Muito equivocadas estão as pessoas que um dia disseram que a juventude, em um modo geral, não gosta de política. O exemplo deste equivoco é claro nas manifestações que se espalham por nosso país nos dias atuais. A mostra disso está nas palavras de ordem e nos cartazes, que estampam o sentimento de uma juventude que por muito tempo suportou a “descriminação política” e as barbáries que a cada dia são feitas em nosso cenário politico, seja ele municipal, estadual e federal. Nas últimas pesquisas realizadas com jovens sobre este tema é interessante notar que, ao falar de política, muitos afirmam que não gostam. Mas quando se trata do tema da participação social, a maioria acha que é muito importante. E participar não é um ato político? A palavra política está muito associada ao governo, ao partido... Se ampliarmos esta noção de política para a ideia de participação pública e coletiva, pode crer que muitos jovens não só gostam de política como têm um forte engajamento, maior inclusive que qualquer outro segmento social. O que vemos em nosso País hoje, e que o jovem é o PROTAGONISTA das mais importantes mudanças politicas e sociais da nação. Por outro lado é fato irrefutável que uma grande parte dos jovens não exerce este “protagonismo” e muitas vezes acabam “adormecendo”, e se tornando assim mais uma vítima do sistema. Uso o termo “vítima do sistema” como depreciativo, mas como uma breve descrição de todas as pessoas que mesmo inconformadas com determinadas situações, acabam recolhendo-se em seus próprios pensamentos, e ficam à espera que os outros reivindiquem as mudanças. Acredito que vivemos dias de uma mudança efetiva, não somente de paradigma político, mas uma mudança pessoal, que está mostrando a alguns, o verdadeiro poder da união das pessoas em torno de um objetivo comum que tem os jovens como protagonistas.