Jacques Derrida a desconstrução da razão.

Da magnífica Filosofia francesa.

A razão precisa ser desconstruída, isso é necessário para o desenvolvimento do mundo pós-contemporâneo.  E como seria essa destruição, um dos grandes pilares dessa epistemologia, Jacques Derrida.

Para ele a razão se desenvolveu no ocidente a partir de um conceito de centro, de um fundamento que unifica a estrutura da consciência teórica, como por exemplo, o conceito de homem, de Deus, da verdade, noções que determinam o conhecimento geral.

Derrida chama esse procedimento de logocentrismo, o que é verdade nessa análise que todo centro de entendimento tem necessariamente o seu antagonismo, o que Hegel denominou de antítese. Isso significa o seu oposto, Deus-diabo, homem-mulher, verdade mentira.

As lógicas das oposições têm uma longa história na construção do pensamento ocidental, que vem historicamente do mundo grego, na antiga Grécia, a oposição entre a razão, cujo significado epistemológico entende-se logos.

O conceito de mito, que significa explicação não pelo logos, então todo entendimento mitológico, não seria lógico, porque as estruturas explicativas de um determinado fato, não são provenientes do logos. Resulta-se de sistemas irracionais.

 O logocentrismo é uma irracionalidade, apesar de ser apresentado como diferente do mito, é na sua essência uma mitologia, com aparência de logicidade. Edjar.

O que pensa então Derrida, ele tem como finalidade desconstruir o conceito de razão o que se chama no mundo grego de logos, seu objetivo é negar qualquer relação de significado lógico.

 Porque entende que a logicidade é apenas uma construção da lógica formal, uma justaposição de conceitos, de argumentação concatenada e não da realidade empírica do objeto em análise.

O grande problema que o pensamento ocidental fundamentado na Filosofia grega e no cristianismo que atribuíram valor total em um dos fundamentos que compõe a dualidade do saber, criando com esse propósito a verdade absoluta.

 Naturalmente  com essa epistemologia uma razão ideológica. O logos não é naturalmente evidente, sua evidência lógica realiza no plano da aparência.

Derrida procura negar essas verdades, como construções culturais sem substratos, são na verdade elaborações de ideologias, e com o tempo passa para a sociedade como verdades culturais.

 Toda verdade cultural, ela poderá no máximo ser parcialmente verdadeira, quando não significa no seu todo, apenas a representação de uma mentira como se fosse objetivamente uma verdade cultural, algo com sentido etimológico inquestionável, esse é o plano das ideologias.

Jacques Derrida propõe a desconstrução dos centros culturais da formulação da Filosofia ocidental, o que seria naturalmente a formulação especialmente a noção de razão e sujeito como instrumento de analise de um determinado fenômeno ou objeto.

Ele realiza seu projeto, a partir exatamente da análise da linguagem, pois ele acredita que a mesma é a estrutura essencial do modelo logocêntrico, o que de certo modo, muito objetivo, pois sem dúvida é tão somente ela a produtora dos conceitos para análise e da produção das ideologias.

 O mundo é uma resenha de ideologias apresentadas como modelos culturais, inquestionavelmente, como dogmas religiosos, o mundo funciona exatamente por essa lógica aplicada ao instrumental científico.  Edjar Dias de Vasconcelos.

Com efeito, a desconstrução não é nada mais, que uma análise sofisticada com o objetivo da destruição da razão clássica, mostrando ao próprio sujeito da análise, como realizam na perspectiva do logocentrismo as construções de certas lógicas formais que não são lógicas, muito menos universais.

 Mas servem exatamente a instrumentos de domínio  essencialmente políticos, o meandro geral da cultura é um amontoado imbecilidades construídas com o propósito da manipulação  cultutal.  Edjar.  

Esse foi o primeiro passo desenvolvido por Derrida, ao contrário do velho construtivismo, como elaborar a construção de um pensamento ou de um entendimento cultural, quando a substancia primordial do fundamento dessa construção, representa uma elaboração falsa, no seu princípio racional.

Então, a desconstrução procura mostrar com evidências, como se realizam certas construções ou noções gerais do pensamento e da sua estrutura lógica na formulação de um pensamento epistemológico na defesa de um instrumento em análise.

Os valores associados a esses instrumentos que são de naturezas ideológicas, por exemplo, a estrutura do pensamento liberal a defesa epistemológica de uma forma de Estado político, o que esconde na prática a luta de classes sociais, apresenta isso como harmonia e normalidade da sociedade produtiva.

Mas o que é mais importante no seu pensamento, à função predominante na cultura da ideologia, isso no modelo ocidental de pensar, como essas lógicas tem a seguinte preposição, o uso para a dominação e são aplicadas em todas as metodologias dos fundamentos culturais para qualquer modelo em substância gramatical.  

O que significa em síntese para Derrida, a não possibilidade de uma cultura como instrumento de libertação, mesmo tendo essa finalidade, a natureza de sua lógica, serve uma estrutura arcaica do poder. Do velho conceito do liberalismo econômico.

 Com efeito, o caminho para o desenvolvimento livre do sujeito ou dos sujeitos como objetos na ação produtiva da cultura, não seria a construção.

 Uma vez que desenvolve nele mesmo a lógica de uma falsa ação de liberdade e de bem estar, quando na prática continua sendo dominado por ações políticas de ideologias discriminatórias resultadas do poder econômico.   

A produção da cultura até esse momento teve uma única finalidade, produzir instrumentos de fundamentos, com objetivo de justificar a dominação, com efeito, é necessária a produção do que podemos denominar de anticultura. Edjar.    

Edjar Dias de Vasconcelos.