INQUÉRITO DA METOLOGIA APLICADA EM CRIANÇAS COMTRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL PRIVADO E PÚBLICO

Camila Borges Chora

Resumo

A escola exerce um papel de extrema importância na formação humana de indivíduos, visto que contribui para o desenvolvimento das capacidades intelectuais e profissionais dos cidadãos. Nesse sentido, o professor é a figura importante no processo de formação, desenvolvendo um papel não só relacionado ao ensino/aprendizagem, mas também, atuando como profissional que promove a inserção do aluno na sociedade e no mundo em que vive.

Apesar de ser um assunto pesquisado á anos, se conhece pouco sobre o TDAH (Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade). Por este motivo, os professores têm elaborado "diagnósticos" sobre seus alunos problemáticos sem embasamento teórico que justifique determinar que uma criança é hiperativa tomando como referência apenas seu comportamento. O presente trabalho investiga a atuação de professores frente a alunoshiperativos em uma escola publica e em uma escola privada. A investigação ocorrerá através de um questionário composto por 15 perguntas entregue a 10 professores da escola privada e da escola pública que identificarão o conhecimento dos professores sobre TDAH. A caracterização do TDAH normalmente se dá pela presença dos sintomas de desatenção, hiperatividade/impulsividade.

Palavras chave: Educação Física, Hiperatividade, Ensino Fundamental

Summary

Despite being a subject researched for years, little is known about the DADH (Disorder attention deficit hyperactivity). For this reason, teachers have been working on "diagnoses" on their troubled students without theoretical basis justifying determine that a child is hyperactive only by reference to their behavior. This paper investigates the performance of teachers against students hyperactive in a private school and a public school. The research will take place through a questionnaire with questions that will identify the knowledge of teachers about DADH. They would then be used to observe in the classroom with respect to the interaction of teachers and their students hyperactive. The characterization of DADH is usually made by the presence of symptoms of inattention, hyperactivity/impulsivity

Key words: Physical Education, Hyperactivity, Elementary

Introdução

A hiperatividade é encontrada mundialmente em todas as classes sociais, mas ainda pouco reconhecida. Estima-se atualmente que a hiperatividade afeta entre 3% e 6% das crianças em idade escolar, com preponderância nos meninos. Cerca de 70% dos casos conservam a síndrome na maturidade.

Um terço das crianças com TDAH começam a apresentar problemas de comportamento desde o primeiro ano de vida: elas choram mais freqüentemente e por mais tempo, experimentam dificuldades em alimentar-se, são mais ativas e dormem menos.

A partir dos 6 anos de idade, apresentam falta contínua de atenção, inabilidade para concentrar-se, instabilidade emocional, impulsividade, dificuldades com obediência, sinais neurológicos restringidos (como na coordenação fina motora). Em idade escolar vive um pesadelo real. Cria perturbações na sala de aula, tem dificuldade no estabelecimento de relações com o instrutor, é rejeitada pelos amigos e debate-se em conflitos familiares. Podem apresentar QI estatisticamente superior quando comparados aos níveis normais e exibem imaginação e criatividades surpreendentes.Apesar do grande número de estudos já realizados, as causas precisas do TDAH ainda não são conhecidas. As investigações científicas atuais para a determinação da etiologia da síndrome atingem um amplo campo, entre elas estão duas hipóteses neurológicas. Uma proposta defende a síndrome como resultado da disfunção do lobo frontal devido a uma perturbação dos processos inibitórios do córtex a outra enfoca um desequilíbrio neuroquímico nos sistemas neurotransmissores da noradrenalina e da dopamina, os quais se encontram em níveis inferiores (BARKLEY, 2002).

Nas pesquisas de caracterização sócio-emocional, o estilo de criação e as características de personalidade dos pais são considerados fatores que interferem no desenvolvimento e curso do transtorno. A questão clínica da síndrome considera que o transtorno hipercinético pode ser um estado reacional a uma situação traumatizante ou ansiogênica que responde a uma angústia permanente, já a hiperatividade de comportamento ou uma hiperatividade reativa é gerada em ambiente onde há relacionamentos familiares insatisfatórios e falta de reciprocidade afetiva, sendo a criança objeto de permanente desvalorização e alvo de crítica.

Para Benczick (2000) o TDAH gera impacto em uma grande pluralidade de dimensões tais como comportamentais, intelectuais, sociais e emocionais, pois promove dificuldades, como controle de impulsos, concentração, memória, organização, planejamento e autonomia. A criança com TDAH sempre se comportará sem destreza motora, não porque tenha alguma deficiência nas áreas de controle motriz do cérebro ou cerebelo, mas porque não concentra suficiente atenção no controle de seus movimentos (Sendo assim a criança com TDAH sempre terá falta de atenção no controle de seus movimentos (CONDEMARÍN; GOROSTEGUI; MILICIC, 2006)).

Apesar do processo de aprendizagem ocorrer através da imitação, tentativa, erro e liberdade de movimento, a exposição da criança uma estimulação organizada em circunstâncias encorajadoras tendem promover o desenvolvimento das suas capacidades e habilidades para além do que é normalmente esperado não confiando somente na maturação neurológica (GALLAHUE; OZMUN, 2003).

Sendo necessária uma estimulação organizada com oportunidade de prática einstrução para o desenvolvimento de forma equilibrada de suas habilidades motoras(FERREIRA NETO, 2000).

Para isso é preciso que seu instrutor, professor esteja apto a diagnosticar e ensinar essa criança como lidar com as dificuldades que ela terá que passar no período escolar.

Diante desta informação, objetivo deste estudo é observar e analisara eficiência dos professores e a intervenção executada em uma criança com TDAH, descrever as características biopsicossociais, grau de atenção/concentração, relacionamento e no aproveitamento escolar em uma escola publica e privada.

Metodologia

O presente estudo caracterizou-se como do tipo experimental. A amostra foi composta por uma pesquisa em forma de questionários com 15 perguntas abertas e fechadas, aplicadas em 10 professores do ensino básico de uma escola privada e 10 de uma escola pública visando entender e comparar a metodologia aplicada pelos docentes com alunos que possuem déficit de atenção e hiperatividade. Sendo perguntas voltadas para o desenvolvimento social, emocional dos alunos com TDAH, também sobre o desenvolvimento fino motor, e experiência desses professores.

De acordo com as respostas, será adquirido o resultado das comparações feitas na escola publica e privada.

O local de coleta de dados foi realizado em uma escola Privada do município de Andradina-SP. E em uma escola publica no município de Lavínia-SP.

Resultados e discussão

Questões

1-Atuam no magistério a mais de 10 anos.

Na escola pública (5) professores indicaram que estão atuando no magistério a mais de 10 anos, e na escola privada (5) estão atuando a mais de 10 anos.

2- Quanto aluno tem por sala?

Na escola pública as professoras indicaram ter por sala a media de 25 a 30 alunos. Na escola privada as professoras indicaram ter de 15 a 20 alunos por sala.

3- Tem ou teve algum aluno hiperativo?


Na escola pública (10) professoras afirmaram ter alunos hiperativos. E na escola privada (10) professoras afirmaram ter alunos hiperativos.

4-Sabe o que é hiperatividade?


Na escola pública (10) professoras afirmaram que sabem o que é hiperatividade, disseram que é uma disfunção do cérebro. Na escola privada (10) professoras disseram que sabem o que é hiperatividade afirmando ser distúrbios neurológicos.

5- O professor sabe diagnosticar?


Na escola pública (10) professoras disseram que a hiperatividade é feita por diagnósticos médicos. Na escola privada (10) responderam que o diagnóstico é médico também.

6-Maior dificuldade de trabalhar com um aluno hiperativo?


Na escola pública (9) professoras citaram impulsividade e na escola privada (6) professores citaram que o desleixo é a maior dificuldade nos alunos hiperativos em sala.

7-O hiperativo apresenta dificuldade na aprendizagem escolar?


Na escola pública (10) professoras citaram que o hiperativo apresenta dificuldades sociais e de aprendizagem. E na escola privada (10) professoras citaram organização dificuldades sociais e de aprendizagem e de aprendizagem também.

8-Você recebe orientação profissional de como lidar com essa criança?


Na escola pública (10) professoras responderam que recebem orientações de profissionais no caso. Na escola privada nenhuma professora recebe orientação profissional.

9-Você recebe informações dos pais sobre esse aluno?


Na escola pública (6) professores responderam que os pais informam o comportamento dos filhos e na escola privada (3) professores citaram que as vezes os pais dão informações dos filhos.

10-A coordenação motora fina é diferenciada no nível dos outros alunos?


Na escola pública (10) professoras citaram que a coordenação motora feita por testes de psicomotricidade é diferente isso nos alunos diagnosticados por médicos. E na escola privada (10) professores observaram que os alunos com características de hiperativos tem uma coordenação motora desorganizada.

11-Existe dificuldade desse aluno com o grupo?


Na escola pública (10) professoras afirmaram que os alunos tem dificuldades de se relacionar com o grupo ele são agressivos e explosivos por isso as crianças tem medo e se afastam deles. Na escola privada também (10) professoras afirmaram dificuldades de relação em seus alunos hiperativos devido ao seu comportamento agressivo.

12-Existe dificuldade de relação desse aluno com você?


Na escola pública (6) professoras disseram que os alunos apresentam dificuldades de se relacionar. Na escola privada (4) professoras disseram que existem dificuldades de relação.

13-Existe um tratamento diferente com o aluno que possui TDAH?


Na escola pública (10) professoras responderam que existe um tratamento diferente e atencioso com o aluno que possui o TDAH. Na escola privada (10) professoras também responderam que existe um tratamento atencioso e com o aluno que possui o TDAH.

14-A sua escola possui uma proposta diferente para alunos que possuem TDAH?


Na escola pública (10) professoras afirmaram que existe uma proposta metodológica para alunos com TDAH. Na escola privada nenhuma professora responde que a escola possui uma proposta.

15-Você Possui uma proposta para alunos que possuem o TDAH?


Na escola pública (10) professora afirmaram ter uma proposta para alunos que possuem TDAH abordando o que eles precisam pra facilitar a aprendizagem. Na escola privada apenas (2) professoras afirmaram ter uma proposta de ensino para alunos que possuem TDAH.

Resultados

Professores sabem identificar a hiperatividade?

Inicialmente, precisa-se definir de fato, o que é hiperatividade, pois esse termo tem sido amplamente confundido com indisciplina, sendo comum a qualquer criança ser ativa, às vezes, até em excesso. E isso é normal. Da mesma forma, é evidente, principalmente na escola, crianças desinteressadas pelas aulas tornarem-se bagunceiras, o que caracteriza a indisciplina.

Pode-se compreender, com base em Severino (1996, p. 59), que no caso da indisciplina em crianças pequenas deve-se rever a educação dada, visto que a indisciplina e a má educação andam juntas. Se a indisciplina é na escola, deve-se analisar a quantidade de alunos indisciplinados. Se a classe toda tem bom comportamento e somente alguns alunos desobedecem, deve-se verificar o que ocorre com eles, poderá ser desde má educação até algum distúrbio.

Os professores sabem diagnosticar?

As respostas sugerem que os professores não sabem identificar (diagnosticar), características de TDAH, o que pode resultar em encaminhamentos errôneos de crianças com este diagnóstico. É importante salientar que a desatenção, a hiperatividade ou a

impulsividade como sintomas isolados também podem resultar em problemas na interação das crianças com pais, professores e seus pares (colegas e amigos). A ocorrência destes pode ser resultado, também, de sistemas educacionais inadequados ou, ainda, podem estar associados a outros transtornos comumente encontrados na infância e adolescência.

Portanto, para o diagnóstico do TDAH, é sempre necessário contextualizar os sintomas na história de vida da criança. Pode-se concluir que os professores não identificam corretamente sintomas do TDAH em seus alunos. (ROHDE, MATTOS et aI 2003, p. 217)

Maior dificuldade de ensino com aluno que possui TDAH?

As professoras citaram que tem duas maiores dificuldades que foram desleixo e impulsividade.

É importante que o professor tenha conhecimento sobre o tdah, sobre o aluno e sua realidade, pois com simples gestos tais como encorajar a criança lembrando sempre que ela é capaz, estabelecer simples rotinas para que ela possa seguir, colocar limites, elaborar um trabalho diferenciado e com a ajuda de diferentes recursos e utilizando diversas maneiras que despertem o interesse e agucem sua criatividade, sendo essa uma característica muito forte da criança hiperativa, sendo assim para que o professor encontre sucesso em uma sala de aula com um aluno que possua o tdah ele precisa conhecer e se aprofundar na necessidade real da sala . (BAKLEY,1999 p.235)

Para GOLDSTEIN E GOLDSTEIN (2000 apud CORRELATO; BROGIO, 2003, p.73), "é importante entender que a criança hiperativa apresenta as dificuldades mais comuns na infância, porém de forma mais exagerada". Já CYPEL (2000 apud CORRELATO; BROGIO, 2003, p.73), descreve a hiperatividade "como resultante da inconsciência e da incompetência do que como resultante do comportamento ou obediência". DROUET (1995 apud CORRELATO; BROGIO, 2003, p.73), afirma que:

a hiperatividade é um dos distúrbios mais freqüentes em crianças com transtornos motores. É uma perturbação psicomotora. Esse comportamento não aparece somente pelo excesso de atividade, mas também nos seus movimentos em direção aos objetos e do seu próprio corpo.

Contextualizando as diversas definições, conforme os estudiosos, a hiperatividade é um grande desafio tanto para os pais, quanto para o profissional da educação. Pelo exposto, observa-se que a patologia apresenta sintomas persistentes e crônicos, não havendo cura, mas melhora do quadro em maior parte dos casos. Portanto, o problema do hiperativismo deve ser tratado durante a infância e a adolescência. Os resultados obtidos mostram que existem desencontros de informações e a maioria dos profissionais da educação definem o "Déficit da atenção com hiperatividade" com descrições diversificadas, baseadas nas causas, características e emoções apresentadas pelo aluno.

Perguntamos se na escola em que atuavam havia informações profissionais de como lidar com esse aluno, segundo as respostas só a escola pública teve esse acompanhamento. O papel do professor é transmitir conhecimento, apoio e, principalmente, conduzir o ensino-aprendizado com estratégias interessantes e envolventes, que segundo as concepções Vigotskiana devem valorizar a interação do homem com o meio em que vive, amplificando as condições do desenvolvimento moral e intelectual. Para isso, o professor precisa se aprimorar constantemente, mantendo-se informado para que tenha condições de criar programas pedagógicos, realizar planejamentos específicos e com atividades que despertem, significativamente, a atenção e o olhar critico desse aluno.

A atenção, o carinho e a paciência são procedimentos necessários que devem ser dispensados pelo professor a todos os alunos, mas a obtenção de informações é relevante para que o professor saiba e tenha noções de como lidar com o aluno hiperativo. É importante que o profissional da educação, ao se deparar com alunos que possuem algum tipo de distúrbio, busque conhecimentos sobre o processo inclusivo e sobre o problema que o está desafiando. Além disso, o aluno e a família, também devem ter conhecimentos e serem informados sobre o distúrbio. Segundo BENCZICK (2000),

o primeiro passo para ajudar a criança em seu processo educacional é esclarecer o que é TDAH.

Perguntamos se os pais descreviam informações do aluno ao professor, Na escola pública (6) professores responderam que os pais informam o comportamento dos filhos e na escola privada (3) professores citaram que as vezes os pais dão informações dos filhos.

O questionamento sobre a causa de o hiperativismo estar relacionada à indisciplina, falta de orientação familiar ou algo sério que necessita de tratamento Segundo BARKLEY (2002), o TDAH é um problema real, e freqüentemente, um obstáculo para a convivência do portador no meio em que vive. Muitas vezes, os sintomas são interpretados como atos de indisciplinas, mas, na verdade, são um problema de difícil detecção e resolução.

Os resultados obtidos a partir de dados da literatura revelaram que o melhor método para percepção dos sintomas é a convivência cotidiana, observando o comportamento do aluno dentro e fora da sala de aula.

A coordenação motora fina é diferenciada no nível dos outros alunos?

Na escola pública (10) professoras citaram que a coordenação motora feita por testes de psicomotricidade é diferente isso nos alunos diagnosticados por médicos. E na escola privada (10) professores observaram que o aluno com características de hiperativos tem uma coordenação motora desorganizada.

Na maioria das crianças e dos adolescentes encontra-se alguma co-morbidade associada, sendo comuns os transtornos de conduta, de aprendizagem, de humor e ainda o distúrbio de desenvolvimento da coordenação dificultando a aquisição e apropriação da coordenação motora fina que éregulada nas regiões anteriores do córtex, isto é, nos lóbulos frontais (HECHTMANET et al, 1999 apud PEREIRA; ARAÚJO; MATTOS, 2005).

Existe dificuldade desse aluno com o grupo?

Na escola pública (10) professoras afirmaram que os alunos tem dificuldades de se relacionar com o grupo eles são agressivos e explosivos por isso as crianças tem medo e se afastam deles. Na escola privada também (10) professoras afirmaram dificuldades de relação em seus alunos hiperativos devido ao seu comportamento agressivo.

Pode se descrever uma serie de comportamentos que a criança com TDAH emite, não só na sala de aula mas se destaca dentro dela também pois grande perda na produção da criança e consequentemente na turma que esta inserida (benczik, 2002).

Como afirma Tonelotto (2002) a relação entre seus alunos na sala de aula tem seu valor educativo no que diz respeito a socialização além da própria aprendizagem, e interfere na maneira como vão ser estabelecidas as competências sociais.

Perguntamos se existia um tratamento diferente com o aluno que possuía o TDAH.

Ambas as escolas responderam que sim, mais atencioso.

SANSEVERINO (2005) informa que a criança hiperativa precisa de cuidados diferenciados

em sala de aula e para isso o professor deve observar algumas regras, tais como: a criança deve sentar-se na primeira carteira, mais próxima possível do professor; longe da janela e na frente dos colegas, tirar da sala objetos que possam distrair o aluno e intervalo entre as atividades. Não criticar a criança excessivamente, pois há tarefas que não será capaz de realizar e críticas só fragilizará sua auto-estima. Encoraja-la com frases como: "se você não entender, peça para que eu explique novamente". Dar menos ortografia e problemas.

Proporcionar oportunidades para movimentação em sala de aula,concomitantemente, o professor não deve aceitar seu comportamento sem limites. Fazer provas sem controle de tempo ou permitir o término da mesma em outro horário, caso seja necessário avaliações diferenciadas deverão ser planejadas, como por exemplo, fazer mais uso de cobranças verbais.

Aos poucos, a criança hiperativa tem de perceber que não pode irritar os colegas, falar em hora errada, levantar-se toda hora. As tarefas de casa também merecem atenção especial alerta.

A sua escola possui um tratamento diferente?

A escola pública em geral respondeu que tem uma proposta diferenciada para alunos que possuem TDAH, a escola privada não tem nenhuma proposta para alunos com TDAH.

É muito importante se ter em mente que certo grau de desatenção e hiperatividade

ocorre normalmente nas pessoas. Devidamente diagnosticada e encaminhada para um

tratamento, o professor deve dispor de um atendimento especial e diferenciado ao aluno

hiperativo, bem como avaliar seus pontos forte e as dificuldades para que se faça um

atendimento diferenciado aos seus déficits. Conforme esclarece (Brioso e Sarrià 1995, p.164).

Conclusão

Os resultados da pesquisa nos levam a crer que são necessários maiores esclarecimentos sobre a hiperatividade, suas características e reais conseqüências sobre o desenvolvimento e aprendizagem do educando para que sejam atenuadas as queixas diárias dos professores ao referirem-se a alunos com os quais têm dificuldade em lidar.Fazer o diagnostico exato, pois muitos destes docentes ainda confundem o TDAH com falta de interesse dos alunos.

É necessário que a hiperatividade seja compreendida como um transtorno que atinge um determinado número de sujeitos, sendo este, bem menor do que o estimado pelos professores, mas não por isso, carente de atenção. Alunos com TDAH requerem conhecimento e compreensão acerca de suas especificidades, bem como, alunos com dificuldades de relacionamento, problemas emocionais, limites. Não se pode aceitar que professores permaneçam rotulando e tratando como "doentes", isentando-se de sua responsabilidade com a aprendizagem, educando que necessitam ser vistos em sua totalidade, mesmo que para isto seja necessário a orientação de outros profissionais, ou ate mesmo a procura por cursos os quais já existem, que proporcionem um melhor entendimento de como se relacionar e desenvolver esses alunos onde eles encontram dificuldades que seria no meio social e nas atividades que se encontra dificuldades como as atividades motoras.

Referências

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