Internet

Nós podemos testemunhar o nascimento de um veículo tão importante quando a imprensa de Gutemberg ? claro, fazendo as devidas proporções e distinções de tempo e lugar. A internet tem o condão de unir a um clique o passado e o presente, sem maiores esforços - podemos assim ver que o nosso presente foi vastamente alargado. O conceito de presente, passado e futuro depende de nosso raciocínio e conhecimento e a internet disponibilizou todo passado remoto ao nosso presente.

Há também, é claro, aquelas coisas que sempre vão acompanhar o homem, qualquer benefício vem sempre acompanhado dos seus malefícios - (O avião para transporte e como bombardeiro) por isso, há que se ter um cuidado maior. Vejam os jogos on line, vejam as pornografias, spans, disponíveis e sem controles, a condicionar os jovens. Criando ao mesmo tempo facilidades de se tornar um "informado" ou um "consumista".

Podemos aprofundar o saber - podemos em um meio tempo encontrar verdades históricas e diversas - podemos enriquecer nossas vidas e formar conceitos profundos, ou podemos nos perder para todo sempre. Cabe agora uma nova visão de como isso pode ser didaticamente ensinado. Quem é professor que veja a oportunidade de utilizar essa nova ferramenta, e quem não é que procure aprender a raciocinar de modo claro.

Veja - também - para onde se encaminha essa facilidade - todas, sem exceção, empresas de telefonia, estão no momento presente, tentando viabilizar o uso da internet diretamente a partir dos aparelhos de celular, ou seja, teremos um manancial inesgotável de informações úteis e ou pornográficas ao alcance da mão, em qualquer lugar do planeta e em qualquer tempo, sempre de modo inteligível - porque podemos traduzir de qualquer língua, para o idioma do nosso entendimento.

Tudo que surge - aparentemente - grátis, tem um preço. Mas sabendo usar há de se pagar o preço justo, por essa nova e revolucionaria ferramenta. É fantástico que seja assim - aproveitemos, pois essa nova visão de mundo.

Por isso os jovens ao dominar essas ferramentas com maior desembaraço, acreditam que podem mover o mundo e manipular pessoas à sua vontade. Aliais, como todos jovens sempre fazem ? independentemente, dessa ou daquela época em que vivem.

Mas depois ? descobrimos ? e quase sempre muitos descobrem, que mais dói neles mesmos a descoberta de outra realidade.

O mundo não se move à sua vontade, as pessoas não se submetem ao seus caprichos, e isso é verdade para todos, indistintamente ? até mesmo para aqueles que detém todo poder do mundo.

Assim fica patente que sempre seremos nós que devemos nos adaptar ao mundo e, quando muito, devemos induzir aos outros a aceitar nossas ideias ou à nossa forma de vida. Mas sempre entendendo e respeitando que a decisão final é do nosso interlocutor porque nele se deve a sua individualidade, liberdade e independência. A isso chamamos de convivência pacífica.

Apolinario de Araujo Albuquerque Rio, 31 mai 2011.
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