FNC - FACULDADE NOSSA CIDADE 

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS  

PROFº ORIENTADOR: ESTER CORSSO

INTERAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÃO E PESSOAS

Durante muito tempo, discutiu-se o antagonismo entre objetivos organizacionais e objetivos individuais das pessoas. Parecia que ambos não se bicavam. Na medida em que a organização busca alcançar seus objetivos - como lucro, redução de custos, maior produtividade etc. -, ela tende a sacrificar os objetivos individuais, como salários, benefícios, segurança no emprego etc., fazendo com que as pessoas pensassem que precisassem igualar a equação trabalhando menos para compensar o ganhar menos. Era a disputa típica do ganhar/perder. Isso já se foi. Hoje, as empresas funcionam no sentido de alcançar seus objetivos de modo paralelo com os objetivos dos seus funcionários, no sentido de criar condições de ganhar/perder. Quando ambos ganham, ambos trabalham melhor. 

 A razão de ser da Administração de recursos humanos está no alcance de um equilíbrio dinâmico na interação entre organização e pessoas. Ambas trabalham em um estreito relacionamento que deve se traduzir em benefícios recíproco. Ambas as partes devem ser igualmente privilegiadas. Isso porque as organizações necessitam de pessoas para fazê-lo funcionar, alcançar objetivos e oferecer resultados, mas por outro lado, as pessoas necessitam de organização para trabalharem, autorrealizarem-se e ganharem a vida. Quando essa interação reflete apenas o poder da organização, esta é privilegiada e as pessoas se tornam vítimas ou agentes passivos de pressões, coerções e coações vindas da organização sob todas as formas possíveis. Contudo, quando essa interação reflete apenas o poder das pessoas, estas é que são privilegiadas e é a organização que se torna vítima e agente passivo de interesse pessoais e busca de vantagens individuais e, com isso, não consegue alcançar as condições mínimas de sustentabilidade e continuidade a longo prazo tendo, portanto, vida breve. A mutualidade é indispensável tanto para a sobrevivência organizacional como para a satisfação pessoal das pessoas. Isso tudo provoca sinergia, ou seja, a simultaneidade de forças concorrentes - tanto da organização como das pessoas nela envolvida. Ambas as partes saem ganhando, pois os esforços conjuntos provocam retornos multiplicados e não apenas somados.

CHIAVENATO. Idalberto, Iniciação à Administração de Recursos Humanos, Editora Manole, Barueri - Sp,2010