Todas as mulheres sonham com janelas abertas por onde o sol possa entrar.

E sonham janelas no alto da montanha onde o vento assovia canções de eternidade.

E sonham janelas voltadas para o oceano que vai e vem trazendo sonhos de além-mar.

Faróis iluminados a acenar para o estrangeiro o caminho de chegar.

E portos multicoloridos por onde pernas apressadas desenham outros tantos destinos.

Todas as mulheres são como janelas abertas por onde a brisa fugidia escapa para reencontrar o velho coqueiro que balança seus últimos suspiros.

Todas as mulheres são como as janelas silenciosas dos castelos assombrados que protegem segredos de amores, de dores, e de morte também.

Toda mulher nasce para ser janela!

Vinde a mim, viajantes do mundo, que vos mostrarei estrelas na escirdão da noite!

Vinde a mim, pobres descrentes, que vos ensinarei atalhos para encontrar o caminho que desvenda o arco-íris.

Vinde a mim, cegos circunstanciais, que meu movimento de abrir e fechar aquecerá esta xícara de chocolate frio que vos acostumeis a tomar.