Kant o maior filósofo ilumista alemão em sua reflexão o que é a ilustração, sintetiza a função da nova razão não iludir por crenças ou ideologias.

Portanto, seu desejo a construção da razão autônoma, por meio de fundamentos lógicos.  A pergunta fundamental elaborada por ele, o que a razão pode conhecer.

Com tal objetivo desenvolveu uma análise crítica da razão, desejando obter as condições nas quais o conhecimento seria possível.  Esse trabalho esta sistematizado em sua exuberante obra: Crítica da Razão Pura.

Em seu magnífico livro formula duas formas do conhecimento possível.

Conhecimento empírico a posteriori: posterior a experiência, os dados são fornecidos pela  experiência, antes  verificado, este carro é vermelho.  Portanto, o resultado do conhecimento é produto da experiência.

Conhecimento puro a priori: não depende do campo empírico, não sendo necessário o uso da experiência, produto de uma operação formal lógica.

Portanto, Exemplificando: dois mais dois iguais a quatro, duas linhas paralelas jamais se encontram, o conhecimento nesse caso procede de juízo universal e necessário.

Os juízos classificam em duas categorias: analítico e sintético. O juízo analítico o predicado faz parte da essência do sujeito: o quadrado tem quatro lados, ao entender o sujeito conhece seu predicado, sujeito quadrado, predicado quatro lados.

Juízo sintético, o predicado não está dentro do sujeito, tal categorização acrescenta algo novo, que é o predicado.

 Portanto o conhecimento é enriquecido, exemplo: os corpos se movimentam, por mais que analise o sujeito corpo não consegue entender o predicado novimento.

Por último Kant chega a seguinte conclusão ao analisar os juízos: juízo analítico serve apenas para explicitar o que já se conhece do sujeito. Com efeito, universal e necessário, porém pouco útil.

Juízo sintético a posteriori, ligado ao campo empírico, a experiência, está sempre ligado ao tempo e espaço em que efetivou a experiência.

Portanto, nesse caso o conhecimento não é universal, muito menos necessário, produto do método indutivo, o que caracteriza como cientifico.  

Juízo sintético a priori, não se limita ao campo empírico, universal e necessário, a matemática e  a física trabalham com juízo sintético a priori.

Para Kant como se forma o juízo sintético a priori, são dados percebidos pelos sentidos, organizados pela memória objetivando categorias apriorísticas.

Desse modo, o conhecimento é o resultado por meio de síntese entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido.

Dessa forma, Para Kant é impossível conhecer as coisas em si mesmas, ou seja, o ser em si. Com efeito, só conhecemos o que percebemos das coisas, o conhecimento apenas representativo.  

A teoria gnosiológica de Kant, sua posição epistemológica, uma síntese entre o idealismo e o realismo, desse modo o conhecimento não é dado pelo sujeito ou objeto, mas por uma relação dialética estabelecida pelos polos.

 Portanto, o que podemos conhecer        apenas os fenômenos, os objetos tais como eles aparecem para o sujeito, não como os objetos são em si mesmos.

Significando, que o conhecimento em síntese é sempre a projeção pelo menos em parte das categorias da memória, a partir das formas a priori, estabelecido o tempo e espaço.  Desse modo o que é o saber, a não serem as formas de representativas cognitivas do sujeito em ação.

Edjar Dias de Vasconcelos.