1. Dados e indicadores econômicos

O autor apresenta, na unidade 3, as fontes de dados e os indicadores econômicos mais utilizados para construção da base de análise dos padrões e índices de conjuntura econômica do Brasil. Tais indicadores são utilizando tanto pela Administração Pública como pela iniciativa privada para tomada de decisão em suas áreas de atribuição.

Os indicadores econômicos são índices números apurados com periodicidade definida, expressos em valores monetários e/ou percentagem.

Os dados e indicadores econômicos são divididos tradicionalmente em:

  1. Conjunturais: referem-se a dados que tem maior volatilidade e que podem ser apurados no curto prazo;
  2. Estruturais: referem-se a fatores mais amplos e de mudança mais lenta;

Os indicadores econômicos podem ser classificados, ainda, em:

  1. Antecedentes: antecipam tendências;
  2. Consequentes: revelam resultados de decisões anteriores;
  3. De Expectativas: explicitam o “o que se espera” de uma determinada economia.

Independente do tipo, para servirem de base sólida para tomada de decisão, os dados e indicadores econômicos devem ser específicos, válidos, confiáveis e atualizados. Pelas suas características organizacionais, os indicadores elaborados por instituições privadas como a FIESP, por exemplo, tendem a ser produzidos com maior rapidez do que o IBGE, autarquia federal.

Contudo, embora mais lentos, os indicadores produzidos pelo IBGE, devido à sua abrangência nacional de atuação, tendem a ser mais amplos e consistentes.

  1. Principais boletins de conjuntura

Os dados e indicadores econômicos diferem-se em essencial dos dados e indicadores sociais, tendo em vista que aqueles referem-se a produtos comercializados no mercado “aberto”. Em razão disso, a publicação de tais índices pode ocorrem pelas mais diversas instituições, sejam elas públicas ou privadas.

Segundo o autor, as principais instituições produtoras de dados primários são:

  1. Públicas: IBGE; Ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, do Trabalho; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e Banco Central; e
  2. Privadas: Fundação Getúlio Vargas as Confederações Patronais (como CNI, FIESP, FECOMÉRCIO), as Associações e Sindicatos Patronais (como ANFAVEA, Sindipeças, ELETROS, ABPO), os grupos editoriais especializados (como Gazeta Mercantil, EXAME, Valor) e o Sebrae.

Com base nos dados recolhidos nas pesquisas são elaborados boletins conjunturais que visam dar uma visão analítica econômica.

 Tais boletins são de extrema importância a fim de refletir o cenário atual da economia, bem como dar indicativos de como serão os períodos posteriores. Em razão disso, os boletins são elaborados por técnicos altamente especializados que levam um grande número de fatores para elaboração de seus trabalhos.

Tendo em vista que tais boletins são realizados por diferentes instituições, sendo que estas instituições podem dar maior ou menor enfoque a determinado dados, ou mesmo ter diferentes interpretações, às vezes há fortes discrepâncias.

Em razão disso, o ideal é que se utilize para análise o maior número possível de boletins para que se possa ter uma visão geral do cenário.

  1. Principais pesquisas econômicas do IBGE

O conjunto de instituições que formam, no Brasil, a estrutura responsável por produzir os indicadores econômicos integra o chamado Sistema Nacional de Estatísticas Econômicas, que é coordenado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que é, também, seu principal produtor de informações. Tal posição de destaque do IBGE se deu no século passado, com a transferência de responsabilidade transferidas dos ministérios para tal órgão.

Os principais sistemas e subsistemas de estatísticas econômicas do país são:

  1. Sistema de Contas Nacionais: tem como principal função mensurar a produção econômica nacional.
  2. Cadastro Central de Empresas: estatísticas referentes à população empregada, remuneração, empresas abertas e fechadas.
  3. Sistema Nacional de Índice de Preços ao Consumidor: tem como principal enfoque a variação dos preços dos produtos e servidos consumidos pelas famílias. Tem como principal índice o IPCA.
  4. Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil: estatísticas sobre os preços dos materiais e gastos com pessoal na construção civil.
  5. Conclusão

Como pudemos verificar, os dados e indicadores econômicos são informações quantitativas expressas em valores numéricos que visam dar uma visão geral do cenário econômico do país sob diversos enfoques. Tais informações servem de base para tomada de decisão tanto na administração pública como na iniciativa privada.

Em verdade tais indicadores são essências no que se refere à análise econômica, tendo em vista que, por meio deles, podemos realizar a comparação quantitativa entre épocas diferentes, saber nosso estado atual e realizar prognósticos de como estaremos no futuro.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JANNUZZI, Paulo de Martino. Indicadores Socioeconômicos na Gestão Pública. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012.

Disponível em: http://daxinvestimentos.com/. Acessado em 15/08/2015.