Instituição: Faculdade Nossa Cidade

Curso: Administração de Empresas

Professor Orientador: Lawton Benatti

Nome: Leonardo Eugenio Da Silva

RA: 2794

7° Semestre A

Inovação Disruptiva

 

Uma breve apresentação do tema Inovação Disruptiva, que indica como muitas empresas perdem sua liderança porque não conseguem entender e ver novos entrantes no mercado de modo geral.

 Hoje em dia os novos entrantes além da falta de inovação, são muitas vezes os maiores inimigos de um produto ou uma empresa. Eles podem ser criados baseado numa observação que a concorrência faz para atender de forma mais rápida e prática os consumidores, que às vezes querem apenas o "básico" (ou muitas vezes ele não sabe, mas acaba comprando por ser mais prático). Um bom exemplo foi a entrada da Gol no mercado brasileiro.

Ela entrou no mercado de transportes aéreos oferecendo serviços mais simples do que suas concorrentes, poucas rotas, baixa flexibilidade, alimentação básica, porém bem aceita por seus clientes, mais por outro lado, com preços acessíveis a todos que não tinha condições de pagar passagens de avião.

Outro exemplo que é relevante citar é a Toyota, que entrou no mercado americano com os seus carros compactos como o Corona, que tinham como foco ser o segundo carro da família ou aqueles que não podiam comprar um carro. A partir desta entrada, pode escalar as demais camadas do mercado e atualmente produz carros como Lexus que seria um carro de grande luxo.

Uma inovação disruptiva permite que uma população totalmente nova de consumidores tenha acesso a um produto ou serviço que foi historicamente apenas acessível aos consumidores de alto poder aquisitivo e com muita habilidade para usá-los.

As características das empresas disruptivas, pelo menos em seus estágios iniciais, podem incluir: reduzir as margens brutas; mercado alvo menor; e, produtos e serviços mais simples que podem não parecer tão atraente como as soluções existentes, quando comparados com indicadores de desempenho tradicionais. Porém, com o tempo os produtos ou serviços são aperfeiçoados e ganham novos mercados.

As empresas já estabelecidas em determinados mercados tendem a inovar mais rápido do que a mudança de comportamento de seus clientes, produzindo produtos ou serviços caros demais e até inconvenientes para muitos clientes. Isso ocorre porque essas empresas estão apenas perseguindo a “inovação de sustentação”, tentando perpetuar o sucesso histórico de seus produtos. Entretanto, acabam deixando a porta aberta para novas empresas disruptiva.

Segundo DRUCKER (1994), a “Inovação” é um termo econômico ou social, mais que técnico, que pode mudar o rendimento dos recursos. A inovação tecnológica considerada é a mudança que pode alterar ou gerar um novo produto, processo ou serviço.

Já CHRISTENSEN E RAYNOR (2003) diz que a disrupção é uma teoria: um modelo conceitual de causa e efeito que possibilita prever com mais confiança os resultados de batalhas competitivas, em diferentes circunstâncias.

 Para melhor entender e de forma mais clara a inovação disruptiva, perceba o contraste entre os tipos de inovação. As perspectivas de inovação enquanto estratégia do negócio: inovação sustentadora e inovação disruptiva. A inovação sustentadora tem como objetivo conquistar os clientes sofisticados e exigentes, por meio de um desempenho superior. Essa perspectiva das sustentadoras são as melhorias incrementais anuais que todas as boas empresas introduzem em seus produtos: outras são avanços ousados destinados a ultrapassar os produtos da concorrência. Por outro lado, algumas inovações podem ser consideradas tão radicais que acabam por ultrapassar a capacidade de utilização e absorção dos clientes. Esse aspecto acontece porque as empresas sempre se esforçam para oferecer produtos melhores, vendáveis, com margens de lucro muito altas para clientes ainda insatisfeitos, situados nas camadas mais exigentes do mercado.

Quando esse movimento acontece, surge oportunidade de desenvolver uma inovação disruptiva. Trata-se de uma alternativa em inovação, que busca solução mais simples, mais conveniente e mais econômica, para atrair os clientes novos ou clientes menos exigentes. O objetivo principal é romper e redefinir modelos de negócios vigentes combinando ou não tecnologias do momento sem a preocupação de uma excelência tecnológica.

A partir desta postura de inovação quer seja disruptiva ou sustentadora, você criará argumentos importantes para a criação de valor para a sua empresa, gerando ativos tangíveis e intangíveis. Lembrando que a disrupção é um processo, não um evento e a ela não está limitado a mercados de alta tecnologia ou grandes empresas, ela pode acontecer em qualquer lugar. Basta identificar os sinais.

DRUCKER, Peter F. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. 4 ed. São Paulo:  Pioneira, 1994. 378 p.

CHRISTENSEN, C.; RAYNOR, M. E. O crescimento pela inovação: como crescer de forma sustentada e reinventar o sucesso. Rio de Janeiro: Campus, 2003.