JESUS NÃO TRANSFORMOU A ÁGUA EM
SUCO DE UVA NAS BODAS DE CANÁ 


Para evitar que os membros de suas igrejas comecem a beber vinho, alguns intérpretes preferem torcer o significado das coisas para provar suas teses puristas e dogmáticas.

 

O verdadeiro cristão não precisa de freios psicológicos para ser santo.

 

Ele é santo de livre e espontânea vontade, porque ama a Deus, não porque tem medo dele.

 

Quando Jesus transformou a água em vinho genuíno, o mestre-sala ficou muito admirado e exclamou.

 

- Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já tem bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho (Quarto Evangelho 2.10).

 

O que significa exatamente isto? Significa que nas festas o anfitrião serve as boas bebidas primeiro e depois que as pessoas estão “altas”, pode servir as inferiores, porque ninguém mais nota a diferença.

 

Não bodas de Caná da Galiléia aconteceu exatamente o contrário, porque o anfitrião já havia servido o vinho e Jesus, transformou a água em vinho melhor, é claro, de primeira qualidade.

 

É por isto que um texto tão claro no original foi traduzido erradamente para não dar idéia que o povo do Oriente Médio, mesmo os convertidos, bebiam vinho.

 

Este texto se encontra em Lucas 11.33: “Ninguém depois de acender uma candeia, a põe em lugar oculto, nem debaixo do alqueire, mas no velador, para que os que entram vejam a luz”.

 

Nos melhores originais o que Jesus disse realmente foi: “Ninguém depois de acender uma candeia, a põe NA ADEGA”.

 

Os tradutores “religiosos” ficaram com medo de colocar “na adega” e resolveram eufemizar esta expressão com um tal “lugar oculto”.

 

Será que suco de uva curaria o problema de estômago de Timóteo e suas freqüentes enfermidades ou Paulo prescreveu para ele um bom vinho que, cientificamente abordado, cura inúmeras enfermidades?

 

O rabino Claude Hypolite me esclareceu que, no Oriente Médio, onde ele viveu, o suco de uva puro e natural entra em processo de fermentação dando o mesmo resultado. Os odres de suco de uva que são levados amarrados ao lado dos camelos, com a temperatura e o sacolejo transformam-se, automaticamente, em vinho.

 

Não foi isto o que aconteceu com Noé?

 

O Quarto Evangelho relata como Jesus transformou em vinho a água, que foi colocada pelos serventes das bodas em seis talhas de pedra. Diz, também, que cada talha daquelas cabia, de água, uma quantidade aproximada de “dois ou três almudes”.

 

Como um almude era equivalente a um bato e um bato era equivalente a 36 litros, e como não existe aqui uma medida exata, vamos, então, tirar uma média.

 

Dois almudes seriam 72 litros e três almudes seriam 108 litros. Somando-se 72 com 108, temos 180, que divididos por 2 dá 90. Multiplicando os noventa por 6, temos uma quantidade enorme de vinho. 540 litros!