Na sociedade apesar de todas suas evoluções, ainda podemos ver que existem muitas barreiras a serem vencidas, e uma delas é a inclusão de deficientes visuais em escolas do estado.  Mais de quem seria o problema? Ou talvez a pergunta fosse qual seria o problema pelo qual a escola tem dificuldades em atender crianças e jovens com deficiência visual?

Nossas escolas não têm suporte físico necessário para abrigar esse tipo de necessidade. Mais esse é um problema fácil de ser vencido. O nosso maior problema é em relação ao material pedagógico, onde o estado não disponibiliza verba suficiente para a integração deficiente-professor. Mais o que pode ser feito para esta integração? Podemos verificar diversas formas em que professores conseguem aplicar sua matéria levando a um pleno conhecimento do deficiente em sua matéria. Como primeiro exemplo, podemos citar a matemática com todas suas formas geométricas. O professor pode comprar materiais em madeira ou acrílico, ou ainda uma forma mais barata seria a confecção em cartolina destes objetos. Por exemplo, quando o professor falar que um quadrado tem quatro lados, o deficiente poderá saber disso, visualizando com as mãos o objeto em questão. Podemos aplicar técnicas como "audiobooks" ou livros em braile nas disciplinas de historia e português, onde a escrita é mais utilizada, levando assim ao aluno um acompanhamento mais eficaz. Em matérias mais complexas onde se utiliza muitos desenhos, como é o caso de geografia, artes, biologia, química e física, podemos utilizar modelos em alto relevo, como um mapa geopolítico do Brasil, demarcando os limites físicos do país, uma ligação de átomos, uma célula com suas organelas ou um quadro do artista Pablo Picasso. Podemos integrar os alunos-deficientes em educação física, onde podemos desenvolver interação com os "videntes" através de jogos, como "damas" ou até mesmo o "xadrez". São coisas simples é de fácil confecção e acesso, onde o educador poderá abrir um novo mundo aos seus alunos-deficientes. Além do material pedagógico o aluno-deficiente tem que ser aceito pela escola. Nesse caso entra-se a cooperação de educadores, diretores, coordenadores e funcionários. Ao receber um aluno-deficiente, a escola deve preparar os professores, e os alunos. Com os professores é necessário uma capacitação onde aprenderão como trabalhar e qual forma trabalhar com esses alunos-deficientes. Já com os alunos, é um caso um pouco mais complicado, pois é necessário que compreendam que apesar da deficiência de seu colega de sala, ele é uma pessoa como todas as outras, mais que necessita de cuidados especiais.Essa interação não é uma utopia na qual devemos planejar anos e anos. Isso é algo real, é algo que faz parte do nosso cotidiano, e que devemos o quanto antes colocar em pratica para que possamos ter em nossas escolas um conceito de igualdade. Devemos enxergar nosso aluno-deficiente como um aluno-eficiente. Alguém que tem toda a capacidade de integração e aprendizagem como qualquer outro aluno-vidente. Está na hora de sermos um país igualitário, onde todos têm o mesmo direito, onde os deficientes visuais possam viver, estudar, formar-se e dar continuidade a sua carreira de uma forma mais digna e encorajadora.