FNC - FACULDADE NOSSA CIDADE

Administração de Empresas

Elisangela Gomes da Silva

Prof. Orientador Lawton Benatti

 INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS

 Introdução

Este artigo realiza uma avaliação da inovação tecnológica e desenvolvimento de novos produtos nas indústrias de transformação. Inicialmente foi realizada uma caracterização geral da estrutura industrial, associada os indicadores de inovação tecnológica. O Desenvolvimento de Novos Produtos (DNP) tem adquirido crescente importância nas empresas devido à acirrada concorrência e as demandas dos consumidores no mercado, que têm forçado a elevação dos padrões de excelência nos níveis de qualidade, preço e prazo de desenvolvimento, compatíveis às melhores práticas, que são internacionalizadas. Porém, o desenvolvimento de produtos é um processo complexo e de natureza multidisciplinar, que exige uma estreita relação entre a administração da empresa, a equipe de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e os setores de marketing, produção, compras, controle de qualidade e vendas, consumidores e fornecedores, para se obtiver o sucesso desejado.

 1- Gestão da Inovação e desenvolvimento de novos produtos

A estratégia de inovação, segundo Kuczmarski (1996), tem se tornado, nos últimos anos, uma importante ferramenta para a empresa que está buscando vantagem competitiva. O objetivo principal de redução de custo e aumento da eficiência operacional não deixou de fazer parte das preocupações das empresas, mas a inovação torna-se cada vez mais um poder potencial para as empresas atingirem metas estratégicas e financeiras.

Os dois principais benefícios da inovação podem ser definidos como a proteção da vantagem competitiva e a satisfação de clientes, empregados e acionistas. Quando uma empresa lança uma inovação em determinada indústria, ela passa a ser diferente das outras empresas concorrentes; pois se por um lado tem maiores custos, por outro lado tem maiores vantagens exclusivamente dos lucros provenientes da inovação, enquanto esta não se difundir no mercado. A gestão da inovação é uma ferramenta estratégica que pode trazer uma vantagem competitiva para as empresas, pelo menos enquanto as empresas concorrentes não conseguirem copiar a mudança, pois ela surge do esforço contínuo das empresas em se diferenciarem dos concorrentes por um lado, e fugirem da situação de igualdade, por outro lado. Ao surgir da necessidade das empresas manterem suas vantagens competitivas frente às demais empresas concorrentes, a gestão da inovação no desenvolvimento de novos produtos é afetada por fatores internos e externos às empresas, que condicionam positivamente ou negativamente a seu desempenho.

Como diz o Schumpeter (1984), a inovação é o impulso que mantém o capitalismo em movimento definindo a atividade empresarial, uma vez que ela rompe a rotina econômica e, dessa maneira, o equilíbrio estacionário existente, impedindo qualquer espécie de reação de adaptação do sistema, na procura do antigo equilíbrio. Deve abalar toda a concorrência, por isso a inovação é revolucionária. Surge como uma explosão discreta a que se segue um período de calma relativa, durante o qual os resultados da revolução vão sendo absorvidos.

De acordo com Bingham e Raffield (1995, p.427), “identificaram seis alternativas de posicionamento para empresas: preço, tecnologia, qualidade de produto, distribuição, imagem e serviço”.

Benefícios oferecidos pelo uso de Tecnologia de Informação.

Custo => A redução de custo não envolve apenas cortar custos de produtos, mas também encontrar formas de usar uma quantidade menor de materiais.

Produtividade => Os custos são sempre importantes, mas para muitas empresas não são único fator critico de sucesso do negocio. Aspectos como tempos de processamento de pedidos menores, entregas no prazo, possibilidade de tratar uma carteira de produto mais complexa e de alta qualidade estão se tornando cada vez mais importantes num mercado competitivo.

Qualidade => A qualidade, segundo Kaydos (1991), pode ter diversos significados, dependendo das necessidades e desejos dos clientes. As qualidades a ser analisadas são: desempenho, características, confiabilidade, conformidade, durabilidade, aparência e percepção.

Flexibilidade => Os tipos de flexibilidade de sistema que podem contribuir para a competitividade são:

  • Flexibilidade de novos produtos, que é a habilidade de introduzir, produzir ou modificar produtos.
  • Flexibilidade de carteira de produtos, que é a habilidade de variação de produtos dentro de um período de tempo.

Inovação => A inovação é um fator importante para o desenvolvimento econômico das organizações, pois promove a criação de novas ideias, valoriza a necessidade do consumidor e busca meios de desenvolver produtos ou serviços que sejam sustentáveis e que não agridam o meio ambiente, existem vários tipos de inovações quando visa o aspecto de qualidade.

 2- DNP como estratégia de crescimento

O potencial de vantagem do DNP é enorme. Tomemos como exemplo o grande sucesso de empresas como Microsoft e Compaq na indústria de rápido crescimento dos computadores de uso pessoal. Um sucesso semelhante foi alcançado pela Apple e, antes dela, pela IBM, no inicio do desenvolvimento dessa mesma indústria. Um ponto importante mostra que o sucesso de um ano não garante o sucesso do ano seguinte, exemplo: a Apple e a IBM experimentaram dificuldades severas nos anos de 1990. O interesse mostrado por muitas empresas pelo desenvolvimento de novos produtos não é nem um pouco surpreendente, uma vez que a maioria dos negócios visa ao crescimento. Contudo, todas as organizações, embora o desenvolvimento de novos produtos proporcione uma oportunidade para o crescimento dos negócios.

Penetração de mercado => Sabe-se que há oportunidades dentro de mercados existentes de um negocio por meio do aumento no volume das vendas.

Desenvolvimento de mercado => Acredita-se que haja oportunidades para os produtos de uma empresa a partir da sua disponibilização para novos mercados.

Desenvolvimento do produto => Existe oportunidades de crescimento por meio da oferta de produtos novos ou melhorados para mercado existentes.

 3- Desenvolvimento de novos produtos como um ciclo de inovação industrial

A análise continua de projetos internos de P&D e a triagem tecnológica externa levará a inúmeras oportunidades técnicas que precisam ser consideradas pela empresa.

Segundo Abernathy e Utterback (1978, p.428) “afirmaram que as inovações de produto são imediatamente seguidas de inovações do processo, que foi por eles descrito como o ciclo de inovação industrial”.

Tal ciclo pode ser identificado em uma grande variedade de indústrias. Produtos novos para o mundo são lançados por grandes empresas dotadas de recursos substanciais, em especial de recursos técnicos ou de marketing. Outras grandes organizações reagem rapidamente ao lançamento de tal produto, desenvolvendo suas próprias versões.

 Considerações finais

A capacidade de aprendizagem nada mais é do que a competência de aprender a assimilar informações e transforma- lás na pratica em conhecimento útil para o desenvolvimento de um produto. Produtos novos bem sucedidos também contam com o beneficio de revitalizar a organização. Nos últimos 30 anos a nossa compreensão sobre o desenvolvimento de novos produtos melhorou muito. Nesse período, diversos modelos foram desenvolvidos.

O crescimento empresarial no mercado tem forte correlação com o desenvolvimento de novos processos e novos produtos, o que faz com que diversas empresas valorizem novos campos não tradicionais à administração através de investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

 Referências Bibliográficas

 ABERNATHY, W.L.; UTTERBACK, J. Patterns of industrial innovation. In: Tushman, M.L.; Moore, W.L. (orgs.) Readings in Management of Innovation. Nova York: Harper Collins, 1978.

 ALBERTIN, Alberto Luiz; ALBERTIN, Rosa Maria de Moura. Tecnologia de informação e desempenho empresarial: as dimensões de seu uso e sua relação com os benefícios de negocio. 2. ed. São Paulo:  Atlas, 2009.

 BINGHAM, F.G.; RAFFIELD, B.T. Business Marketing Management. Cincinnati. OH: South Western Publishing, 1995.

KAYDOS, W. Measuring, managing, and maximizing performance. Cambridge: Productivity Press, 1991.

KUCZMARSKI, T.D. Innovation: Leadership strategies for the competitive edge. Chicago: NTC 1996.

SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.

TROTT, Paul. Gestão da inovação e desenvolvimento de novos produtos. 4. ed. Porto Alegre : Bookman, 2012.