INFLUÊNCIA DO CLIMA NA DISTRIBUIÇÃO E OS TIPOS DE CHUVA NO MUNDO E NO BRASIL

Júlio Cesar Galhardo de Siqueira

Prof. Davi de Miranda

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura Plena em Geografia (GED0611) – Domínios Climáticos no Mundo

06/11/09

RESUMO

Enquanto clima trata de um assunto característico de um local, permanecendo imóvel ou em relativa continuidade no tempo, o tempo é mais sujeito às variações atmosféricas, as precipitações decorrentes obedecem às leis climáticas alterando as condições do tempo interferindo de maneira significativa nas sociedades locais onde o clima e o tempo se encontra.

Palavras-chave: Clima; Tempo; Atmosfera; Chuva.

1 INTRODUÇÃO

Por ser geóide e estar orbitando uma estrela maior que sua forma e estar inclinada aos raios desta estrela que chamamos sol a Terra apresenta faixa de clima que a circundam latitudinalmente, apresentando as temperaturas mais elevadas na altura do equador enquanto cabe aos pólos as partes mais frias. É graças a essas diferenças de temperatura e pressão aliado ao movimento de rotação que ocorre a movimentação do ar, que chamamos vento. Este fenômeno climático resultante é o responsável pela erosão das rochas e formação dos solos nas áreas de clima árido ou semi-árido. Por outro lado a erosão e formação dos solos na Terra dão-se nas partes frias do planeta através, sobretudo das precipitações conhecidas como chuva.

2 DIFERENTES ILUMINAÇÕES E DIFERENTES CLIMAS

As configurações espaciais da Terra permitem uma dinâmica estável da atmosfera resultante em três tipos básicos de Clima: Equatorial, Temperado e Polar. Convencionalmente falando, a paixa que se extende do círculo de câncer ao círculo de capricónio é chamada de "Zona de Clima Tropical".

FIGURA 1 – MAPA DA ILUMINAÇÃO SOLAR, 1988.

FONTE: http://selmawebsite.blogspot.com/2009/06/as-regioes-naturais-da-terra.html

As zonas de iluminação da terra já haviam sido observadas por alguns povos da antiguidade. Na Grécia Antiga, por exemplo, há mais de 2.000 anos os astrônomos já classificavam os climas da terra e criaram a noção de zonas térmicas. A palavra clima vem di grego e significa "inclinação": inclinação dos raios solares. Os gregos também observaram que o clima varia de acordo com a inclinação com que os raios solares chegam a Terra.

Atualmente, o mais adequado é falar-se em zonas de iluminação e não em zonas térmicas, pois existem outros fatores que influenciam a temperatura do ar atmosférico de um lugar. Por exemplo, grande parte da Cordilheira dos Andes, na América do Sul, encontra-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, ou seja, na zona tropical ou intertropical.

3 CHUVAS

O planeta dispõe de grande recurso hídrico recobrindo ¾ de sua superfície que uma vez aquecido pelo sol evapora-se tornando as propriedades físicas do vapor. Por estar quente, torna-se mais leve e sobe a atmosfera, estas gotículas uma vez reunidas formam-se nuvens, capazes de transportar água de um lugar para outro. Ao juntar-se com outras nuvens a pressão aumenta e ocorre as precipitações chamadas de chuva.

A maior parte deste volume fluvial no entanto é devolvida à crosta nos oceanos mesmo, ainda assim é o oceano o maior responsável pelas chuvas no mundo, cabendo uma proporção infinitamente menor aos lagos e rios terrestres.

4 TIPOS DE CHUVAS

As chuvas obedecem a um regime conhecido como regime das chuvas, que seguem padrões climáticos específicos nas mais diferentes partes envolvidas, o relevo, assim como a temperatura e a pressão atmosférica são fatores que influencia o tipo de chuva decorrente esta estrutura básica a seguir pretende expor 3 modos distintos de pluviosidade.

São eles:

4.1 CHUVAS FRONTAIS

Chuvas frontais são causadas pelo encontro de uma massa fria (e seca) com outra quente (e úmida), típicas das latitudes médias, como as de inverno no Brasil Meridional que caminham desde o Sul (Argentina) e se dissipam no caminho podendo , eventualmente, chegar até o estado da Bahia. Por ser mais pesado, o ar frio faz o ar quente subir na atmosfera. Com a subida da massa de ar quente e úmida, há um resfriamento da mesma que condensa e forma a precipitação.

4.2 CHUVAS DE CONVECÇÃO

Chuvas de convecção são também chamadas de chuvas de verão na região Sudeste do Brasil e são provocadas pela intensa evapotranspiração de superfícies úmidas e aquecidas (como florestas, cidades e oceanos tropicais). O ar ascende em parcelas de ar que se resfriam de forma praticamente adiabática (sem trocar calor com o meio exterior) durante sua ascensão. Precipitação convectiva é comum no verão brasileiro, na Floresta Amazônica e no Centro Oeste. Na região Sudeste, particularmente sobre a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) também ocorrem tempestades convectivas associadas a entrada de brisa marítima ao final da tarde com graves conseqüências sobre as centenas de áreas de risco ambiental. Estas chuvas também são conhecidas popularmente como pancadas de chuva, aguaceiros ou torós.

4.3 CHUVAS OROGRÁFICAS

Chuvas orográficas (ou Estacional) são também chamadas de chuvas de serra e ocorrem quando os ventos úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa, como é normal nas encostas voltadas para o mar. São comuns nos litorais, paranaense, catarinense e paulista e em todo o litoral brasileiro na Serra do Mar. Esse tipo de precipitação pode estar associada à presença do efeito Föhn, que condiciona a existência de áreas mais secas a sotavento dessas barreiras.

5 CONCLUSÃO

A faixa de iluminação em que se situa o Brasil é em sua maioria tropical, o que caracteriza clima quente a quase totalidade do território nacional. As regiões litorâneas recebem influência da brisa marítima enquanto as áreas interioranas recebem no vento sua maior influência climática.

Áreas de clima desértico ou semidesértico são encontradas na porção oriental do baixo nordeste brasileiro em virtude das altas temperaturas e da dificuldade de as nuvens estabelecerem-se no local uma vez que as correntes marítimas do vapor condensado, substrato inicial da nuvem, ao chega a estas longitudes, ocorrendo chuvas orográficas nos planaltos e serras do entorno resultando num desgaste da umidade do ar.

6 REFERÊNCIAS

http://www.cursinhometamorfose.com.br/portal/node/64. Acessado em 06/11/09

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/climas-do-brasil/climas-que-ocorrem-no-brasil.php Acessado em 06/11/09

http://pt.wikipedia.org/wiki/Meteorologia Acessado em 06/11/09

ASSIS, F. N.; ARRUDA, H. V.; PEREIRA, A. R. Aplicações de Estatística à Climatologia: teoria e

prática. Pelotas: Ed. Universitária/UFPel, 1996. 161p.

http://mundogeograficord.blogspot.com/2007/10/tipos-de-clima-no-mundo.html Acessado em 06/11/09