Artigo:

INTERDISCIPLINARIDADES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autora:

Antônia da Silva Mendes Hoffman

 

                  Cursando Curso de Pedagogia – FAIS- Faculdade de Sorriso

 

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo, por meio da metodologia da pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, aprofundar e esclarecer a práticas das interdisciplinaridades das instituições de ensino , aproximando as condições necessárias para que se concretize ações pedagógicas, permitem identificar que, a interdisciplinaridade, na maioria das escolas de educação básica, é de suma importância  fazendo  uma ligação entre as matérias, de Estudos da Natureza, Estudos da Sociedade na Educação Infantil, Estudos da Matemática, Literatura Infanto Juvenil e nos Estudos da Linguagem Oral e Escrita com objetivo de explorar a interdisciplinaridade na educação infantil, através de discussões de autores.

PALAVRAS-CHAVE: Interdisciplinaridade, metodologia do ensino, aprendizagem, criança e educação infantil.

ABSTRACT

This article aims, through the methodology of literature and field research, deepens and clarifies the practices of interdisciplinaridades of educational institutions, approaching the necessary conditions for the materialization of educational activities. identifying that interdisciplinarity in most elementary schools, is of paramount importance making a link between the matters of Nature Study, Society Studies in Early Childhood Education, Studies of Mathematics, Children Literature Youth and Language Studies oral and Written in order to explore the interdisciplinary early childhood education, through authors of discussions.

KEY WORDS: Interdisciplinarity,  teaching methodology,  learning, child and infant education.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

  Este artigo tem como finalidade mostrar clareza no ensino e no desenvolvimento da criança, permitindo aprendizagem quando relacionamos as disciplinas que esta envolvida.

Segundo Magalhães (2005) “as práticas interdisciplinares tendem a buscar um conhecimento unitário, onde a integração de todas as disciplinas e a ligação delas com a realidade do aluno tornam o conhecimento real e atrativo, sendo que às vezes o aluno consegue enxergá-lo como essencial”.

Nesse projeto buscamos abordar o desenvolvimento da criança, suas fases, a metodologia de ensino que pode ser trabalhada, analisar a educação de antigamente e da atualidade como era vista a criança nestes dois tempos da história.

Tem como objetivo ampliar conhecimento de como devemos estar trabalhando a educação infantil com as crianças na fase de seu desenvolvimento, trazendo a metodologia de ensino na realidade que o aluno está inserido.

Abordar opções em que o educador pode estar utilizado em sala de aula, como isso pode está proporcionando aprendizagem ao educando.




 

Qual a relação entre os materiais produzidos, a teoria das ciências e o desenvolvimento infantil.

O que ser cientista?

 Segundo dicionário Aurélio (2007) “Quem cultiva particularmente alguma ciência, ou dela é especialista.”

Ser Cientista nada mais é do aquela pessoa que investiga e gosta de descobrir, questiona e buscam respostas constantemente. O professor desta área busca assimilar teoria com a prática.

Quando uma criança é levada a se envolver com situações instigantes, como por exemplo, a luz e sombra, o trabalho das formigas, a chuva que cai do céu, o funcionamento das máquinas, entre tantas outras, sendo orientada por um adulto, ou mesmo por crianças quando conversam, vai identificar lógicas, sistemas e tecnologias, além de construir explicações inteligentes, sempre movidas por sua curiosidade desafiadora e provocante.

(LOPES,2005,p.96).

Segundo Maria Lopes o que deve motivar os educadores seria o desejo de não ter um conceito determinado, mas sim apoiar os diálogos entre seus alunos. Não entregar respostas prontas e sim oportunizá-las com experimentos. Fazendo com que as crianças criem suas próprias idéias, sua própria autonomia de pensamento.

O mediador tem sempre que ter em mente que tem várias respostas para uma determinada atividade, desta maneira é muito importante incentivar seus alunos a criar suas próprias idéias, para as mesmas estabelecer relações e comparações entre as atividades desenvolvidas.

Podemos conversar com as crianças sobre o bairro e as cidades, as paisagens, os edifícios, as ruas, os trabalhos, etc.

O objetivo é que, através da observação e dos questionamentos suscitados, estejamos ajudando as crianças em sua integração á sociedade, na compreensão do meio ambiente e na conceituação de mundo.

(LOPES,2005,p.102)

A ciência tem como objetivo integrar seus alunos na sociedade, fazendo com que eles aprendam conhecimentos básicos de seu ensino e assim esta ajudando a consciência das crianças.

Não podemos caracterizar a ciência como se fosse um saber acabado com respostas definida, pois assim podemos desenvolver a concepção de ciência morta.

Ciência morta é aquela que o professor somente passa conceitos sem estabelecer relação com o cotidiano do aluno. O educador tem que ter em mente que devem ser aplicados a ciência viva em que ele passa seus conteúdos de acordo com o dia-a-dia dos alunos.

Ainda é bastante consensual que o livro (LD), na maioria das salas de aula, continua prevalecendo como principal instrumento de trabalho do professor, embasando significativamente a prática docente. Sendo ou não intensamente usado pelos alunos, é seguramente a principal referência da grande maioria dos professores.

(DEMETRIO, 2002 p.36)

O professor não tem que ser refém do livro didático, a partir de um determinado tema possa esta pesquisando, e trazendo para seus alunos outros métodos de ensino para explicar o que está no livro, trazendo conteúdos de acordo com o cotidiano de seus alunos. Pois pode ter alguns erros nos livros didáticos que se o educador não ater-se pode passar despercebidos.

 Segundo Delizoicov pode-se usar outras fontes de ensino como livros, revistas, jornais, CDs, Tvs educativas e de divulgações cientificas, a internet entre outras.

O educador tem várias fonte de ensino para despertar a curiosidade do aluno pode usar de vários métodos para tornar a aula agradável e investigativa, usando de experimentos para tornar-se fácil a sua teoria e assim poder cativar seus alunos.

O movimento C.T.S Procura colocar o ensino de ciências numa perspectiva diferenciada, abandonando posturas arcaicas que afastam o ensino dos problemas sociais e, adotando uma abordagem que se identifica muito com ideia de educação cientifica.

(TEIXEIRA,2003,p.182)

O movimento C.T.S (Ciência, tecnologia e sociedade) visa promover a formação de alunos críticos e conscientes enquanto cidadãos. Esse movimento destaca que a escola tem um papel fundamental na formação da cidadania.

A perspectiva do movimento C.T.S., Santos e Schnetzler (1997) mostram que a característica básica das abordagens do tipo C.T.S. é igualmente, a colocação de problemas sociais nos pontos de partida e de chegada das sequências de ensino.

(TEIXEIRA,2003,p.183)

O Professor pode estar usando materiais complementares para sua aula se tornar mais lúdica mais presente na sociedade. No caso ele pode estar passando proposta de elaboração de vários materiais lúdicos para trabalhar a ciência. Percebemos que a partir disso podemos usar do lúdico para obter uma melhor aprendizagem.

O educador faz com que os alunos procurem sempre saber mais sobre determinado assunto e através de questionamentos faz perguntas para seus alunos interagirem na aula.

Podemos analisar que é o professor que faz sua aula se tornar única e cheia de conhecimentos, é ele o protagonista da história, pois ele é o animador, o pesquisador, a grande influência para seus alunos.

         Nas que se seguem serão discutidos a disciplina estudos da sociedade na educação infantil.

Como os autores estudados explicitam a relação entre desenvolvimento da criança e interação com o social.

O que é criança? Segundo o dicionário Aurélio (2007) ” Ser humano de pouca idade, menino ou menina. Pessoa ingênua, infantil, imatura”.

Ser criança é aquele ser humano em fase de desenvolvimento, descobrimento, fase do brincar, da inocência, formação do cidadão, que desperta curiosidades.

Digamos que é a melhor fase da vida, onde buscamos o saber incondicional, mas respeitando limites da idade.

Segundo Phillippe Ariès em seu livro história social da criança e da família, retrata que não existia infância antigamente, o que existia era o ser humano pequeno, visto como um adulto em miniatura, se observarmos as pinturas da época, vemos crianças e adultos dividindo o mesmo espaço, as mesmas atividades e o mesmo vestuário, vemos a criança em um adulto pequeno.

A duração da infância era reduzida a seu período mais frágil, enquanto o filhote do homem não conseguia bastar-se; a criança então, mal adquiria algum desembaraço físico, era logo misturado aos adultos, e partilhava de seus trabalhos e jogos. De criançinha pequena, ela se transformava imediatamente em homem jovem, sem passar pela etapa da juventude, que talvez fossem praticadas antes da Idade Média e que se tornaram aspectos essenciais das sociedades evoluídas de hoje.

(AIRES,1981,p.04)

As crianças adquiriam seus conhecimentos junto aos adultos, na escola medieval seguia misturados as idades meninos e homens de seis e vinte anos sendo ensinados juntos, a diferenciação de adulto e criança não existia, participava nas ruas dos eventos do dia-a-dia e das atividades da comunidade. As crianças brincavam livremente com os adultos, a aprendizagem acontecia pela convivência com os adultos pois saiam muito sedo da família e seguia para sociedade.

Percebemos que as crianças desse tempo era moldados pelo adulto, não tinha infância, colo do pai e da mãe, no caso sem sentimentos, num trecho do livro de Aires (1981) afirma que “As pessoas se divertiam com as criança pequena como um animalzinho, macaquinho impudico”.

O pequeno ser humano não tinha seu valor estabelecido, adultos precoces, o ser criança era apagado.

As crianças sempre estiveram presentes no mundo, porém, as condições de vida dos tempos atuais, produziram novas relações para essa categoria, o que, consequentemente, tem gerado novas discussões e preocupações.

 ( SARGENTO e PINTO,1997,p.11).

A educação para a criança pequena na nova realidade da sociedade atual tais como: econômicas, políticas, culturais e sociais.

Vemos a necessidade da infância para a criança, pois essa é a fase muito importante para a mesma, tanto em sua evolução quanto na educação.

Pois a educação formal para as crianças seria a educação infantil de zero a cinco anos, esse é um momento muito importante para o desenvolvimento infantil, onde os alunos aprendem juntamente com o professor conhecimento essenciais para seus primeiros anos de vida.

Desde o período 1985 quando acabou a ditadura militar, novas políticas para o atendimento ás crianças foi incluída no plano nacional de desenvolvimento 1986.

A concepção moderna de infância atribuiu a essa fase da vida um caráter de preparação para a vida adulta (...) Com o aumento das desigualdades sociais, a infância, que no ideário moderno se embasa num modelo burguês, acaba sendo fortemente atacada, dadas as condições de barbárie social oriunda da sociedade capitalista.

(ARENHART,2007,p.17)

A educação tem que estar em todas as idades, em todas as fases, sendo criança, jovens, adultos, idosos, todos tem direito a educação, e respeitando sua idade, seus limites, sua series, escolaridade.

Wallon (1995) afirma “Que o sujeito constrói-se com a interação com o meio”. Na convivência em sala de aula no caso na escola e na sociedade em que está inserida, a criança aprende em todos os lugares em que vive no meio social, tanto em casa com seus pais ensinam valores, respeito, educação informal, regras.

Na escola esse papel juntamente com a família vai se ampliando nesse espaço aprende a educação formal.

Segundo o dicionário Aurélio (2007) o que é formal? Formal relativo à forma. Evidente, manifesto. Genuíno, convencional.

Segundo ainda o dicionário Aurélio (2007) O que é informal? Informal destituído de formalidade. Próprio de quem é informal.

Nesses dois exemplos formais e informais, vemos no meio social, formal na escola e informal na sociedade.

Podemos analisar que a criança é bastante valorizada nos dias atuais, o seu desenvolvimento, vemos  que na linha do tempo isso era passado despercebido não se dava tanta importância na infância, e sim no ser pequeno.

A criança tem seu devido valor, deve ser respeitado seu desenvolvimento, sua interação com o social, nessa fase requer mais atenção.

Hoje em dia a criança tem mais espaço na sociedade, uma vez que existe leis que as amparam, uma delas é o ECA ( Estatuto da criança e do adolescente).

A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais e inerentes a pessoa humana sem prejuízo da proteção integral, assegurando-se-lhes todas as oportunidades e facilidades, afim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

(ECA  art.3°,2012,p.12 )

Segundo o ECA ( 2012) é dever da família , da comunidade, e da sociedade, proteger as crianças, pois são serem indefesos, inseguros que precisa de apoio.

Conforme o ECA Artigo 15° Todas as crianças e adolescentes tem o livre arbítrio, tem direitos mais também deveres, elas precisam ser respeitadas, pois estão num processo de desenvolvimento para serem sujeitos humanos e sociais.

Passemos então a discutir a disciplina estudos da matemática na educação infantil.

 

 

Quais contribuições que o estudo da matemática traz para o desenvolvimento da criança na Educação Infantil?

A matemática deve ser ensinada na educação infantil juntamente com a ludicidade, uma vez que as crianças fixam o conteúdo dessa disciplina brincando, através de jogos e brincadeiras. Para Piaget (1973) tanto a brincadeira como o jogo é essencial para contribuir no processo de aprendizagem.

Segundo o dicionário Aurélio (2007), jogo é uma atividade física ou mental organizada por um sistema de regras que define a perda ou ganho, brinquedo, passatempo, divertimento. Passatempo ou loteria sujeito a regras e no qual, ás vezes se arrisca dinheiro. Regras que devem ser observadas quando se joga.

A educação infantil é base da formação do individuo, um período essencial para o desenvolvimento da criança e os jogos matemáticos no desenvolvimento infantil desperta na criança curiosidade, pois a matemática deve se trabalhada de forma prazerosa estimulando as crianças desde cedo a gostarem de números, serem numeralizada:

Ser numeralizada não é o mesmo que saber calcular é ser capaz de pensar sobre e discutir relações numéricas e espaciais usando as convenções (ou seja, sistemas de numeração e medida, terminologias como volume e área, ferramentas como calculadoras e transferidores, da nossa cultura. ( NUNES e BRYANT 1997, p.190)

A educação infantil é a partida para que as crianças tenham os primeiros contatos com a matemática, um método mais usado seriam os jogos matemáticos que tenham a característica de promover a aprendizagem da criança.

“O jogo exerce um papel importante na educação matemática” Ao permitir a manifestação do imaginário infantil por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança “(Kishimoto,1994,p22).

 

Através do jogo, a professora da turma tem a possibilidade de inserir o lúdico, pois os jogos se bem planejados, são recursos pedagógicos eficazes para a construção do conhecimento matemático.

“O mediador se encarrega não só de organizar, selecionar estabelecer prioridades a certos estímulos mediados, mas também pode estabelecer prioridades a certos estímulos entrarem de forma difusa na criança”. “(Kishimoto,2000 ,p94).

Ensinar matemática para a educação infantil é uma tarefa difícil, mas não impossível, o professor deve gostar das crianças, compreendo seu desenvolvimento cognitivo e motor  sempre estimulando as crianças a gostarem de matemática com jogos.

Conforme kishimoto (1989) “é enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende agir numa esfera cognitiva”. Entendo que o autor se refere que o brinquedo ou os jogos matemáticos, estimulam a curiosidade e que proporciona as crianças, o desenvolvimento, da concentração e da atenção.

Utilizar jogos matemáticos no ensino de matemática na educação infantil, que estimulem a resolução de problemas, não se esquecendo de respeitar as condições de cada aluno, definindo a posição das crianças, elaborado o jogo em um espaço agradável pois, segundo Kamii(2012) “o meio  ambiente pode agilizar ou retardar o desenvolvimento lógico-matemático”, introduzir o jogo com muita calma, tendo paciência para explicar o jogo e sempre respeitando a faixa etária de cada aluno.

O trabalho com jogos matemáticos possibilita: registros numéricos, operações aritméticas, argumentação entre jogadores no caso crianças, representações mentais e concentração.

Ao educador cabe criar um ambiente que reúna os elementos de motivação para as crianças. Criar atividades que proporcionam conceitos que preparam para a leitura, para os números; conceitos lógicos que envolvem classificação, ordenação, dentre outros.

O professor é uma espécie de ator. Atua segundo um texto escrito e outro contexto e segundo determinada tradição. O professor necessita de liberdade e criatividade em ação. Um professor que somente recita, não pode comunicar o essencial, e se quisermos fazê-lo apresentar uma situação sem margem para recriá-la o ensino fracassaria.(BROUSSEAU,1996,p.71)

“Segundo Kishimoto (2000) para o desenvolvimento do raciocínio lógico matemático, o mediador deve organizar jogos voltados para a classificação, seriação,seqüência, espaço, tempo e medidas.”

O professor deve ser o motivador e o mediador do conhecimento para os alunos, incentivando e os alunos e mostrando como a matemática é importante na vida das pessoas e que desde pequenos temos que aprender essa matéria.

“Finalmente um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer, Por isso, é importante os jogos façam parte da cultura escolar cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que deseja desenvolver” (PCN,1997,48-49).

Ensinar matemática na educação infantil tem por finalidade uma aprendizagem que seja de forma interessante e prazerosa e um recurso que possibilita isso são os jogos.

De acordo com Borges “em relação à Matemática, as aprendizagens ocorrem na medida em que esse sujeito percebe a importância desse conhecimento no seu cotidiano.” Dessa maneira, atitudes e vivências tanto escolares como na vida social da criança fora da escola, à matemática está presente, e não pode perder oportunidade de ser valorizada e intensificada o seu uso para reflexão, estabelecimento de relações e construção de aprendizagem.(2009,p.17)

Trabalhar com o lúdico na educação infantil é fundamental, e usar esta ferramenta através dos jogos matemáticos desperta nas crianças um mundo repleto de imaginação, que acontece num tempo e espaço, e que possui seqüência e regras para cada tipo específico de jogo que estimula o conhecimento sobre números, formas.

O trabalho com o jogo proporciona a criança aulas mais prazerosas e interessantes, de acordo com Ball (1992) para trabalhar com a matemática na educação infantil os professores devem ter conhecimento de matemática e conhecimento sobre matemática, ter compreensão conceitual explicita sobre os princípios e significados da matemática.

 Segundo Tancredi (2012) “O professor não deve somente saber os conteúdos deve, saber transformá-los em ensino efetivo, levando as crianças a avançarem na construção dos conhecimentos matemáticos”.

A seguir veremos as discussões da disciplina de estudos da linguagem Oral e Escrita na Educação Infantil.

 

Quais são os objetivos, os conteúdos, a orientação metodológica e a avaliação da linguagem oral e escrita na educação infantil, nas escolas municipais de Sorriso?

 Segundo a  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) a educação infantil passou a integrar a Educação Básica, juntamente com o ensino fundamental e o ensino médio.

De acordo com a LDB em seu artigo 29: A educação infantil, primeira etapa da educação básica tem como finalidade desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Conforme os Referenciais (1998), o papel da educação infantil é o cuidar da criança em espaço formal, contemplando a alimentação, a limpeza e o lazer. Também é seu papel educar, sempre respeitando o caráter lúdico das atividades, com ênfase no desenvolvimento integral da criança.

Nossa pesquisa sobre os objetivos, os conteúdos, a orientação metodológica e a avaliação da linguagem oral e escrita na educação infantil, nas escolas municipais de Sorriso, que foi realizada no Cemeis Caminho do Saber que atende crianças das turmas de berçário ao pré I.

Diante dessa pesquisa descobrimos que a educação infantil do município de Sorriso está melhorando, uma vez que esta sendo elaborado o documento das Diretrizes Curriculares da Educação, contudo o mesmo ainda não foi concluído.

 O objetivo da educação infantil no município de Sorriso é o de desenvolver algumas capacidades, como: ampliar relações sociais na interação com outras crianças e adultos, conhecer seu próprio corpo, brincar e se expressar das mais variadas formas, utilizar diferentes linguagens para se comunicar, entre outros.

Os conteúdos a serem trabalhados são determinados pela própria escola  que devem estar de acordo com o "Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil", que é composta de 3 volumes e  uma é leitura essencial para qualquer educador que trabalhe com a educação infantil, pois esta é a etapa mais importante na vida de uma criança.

As orientações metodológicas foram definidas pelos educadores que através de um planejamento anual é repassado a todas as escolas.

A avaliação na educação infantil deve ser no decorrer das atividades, considerando o desenvolvimento da criança, pois cada um tem um ritmo próprio de aprendizagem. Deve ser abrangente, pois o desenvolvimento é global. A avaliação não deve apenas quantificar aprendizagens, mas servir de base para as próximas etapas do ensino.

Para Kramer (1989), comumente, não só na Educação Infantil, mas também nos demais níveis do sistema escolar, os avaliados são única e exclusivamente os alunos e alunas. Mas é preciso analisar criticamente essa prática, pois o fato de os alunos/as serem o único "objeto" da avaliação revela a estrutura de poder e autoridade da grande maioria das instituições escolares. 

A Linguagem Oral acontece quando possibilitamos espaço e tempo para que as crianças possam falar e expressar suas idéias, e isso acontece a todo instante: durante as rodas de conversa; nos momentos que cantamos alguma música com elas; quando contam histórias vividas, o importante é o olhar atento do professor que incentiva e valoriza este momento da criança.

A Linguagem Escrita também pode ser incentivada através do contanto das crianças com diferentes gêneros textuais nos quadrinhos, poemas, trava-línguas, e os mais variados portadores de texto como as revistas, livros, jornais, gibis, folders. Desta forma, estaremos utilizando textos escritos para também trabalhar a oralidade da criança. Além disso, quando escrevemos perto das crianças, passamos a ser modelos de escrita para elas e isso faz com que se ampliem seus contatos com o mundo escrito.

A linguagem não é uma entidade isolada que poderíamos melhorar em si mesma, mas ela esta ligada aquilo que a criança constrói que é de ordem cognitiva, cultural e educativa. (AIMARD 1998, p.146)

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do que foi trabalhado tendo como norte a questão da interdisciplinaridade, pode-se observar que existe uma diferença entre teoria e prática nos Cemeis as idéias dos autores já estão muito presentes, a metodologia esta renovada esta andando a passos lentos.

Podemos observar com estudos feitos nesse projeto interdisciplinar que a criança tem que ser o personagem principal da histórica, em cima disso pode – se traçar o perfil do educador, o que ele pode estar fazendo para ser um animador, pesquisador, para seus alunos.

A interdisciplinaridade feita nesse projeto tornou-se muito satisfatório, onde foi prazeroso analisar o contexto em que a criança está inserida, os métodos que podemos trabalhar e enfatizar para obter um melhor resultado na disciplina.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

    AIMARD, Paule. O surgimento da linguagem na criança. Porto Alegre: Artmed, 1998.

     ARIES, Philippe: História Social da Criança e da Família. Rio de janeiro: 1981.

           BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. .

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. N.º 9.394, de 1996. Disposições Constitucionais, Lei nº 9.424, de 24 de Dezembro de 1996. Brasília, DF, 1998.

BRASIL. Lei n. 8.069 -1990. Estatuto da criança e do adolescente. Brasília: Senado Federal, 2012.

DELIZOICOV, Demetrio; ANGOTTI,  Jose André Peres;  PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de ciências: fundamentos e métodos; São Paulo: Cortez Editora, 2002. Cap. 1.

           FERREIRA, Aurelio Buarque de Holanda. Miniaurélio: o minidicionário da língua portuguesa. Curitiba: Positivo, 2007.

LIMA, Samantha dias: Educação na / para infância: Um diálogo entre a sociologia da infância e a educação popular. Região Sul,2012.

KAMII, Constance. A criança e o número: Implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação com escolares de 4 a 6 anos. 39ªed.  Campinas: Papirus, 2012.

 KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos, brinquedos, brincadeiras e educação. 4ªed. São Paulo: Cortez,2000.

KRAMER, Sônia. Com a pré - escola nas mãos: uma alternativa curricular para a Educação Infantil. São Paulo: Ática, 198

LOPES, Maria Helena. Mas o que é ciência mesmo? In: A Criança Descobrindo, Interpretando e Agindo sobre o Mundo; Brasilia: UNESCO, Banco Mundial, Fundação Mauricio Sirotsky Sobrinho, 2005. p. 95-102.

SILVA, Grasiele Rodrigues da. A importância de ensinar matemática  e como ensiná-la na educação infantil. Castelo Branco Cientifica,2013.

TANCREDI, Regina Maria Simões Puccinelli. Que educação matemática é preciso saber para ensinar na educação infantil? V.6. Ensaios,2012.

TEIXEIRA, Paulo Marcelo M. A educação científica sob a perspectiva da pedagogia histórico-crítica e do movimento c.t.s. ( ciência, tecnologia e sociedade ) no ensino de ciências. Ciência & Educação, v.9, n.2, p.177-190, 2003.

WALLON ,Henri: Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil/Izabel Galvão.- Petrópolis, RJ ; Vozes, 1995.