FACULDADE NOSSA CIDADE Administração de empresas Orientador: Prof. Lawton Beneti Tiago França Xavier Tecnologia e inovação para portadores de deficiência física O presente trabalho, que nos mostra as dificuldades de acesso em vias públicas encontradas por deficientes físicos. Ser cadeirante, especialmente no Brasil, não é uma tarefa simples. Principalmente em grandes cidades como São Paulo, a falta de rampas adaptadas faz a rotina do portador um enorme desafio no cotidiano. Muitos não saem de casa por enfrentarem muitas dificuldades ao se locomoverem e outros tem vergonha quando saem na rua, pois sempre precisam de ajuda para realizar suas atividades. Além de sofrerem com desrespeito por causa da sua deficiência. Outro problema é na hora do lazer, muitos lugares como cinemas, teatros e restaurantes não estão adaptados a esse tipo de publico. Os lugares que possuem adaptações nem sempre são viáveis devido à distância de percurso e tráfego utilizado, exemplos ônibus cheios em horários de picos ate mesmo horários estratégicos é ruim para se locomover e o acesso às linhas de trem e metrô ainda não alcançam as expectativas da população em geral, pois muitas estações não tem o acesso esperado, quando possuem elevador algumas vezes esta em manutenção ou pessoas sem necessidades especiais acabam utilizando normalmente e os verdadeiros usuários ficam esperando a boa vontade das pessoas para poder usar seu próprio beneficio. Pensando nisso os estudantes Felipe Nascimento e Felipe Santos, do Centro Universitário do Pará (Cesupa), levaram dois anos analisando as possibilidades de transformar uma cadeira de rodas normal em uma que fosse totalmente automatizada e movida apenas pelo pensamento além de aparelhos touchscreen para deficientes visuais. A criação nomeada como Portactil torna possível a um deficiente visual utilizar aparelhos touchscreen, como os tablets. A princípio projetado para tablets, mas que também pode ser usado como leitor de bolso. A criação citada surgiu no Instituto Federal do Ceará (IFCE), o aparelho é conectado à prancheta digital via bluetooth e comanda um texto que aparece na tela e é lido, letra por letra, por uma voz feminina. Neste equipamento há uma entrada de fone de ouvido e outra de cartão de memória, no qual podem ser armazenadas centenas de livros com áudio e braille em arquivos de formato aberto. Essas inovações que tinham por público alvos deficientes visuais, viram-se ainda no Espaço de Robótica e Inovação a cadeira de rodas movida pelo pensamento. Com o avanço tecnológico essas são as mais ousadas e inovadoras tecnologias lançadas durante o Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi), realizado na Escola de Administração Fazendária (Esaf) em agosto. O criador Felipe Nascimento explica quanto a funcionamento do aparelho “Um conjunto de sensores é colocado sobre a cabeça do usuário, que só precisa pensar na direção desejada para mover a cadeira elétrica”. As impressões neurais são lidas como em um exame de eletroencefalograma e traduzidas por um algoritmo de reconhecimento de padrão. O impulso de movimentação ativa as mesmas áreas, mas de formas diferentes. Treinamos a pessoa para cada direção, como ela precisa se concentrar para andar. Quanto mais treinamento, mais controle ela vai ter’. O valor do equipamento tem o preço estimado menos da metade do valor de uma cadeira elétrica comum. Outra criação voltada para pessoas com problemas de mobibilidade é a cadeira de rodas automatizada criada por Sebastião Fonseca, do Serpro de Belém. A cadeira possui uma tela de computador que com uma câmera digital de baixa resolução capta movimentos feitos pela cabeça, guiando a cadeira com a cabeça, o sistema permite que o usuário também digite letras em um teclado digital e emita mensagens pelas caixas de som do computador ou até mesmo via mensagem de texto para um parente ou cuidador. Todas essas criações são fruto de um projeto de incentivo a softwares livres, que permite a disseminação de inovações sociais de baixo custo. Um dos caminhos adotados que contribuíram com a melhoria deste quadro desafiante é a inovação. Pois, segundo Silva Filho e Benedicto (2008, p. 54) “Entre as diversas definições possíveis, daremos a seguinte: inovação é o ato de introduzir algo novo – uma criação (novo dispositivo ou processo) resultante do estudo e experimentação; a criação de algo na mente.” Segundo esses autores (2008, p. 56-60) ao promover uma mudança individual que engendra melhorias coletivas e novas competências. Do ponto de vista pessoal e individual, as possibilidades de mudanças associadas aos sujeitos cognoscentes devem estar também relacionadas à evolução individual geradora de uma melhoria coletiva. [...] Novas competências levam a inovações, e estas reajustam o nível de competitividade da organização em seu mercado e ambiente. Com essas tecnologias de inovação as empresas automobilísticas proporcionou uma linha de veículos elétricos adaptados para os portadores de mobilidade reduzida ou condicionada proporcionando independência e direito de ir e vir nas suas deslocações de trabalho e lazer. Com a tecnologia e o desenvolvimento do primeiro carro elétrico projetado especificamente para cadeirantes o acesso ao veiculo é por meio da porta traseira e utilização de uma rampa parecida com as dos ônibus, para poder entrar no veiculo que alcança cerca de 40 Km/h a direção é semelhante à de uma moto, sendo um guidão onde é encontrado do lado direito o acelerador e do lado esquerdo o freio, a cadeira fica presa pelo sinto de segurança e um dispositivo de bloqueio, o cadeirante ao colocar a chave no contato automaticamente a porta se fecha esse protótipo só será ligado quando a cadeira estiver na posição correta. A implementação de tais programas reduz determinadas limitações físicas oriundas de deficiências, ajudando a reduzir o preconceito e provendo inclusão social. O interesse neste assunto surgiu a partir da observação da falta de estrutura ou inadequação de ambientes que precisariam ser adaptados para melhor acessibilidade dessas pessoas. REFERÊNCIA SILVA FILHO Cândido e BENEDICTO Gideon. Aprendizagem e Gestão do Conhecimento. Ed. Alínea Campinas, 2008. Fonte: http://em.com.br Acesso em: 05/09/2013