Juventude e Internet A Internet ou rede mundial de computadores em seu desenvolvimento tecnológico humano deve ser pensada como um processo de construção Humano social histórico, onde todos os seus membros e componentes, físicos ou meta físicos e dos sentidos, controlam as suas gêneses. É fundamental pensarmos que o computador não é uma máquina construída, a priori, apenas como uma necessidade humana. Na sua elaboração e utilidade no mundo moderno está impregnada de construções e reconstruções humanas. É significante dizer isto, pois muitos educadores precisam entender que a tecnologia é uma construção humana e que seu sentido e utilidade somos nós, homens, sociedade, cultura, que vamos alterando-a e dando lhe sentido, ao mesmo tempo. As tecnologias informáticas são mais do que máquinas, pois significam uma reestruturação do pensamento humano no mundo das possibilidades da linguagem e da comunicação. Ela tornou-se um canal de armazenamento e distribuição de dados digitais nunca vistos na história. Segundo Villela essa revolucionária anarquia no processo das mídias esvaziam em parte e outrora absoluto poder e deixa absorto o conceito clássico de comunicação, a rede é por natureza um veiculo de expressão de muitos. A realidade da internet no Brasil há mais de uma década teve seu crescimento explosivo. De acordo com a Folha Ibrandis 26, 41565 milhões de pessoas são usuários de internet e esse número vem aumentando, o estudo também constatou que o país onde mais se gasta mais tempo conectado; é recorde em venda de computadores de uso pessoal. Entre as atividades desenvolvidas na web pelo os jovens brasileiros destacam-se as de relacionamentos como: Orkut, comunicação ex: email, lazer e busca de informações online. Entre aqueles que usaram a internet a proporção dos que buscaram informações e serviços foi superior aos outros. Além de permanecer mais horas online o brasileiro também supera outros países em número de páginas acessadas. Outra pesquisa realizada pela Data folha 35, a TV, apesar de ser a principal fonte de informação para o jovem brasileiro vem caindo na preferência desse público, ao passo que internet vem consolidando seu espaço de fonte de informação confiável. Quanto à pesquisa na internet, se por um lado a quantidade de informação disponível representa também um avanço na democratização de acesso, por outro lado cria a necessidade de separar o que é de interesse de qualidade e de confiança, e de hierarquizar esse infinito mundo de informações. Quanto a produção de conteúdo para o meio on line, devemos considerar que estamos produzindo conteúdo para um leitor público que dispõem de todos esses recursos para a navegação e para a aprendizagem. Desse modo, podemos chamar a passagem do texto para o hipertexto, uma interconexão de textos que pode apresentar sobre o formato de escrita sem foto e animação, vídeo, etc. Tais interconexões se fazem por meios de links ou hiperligações,"mais o hipertexto não é somente aplicado ao ciberespaço. Na leitura clássica por ex (textos impressos), o leitor se engaja em um processo também hipertextual, já que a leitura é feita por interconexões". Para Pierre Levy a base de tudo é alfabetização, isto é, pois se não sabemos ler e escrever não podemos ler e escrever no papel, também não podemos fazê-lo na tela. Portanto, de fato quando se fala em alfabetização nas novas tecnologias há um pouco de mistificação porque qualquer criança, diante de um computador, após uma semana, aprende a se virar e até pode ensinar os adultos. O verdadeiro problema é alfabetização, no futuro, a tendência será ler e escrever na internet, nesta grande rede de comunicação, ou o que irá substituí-la.