um exército se movimentar, são feitos cálculos sobre o grau de dificuldade do terreno (...)".

Tomemos terreno como o layout da organização (micro ambiente) e o macro ambiente. Desta forma é notória a importância do desenho da infra-estrutura da organização como estratégia ao apoio a administração da produção e operação (APO) e ao supply chain. Já MARIA, (2008) firma sobre o layout que um bom planejamento é fundamental para assegurar eficiência dos processos internos. E finaliza relatando que devemos definir os sistemas de localização e realizar um estudo detalhado dos fluxos de movimentação que serão necessários.

A competitividade contemporânea não se faz mais só pela globalização, temos também diretamente ligada à globalização a revolução tecnológica, está com muito mais força e causando mais turbulência do que a revolução industrial do século XX.

Devido ao rápido avanço tecnológico e às constantes e crescentes mudanças dos produtos, o ciclo de vida desses diminuiu muito, principalmente da área de equipamentos eletroeletrônicos, máquinas e da de informática. Produtos que são lançados hoje sofrem uma nova versão ou um novo upgrade um ano depois, ou então são substituídos por produtos inteiramente novos. (YUH, P.60, 2001)

Diante de tal cenário, estar preparado internamente para as mudanças é uma questão primordial, e para se preparar internamente devemos analisar o macro ambiente a fim de se adaptar as mutações do mercado.

É de suma relevância salientar que o macro ambiente é muito mais complexo de se avaliar, todavia, devemos estudá-lo com uma visão holística, buscando esta preparado o máximo possível.

YUH define o macro ambiente da seguinte forma:

CARACTERÍSTICAS

RITMO DA MUDANÇA

LAMINAR (passado)

TURBULENTO (presente)

Demanda

Crescente e sustentada

Variável e restrita

Custos materiais

Baixos

Altos

Custos financeiros

Baixos

Altos

Previsões

Confiável

Pouco confiável

Modelo empresarial

Produtividade

Culto à quantidade

Competitividade

Culto do serviço ao cliente

(Quadro 2, Macro ambiente) Fonte: Yuh, 2001

Aqui apresento de forma resumida o mercado e a organização:

·A infra-estrutura da organização deve estar condizente com a demanda, visando alocar tempo, apoiando assim a produção;

·Devem-se levar em consideração os fornecedores, preços, qualidades, quantidades, buscando diminuir custos;

·O layout tem que estar em sincronismo e ser melhor que os dos concorrentes, visto que este pode apoiar de forma qualitativa e quantitativa a produção, devido uma gama de fatores, buscando assim agregar valor ao serviço e diminuir tempo e, por conseguinte capital, aumentando desta forma a competitividade.

Contudo, ter um layout preparado e organizado, visando estar sempre preparado para as mudanças e buscando baixar os custos gerando assim competitividade é de suma relevância para sobreviver e ser flexivo num mercado que esta em constante mutação.

Aqui abordamos de forma sucinta, porém abrangente, a estrutura física da organização, as conseqüências diretas e indiretas na organização, tendo em vista o apoio a logística integrada.

REFERÊNCIAS BIBLIAGRÁFICAS

YUH, Hong Ching. Gestão de Estoques na cadeia de logística Integrada. 2º Ed. São Paulo: Atlas S.A, 2001.

SILVA, Mônica Maria. Tecnologia em administração de pequenas e médias empresas: Mod. IV: Londrina, 2008.

TZU, Sun. A Arte da Guerra. 3º ed. São Paulo: Martin Claret, 2001