Insistir, como espuma no mar
Publicado em 01 de outubro de 2010 por Edson Terto da Silva
Edson Silva
Não sei se isto ocorre com todos, mas quando escuto uma música ou leio alguma coisa presto muita atenção em detalhes e analiso como eles podem ser aplicados na vida, no dia a dia. Graças a Deus, minha profissão de jornalista permite de maneira prática dividir impressões com outras pessoas e as "vítimas" acabam sendo vocês, amados e pacientes leitores. Não se trata de experimentos, mas sim de tentar levar experiência e até, quem sabe?, incentivar outras pessoas a tentarem se aventurar pelos mundos das percepções, leituras e escritas...
Tento escrever este texto após ouvir a música "Não Há Porque", do Ivan Lins. Meu foco são algumas frases. Ele diz, por exemplo, que não há porque fantasiar a vida e desconfia de quem discorda e alerta, se alguém debochar que tome cuidado, pois o barco pode virar. Alguém duvida que o Ivan esta com razão? Outra estrofe ( esta parece ser diretamente prá mim e meus colegas de torcida) diz que no estádio meu time me põe doente e a estrofe seguinte é para qualquer torcida, diz que esbarramos em dívidas diariamente. Querem algo mais verdadeiro?
E o que muita gente ouve apenas como música bem pode ser decodificada como manifesto político ou social, com o cantor e compositor alertando que escândalo se abafa, isso é mais prudente e sua leitura é marcada da mais dura e real sinceridade ao dizer que nas escadas o degrau não é pra todos. Cruel, mas devemos fazer a ressalva que o próprio Ivan fará no fim da música, dizendo que temos todos que ser fortes e continuar fazendo nosso caminho.
Sobrevivendo comicamente na espreita e com os efeitos dessa maneira clandestina de viver num mundo, que deveria ser unicamente nosso, o artista admite que efeitos vêm a público amargamente. Mas Ivan segue com o alento que a esperança é renovada em todo poente, pois o verdadeiro homem, no sentido de ser humano e de caráter, é como frágil espuma, que pode em determinado viver fraco, quase desmanchada pela imensidão e força do mar, mas jamais deixa de seguir em frente... Então? Será que só ouvi e analisei apenas uma música lançada nos anos 70 ou 80?
Edson Silva, 48 anos, jornalista, nasceu em Campinas e trabalha como
assessor de imprensa em Sumaré
[email protected]
Não sei se isto ocorre com todos, mas quando escuto uma música ou leio alguma coisa presto muita atenção em detalhes e analiso como eles podem ser aplicados na vida, no dia a dia. Graças a Deus, minha profissão de jornalista permite de maneira prática dividir impressões com outras pessoas e as "vítimas" acabam sendo vocês, amados e pacientes leitores. Não se trata de experimentos, mas sim de tentar levar experiência e até, quem sabe?, incentivar outras pessoas a tentarem se aventurar pelos mundos das percepções, leituras e escritas...
Tento escrever este texto após ouvir a música "Não Há Porque", do Ivan Lins. Meu foco são algumas frases. Ele diz, por exemplo, que não há porque fantasiar a vida e desconfia de quem discorda e alerta, se alguém debochar que tome cuidado, pois o barco pode virar. Alguém duvida que o Ivan esta com razão? Outra estrofe ( esta parece ser diretamente prá mim e meus colegas de torcida) diz que no estádio meu time me põe doente e a estrofe seguinte é para qualquer torcida, diz que esbarramos em dívidas diariamente. Querem algo mais verdadeiro?
E o que muita gente ouve apenas como música bem pode ser decodificada como manifesto político ou social, com o cantor e compositor alertando que escândalo se abafa, isso é mais prudente e sua leitura é marcada da mais dura e real sinceridade ao dizer que nas escadas o degrau não é pra todos. Cruel, mas devemos fazer a ressalva que o próprio Ivan fará no fim da música, dizendo que temos todos que ser fortes e continuar fazendo nosso caminho.
Sobrevivendo comicamente na espreita e com os efeitos dessa maneira clandestina de viver num mundo, que deveria ser unicamente nosso, o artista admite que efeitos vêm a público amargamente. Mas Ivan segue com o alento que a esperança é renovada em todo poente, pois o verdadeiro homem, no sentido de ser humano e de caráter, é como frágil espuma, que pode em determinado viver fraco, quase desmanchada pela imensidão e força do mar, mas jamais deixa de seguir em frente... Então? Será que só ouvi e analisei apenas uma música lançada nos anos 70 ou 80?
Edson Silva, 48 anos, jornalista, nasceu em Campinas e trabalha como
assessor de imprensa em Sumaré
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