Integração do aluno na prática educativa, através da utilização do instrumento - dramatização, na aula inaugural do curso de técnico de nível médio em uma escola do sus
Publicado em 01 de outubro de 2011 por ana lucia silva ribeiro
Ana Lúcia da Silva Ribeiro
Enfermeira no Hospital Estadual de Presidente Prudente.
Resumo
Este trabalho trás uma proposta de inserir através da aula inaugural, uma metodologia de ensino baseada na utilização de um instrumento, ou seja, a “dramatização”, com a utilização de três situações hipotéticas, com a intenção de direcionar o aluno para a prática educativa da problematização. Prática essa adotada pela Escola CEFOR/Assis, através do Curso Técnico de Nível Médio de Enfermagem-TECSAÚDE, Classe Descentralizada de Presidente Prudente, no ano de 2009/2010. Onde ainda através de uma avaliação diagnóstica, poderá constatar se os alunos apresentam ou não pré-requisitos e habilidades necessários para a utilização da metodologia definida pelo Projeto Político Pedagógico.
Palavra chave: Dramatização. Aula inaugural. Avaliação diagnóstica. Prática educativa.
Integration of the student in educational practice, through the use of the instrument - drama, the inaugural class of the course of Middle Level Technical School in a SUS.
This paper brings a proposal to insert through the opening class, a teaching methodology based on the use of an instrument, namely the ' drama ', using three hypothetical situations, with the intention of directing the student to the educational practice of school choice CEFOR / Assisi, through the Middle Level Technical Course Nursing - TECSAÚDE in the year 2009/2010. Where does through a diagnostic evaluation, you will see whether or not students have the prerequisites and skills needed to use the methodology of the Political Pedagogical Project .
Keyword: Drama. Inaugural lecture. Diagnostic evaluation. Educational practice.
La integración del alumno en la práctica educativa , a través de la utilización del instrumento - el teatro, conferencia inaugural en el Curso de Nivel Medio Escuela Técnica en una SUS.
Este documento recoge una propuesta de insertar a través de la clase de apertura, una metodología de enseñanza basada en el uso de un instrumento, a saber, el "drama", con tres situaciones hipotéticas, con el propósito de orientar al estudiante a la práctica educativa la elección de escuela CEFOR / Asís, a través del Nivel Medio Curso Técnico de Enfermería - TECSAÚDE en el año 2009/2010. ¿De dónde a través de una evaluación diagnóstica, podrás ver si los estudiantes tienen los prerrequisitos y conocimientos necesarios para utilizar la metodología definida por el Proyecto Político Pedagógico .
Palabra clave: Drama . Conferencia inaugural . Evaluación diagnóstica. La práctica educativa .
1 Introdução
Todo início de curso envolve grandes expectativas tanto para alunos como para os próprios professores. Mediante o conhecimento científico sobre o conjugado de avaliações existentes e integradas entre si, é de extrema importância e grande relevância que se inicie o curso com uma avaliação diagnóstica.A avaliação diagnóstica tem como definição segundo UNIVERSIDADE...2005, p.1 :
É aquela realizada no início de um curso, período letivo ou unidade de ensino, com a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não o domínio dos pré-requisitos necessários, isto é, se possuem os conhecimentos e habilidades imprescindíveis para as novas aprendizagens.
Portanto a finalidade deste trabalho é o de apresentar um método diferente do habitual, mas dentro das perspectivas de uma avaliação diagnóstica, onde os próprios alunos teriam a oportunidade de escolha a partir de três hipóteses, utilizadas através do instrumento de dramatização pelo professor, a metodologia pedagógica a ser utilizada pela Escola.Seria uma forma de construir e cultivar desde o inicio do curso a importância da construção conjunta e democrática de conhecimentos e de um espaço aberto de diálogo entre professor e aluno. Onde a aula inaugural através da técnica de dramatização das três hipóteses, surge como objeto desse estudo.Quanto a manifestações na prática escolar, através das teorias de Libâneo, 1990, p.34, temos que ao propor novos modelos de ensino voltados para a interação conteúdos - realidades sociais, alcançamos ou avançamos em termos de uma articulação do político e do pedagógico, nas transformações das relações de produção do conhecimento.
Ainda vale citar um trecho desse escritor, onde ele faz uma citação sobre como iniciar uma aula propriamente dita:
Tal ruptura apenas é possível com a introdução explícita, pelo professor dos elementos novos de análise a serem aplicados criticamente à prática do aluno. Em outras palavras, uma aula começa pela constatação da prática real, havendo, em seguida, a consciência dessa prática no sentido de referi-la aos termos do conteúdo proposto, na forma de um confronto entre a experiência e a explicação do professor. Vale dizer: vai-se da ação à compreensão e da compreensão à ação, até a síntese, o que não é outra coisa senão a unidade entre a teoria e a prática(LIBÂNEO,1990, p.32).
2 Objetivos
2.1 Objetivo geral
Utilizar uma forma de trabalhar com soluções novas para questões conhecidas, como a apresentação da filosofia da Escola CEFOR/Assis, através da dramatização pelos alunos na aula inaugural do Curso de Técnico de Nível Médio de Enfermagem-TECSAÚDE, no ano de 2009/2010.
2.2 Objetivos específicos
Integrar o aluno na pratica educativa, responsabilizando-o pela própria aprendizagem através da participação efetiva em sala de aula.
Facilitar a integração do ensino e aprendizado, posteriormente baseado na avaliação formativa.
3 Material e método
Este estudo apresenta através de uma aula inaugural, a aplicabilidade de um dos métodos de avaliação, aqui no caso, a avaliação diagnóstica.Esta avaliação diagnóstica foi realizada no primeiro dia de aula, onde a população alvo foi um grupo de alunos matriculados em um Curso Técnico de Nível Médio de Enfermagem-TECSAÚDE, no ano de 2009/2010, com características sociopolíticas, que através da Classe Descentralizada instalada em Presidente Prudente, que esta diretamente vinculada a Escola de Auxiliar de Enfermagem de Assis, sito à Rua Quintino Bocaiúva, 289. CEP 19806-150. Autorizada a funcionar como CEFOR pelo parecer CEE – SP no 1297/87 de 02/09/87. Reconhecida como Escola Técnica do SUS, pelo Governo do Estado de São Paulo, através do Decreto no 51.767 de 19 de abril de 2007. Ainda pelo Parecer no 229/2000 da Câmara do Ensino do Segundo Grau, que autoriza a instalar Classes Descentralizadas no Centro Formador de Assis.
Os procedimentos realizados foram baseados em orientações recebidas do grupo de coordenadores da Escola, quanto a apresentações do Plano de Curso, Regimentos, e conseqüentemente Métodos Avaliativos e a forma de Registro dos resultados esperados. Mas além dessa apresentação formal, faltava apresentar a filosofia da escola, ou seja, o Projeto Político Pedagógico.
Esse início de curso ou aula inaugural deve ser bem elaborado e trabalhado, principalmente se os alunos estão acostumados com métodos de avaliação tradicionais. Por ser uma escola do SUS, possui um projeto pedagógico voltado para uma metodologia crítica e sistematizada, buscando a transformação dos conteúdos abordados pelas disciplinas em ações de saúde, e não meramente procedimentos técnicos. O currículo apresenta características de integração no ensino-serviço, e que constitui, portanto, um comprometimento com a realidade social e uma visão estreita da relação teoria-prática. Esta metodologia envolve completamente o aluno, fazendo com que ocorram trocas de experiências vividas no dia a dia de cada aluno-trabalhador, em sala de aula.
Sendo assim os alunos precisavam conhecer essa filosofia. E a forma que se optou foi à utilização de técnicas de dramatização, com utilização de três situações hipotéticas (apresentadas em Resultados), extraídas da UNIDADE V – EDUCAÇÃO EM SAÚDE, Texto 9 - “Educação e Saúde na Prática do Técnico de Enfermagem”, do guia curricular do aluno (RODRIGUES, coord. 2009, p.63),
3 Resultados
Quanto às evidencias à este estudo a intenção seria a de que os próprios alunos escolhessem a metodologia mais lógica, referendando situações inerentes ao dia a dia de um aluno-trabalhador, pois cada texto, ou situação hipotética, possuía um pressuposto de uma proposta pedagógica teórico-metodológica, mas, de uma forma não explícita, seria uma situação de atividade desenvolvida comumente no dia a dia do técnico de enfermagem, que implicitamente mostraria a técnica da pedagogia tradicional (situação hipotética A), da pedagogia tecnicista (situação hipotética B), e da pedagogia problematizadora e/ou da autonomia (situação hipotética C).
3.1 Situações hipotéticas:
3.1.1Situação hipotética A
Cliente é admitido na unidade de internação com um quadro de hipertensão arterial sistêmica, e seu primeiro contato é com o técnico de enfermagem que o recebe e verifica os sinais vitais. O técnico questiona como ele, cliente, deixou que a sua situação de saúde chegasse a esse ponto. Discorre então sobre todos os cuidados a serem tomados para a manutenção da pressão arterial em níveis pressóricos normais. Em nenhum momento busca saber sobre as condições que fizeram com que a pressão arterial atingisse esses níveis.
OBS.: Nessa situação, reportando-se à educação, podemos dizer que o profissional utilizou a pedagogia tradicional.
3.1.2 Situação hipotética B
O técnico de enfermagem recebe um paciente diabético que procura a Unidade Básica de Saúde para realizar curativo de uma lesão em seu pé. Para o técnico é visível que
a lesão está em precárias condições pela falta de cuidado. Recebe o cliente e faz uma orientação extremamente cuidadosa e detalhada sobre a maneira adequada de cuidar da lesão. Indica soluções necessárias à assepsia, especifica os materiais necessários para a realização correta do curativo e o que deve ser observado no processo de cicatrização.
OBS.: Essa opção pedagógica, chamada tecnicista ou do condicionamento.
3.1.3 Situação hipotética C
O técnico de enfermagem trabalha na Unidade de Saúde e faz parte de um grupo de orientação sobre o aleitamento materno. O início do trabalho educativo se dá com relato das mães para o grupo, sobre a experiência de amamentar. A equipe que desempenha o papel de facilitadores estimula a participação para que surjam as situações problema. O grupo passa a discutir os problemas encontrados, analisando criticamente cada situação e suas várias possibilidades. Os facilitadores trocam com o grupo as informações mais técnicas que podem subsidiar o entendimento de situações específicas. Em seguida passam a discutir as prováveis maneiras de se solucionar os problemas apresentados, agendando novo encontro para a avaliação da aplicabilidade dessas soluções em sua realidade de vida.
OBS.: Prática pedagógica utilizada a problematizadora, da autonomia.(RODRIGUES,Coord. 2009, p.63 a 65).
4 Discussão/Conclusão
Como a finalidade deste trabalho seria o de apresentar uma forma diferente dentro de uma avaliação diagnóstica quanto à apresentação da filosofia da Escola, partiu-se para a opção da dramatização de três hipóteses, onde os próprios alunos teriam a liberdade de escolha quanto à metodologia a ser seguida pelos professores durante o período letivo proposto pela Escola.
Normalmente essa aula inaugural seguiria padrões pré- estabelecidos, como em uma aula tradicional, sem envolvimento e participação dos alunos, e esse método e/ou forma diferente de trabalhar à filosofia da Escola, também atende às características curriculares que a escola segue que seria a abordagem de estratégias pedagógicas que façam com que os alunos trabalhem com ações de saúde, pois são trabalhadores do SUS, e criem uma aprendizagem significativa dentro de um saber ser critico e transformador.
A experiência da dramatização demonstrou uma forma de elaboração conseguida pelo próprio aluno, de um conteúdo programado através das três hipóteses, onde o “[...] aluno, com sua experiência imediata num contexto cultural, participa na busca da verdade, ao confrontá-la com os conteúdos e modelos expressos pelo professor”.(LIBÂNEO, 1990, p.32)
Essa experiência revelou ao final, a necessidade da utilização da pratica pedagógica da problematização, pois os alunos entenderam que a melhor forma de aprender é através de uma educação transformadora e participativa, pois através dessa forma de trabalhar possibilitará o acesso aos conhecimentos necessários à formação de uma consciência crítica, que os liberte da fragilidade e impotência da educação tradicional. (LOPES et al, 1990, p.136).
Com relação a efetivação da educação, seguindo os pensamentos de Mitre et al (2008, p.5), temos a necessidade da junção dos dois sujeitos envolvidos, o professor e o aluno, porque não há docência sem discência, e a partir dessa interação, temos a construção do saber através desse modelo de competências proposto por uma abordagem pedagógica progressiva de ensino-aprendizagem criada pela metodologia da autonomia problematizadora.
Referências
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ABNT. NBR6028: Resumos. Rio de Janeiro, 2003. 2p.
ABNT. NBR10520:Informação e documentação: citação em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7p.
ABNT. NBR14724: Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 9p.
CEFOR – EAEA/Assis. Projeto Político Pedagógico.
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MITRE, S. M. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciênc. saúde coletiva. v.13 supl. 2. Rio de Janeiro, dez. 2008. LILACS ID: 497185. Acesso em 16/07/2010.
RODRIGUES, S. H.Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Saúde no Estado de São Paulo: Curso Técnico de Nível Médio em Enfermagem – Modulo Habilitação. FUNDAP, 2009.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Metodologia de Avaliação da Aprendizagem. 2005. Disponível em:<http://www.ccs.uel.br/medicina/curso/metodologia.php>. Acesso em 30/06/2010.