JUSTIÇA E JULGAMENTOS DE CADA UM

 

            A justiça é talvez a única virtude que ninguém consegue por em prática. Por mais que uma pessoa seja justa, por um ou outro lado ele se diversifica. O único ser que foi verdadeiramente justo foi Jesus. Homem nenhum seguiu esta virtude corretamente, como seguir a perseverança, o amor, a união. Todas as pessoas saem um pouco fora neste ponto. Em primeiro lugar a justiça é uma síntese de todas as outras virtudes. Um pouco de amor, um pouco de compreensão, um pouco de união e resumindo tudo: sinceridade. A justiça tem que ser feita para todos numa mesma qualidade.

          Em todos os tempos o maior ou menor lado de afinidade entre os indivíduos faz com que a justiça seja deturpada, ora na proteção de um, ora na proteção de outro. Certas pessoas não têm dó mesmo de condenar o outro, pois ele nada representa mesmo, mas fulano não pode ser condenado: imagine só – ele é meu compadre. Problemas de família jamais deveriam entrar em problemas de justiça. Infelizmente isto vem de muito longe e não acabarão tão fácil.

          Cada líder representante da justiça deveria ver que todos somos irmãos e os julgamentos deveriam ser feitos de acordo com o que fulano praticou. Os bajuladores não podem permanecer neste sentido.

          Não falamos aqui das justiças do Júri, dos fóruns, mas sim a justiça ou julgamento de cada um, que cada um faz e que é corriqueiro na vida das pessoas. Cada um faz um julgamento a seu modo de ser, de pensar, formando assim um contexto polivalente de normas. O puxa-saquismo influi muito em tais julgamentos.

          A possante frase: “Daí a César o que é de César” em lugar algum é obedecida, ao contrário a versão posta em prática é: “Tirai de César o que é de César e passai a nós”. Não existe na teoria, mas na prática... Cada um diversifica o seu ponto de vista: “Primeiro o meu pão de cada dia, depois, se sobrar da migalha, você come”. Isto é Justiça? Por estes dois provérbios se vê que a justiça é feita como cada um quer, pode ou não faz. No primeiro caso muitos podem passar fome porque nós esbanjamos. No segundo caso o fulano aprende a procurar o que precisa sem pedir sempre. No mundo todos dependem uns dos outros. É por isto  que cada um deve fazer o julgamento em sua própria pessoa: sua responsabilidade, amor, carinho, compreensão, respeito e obedecendo as normas de uma democracia pura e sadia.

          Vamos ser justos, minha gente, mas nunca condenar alguém por nossos próprios caprichos e satisfações. A nossa justiça é frágil, mas a justiça divina é forte e verdadeira e está acima de todos os nossos princípios e leis. “Cada um paga conforme fez e praticou.”