INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA MENARCA DAS MENINAS DO MUNICÍPIO DE ITAITUBA/PA

                Maria do Rozário Barros Silva[1]

                                                          Prof. Msc. Marcos Mendonça[2]

                  Profª Drª Djalmira de Sá Almeida Barros[3]

RESUMO

       O trabalho foi elaborado após percepção em meninas de convívio próximo (sobrinhas) apresentarem a manifestação da menstruação muito precoce, e em perceber que muitas delas tinham um hábito alimentar um pouco desproporcional para  sua idade, não tendo uma alimentação balanceada com alimentos ricos em vitaminas, proteínas, sais minerais e outros nutrientes indispensáveis para o bom funcionamento do organismo humano,  por esse motivo houve a escolha do tema, “Influência da Alimentação na Menarca nas Meninas do Município de Itaituba/PA”,  buscando informação para o caso, resolveu-se fazer essa pesquisa. O objetivo deste trabalho é descobrir qual a influência da alimentação na menarca nas meninas da cidade de Itaituba/PA. Em nossos dias a manifestação menstrual começa cada vez mais cedo, em relação a meninas de 20 ou 30 anos atrás. De acordo com a pesquisa serão descritas todos os dados levantados durante a fase de coleta de dados (pesquisa) deste trabalho. A finalidade deste estudo é entender os motivos da manifestação precoce da Menarca em adolescentes de 8 a 16 anos, aguçando investigações mais profundas em torno dessa problemática, mesmo depois de pesquisar sobre o caso, de entender que é apenas um fenômeno natural das adolescentes, procurou-se descrever como está ocorrendo na zona urbana de Itaituba, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

          

ABSTRACT

       

The work was done after perception convivial girls next (nieces) have the manifestation of the very early period, and realize that many of them had a habit feed a little disproportionate to their age, not having a balanced diet with foods rich in vitamins, protein, minerals and other nutrients essential to the proper functioning of the human body, therefore there was the choice of theme, "Food Influence of menarche in girls of the municipality of Itaituba / PA", seeking information for the case was resolved do this research. The objective of this study is to find out the influence of food on menarche in girls of the city of Itaituba / PA. In our day menstrual manifestation begins earlier and earlier, for girls 20 or 30 years ago. According to the survey will be described all the data collected during the data collection phase (research) of this work. The purpose of this study is to understand the reasons for the early onset of menarche in adolescents 8-16 years sharpening further investigation around this problem, even after searching on the case, to understand that it is just a natural phenomenon of the teen sought If describe how is taking place in the urban area of Itaituba, the Municipal Elementary School Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

Key words: Menarche. Menstrual manifestation. Food Influence. Adolescents 8-16 years.

1 INTRODUÇÃO

       

A cidade de Itaituba está localizada na região Oeste do Pará, com uma população estimada de 97.343 habitantes, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). A cidade ainda preserva muito verde, seus habitantes têm ainda o privilégio do desfrute do ar puro e saudável, oriundo da floresta Amazônica, o acesso à cidade pode ser feito por via aérea, aeroporto localizado a 5 km do centro da cidade, ou pelas rodovias; BR 163 Santarém Cuiabá, ou BR 230 Transamazônica, ou ainda por via fluvial, sendo o corredor fluvial o Rio Tapajós. A população da cidade ainda conserva alguns hábitos alimentares bem distintos, alimentação orgânica advinda da agricultura familiar, razão pela qual tive curiosidade de entender “A influência da alimentação nas meninas do município de Itaituba”,  as  cidades mais desenvolvidas do Brasil,  com suas indústrias de alimento em expansão no mercado, oferecendo ao  consumidor alimentos enlatados, embutidos, congelados, produtos que interferem na qualidade do alimento, se tratando de produtos naturais.     

 A pesquisa demonstra que a menarca está se manifestando em meninas a partir de 09 anos de idade, essas garotas, ainda tão pequenas já estão se preocupando com problemas de adultos, considerando ainda que a cidade de Itaituba tem uma população de hábito alimentar natural (orgânico) esse fator tem relevância contribuição nesse processo, devido as pequenas não estarem vivenciando experiência de meninas de cidades desenvolvidas, ou de cidade industrializada.

Por esta razão, supõe-se que a diferença na precocidade da menarca em relação às adolescentes que residem no sul do País por exemplo. Considerando que uma boa parte das meninas estudadas está na fase de criança, e já começam a enfrentar problemas de adolescentes, porque segundo o Ministério da Saúde a adolescência inicia aos 12 anos e termina aos 19 anos. 

            

2 MENARCA

 Brêtas et al (2012) afirmam que a menarca é considerada um evento muito significativo na vida da mulher, por caracterizar-se como o início de sua vida reprodutiva e envolve grandes transformações de ordem somática, metabólica, neuromotora e psicossocial. A ocorrência da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de amadurecimento uterino. A menarca, além de ser um indicador de maturação biológica, também mostra as mudanças que ocorrem com o desenvolvimento social e econômico das populações. As meninas de “status” socioeconômicos mais elevados apresentam a primeira menstruação mais precocemente do que aquelas menos favorecidas, mesmo residentes na mesma cidade ou país.

              Vários são os modelos determinantes do período maturacional, no entanto a velocidade com que as jovens atingem o estagia adulto são perceptivos após elas começam a perceber periodicamente a menstruação. Entretanto percebe-se que as garotas em cada tempo entram na menarca com mais imaturidade. Esse adiantamento no relógio da puberdade, que segundo as estimativas atinge cerca de 10% e 12% das meninas, pode trazer consequências indesejáveis. Uma delas é que a precocidade pode impedir que a garota atingisse a altura que estava geneticamente programada para ter. (MALINA & BOUCHARD, 1991).

               Em 2002, Wu et al, avaliando 1.168 meninas americanas negras, brancas e mexicanas na faixa etária entre 08 e 16 anos, observaram que a média de idade da menarca foi 12,7 anos para as americanas brancas, 12,1 anos para as negras e 12,2 anos para as mexicanas.

               Chipkevitch (1995) cita algumas situações de risco para uma nutrição adequada na adolescência: estirão do crescimento; perda sanguínea menstrual; prática esportiva; trabalho físico excessivo; baixo padrão aquisitivo; modismos, mitos e tabus alimentares; dietas alternativas; obesidade e regimes de emagrecimento; depressão; anorexia/bulimia nervosa; uso de substâncias psicoativas; consumo de esteroides anabolizantes; anticoncepção hormonal; gravidez/lactação; doenças crônicas e uso continuado de medicação.

  • PUBERDADE

            A Puberdade é a fase de transição da infância para a adolescência, na qual o indivíduo desenvolve característica física, masculinas ou femininas, tornando-se apto a reprodução. Puberdade é o processo que leva o corpo humano à maturidade sexual ou fertilidade, que é a capacidade de reprodução.

A puberdade entende-se, por várias mudanças maturacionais, são dinâmicas e podem variar quanto à idade de início ou término, à magnitude, à velocidade que se expressam e suas inter-relações, independentemente de etnia, gênero ou meio ambiente em que o indivíduo se desenvolve. Nas mulheres, a sequência de eventos que caracteriza a puberdade abrange o desenvolvimento das gônadas, dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias, em especial, da mama (telarca), pelos pubianos (pubarca) e a ocorrência da primeira menstruação (menarca). Dentre esses eventos, a menarca é o fenômeno mais representativo e de mais fácil determinação, constituindo um importante indicador da maturação sexual, especialmente em estudos históricos e/ou retrospectivos. Muitas mães por não entenderem do assunto, pela experiência vivida ter sido diferente, fazem alguns questionamentos em relação a essa tese.

 Considerando a maturação sexual, que acontece de forma desigual, pois cada adolescente tem sua característica própria, e um metabolismo diferente, as características sexuais primários e secundários se desenvolvem e, como decorrência, o aparelho genital na menina passa a laborar, ocasionando a primeira menstruação, denominada menarca. Tendo importante papel na avaliação do crescimento e desenvolvimento infantopuberal, a observação das características sexuais secundárias e a idade da menarca são recomendadas no acompanhamento recorrente do desenvolvimento da criança.

           Sendo assim, além de seu contexto biológico, social e psíquico, a menarca tem relevante importância como marco do crescimento e desenvolvimento humano e é o indicador de maturidade sexual mais usado. A variabilidade da data da primeira menstruação envolve características genéticas e influência ambiental, alimentação, com interações complexas.

           É mais comum, o início da menstruação aparecer entre 12 e 13 anos de idade cronológica. O acontecimento da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de madureza uterino, não significando que a menina tenha atingido o estágio de função reprodutiva completo, pois os ciclos menstruais iniciais são geralmente anovulatórios, havendo um período de relativa esterilidade na adolescência, que dura de 1 a 18 meses após a menarca (BORGES; SCHWARZTBACH, 2003; MOREIRA et al., 2006).

              

 4  ALIMENTAÇÃO            

Alimentação é o conjunto de alimentos ou substâncias que constituem a dieta regular de um ser vivo, uma alimentação saldável, é abastecimento para que algo funcione. (MINI DICIONÁRIO CONTEMPORÂNEO DA LÍNGUA PORTUGUESA, (2004).

A história alimentar é um ponto importante da avaliação nutricional, devendo caracterizar a quantidade e a frequência de diversos alimentos dos principais grupos alimentares: carnes, peixes, aves, ovos; leites e derivados; cereais; vegetais e frutas. Atualmente, os alimentos de origem animal que chega à mesa das famílias, não são produtos saudáveis, orgânicos, como eram as alimentações dos nossos antecedentes, em nossos dias os alimentos sofre alterações desde o início até a mesa do consumidor,  nas granjas de frangos de corte, galinha poedeira (ovos), produtores de gado de corte, com fins de acelerar o crescimento dos lotes de animais, adicionam doses de medicamentos na ração desses animais, para acelerar o crescimento, e dessa forma o retorno financeiro ao proprietário vem com maior brevidade. Também os alimentos de origem vegetal traz sérios problemas, com o uso desordenado dos agrotóxicos nas plantações, doenças que acometem as plantações, e principalmente pela falta de mão obra especializada para o cultivo da terra. 

 A alimentação é uma necessidade fundamental do ser humano e é um dos fatores que mais afeta a saúde pública em nosso Brasil. O aforismo “somos o que comemos” traduz bem este fato. Rozin et al (1999), para os seres humanos, a comida é o maior contribuinte para o bem-estar físico, a maior fonte de prazer mas também de stress, de preocupação e de despesa. Os alimentos são fundamentais para a sobrevivência, segurança e bem-estar da humanidade. Esta consciencialização conduz à necessidade do estabelecimento de uma relação de confiança com os alimentos que se dispõe.

         As vitaminas tiamina, riboflavina e niacina são recomendadas em quantidades maiores para atingir as altas necessidades de energia. Todas as vitaminas necessárias podem ser fornecidas por uma dieta balanceada, incluindo carne, peixe, frango, frutas, legumes, leite e derivado, não sendo preciso o uso de suplementos vitamínicos. (MAHAN & ESCOT-STUMP, 1998).

            Na adolescência, uma alimentação saudável é aquela que possibilita o desenvolvimento máximo consentido pelas características genéticas, que incrementa a capacidade de resposta imune e de realizar trabalho e demais atividades da vida de relação, que contribui para as aptidões escolares e diferenciação profissional ao beneficiar a capacidade mental e favorecer a atenção, que impede o desenvolvimento de doenças ligadas aos excessos (obesidade, diabetes tipo II, hipertensão, aterosclerose, doença mental, e outras), que possibilita ao organismo funcionar e reparar as estruturas e regular a produção e eliminação de calor de modo a manter constantes a temperatura corporal e permitir o metabolismo adequado Martins (1995). Há mais de uma década que organizações internacionais, nacionais e profissionais, como a Organização Mundial de Saúde e a American Heart Association entre outras, defendem e disseminam diretrizes para uma alimentação saudável, recomendando a todas as pessoas (a partir dos dois anos de idade) a adaptação de uma dieta rica em frutas e vegetais, e pobre em gordura total (não mais do que 30% do total de calorias diárias) e em ácidos gordos saturados (menos de 10% das calorias diárias). Não obstante, a maioria das crianças e dos adolescentes consomem demasiadas gorduras totais, ácidos gordos saturados e açúcar, e quantidades insuficientes de frutas, vegetais e cálcio Lytle (2003). As dietas ricas em calorias e lipídios estão associadas a maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de cancro.

             Pode se perceber que o efeito colateral de uma má alimentação vem frequentemente se manifestando, neste caso temos como consequência a chegada antecipada da 1ª menstruação, as meninas ainda não saíram da infância, e já entram na adolescência. Tempos atrás as garotas tinham sua primeira menstruação por volta dos 14, 15 anos ou mais. Embora a idade de ocorrência da menarca seja um indicador extensamente usado nos estudos de maturidade em meninas, ela é restringida a uma juventude mais atrasada, ocorrendo cerca de um ano depois do pico de celeridade de desenvolvimento, coincidindo com a fase de desaceleração máxima do crescimento (CASTILHO; BARROS FILHO, 2000; BAXTER-JONES; EISENMANN; SHERA, 2005).

   5 MATURAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA    

   

           A maturidade sexual corresponde à idade ou fase da vida em que um organismo se pode reproduzir sexualmente. É geralmente considerado como a mesma coisa que idade adulta, ainda que sejam conceitos diferentes. Nos humanos, o processo de maturação sexual termina com a puberdade que não marca, contudo, a idade adulta.

A respeito da maturação sexual, Duarte (1993), diz que as variações na velocidade e no tempo em que o indivíduo atinge a maturidade biológica são os fatores mais importantes. Entretanto, a vida é um processo continuo de mudanças em que os indivíduos passam por diferentes fases, manifestadas por meio de mudanças das características biológicas epsicossociais até alcançarem um estado maduro (TSUKAMOTO; NUNOMURA, 2003). 1984, Scaf et al, em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru.

            A adolescência constitui um processo biológico de vivências orgânicas, no qual se aceleram o desenvolvimento cognitivo e a estruturação da personalidade, abrangendo a faixa etária dos 10 aos 19 anos. O adolescente pode ser definido como alguém que teve o tempo necessário para assimilar valores na comunidade alguém cujo corpo chegou à maturação necessária para que possa se consagrar às tarefas que lhe são apontadas por esses valores, competindo no mundo em condições de igualdade.

              O Ministério da Saúde considera adolescência como a faixa etária que vai dos 12 aos 19 anos, abrangendo nesta faixa os conflitos enfrentados por estes indivíduos, as mudanças físicas, sexuais, emocionais e relacionais como sendo um processo natural do desenvolvimento e da firmação de sua personalidade.  É ainda na infância que os bons hábitos alimentares devem ser estabelecidos, por sua influência ao longo da vida e, particularmente, na adolescência. Entretanto, os alimentos indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento devem ser introduzidos de acordo com as particularidades de cada faixa etária. A superalimentação pode ocorrer nesta fase de transição, infância/adolescente, podendo ter impacto negativo na saúde como é o caso da obesidade que pode se estender pela adolescência e pela vida adulta (LAMOUNIER & LEÃO, 1998).

                    Uma dessas fases é a adolescência, que é o mais rápido período de crescimento físico que o ser humano experiência (com exceção do crescimento fetal e neonatal), caracterizado por grandes variações (BROOKS-GUNN et al., 1987), que estão associadas a três eventos: crescimento, desenvolvimento e maturação. Herman-Giddens et al, em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas.

6  ATIVIDADE FÍSICA

           A atividade física é, segundo Caspersen (1985), "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso

            Ewles e Simnett (2003) tratam da restrição dietética utilizada em alguns esportes nos quais a classificação em categorias depende do peso ou nos quais o peso mais baixo se associa à melhor performance (por exemplo, balé, ginástica olímpica, artes marciais) é prejudicial por possibilitar o atraso do crescimento, retardar o desenvolvimento puberal, causar osteopenia, anemia e síndromes relacionadas à deficiência de vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos graxos e elementos traço. Dizem que é fundamental considerar que a saúde implica a capacidade de adaptação contínua às alterações constantes das exigências, expectativas e estímulos, uma vez que todos os aspectos da saúde estão interrelacionados e são interdependentes.

              A mesma opinião é manifestada por Costa e López (1998), ao referirem que o novo conceito de saúde implica dar poder ao indivíduo para que este se desenvolva e influencie positivamente o meio que o envolve, e que o termo “poder” se refere à capacidade de tomar decisões que afetam a vida e os determinantes pessoais e ambientais de saúde, e à capacidade de adaptação contínua às novas e dinâmicas exigências do meio. A noção de que a saúde é uma responsabilidade individual, mas também social e que envolve as pessoas na melhoria da sua qualidade de vida, é assim reforçada, não obstante se reconhecer que numa visão holística da saúde, quer o potencial de cada pessoa quer as suas necessidades são diferentes. Enquanto alguns atletas restringem sua alimentação, outros usam aminoácidos como arginina, lisina e ornitina para estimular a secreção de GH, acreditando que tal prática promova um maior ganho de massa e força muscular. No entanto, não existem estudos que comprovem a eficácia dessa prática. A resposta do GH à administração de aminoácidos apresenta variabilidade individual, sendo alterado pela intensidade da atividade (maior liberação de GH quando o treinamento é mais intenso), sexo (menor resposta em homens), dieta (resposta menor nos que consomem muita proteína) e via de administração (a dose oral necessária para aumentar a liberação de GH geralmente causa desconforto estomacal e diarreia).

                 Além disso, os níveis circulantes de IGF-1 não são alterados após a administração oral de arginina e lisina. Portanto, o uso de aminoácidos específicos como estimuladores para a liberação de GH com o intuito de aumentar o ganho de massa e força muscular ou alterar a composição corporal não é recomendado. Existe grande dificuldade em avaliar e interpretar os estudos do impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes devido a diversos fatores. Intervêm na avaliação desse impacto fatores relacionados à faixa etária, tais quais as diferentes fases de crescimento (repleção, estirão) e os diversos estágios puberais, fatores relacionados à diversidade de atividades físico-desportivas realizadas como vôlei, natação e ciclismo, bem como a forma de praticá-las (competitivamente ou não), fatores relacionados à adoção de restrição dietética, ao uso de suplementos alimentares e à utilização de substâncias ergogênicas e esteroides anabólicos, além da diversidade metodológica dos trabalhos sobre o tema. Nesta revisão, o impacto da atividade físico e esporte foi avaliado em relação a três questões: mineralização óssea, crescimento estatural e desenvolvimento puberal.

           Para o profissional da educação física, a análise da maturação de jovens passa a ser importante em dois contextos: o esportivo e o da saúde. No que se refere ao primeiro contexto, esta análise ajuda a preparar o programa de treino para o jovem atleta - tentando reduzir o risco de lesões, serve como meio de limitar ou de desqualificar indivíduos em esportes de contato e identifica os períodos de crescimento rápido, justificando a redução do regime de treinamento em esportes de alta intensidade.

           A literatura relata idade da menarca tardia entre garotas que praticam esportes. Embora não só o esporte pode retardar essa manifestação, mas também a predisposição genética, o baixo peso, uma dieta balanceada, e/ou baixo percentual de gordura corporal, condutas dietéticas restritivas e estresse, parecem que o excesso de treinamento é um determinante fundamental, mesmo porque mantem o corpo em equilíbrio, (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

            Estudos entre os anos de 1840 e 1980, em países como Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, mostraram que houve um decréscimo de cerca de três meses na idade da menarca a cada década, caindo de 17 anos para 13 anos, havendo uma relação provável com a melhoria das condições sociais e econômicas nos países avaliados. Nos Estados Unidos, em 1997, Herman-Giddens et al(18), em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas, mostraram que, apesar de 6,7% das brancas e 27,2% das afro-americanas começarem a puberdade antes dos oito anos de idade, a média de idade da menarca foi 12,2 anos para as meninas afro-americanas e 12,9 anos para as brancas. Os autores relacionaram esta antecipação da puberdade à elevada incidência de obesidade e sobrepeso observada na população americana.

           No Brasil, em diversas regiões já aconteceram estudos referente a menarca. Em 1984, Scaf et al(5), em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru, São Paulo, entre 08 e 16 anos, mostraram que a média de idade de início da puberdade foi 10,4 anos e a média de idade da menarca foi 13,0 anos. (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

7 METODOLOGIA

       

  A pesquisa foi realizada em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, localizada na 7ª rua do bairro da floresta nº 424, a referida escola foi inaugurada no dia 1 de maio de 1984, tendo portanto 32 anos de funcionamento, atendendo um público em duas modalidades, Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano, e o Curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) pela Autorização nº 253/2015 do C.E.E./PA. A escola tem 830 alunos, matrícula inicial do ano letivo de 2016. A consulta foi realizada com um quantitativo de 169 meninas, na faixa etária de 08 a 16 anos de idade.

Os primeiros passos para a pesquisa, elaboração de uma carta de aceite à direção do estabelecimento de ensino, e esta foi deferida pelo diretor da escola que tem o objetivo de atender os alunos dos bairros Floresta, Bom Jardim e São Francisco, que são os mais distantes do centro da cidade.

             Os dados utilizados no presente trabalho provêm de um estudo quantitativo, em que as participantes são escolares com idade entre 08 a 16 anos de idade, coletados entre fevereiro e março de 2016, com grupo estudado composto de 169 meninas.      

             Os métodos utilizados foram: pesquisa de campo, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, primeiro houve a carta de aceite para a Instituição com representação o diretor da escola. Os professores foram informados pela direção que a pesquisa iria acontecer nas séries de 5º ao 9ª ano e nas 3ª e 4ª etapas, e qual o seu objetivo, foram informados também que não seria divulgado nome de alunas, somente os dados em percentual referente a alimentação e idade.

             Com essa informação ao corpo docente da escola, os trabalhos foram iniciados, primeiramente no 5º ano, no turno matutino e prosseguiu por as demais turmas, ao concluir as turmas do horário matutino, passou para o turno vespertino, chegando ao final da coleta de dados houve os procedimentos dos trabalhos seguindo um ritmo normal, organização da estrutura física (estética) do trabalho. Questionou-se: Com quantos anos aconteceu a primeira menstruarão, qual o tipo de alimento que mais gosta? Carne vermelha, frango congelado ou peixe?  O corpo docente da escola colaborou para a pesquisa transcorrer dentro da normalidade, os professores solicitaram informações dos resultados da pesquisa, disseram que era muito interessante esse estudo, até então na escola não houve nenhum estudo desse tipo.

           Foi reservada uma sala para receber as alunas, para garantir a privacidade das meninas, deixando-as à-vontade. Por ser turma mista, meninas e meninos as garotas poderiam se sentir constrangidas ao dar a resposta, no entanto, fora da sala de aula, elas ficariam bem à vontade, e assim transcorreu o curso do trabalho. Em seguida, apresenta-se o demonstrativo em percentual de idade e alimentação, conforme Gráfico 1:     

Gráfico 01: Gráfico referente à idade das escolares pesquisadas.

Fonte:  Silva, 2016.

 

        Verificou-se que no gráfico 01, que está relacionado à idade das escolares temos 54% (cinquenta e quatro por cento) das escolares com idades entre 12 e 13 anos, 37% (trinta e sete por cento) com idades entre 10 e 11 anos, 6% (seis por cento) com idade entre 14 e 15 anos, e 3% três por cento) das escolares com idade entre 08 a 09 anos, sendo que, com 16 anos não foi se evidenciou.

                   Sobre o tipo de alimentação das escolares envolvidas na pesquisa constatou-se um tipo comum da região como: carne vermelha, frango congelado e peixe, de acordo com o Gráfico2:

Gráfico 02: referente a alimentação das escolares pesquisadas.

Fonte: Silva  2016.

                          Verificou-se, conforme o gráfico 02, relacionado com a alimentação das escolares têm os seguintes resultados:  42% (quarenta e dois por cento) das escolares consomem como alimentação principal frango congelado (de granja), 41% (quarenta e um por cento) carne vermelha, e 17% (dezessete por cento) consomem peixe. Percebe-se que há um déficit alimentar, o desequilíbrio no percentual de ingestão de alimentos, nesse grupo de meninas pesquisadas.  Entende-se que a alimentação do ser humano, para obter bons resultados deve ser equilibrada, composta por vitaminas, proteínas, sais minerais e muitos outros nutrientes que compõe a exigência nutricional do organismo, esses nutrientes são encontrados em alimentos de origem animal e vegetal, a carne vermelha por exemplo,  principalmente, a carne magra, incluindo carne bovina, de vitela e de porco podem, de fato, fazer parte de uma dieta saudável. Elas contribuem com nutrientes que podem ajudá-lo a manter uma boa saúde e prevenir ou mesmo combater doenças. A carne bovina, a carne de vitela e a carne de porco são repletas de proteínas de alta qualidade. Elas são também uma imensa fonte de nutrientes como ferro e zinco. O ferro presente na carne vermelha carrega um bônus duplo. Cerca de metade do ferro é heme, uma forma altamente aproveitável, encontrada apenas em produtos de origem animal. A ingestão de carne também melhora a absorção do tipo de ferro presente nos vegetais (essa é uma boa razão para usar porções de carne menores associadas a porções maiores de vegetais nas suas refeições). Do mesmo modo, o zinco presente na carne é melhor absorvido do que o presente nos grãos e nos legumes.

         Segundo Zannin (2016) o frango, principalmente o frango congelado (de granja), também deve ser consumido com o objetivo de complementar a dieta, uma vez que é fonte de proteína conduzindo em si, o equivalente 32,8g de proteína por 100g.    As carnes de frango e peru são consideradas alternativas saudáveis de pouca gordura em relação à carne vermelha. O peixe, no demonstrativo acima foi entendido que as escolares consomem com menos intensidade, algumas delas declararam que não apreciam a carne do peixe, o percentual ficou com apenas 17%.  Vale lembrar que   o peixe é uma adição maravilhosa a qualquer dieta saudável. Geralmente o teor de gordura é baixo (muitos tipos fornecem 20% ou menos de calorias da gordura), fazendo dele uma ótima opção de proteína. Comer peixe no lugar de carne vermelha ou de ave geralmente significa menos gordura total, mas isso quase sempre quer dizer menos gordura saturada. Isso é importante quando se trata da saúde do coração e dos vasos sanguíneos.

Tabela de alimentos ricos em proteína animal

      Ver na tabela abaixo a quantidade desse nutriente que cada alimento fornece.

Alimentos

Proteína animal por 100 g

Energia por 100 g

Carne de frango

32,8 g

148 calorias

Carne de vaca

26,4 g

163 calorias

Queijo

26 g

316 calorias

Salmão grelhado

23,8 g

308 calorias

Pescada

19,2

109 calorias

Ovo

13 g

149 calorias

Iogurte

4,1 g

54 calorias

Leite

3,3 g

47 calorias

Tabela 1: O consumo de proteínas após a prática de atividade física.

Fonte: ZANIN, (2016).

          Segundo Zanin (2007) os alimentos ricos em proteína de origem animal são principalmente carnes, peixes, ovos, leite e derivados. Outros alimentos ricos em proteínas vegetais. Esses alimentos precisam ser combinados para que a união dos aminoácidos forme proteínas de boa qualidade, vejamos alguns exemplos.  Arroz e o feijão (qualquer tipo); Ervilhas e milhete; Lentilhas e trigo sarraceno; Quinoa e milho; Arroz integral e ervilhas vermelhas, a combinação desses alimentos e a variedade na dieta são importantes para manter o crescimento e o bom funcionamento do organismo de pessoas vegetarianas ou não, além disso os alimentos ricos em proteína magra são todos os alimentos de origem vegetal citados acima e as carnes pobres em gordura, como peito de frango e peito de peru sem pele, clara de ovo e peixes magros, como a pescada, não esquecendo das frutas e legumes. Alguns alimentos ricos em carboidratos, como os pães, cereais, arroz e massas, são uma importante forma de energia para o organismo e, por isso, são muito importantes para uma alimentação saudável. Além de favorecer o crescimento muscular, o consumo de proteína magra é importante para prevenir doenças como aterosclerose, colesterol alto e excesso de peso. (ZANIN, 2016).

CONCLUSÃO

        O trabalho foi pensado e elaborado pelos motivos vivenciados no cotidiano, ao observar meninas com idade muito inferir às meninas de 20 ou 30 anos atrás, que o processo menarca acontecia aos 15 anos de idade, hoje a realidade é outra, a menarca se manifesta precocemente  assim o trabalho veio pautado em curiosidade pelo assunto,  de descobrir que manifestação tão antecipada, qual indicador estimula esse acontecimento,  se a alimentação contribui nesse processo,  o  meio ambiente  tem indicador  favorável para esse procedimento,  ou mesmo as meninas que menstruam mais cedo pode acarretar problemas no desenvolvimento físico, por estes e muitos outros motivos desencadeou a pesquisa.

         Outra causa foi, em observar algumas mães preocupadas com o crescimento de suas filhas, essa preocupação pode estar relacionada às pequenas variações da normalidade, ao fato de a menina ser alta demais ou estar abaixo da estatura esperada, em saber que tanto os pais quanto as adolescentes sempre não estão conformados com a estética que vislumbram em suas crias ou em si mesmos.

            Percebeu-se com as leituras que a estatura das filhas está relacionada com a de seus pais, a uma certa idade se for uma criança saudável o crescimento transcorre dentro da normalidade, durante toda a infância a correlação entre a estatura da criança e a de seus pais é moderada. Entretanto, no período da adolescência as características físicas vem a se desenvolver com clareza, e a estatura dessa criança tendem a ser estimada pela média entre a estatura de seus pais, razão pela qual a preocupação dos pais em não entender a manifestação da menarca tão cedo, se isso pode alterar ou não no desenvolvimento da filha.

             Outro motivo que desencadeou a pesquisa, foi uma certa preocupação dos pais com essas escolares no que tange à fertilidade, vale lembrar que enquanto a menina ainda não recebeu a sua primeira menstruação, não há a preocupação por uma gravidez indesejável, isto porque os órgão reprodutivos da mulher estão dentro da normalidade, só estão aptos ao iniciar a atividade inerente a eles após a maturação sexual, que se fará com o aparecimento da menarca, com o início precoce também pode acontecer uma gestação na adolescência.

            Pelos dados da pesquisa verificou-se que a idade em que aconteceu a primeira menstruação das adolescentes participantes, sendo que a maioria evidenciou-se entre 11 e 12. Perguntado qual o tipo de alimento que mais gosta, elas responderam comer frango congelado com 42%, em segundo lugar a carne vermelha, com 41% e consumo de peixe aparecendo em terceiro lugar com 17% de escolha. Desta forma, conclui-se que a alimentação é um fator que interfere no desenvolvimento das adolescentes e influem na antecipação da menarca, entretanto, pressupõe-se que outro fator que merece pesquisa é investigar sobre a falta de exercício físico.

        

             REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

 

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[1] Acadêmica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[2] Docente de Metodologia Científica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[3] Docente de Língua Portuguesa do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA MENARCA DAS MENINAS DO MUNICÍPIO DE ITAITUBA/PA

                Maria do Rozário Barros Silva[1]

                                                          Prof. Msc. Marcos Mendonça[2]

                  Profª Drª Djalmira de Sá Almeida Barros[3]

RESUMO

       O trabalho foi elaborado após percepção em meninas de convívio próximo (sobrinhas) apresentarem a manifestação da menstruação muito precoce, e em perceber que muitas delas tinham um hábito alimentar um pouco desproporcional para  sua idade, não tendo uma alimentação balanceada com alimentos ricos em vitaminas, proteínas, sais minerais e outros nutrientes indispensáveis para o bom funcionamento do organismo humano,  por esse motivo houve a escolha do tema, “Influência da Alimentação na Menarca nas Meninas do Município de Itaituba/PA”,  buscando informação para o caso, resolveu-se fazer essa pesquisa. O objetivo deste trabalho é descobrir qual a influência da alimentação na menarca nas meninas da cidade de Itaituba/PA. Em nossos dias a manifestação menstrual começa cada vez mais cedo, em relação a meninas de 20 ou 30 anos atrás. De acordo com a pesquisa serão descritas todos os dados levantados durante a fase de coleta de dados (pesquisa) deste trabalho. A finalidade deste estudo é entender os motivos da manifestação precoce da Menarca em adolescentes de 8 a 16 anos, aguçando investigações mais profundas em torno dessa problemática, mesmo depois de pesquisar sobre o caso, de entender que é apenas um fenômeno natural das adolescentes, procurou-se descrever como está ocorrendo na zona urbana de Itaituba, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

          

ABSTRACT

       

The work was done after perception convivial girls next (nieces) have the manifestation of the very early period, and realize that many of them had a habit feed a little disproportionate to their age, not having a balanced diet with foods rich in vitamins, protein, minerals and other nutrients essential to the proper functioning of the human body, therefore there was the choice of theme, "Food Influence of menarche in girls of the municipality of Itaituba / PA", seeking information for the case was resolved do this research. The objective of this study is to find out the influence of food on menarche in girls of the city of Itaituba / PA. In our day menstrual manifestation begins earlier and earlier, for girls 20 or 30 years ago. According to the survey will be described all the data collected during the data collection phase (research) of this work. The purpose of this study is to understand the reasons for the early onset of menarche in adolescents 8-16 years sharpening further investigation around this problem, even after searching on the case, to understand that it is just a natural phenomenon of the teen sought If describe how is taking place in the urban area of Itaituba, the Municipal Elementary School Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

Key words: Menarche. Menstrual manifestation. Food Influence. Adolescents 8-16 years.

1 INTRODUÇÃO

       

A cidade de Itaituba está localizada na região Oeste do Pará, com uma população estimada de 97.343 habitantes, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). A cidade ainda preserva muito verde, seus habitantes têm ainda o privilégio do desfrute do ar puro e saudável, oriundo da floresta Amazônica, o acesso à cidade pode ser feito por via aérea, aeroporto localizado a 5 km do centro da cidade, ou pelas rodovias; BR 163 Santarém Cuiabá, ou BR 230 Transamazônica, ou ainda por via fluvial, sendo o corredor fluvial o Rio Tapajós. A população da cidade ainda conserva alguns hábitos alimentares bem distintos, alimentação orgânica advinda da agricultura familiar, razão pela qual tive curiosidade de entender “A influência da alimentação nas meninas do município de Itaituba”,  as  cidades mais desenvolvidas do Brasil,  com suas indústrias de alimento em expansão no mercado, oferecendo ao  consumidor alimentos enlatados, embutidos, congelados, produtos que interferem na qualidade do alimento, se tratando de produtos naturais.     

 A pesquisa demonstra que a menarca está se manifestando em meninas a partir de 09 anos de idade, essas garotas, ainda tão pequenas já estão se preocupando com problemas de adultos, considerando ainda que a cidade de Itaituba tem uma população de hábito alimentar natural (orgânico) esse fator tem relevância contribuição nesse processo, devido as pequenas não estarem vivenciando experiência de meninas de cidades desenvolvidas, ou de cidade industrializada.

Por esta razão, supõe-se que a diferença na precocidade da menarca em relação às adolescentes que residem no sul do País por exemplo. Considerando que uma boa parte das meninas estudadas está na fase de criança, e já começam a enfrentar problemas de adolescentes, porque segundo o Ministério da Saúde a adolescência inicia aos 12 anos e termina aos 19 anos. 

            

2 MENARCA

 Brêtas et al (2012) afirmam que a menarca é considerada um evento muito significativo na vida da mulher, por caracterizar-se como o início de sua vida reprodutiva e envolve grandes transformações de ordem somática, metabólica, neuromotora e psicossocial. A ocorrência da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de amadurecimento uterino. A menarca, além de ser um indicador de maturação biológica, também mostra as mudanças que ocorrem com o desenvolvimento social e econômico das populações. As meninas de “status” socioeconômicos mais elevados apresentam a primeira menstruação mais precocemente do que aquelas menos favorecidas, mesmo residentes na mesma cidade ou país.

              Vários são os modelos determinantes do período maturacional, no entanto a velocidade com que as jovens atingem o estagia adulto são perceptivos após elas começam a perceber periodicamente a menstruação. Entretanto percebe-se que as garotas em cada tempo entram na menarca com mais imaturidade. Esse adiantamento no relógio da puberdade, que segundo as estimativas atinge cerca de 10% e 12% das meninas, pode trazer consequências indesejáveis. Uma delas é que a precocidade pode impedir que a garota atingisse a altura que estava geneticamente programada para ter. (MALINA & BOUCHARD, 1991).

               Em 2002, Wu et al, avaliando 1.168 meninas americanas negras, brancas e mexicanas na faixa etária entre 08 e 16 anos, observaram que a média de idade da menarca foi 12,7 anos para as americanas brancas, 12,1 anos para as negras e 12,2 anos para as mexicanas.

               Chipkevitch (1995) cita algumas situações de risco para uma nutrição adequada na adolescência: estirão do crescimento; perda sanguínea menstrual; prática esportiva; trabalho físico excessivo; baixo padrão aquisitivo; modismos, mitos e tabus alimentares; dietas alternativas; obesidade e regimes de emagrecimento; depressão; anorexia/bulimia nervosa; uso de substâncias psicoativas; consumo de esteroides anabolizantes; anticoncepção hormonal; gravidez/lactação; doenças crônicas e uso continuado de medicação.

  • PUBERDADE

            A Puberdade é a fase de transição da infância para a adolescência, na qual o indivíduo desenvolve característica física, masculinas ou femininas, tornando-se apto a reprodução. Puberdade é o processo que leva o corpo humano à maturidade sexual ou fertilidade, que é a capacidade de reprodução.

A puberdade entende-se, por várias mudanças maturacionais, são dinâmicas e podem variar quanto à idade de início ou término, à magnitude, à velocidade que se expressam e suas inter-relações, independentemente de etnia, gênero ou meio ambiente em que o indivíduo se desenvolve. Nas mulheres, a sequência de eventos que caracteriza a puberdade abrange o desenvolvimento das gônadas, dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias, em especial, da mama (telarca), pelos pubianos (pubarca) e a ocorrência da primeira menstruação (menarca). Dentre esses eventos, a menarca é o fenômeno mais representativo e de mais fácil determinação, constituindo um importante indicador da maturação sexual, especialmente em estudos históricos e/ou retrospectivos. Muitas mães por não entenderem do assunto, pela experiência vivida ter sido diferente, fazem alguns questionamentos em relação a essa tese.

 Considerando a maturação sexual, que acontece de forma desigual, pois cada adolescente tem sua característica própria, e um metabolismo diferente, as características sexuais primários e secundários se desenvolvem e, como decorrência, o aparelho genital na menina passa a laborar, ocasionando a primeira menstruação, denominada menarca. Tendo importante papel na avaliação do crescimento e desenvolvimento infantopuberal, a observação das características sexuais secundárias e a idade da menarca são recomendadas no acompanhamento recorrente do desenvolvimento da criança.

           Sendo assim, além de seu contexto biológico, social e psíquico, a menarca tem relevante importância como marco do crescimento e desenvolvimento humano e é o indicador de maturidade sexual mais usado. A variabilidade da data da primeira menstruação envolve características genéticas e influência ambiental, alimentação, com interações complexas.

           É mais comum, o início da menstruação aparecer entre 12 e 13 anos de idade cronológica. O acontecimento da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de madureza uterino, não significando que a menina tenha atingido o estágio de função reprodutiva completo, pois os ciclos menstruais iniciais são geralmente anovulatórios, havendo um período de relativa esterilidade na adolescência, que dura de 1 a 18 meses após a menarca (BORGES; SCHWARZTBACH, 2003; MOREIRA et al., 2006).

              

 4  ALIMENTAÇÃO            

Alimentação é o conjunto de alimentos ou substâncias que constituem a dieta regular de um ser vivo, uma alimentação saldável, é abastecimento para que algo funcione. (MINI DICIONÁRIO CONTEMPORÂNEO DA LÍNGUA PORTUGUESA, (2004).

A história alimentar é um ponto importante da avaliação nutricional, devendo caracterizar a quantidade e a frequência de diversos alimentos dos principais grupos alimentares: carnes, peixes, aves, ovos; leites e derivados; cereais; vegetais e frutas. Atualmente, os alimentos de origem animal que chega à mesa das famílias, não são produtos saudáveis, orgânicos, como eram as alimentações dos nossos antecedentes, em nossos dias os alimentos sofre alterações desde o início até a mesa do consumidor,  nas granjas de frangos de corte, galinha poedeira (ovos), produtores de gado de corte, com fins de acelerar o crescimento dos lotes de animais, adicionam doses de medicamentos na ração desses animais, para acelerar o crescimento, e dessa forma o retorno financeiro ao proprietário vem com maior brevidade. Também os alimentos de origem vegetal traz sérios problemas, com o uso desordenado dos agrotóxicos nas plantações, doenças que acometem as plantações, e principalmente pela falta de mão obra especializada para o cultivo da terra. 

 A alimentação é uma necessidade fundamental do ser humano e é um dos fatores que mais afeta a saúde pública em nosso Brasil. O aforismo “somos o que comemos” traduz bem este fato. Rozin et al (1999), para os seres humanos, a comida é o maior contribuinte para o bem-estar físico, a maior fonte de prazer mas também de stress, de preocupação e de despesa. Os alimentos são fundamentais para a sobrevivência, segurança e bem-estar da humanidade. Esta consciencialização conduz à necessidade do estabelecimento de uma relação de confiança com os alimentos que se dispõe.

         As vitaminas tiamina, riboflavina e niacina são recomendadas em quantidades maiores para atingir as altas necessidades de energia. Todas as vitaminas necessárias podem ser fornecidas por uma dieta balanceada, incluindo carne, peixe, frango, frutas, legumes, leite e derivado, não sendo preciso o uso de suplementos vitamínicos. (MAHAN & ESCOT-STUMP, 1998).

            Na adolescência, uma alimentação saudável é aquela que possibilita o desenvolvimento máximo consentido pelas características genéticas, que incrementa a capacidade de resposta imune e de realizar trabalho e demais atividades da vida de relação, que contribui para as aptidões escolares e diferenciação profissional ao beneficiar a capacidade mental e favorecer a atenção, que impede o desenvolvimento de doenças ligadas aos excessos (obesidade, diabetes tipo II, hipertensão, aterosclerose, doença mental, e outras), que possibilita ao organismo funcionar e reparar as estruturas e regular a produção e eliminação de calor de modo a manter constantes a temperatura corporal e permitir o metabolismo adequado Martins (1995). Há mais de uma década que organizações internacionais, nacionais e profissionais, como a Organização Mundial de Saúde e a American Heart Association entre outras, defendem e disseminam diretrizes para uma alimentação saudável, recomendando a todas as pessoas (a partir dos dois anos de idade) a adaptação de uma dieta rica em frutas e vegetais, e pobre em gordura total (não mais do que 30% do total de calorias diárias) e em ácidos gordos saturados (menos de 10% das calorias diárias). Não obstante, a maioria das crianças e dos adolescentes consomem demasiadas gorduras totais, ácidos gordos saturados e açúcar, e quantidades insuficientes de frutas, vegetais e cálcio Lytle (2003). As dietas ricas em calorias e lipídios estão associadas a maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de cancro.

             Pode se perceber que o efeito colateral de uma má alimentação vem frequentemente se manifestando, neste caso temos como consequência a chegada antecipada da 1ª menstruação, as meninas ainda não saíram da infância, e já entram na adolescência. Tempos atrás as garotas tinham sua primeira menstruação por volta dos 14, 15 anos ou mais. Embora a idade de ocorrência da menarca seja um indicador extensamente usado nos estudos de maturidade em meninas, ela é restringida a uma juventude mais atrasada, ocorrendo cerca de um ano depois do pico de celeridade de desenvolvimento, coincidindo com a fase de desaceleração máxima do crescimento (CASTILHO; BARROS FILHO, 2000; BAXTER-JONES; EISENMANN; SHERA, 2005).

   5 MATURAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA    

   

           A maturidade sexual corresponde à idade ou fase da vida em que um organismo se pode reproduzir sexualmente. É geralmente considerado como a mesma coisa que idade adulta, ainda que sejam conceitos diferentes. Nos humanos, o processo de maturação sexual termina com a puberdade que não marca, contudo, a idade adulta.

A respeito da maturação sexual, Duarte (1993), diz que as variações na velocidade e no tempo em que o indivíduo atinge a maturidade biológica são os fatores mais importantes. Entretanto, a vida é um processo continuo de mudanças em que os indivíduos passam por diferentes fases, manifestadas por meio de mudanças das características biológicas epsicossociais até alcançarem um estado maduro (TSUKAMOTO; NUNOMURA, 2003). 1984, Scaf et al, em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru.

            A adolescência constitui um processo biológico de vivências orgânicas, no qual se aceleram o desenvolvimento cognitivo e a estruturação da personalidade, abrangendo a faixa etária dos 10 aos 19 anos. O adolescente pode ser definido como alguém que teve o tempo necessário para assimilar valores na comunidade alguém cujo corpo chegou à maturação necessária para que possa se consagrar às tarefas que lhe são apontadas por esses valores, competindo no mundo em condições de igualdade.

              O Ministério da Saúde considera adolescência como a faixa etária que vai dos 12 aos 19 anos, abrangendo nesta faixa os conflitos enfrentados por estes indivíduos, as mudanças físicas, sexuais, emocionais e relacionais como sendo um processo natural do desenvolvimento e da firmação de sua personalidade.  É ainda na infância que os bons hábitos alimentares devem ser estabelecidos, por sua influência ao longo da vida e, particularmente, na adolescência. Entretanto, os alimentos indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento devem ser introduzidos de acordo com as particularidades de cada faixa etária. A superalimentação pode ocorrer nesta fase de transição, infância/adolescente, podendo ter impacto negativo na saúde como é o caso da obesidade que pode se estender pela adolescência e pela vida adulta (LAMOUNIER & LEÃO, 1998).

                    Uma dessas fases é a adolescência, que é o mais rápido período de crescimento físico que o ser humano experiência (com exceção do crescimento fetal e neonatal), caracterizado por grandes variações (BROOKS-GUNN et al., 1987), que estão associadas a três eventos: crescimento, desenvolvimento e maturação. Herman-Giddens et al, em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas.

6  ATIVIDADE FÍSICA

           A atividade física é, segundo Caspersen (1985), "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso

            Ewles e Simnett (2003) tratam da restrição dietética utilizada em alguns esportes nos quais a classificação em categorias depende do peso ou nos quais o peso mais baixo se associa à melhor performance (por exemplo, balé, ginástica olímpica, artes marciais) é prejudicial por possibilitar o atraso do crescimento, retardar o desenvolvimento puberal, causar osteopenia, anemia e síndromes relacionadas à deficiência de vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos graxos e elementos traço. Dizem que é fundamental considerar que a saúde implica a capacidade de adaptação contínua às alterações constantes das exigências, expectativas e estímulos, uma vez que todos os aspectos da saúde estão interrelacionados e são interdependentes.

              A mesma opinião é manifestada por Costa e López (1998), ao referirem que o novo conceito de saúde implica dar poder ao indivíduo para que este se desenvolva e influencie positivamente o meio que o envolve, e que o termo “poder” se refere à capacidade de tomar decisões que afetam a vida e os determinantes pessoais e ambientais de saúde, e à capacidade de adaptação contínua às novas e dinâmicas exigências do meio. A noção de que a saúde é uma responsabilidade individual, mas também social e que envolve as pessoas na melhoria da sua qualidade de vida, é assim reforçada, não obstante se reconhecer que numa visão holística da saúde, quer o potencial de cada pessoa quer as suas necessidades são diferentes. Enquanto alguns atletas restringem sua alimentação, outros usam aminoácidos como arginina, lisina e ornitina para estimular a secreção de GH, acreditando que tal prática promova um maior ganho de massa e força muscular. No entanto, não existem estudos que comprovem a eficácia dessa prática. A resposta do GH à administração de aminoácidos apresenta variabilidade individual, sendo alterado pela intensidade da atividade (maior liberação de GH quando o treinamento é mais intenso), sexo (menor resposta em homens), dieta (resposta menor nos que consomem muita proteína) e via de administração (a dose oral necessária para aumentar a liberação de GH geralmente causa desconforto estomacal e diarreia).

                 Além disso, os níveis circulantes de IGF-1 não são alterados após a administração oral de arginina e lisina. Portanto, o uso de aminoácidos específicos como estimuladores para a liberação de GH com o intuito de aumentar o ganho de massa e força muscular ou alterar a composição corporal não é recomendado. Existe grande dificuldade em avaliar e interpretar os estudos do impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes devido a diversos fatores. Intervêm na avaliação desse impacto fatores relacionados à faixa etária, tais quais as diferentes fases de crescimento (repleção, estirão) e os diversos estágios puberais, fatores relacionados à diversidade de atividades físico-desportivas realizadas como vôlei, natação e ciclismo, bem como a forma de praticá-las (competitivamente ou não), fatores relacionados à adoção de restrição dietética, ao uso de suplementos alimentares e à utilização de substâncias ergogênicas e esteroides anabólicos, além da diversidade metodológica dos trabalhos sobre o tema. Nesta revisão, o impacto da atividade físico e esporte foi avaliado em relação a três questões: mineralização óssea, crescimento estatural e desenvolvimento puberal.

           Para o profissional da educação física, a análise da maturação de jovens passa a ser importante em dois contextos: o esportivo e o da saúde. No que se refere ao primeiro contexto, esta análise ajuda a preparar o programa de treino para o jovem atleta - tentando reduzir o risco de lesões, serve como meio de limitar ou de desqualificar indivíduos em esportes de contato e identifica os períodos de crescimento rápido, justificando a redução do regime de treinamento em esportes de alta intensidade.

           A literatura relata idade da menarca tardia entre garotas que praticam esportes. Embora não só o esporte pode retardar essa manifestação, mas também a predisposição genética, o baixo peso, uma dieta balanceada, e/ou baixo percentual de gordura corporal, condutas dietéticas restritivas e estresse, parecem que o excesso de treinamento é um determinante fundamental, mesmo porque mantem o corpo em equilíbrio, (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

            Estudos entre os anos de 1840 e 1980, em países como Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, mostraram que houve um decréscimo de cerca de três meses na idade da menarca a cada década, caindo de 17 anos para 13 anos, havendo uma relação provável com a melhoria das condições sociais e econômicas nos países avaliados. Nos Estados Unidos, em 1997, Herman-Giddens et al(18), em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas, mostraram que, apesar de 6,7% das brancas e 27,2% das afro-americanas começarem a puberdade antes dos oito anos de idade, a média de idade da menarca foi 12,2 anos para as meninas afro-americanas e 12,9 anos para as brancas. Os autores relacionaram esta antecipação da puberdade à elevada incidência de obesidade e sobrepeso observada na população americana.

           No Brasil, em diversas regiões já aconteceram estudos referente a menarca. Em 1984, Scaf et al(5), em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru, São Paulo, entre 08 e 16 anos, mostraram que a média de idade de início da puberdade foi 10,4 anos e a média de idade da menarca foi 13,0 anos. (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

7 METODOLOGIA

       

  A pesquisa foi realizada em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, localizada na 7ª rua do bairro da floresta nº 424, a referida escola foi inaugurada no dia 1 de maio de 1984, tendo portanto 32 anos de funcionamento, atendendo um público em duas modalidades, Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano, e o Curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) pela Autorização nº 253/2015 do C.E.E./PA. A escola tem 830 alunos, matrícula inicial do ano letivo de 2016. A consulta foi realizada com um quantitativo de 169 meninas, na faixa etária de 08 a 16 anos de idade.

Os primeiros passos para a pesquisa, elaboração de uma carta de aceite à direção do estabelecimento de ensino, e esta foi deferida pelo diretor da escola que tem o objetivo de atender os alunos dos bairros Floresta, Bom Jardim e São Francisco, que são os mais distantes do centro da cidade.

             Os dados utilizados no presente trabalho provêm de um estudo quantitativo, em que as participantes são escolares com idade entre 08 a 16 anos de idade, coletados entre fevereiro e março de 2016, com grupo estudado composto de 169 meninas.      

             Os métodos utilizados foram: pesquisa de campo, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, primeiro houve a carta de aceite para a Instituição com representação o diretor da escola. Os professores foram informados pela direção que a pesquisa iria acontecer nas séries de 5º ao 9ª ano e nas 3ª e 4ª etapas, e qual o seu objetivo, foram informados também que não seria divulgado nome de alunas, somente os dados em percentual referente a alimentação e idade.

             Com essa informação ao corpo docente da escola, os trabalhos foram iniciados, primeiramente no 5º ano, no turno matutino e prosseguiu por as demais turmas, ao concluir as turmas do horário matutino, passou para o turno vespertino, chegando ao final da coleta de dados houve os procedimentos dos trabalhos seguindo um ritmo normal, organização da estrutura física (estética) do trabalho. Questionou-se: Com quantos anos aconteceu a primeira menstruarão, qual o tipo de alimento que mais gosta? Carne vermelha, frango congelado ou peixe?  O corpo docente da escola colaborou para a pesquisa transcorrer dentro da normalidade, os professores solicitaram informações dos resultados da pesquisa, disseram que era muito interessante esse estudo, até então na escola não houve nenhum estudo desse tipo.

           Foi reservada uma sala para receber as alunas, para garantir a privacidade das meninas, deixando-as à-vontade. Por ser turma mista, meninas e meninos as garotas poderiam se sentir constrangidas ao dar a resposta, no entanto, fora da sala de aula, elas ficariam bem à vontade, e assim transcorreu o curso do trabalho. Em seguida, apresenta-se o demonstrativo em percentual de idade e alimentação, conforme Gráfico 1:     

Gráfico 01: Gráfico referente à idade das escolares pesquisadas.

Fonte:  Silva, 2016.

 

        Verificou-se que no gráfico 01, que está relacionado à idade das escolares temos 54% (cinquenta e quatro por cento) das escolares com idades entre 12 e 13 anos, 37% (trinta e sete por cento) com idades entre 10 e 11 anos, 6% (seis por cento) com idade entre 14 e 15 anos, e 3% três por cento) das escolares com idade entre 08 a 09 anos, sendo que, com 16 anos não foi se evidenciou.

                   Sobre o tipo de alimentação das escolares envolvidas na pesquisa constatou-se um tipo comum da região como: carne vermelha, frango congelado e peixe, de acordo com o Gráfico2:

Gráfico 02: referente a alimentação das escolares pesquisadas.

Fonte: Silva  2016.

                          Verificou-se, conforme o gráfico 02, relacionado com a alimentação das escolares têm os seguintes resultados:  42% (quarenta e dois por cento) das escolares consomem como alimentação principal frango congelado (de granja), 41% (quarenta e um por cento) carne vermelha, e 17% (dezessete por cento) consomem peixe. Percebe-se que há um déficit alimentar, o desequilíbrio no percentual de ingestão de alimentos, nesse grupo de meninas pesquisadas.  Entende-se que a alimentação do ser humano, para obter bons resultados deve ser equilibrada, composta por vitaminas, proteínas, sais minerais e muitos outros nutrientes que compõe a exigência nutricional do organismo, esses nutrientes são encontrados em alimentos de origem animal e vegetal, a carne vermelha por exemplo,  principalmente, a carne magra, incluindo carne bovina, de vitela e de porco podem, de fato, fazer parte de uma dieta saudável. Elas contribuem com nutrientes que podem ajudá-lo a manter uma boa saúde e prevenir ou mesmo combater doenças. A carne bovina, a carne de vitela e a carne de porco são repletas de proteínas de alta qualidade. Elas são também uma imensa fonte de nutrientes como ferro e zinco. O ferro presente na carne vermelha carrega um bônus duplo. Cerca de metade do ferro é heme, uma forma altamente aproveitável, encontrada apenas em produtos de origem animal. A ingestão de carne também melhora a absorção do tipo de ferro presente nos vegetais (essa é uma boa razão para usar porções de carne menores associadas a porções maiores de vegetais nas suas refeições). Do mesmo modo, o zinco presente na carne é melhor absorvido do que o presente nos grãos e nos legumes.

         Segundo Zannin (2016) o frango, principalmente o frango congelado (de granja), também deve ser consumido com o objetivo de complementar a dieta, uma vez que é fonte de proteína conduzindo em si, o equivalente 32,8g de proteína por 100g.    As carnes de frango e peru são consideradas alternativas saudáveis de pouca gordura em relação à carne vermelha. O peixe, no demonstrativo acima foi entendido que as escolares consomem com menos intensidade, algumas delas declararam que não apreciam a carne do peixe, o percentual ficou com apenas 17%.  Vale lembrar que   o peixe é uma adição maravilhosa a qualquer dieta saudável. Geralmente o teor de gordura é baixo (muitos tipos fornecem 20% ou menos de calorias da gordura), fazendo dele uma ótima opção de proteína. Comer peixe no lugar de carne vermelha ou de ave geralmente significa menos gordura total, mas isso quase sempre quer dizer menos gordura saturada. Isso é importante quando se trata da saúde do coração e dos vasos sanguíneos.

Tabela de alimentos ricos em proteína animal

      Ver na tabela abaixo a quantidade desse nutriente que cada alimento fornece.

Alimentos

Proteína animal por 100 g

Energia por 100 g

Carne de frango

32,8 g

148 calorias

Carne de vaca

26,4 g

163 calorias

Queijo

26 g

316 calorias

Salmão grelhado

23,8 g

308 calorias

Pescada

19,2

109 calorias

Ovo

13 g

149 calorias

Iogurte

4,1 g

54 calorias

Leite

3,3 g

47 calorias

Tabela 1: O consumo de proteínas após a prática de atividade física.

Fonte: ZANIN, (2016).

          Segundo Zanin (2007) os alimentos ricos em proteína de origem animal são principalmente carnes, peixes, ovos, leite e derivados. Outros alimentos ricos em proteínas vegetais. Esses alimentos precisam ser combinados para que a união dos aminoácidos forme proteínas de boa qualidade, vejamos alguns exemplos.  Arroz e o feijão (qualquer tipo); Ervilhas e milhete; Lentilhas e trigo sarraceno; Quinoa e milho; Arroz integral e ervilhas vermelhas, a combinação desses alimentos e a variedade na dieta são importantes para manter o crescimento e o bom funcionamento do organismo de pessoas vegetarianas ou não, além disso os alimentos ricos em proteína magra são todos os alimentos de origem vegetal citados acima e as carnes pobres em gordura, como peito de frango e peito de peru sem pele, clara de ovo e peixes magros, como a pescada, não esquecendo das frutas e legumes. Alguns alimentos ricos em carboidratos, como os pães, cereais, arroz e massas, são uma importante forma de energia para o organismo e, por isso, são muito importantes para uma alimentação saudável. Além de favorecer o crescimento muscular, o consumo de proteína magra é importante para prevenir doenças como aterosclerose, colesterol alto e excesso de peso. (ZANIN, 2016).

CONCLUSÃO

        O trabalho foi pensado e elaborado pelos motivos vivenciados no cotidiano, ao observar meninas com idade muito inferir às meninas de 20 ou 30 anos atrás, que o processo menarca acontecia aos 15 anos de idade, hoje a realidade é outra, a menarca se manifesta precocemente  assim o trabalho veio pautado em curiosidade pelo assunto,  de descobrir que manifestação tão antecipada, qual indicador estimula esse acontecimento,  se a alimentação contribui nesse processo,  o  meio ambiente  tem indicador  favorável para esse procedimento,  ou mesmo as meninas que menstruam mais cedo pode acarretar problemas no desenvolvimento físico, por estes e muitos outros motivos desencadeou a pesquisa.

         Outra causa foi, em observar algumas mães preocupadas com o crescimento de suas filhas, essa preocupação pode estar relacionada às pequenas variações da normalidade, ao fato de a menina ser alta demais ou estar abaixo da estatura esperada, em saber que tanto os pais quanto as adolescentes sempre não estão conformados com a estética que vislumbram em suas crias ou em si mesmos.

            Percebeu-se com as leituras que a estatura das filhas está relacionada com a de seus pais, a uma certa idade se for uma criança saudável o crescimento transcorre dentro da normalidade, durante toda a infância a correlação entre a estatura da criança e a de seus pais é moderada. Entretanto, no período da adolescência as características físicas vem a se desenvolver com clareza, e a estatura dessa criança tendem a ser estimada pela média entre a estatura de seus pais, razão pela qual a preocupação dos pais em não entender a manifestação da menarca tão cedo, se isso pode alterar ou não no desenvolvimento da filha.

             Outro motivo que desencadeou a pesquisa, foi uma certa preocupação dos pais com essas escolares no que tange à fertilidade, vale lembrar que enquanto a menina ainda não recebeu a sua primeira menstruação, não há a preocupação por uma gravidez indesejável, isto porque os órgão reprodutivos da mulher estão dentro da normalidade, só estão aptos ao iniciar a atividade inerente a eles após a maturação sexual, que se fará com o aparecimento da menarca, com o início precoce também pode acontecer uma gestação na adolescência.

            Pelos dados da pesquisa verificou-se que a idade em que aconteceu a primeira menstruação das adolescentes participantes, sendo que a maioria evidenciou-se entre 11 e 12. Perguntado qual o tipo de alimento que mais gosta, elas responderam comer frango congelado com 42%, em segundo lugar a carne vermelha, com 41% e consumo de peixe aparecendo em terceiro lugar com 17% de escolha. Desta forma, conclui-se que a alimentação é um fator que interfere no desenvolvimento das adolescentes e influem na antecipação da menarca, entretanto, pressupõe-se que outro fator que merece pesquisa é investigar sobre a falta de exercício físico.

        

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INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA MENARCA DAS MENINAS DO MUNICÍPIO DE ITAITUBA/PA

                Maria do Rozário Barros Silva[1]

                                                          Prof. Msc. Marcos Mendonça[2]

                  Profª Drª Djalmira de Sá Almeida Barros[3]

RESUMO

       O trabalho foi elaborado após percepção em meninas de convívio próximo (sobrinhas) apresentarem a manifestação da menstruação muito precoce, e em perceber que muitas delas tinham um hábito alimentar um pouco desproporcional para  sua idade, não tendo uma alimentação balanceada com alimentos ricos em vitaminas, proteínas, sais minerais e outros nutrientes indispensáveis para o bom funcionamento do organismo humano,  por esse motivo houve a escolha do tema, “Influência da Alimentação na Menarca nas Meninas do Município de Itaituba/PA”,  buscando informação para o caso, resolveu-se fazer essa pesquisa. O objetivo deste trabalho é descobrir qual a influência da alimentação na menarca nas meninas da cidade de Itaituba/PA. Em nossos dias a manifestação menstrual começa cada vez mais cedo, em relação a meninas de 20 ou 30 anos atrás. De acordo com a pesquisa serão descritas todos os dados levantados durante a fase de coleta de dados (pesquisa) deste trabalho. A finalidade deste estudo é entender os motivos da manifestação precoce da Menarca em adolescentes de 8 a 16 anos, aguçando investigações mais profundas em torno dessa problemática, mesmo depois de pesquisar sobre o caso, de entender que é apenas um fenômeno natural das adolescentes, procurou-se descrever como está ocorrendo na zona urbana de Itaituba, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

          

ABSTRACT

       

The work was done after perception convivial girls next (nieces) have the manifestation of the very early period, and realize that many of them had a habit feed a little disproportionate to their age, not having a balanced diet with foods rich in vitamins, protein, minerals and other nutrients essential to the proper functioning of the human body, therefore there was the choice of theme, "Food Influence of menarche in girls of the municipality of Itaituba / PA", seeking information for the case was resolved do this research. The objective of this study is to find out the influence of food on menarche in girls of the city of Itaituba / PA. In our day menstrual manifestation begins earlier and earlier, for girls 20 or 30 years ago. According to the survey will be described all the data collected during the data collection phase (research) of this work. The purpose of this study is to understand the reasons for the early onset of menarche in adolescents 8-16 years sharpening further investigation around this problem, even after searching on the case, to understand that it is just a natural phenomenon of the teen sought If describe how is taking place in the urban area of Itaituba, the Municipal Elementary School Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

Key words: Menarche. Menstrual manifestation. Food Influence. Adolescents 8-16 years.

1 INTRODUÇÃO

       

A cidade de Itaituba está localizada na região Oeste do Pará, com uma população estimada de 97.343 habitantes, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). A cidade ainda preserva muito verde, seus habitantes têm ainda o privilégio do desfrute do ar puro e saudável, oriundo da floresta Amazônica, o acesso à cidade pode ser feito por via aérea, aeroporto localizado a 5 km do centro da cidade, ou pelas rodovias; BR 163 Santarém Cuiabá, ou BR 230 Transamazônica, ou ainda por via fluvial, sendo o corredor fluvial o Rio Tapajós. A população da cidade ainda conserva alguns hábitos alimentares bem distintos, alimentação orgânica advinda da agricultura familiar, razão pela qual tive curiosidade de entender “A influência da alimentação nas meninas do município de Itaituba”,  as  cidades mais desenvolvidas do Brasil,  com suas indústrias de alimento em expansão no mercado, oferecendo ao  consumidor alimentos enlatados, embutidos, congelados, produtos que interferem na qualidade do alimento, se tratando de produtos naturais.     

 A pesquisa demonstra que a menarca está se manifestando em meninas a partir de 09 anos de idade, essas garotas, ainda tão pequenas já estão se preocupando com problemas de adultos, considerando ainda que a cidade de Itaituba tem uma população de hábito alimentar natural (orgânico) esse fator tem relevância contribuição nesse processo, devido as pequenas não estarem vivenciando experiência de meninas de cidades desenvolvidas, ou de cidade industrializada.

Por esta razão, supõe-se que a diferença na precocidade da menarca em relação às adolescentes que residem no sul do País por exemplo. Considerando que uma boa parte das meninas estudadas está na fase de criança, e já começam a enfrentar problemas de adolescentes, porque segundo o Ministério da Saúde a adolescência inicia aos 12 anos e termina aos 19 anos. 

            

2 MENARCA

 Brêtas et al (2012) afirmam que a menarca é considerada um evento muito significativo na vida da mulher, por caracterizar-se como o início de sua vida reprodutiva e envolve grandes transformações de ordem somática, metabólica, neuromotora e psicossocial. A ocorrência da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de amadurecimento uterino. A menarca, além de ser um indicador de maturação biológica, também mostra as mudanças que ocorrem com o desenvolvimento social e econômico das populações. As meninas de “status” socioeconômicos mais elevados apresentam a primeira menstruação mais precocemente do que aquelas menos favorecidas, mesmo residentes na mesma cidade ou país.

              Vários são os modelos determinantes do período maturacional, no entanto a velocidade com que as jovens atingem o estagia adulto são perceptivos após elas começam a perceber periodicamente a menstruação. Entretanto percebe-se que as garotas em cada tempo entram na menarca com mais imaturidade. Esse adiantamento no relógio da puberdade, que segundo as estimativas atinge cerca de 10% e 12% das meninas, pode trazer consequências indesejáveis. Uma delas é que a precocidade pode impedir que a garota atingisse a altura que estava geneticamente programada para ter. (MALINA & BOUCHARD, 1991).

               Em 2002, Wu et al, avaliando 1.168 meninas americanas negras, brancas e mexicanas na faixa etária entre 08 e 16 anos, observaram que a média de idade da menarca foi 12,7 anos para as americanas brancas, 12,1 anos para as negras e 12,2 anos para as mexicanas.

               Chipkevitch (1995) cita algumas situações de risco para uma nutrição adequada na adolescência: estirão do crescimento; perda sanguínea menstrual; prática esportiva; trabalho físico excessivo; baixo padrão aquisitivo; modismos, mitos e tabus alimentares; dietas alternativas; obesidade e regimes de emagrecimento; depressão; anorexia/bulimia nervosa; uso de substâncias psicoativas; consumo de esteroides anabolizantes; anticoncepção hormonal; gravidez/lactação; doenças crônicas e uso continuado de medicação.

  • PUBERDADE

            A Puberdade é a fase de transição da infância para a adolescência, na qual o indivíduo desenvolve característica física, masculinas ou femininas, tornando-se apto a reprodução. Puberdade é o processo que leva o corpo humano à maturidade sexual ou fertilidade, que é a capacidade de reprodução.

A puberdade entende-se, por várias mudanças maturacionais, são dinâmicas e podem variar quanto à idade de início ou término, à magnitude, à velocidade que se expressam e suas inter-relações, independentemente de etnia, gênero ou meio ambiente em que o indivíduo se desenvolve. Nas mulheres, a sequência de eventos que caracteriza a puberdade abrange o desenvolvimento das gônadas, dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias, em especial, da mama (telarca), pelos pubianos (pubarca) e a ocorrência da primeira menstruação (menarca). Dentre esses eventos, a menarca é o fenômeno mais representativo e de mais fácil determinação, constituindo um importante indicador da maturação sexual, especialmente em estudos históricos e/ou retrospectivos. Muitas mães por não entenderem do assunto, pela experiência vivida ter sido diferente, fazem alguns questionamentos em relação a essa tese.

 Considerando a maturação sexual, que acontece de forma desigual, pois cada adolescente tem sua característica própria, e um metabolismo diferente, as características sexuais primários e secundários se desenvolvem e, como decorrência, o aparelho genital na menina passa a laborar, ocasionando a primeira menstruação, denominada menarca. Tendo importante papel na avaliação do crescimento e desenvolvimento infantopuberal, a observação das características sexuais secundárias e a idade da menarca são recomendadas no acompanhamento recorrente do desenvolvimento da criança.

           Sendo assim, além de seu contexto biológico, social e psíquico, a menarca tem relevante importância como marco do crescimento e desenvolvimento humano e é o indicador de maturidade sexual mais usado. A variabilidade da data da primeira menstruação envolve características genéticas e influência ambiental, alimentação, com interações complexas.

           É mais comum, o início da menstruação aparecer entre 12 e 13 anos de idade cronológica. O acontecimento da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de madureza uterino, não significando que a menina tenha atingido o estágio de função reprodutiva completo, pois os ciclos menstruais iniciais são geralmente anovulatórios, havendo um período de relativa esterilidade na adolescência, que dura de 1 a 18 meses após a menarca (BORGES; SCHWARZTBACH, 2003; MOREIRA et al., 2006).

              

 4  ALIMENTAÇÃO            

Alimentação é o conjunto de alimentos ou substâncias que constituem a dieta regular de um ser vivo, uma alimentação saldável, é abastecimento para que algo funcione. (MINI DICIONÁRIO CONTEMPORÂNEO DA LÍNGUA PORTUGUESA, (2004).

A história alimentar é um ponto importante da avaliação nutricional, devendo caracterizar a quantidade e a frequência de diversos alimentos dos principais grupos alimentares: carnes, peixes, aves, ovos; leites e derivados; cereais; vegetais e frutas. Atualmente, os alimentos de origem animal que chega à mesa das famílias, não são produtos saudáveis, orgânicos, como eram as alimentações dos nossos antecedentes, em nossos dias os alimentos sofre alterações desde o início até a mesa do consumidor,  nas granjas de frangos de corte, galinha poedeira (ovos), produtores de gado de corte, com fins de acelerar o crescimento dos lotes de animais, adicionam doses de medicamentos na ração desses animais, para acelerar o crescimento, e dessa forma o retorno financeiro ao proprietário vem com maior brevidade. Também os alimentos de origem vegetal traz sérios problemas, com o uso desordenado dos agrotóxicos nas plantações, doenças que acometem as plantações, e principalmente pela falta de mão obra especializada para o cultivo da terra. 

 A alimentação é uma necessidade fundamental do ser humano e é um dos fatores que mais afeta a saúde pública em nosso Brasil. O aforismo “somos o que comemos” traduz bem este fato. Rozin et al (1999), para os seres humanos, a comida é o maior contribuinte para o bem-estar físico, a maior fonte de prazer mas também de stress, de preocupação e de despesa. Os alimentos são fundamentais para a sobrevivência, segurança e bem-estar da humanidade. Esta consciencialização conduz à necessidade do estabelecimento de uma relação de confiança com os alimentos que se dispõe.

         As vitaminas tiamina, riboflavina e niacina são recomendadas em quantidades maiores para atingir as altas necessidades de energia. Todas as vitaminas necessárias podem ser fornecidas por uma dieta balanceada, incluindo carne, peixe, frango, frutas, legumes, leite e derivado, não sendo preciso o uso de suplementos vitamínicos. (MAHAN & ESCOT-STUMP, 1998).

            Na adolescência, uma alimentação saudável é aquela que possibilita o desenvolvimento máximo consentido pelas características genéticas, que incrementa a capacidade de resposta imune e de realizar trabalho e demais atividades da vida de relação, que contribui para as aptidões escolares e diferenciação profissional ao beneficiar a capacidade mental e favorecer a atenção, que impede o desenvolvimento de doenças ligadas aos excessos (obesidade, diabetes tipo II, hipertensão, aterosclerose, doença mental, e outras), que possibilita ao organismo funcionar e reparar as estruturas e regular a produção e eliminação de calor de modo a manter constantes a temperatura corporal e permitir o metabolismo adequado Martins (1995). Há mais de uma década que organizações internacionais, nacionais e profissionais, como a Organização Mundial de Saúde e a American Heart Association entre outras, defendem e disseminam diretrizes para uma alimentação saudável, recomendando a todas as pessoas (a partir dos dois anos de idade) a adaptação de uma dieta rica em frutas e vegetais, e pobre em gordura total (não mais do que 30% do total de calorias diárias) e em ácidos gordos saturados (menos de 10% das calorias diárias). Não obstante, a maioria das crianças e dos adolescentes consomem demasiadas gorduras totais, ácidos gordos saturados e açúcar, e quantidades insuficientes de frutas, vegetais e cálcio Lytle (2003). As dietas ricas em calorias e lipídios estão associadas a maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de cancro.

             Pode se perceber que o efeito colateral de uma má alimentação vem frequentemente se manifestando, neste caso temos como consequência a chegada antecipada da 1ª menstruação, as meninas ainda não saíram da infância, e já entram na adolescência. Tempos atrás as garotas tinham sua primeira menstruação por volta dos 14, 15 anos ou mais. Embora a idade de ocorrência da menarca seja um indicador extensamente usado nos estudos de maturidade em meninas, ela é restringida a uma juventude mais atrasada, ocorrendo cerca de um ano depois do pico de celeridade de desenvolvimento, coincidindo com a fase de desaceleração máxima do crescimento (CASTILHO; BARROS FILHO, 2000; BAXTER-JONES; EISENMANN; SHERA, 2005).

   5 MATURAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA    

   

           A maturidade sexual corresponde à idade ou fase da vida em que um organismo se pode reproduzir sexualmente. É geralmente considerado como a mesma coisa que idade adulta, ainda que sejam conceitos diferentes. Nos humanos, o processo de maturação sexual termina com a puberdade que não marca, contudo, a idade adulta.

A respeito da maturação sexual, Duarte (1993), diz que as variações na velocidade e no tempo em que o indivíduo atinge a maturidade biológica são os fatores mais importantes. Entretanto, a vida é um processo continuo de mudanças em que os indivíduos passam por diferentes fases, manifestadas por meio de mudanças das características biológicas epsicossociais até alcançarem um estado maduro (TSUKAMOTO; NUNOMURA, 2003). 1984, Scaf et al, em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru.

            A adolescência constitui um processo biológico de vivências orgânicas, no qual se aceleram o desenvolvimento cognitivo e a estruturação da personalidade, abrangendo a faixa etária dos 10 aos 19 anos. O adolescente pode ser definido como alguém que teve o tempo necessário para assimilar valores na comunidade alguém cujo corpo chegou à maturação necessária para que possa se consagrar às tarefas que lhe são apontadas por esses valores, competindo no mundo em condições de igualdade.

              O Ministério da Saúde considera adolescência como a faixa etária que vai dos 12 aos 19 anos, abrangendo nesta faixa os conflitos enfrentados por estes indivíduos, as mudanças físicas, sexuais, emocionais e relacionais como sendo um processo natural do desenvolvimento e da firmação de sua personalidade.  É ainda na infância que os bons hábitos alimentares devem ser estabelecidos, por sua influência ao longo da vida e, particularmente, na adolescência. Entretanto, os alimentos indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento devem ser introduzidos de acordo com as particularidades de cada faixa etária. A superalimentação pode ocorrer nesta fase de transição, infância/adolescente, podendo ter impacto negativo na saúde como é o caso da obesidade que pode se estender pela adolescência e pela vida adulta (LAMOUNIER & LEÃO, 1998).

                    Uma dessas fases é a adolescência, que é o mais rápido período de crescimento físico que o ser humano experiência (com exceção do crescimento fetal e neonatal), caracterizado por grandes variações (BROOKS-GUNN et al., 1987), que estão associadas a três eventos: crescimento, desenvolvimento e maturação. Herman-Giddens et al, em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas.

6  ATIVIDADE FÍSICA

           A atividade física é, segundo Caspersen (1985), "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso

            Ewles e Simnett (2003) tratam da restrição dietética utilizada em alguns esportes nos quais a classificação em categorias depende do peso ou nos quais o peso mais baixo se associa à melhor performance (por exemplo, balé, ginástica olímpica, artes marciais) é prejudicial por possibilitar o atraso do crescimento, retardar o desenvolvimento puberal, causar osteopenia, anemia e síndromes relacionadas à deficiência de vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos graxos e elementos traço. Dizem que é fundamental considerar que a saúde implica a capacidade de adaptação contínua às alterações constantes das exigências, expectativas e estímulos, uma vez que todos os aspectos da saúde estão interrelacionados e são interdependentes.

              A mesma opinião é manifestada por Costa e López (1998), ao referirem que o novo conceito de saúde implica dar poder ao indivíduo para que este se desenvolva e influencie positivamente o meio que o envolve, e que o termo “poder” se refere à capacidade de tomar decisões que afetam a vida e os determinantes pessoais e ambientais de saúde, e à capacidade de adaptação contínua às novas e dinâmicas exigências do meio. A noção de que a saúde é uma responsabilidade individual, mas também social e que envolve as pessoas na melhoria da sua qualidade de vida, é assim reforçada, não obstante se reconhecer que numa visão holística da saúde, quer o potencial de cada pessoa quer as suas necessidades são diferentes. Enquanto alguns atletas restringem sua alimentação, outros usam aminoácidos como arginina, lisina e ornitina para estimular a secreção de GH, acreditando que tal prática promova um maior ganho de massa e força muscular. No entanto, não existem estudos que comprovem a eficácia dessa prática. A resposta do GH à administração de aminoácidos apresenta variabilidade individual, sendo alterado pela intensidade da atividade (maior liberação de GH quando o treinamento é mais intenso), sexo (menor resposta em homens), dieta (resposta menor nos que consomem muita proteína) e via de administração (a dose oral necessária para aumentar a liberação de GH geralmente causa desconforto estomacal e diarreia).

                 Além disso, os níveis circulantes de IGF-1 não são alterados após a administração oral de arginina e lisina. Portanto, o uso de aminoácidos específicos como estimuladores para a liberação de GH com o intuito de aumentar o ganho de massa e força muscular ou alterar a composição corporal não é recomendado. Existe grande dificuldade em avaliar e interpretar os estudos do impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes devido a diversos fatores. Intervêm na avaliação desse impacto fatores relacionados à faixa etária, tais quais as diferentes fases de crescimento (repleção, estirão) e os diversos estágios puberais, fatores relacionados à diversidade de atividades físico-desportivas realizadas como vôlei, natação e ciclismo, bem como a forma de praticá-las (competitivamente ou não), fatores relacionados à adoção de restrição dietética, ao uso de suplementos alimentares e à utilização de substâncias ergogênicas e esteroides anabólicos, além da diversidade metodológica dos trabalhos sobre o tema. Nesta revisão, o impacto da atividade físico e esporte foi avaliado em relação a três questões: mineralização óssea, crescimento estatural e desenvolvimento puberal.

           Para o profissional da educação física, a análise da maturação de jovens passa a ser importante em dois contextos: o esportivo e o da saúde. No que se refere ao primeiro contexto, esta análise ajuda a preparar o programa de treino para o jovem atleta - tentando reduzir o risco de lesões, serve como meio de limitar ou de desqualificar indivíduos em esportes de contato e identifica os períodos de crescimento rápido, justificando a redução do regime de treinamento em esportes de alta intensidade.

           A literatura relata idade da menarca tardia entre garotas que praticam esportes. Embora não só o esporte pode retardar essa manifestação, mas também a predisposição genética, o baixo peso, uma dieta balanceada, e/ou baixo percentual de gordura corporal, condutas dietéticas restritivas e estresse, parecem que o excesso de treinamento é um determinante fundamental, mesmo porque mantem o corpo em equilíbrio, (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

            Estudos entre os anos de 1840 e 1980, em países como Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, mostraram que houve um decréscimo de cerca de três meses na idade da menarca a cada década, caindo de 17 anos para 13 anos, havendo uma relação provável com a melhoria das condições sociais e econômicas nos países avaliados. Nos Estados Unidos, em 1997, Herman-Giddens et al(18), em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas, mostraram que, apesar de 6,7% das brancas e 27,2% das afro-americanas começarem a puberdade antes dos oito anos de idade, a média de idade da menarca foi 12,2 anos para as meninas afro-americanas e 12,9 anos para as brancas. Os autores relacionaram esta antecipação da puberdade à elevada incidência de obesidade e sobrepeso observada na população americana.

           No Brasil, em diversas regiões já aconteceram estudos referente a menarca. Em 1984, Scaf et al(5), em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru, São Paulo, entre 08 e 16 anos, mostraram que a média de idade de início da puberdade foi 10,4 anos e a média de idade da menarca foi 13,0 anos. (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

7 METODOLOGIA

       

  A pesquisa foi realizada em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, localizada na 7ª rua do bairro da floresta nº 424, a referida escola foi inaugurada no dia 1 de maio de 1984, tendo portanto 32 anos de funcionamento, atendendo um público em duas modalidades, Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano, e o Curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) pela Autorização nº 253/2015 do C.E.E./PA. A escola tem 830 alunos, matrícula inicial do ano letivo de 2016. A consulta foi realizada com um quantitativo de 169 meninas, na faixa etária de 08 a 16 anos de idade.

Os primeiros passos para a pesquisa, elaboração de uma carta de aceite à direção do estabelecimento de ensino, e esta foi deferida pelo diretor da escola que tem o objetivo de atender os alunos dos bairros Floresta, Bom Jardim e São Francisco, que são os mais distantes do centro da cidade.

             Os dados utilizados no presente trabalho provêm de um estudo quantitativo, em que as participantes são escolares com idade entre 08 a 16 anos de idade, coletados entre fevereiro e março de 2016, com grupo estudado composto de 169 meninas.      

             Os métodos utilizados foram: pesquisa de campo, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, primeiro houve a carta de aceite para a Instituição com representação o diretor da escola. Os professores foram informados pela direção que a pesquisa iria acontecer nas séries de 5º ao 9ª ano e nas 3ª e 4ª etapas, e qual o seu objetivo, foram informados também que não seria divulgado nome de alunas, somente os dados em percentual referente a alimentação e idade.

             Com essa informação ao corpo docente da escola, os trabalhos foram iniciados, primeiramente no 5º ano, no turno matutino e prosseguiu por as demais turmas, ao concluir as turmas do horário matutino, passou para o turno vespertino, chegando ao final da coleta de dados houve os procedimentos dos trabalhos seguindo um ritmo normal, organização da estrutura física (estética) do trabalho. Questionou-se: Com quantos anos aconteceu a primeira menstruarão, qual o tipo de alimento que mais gosta? Carne vermelha, frango congelado ou peixe?  O corpo docente da escola colaborou para a pesquisa transcorrer dentro da normalidade, os professores solicitaram informações dos resultados da pesquisa, disseram que era muito interessante esse estudo, até então na escola não houve nenhum estudo desse tipo.

           Foi reservada uma sala para receber as alunas, para garantir a privacidade das meninas, deixando-as à-vontade. Por ser turma mista, meninas e meninos as garotas poderiam se sentir constrangidas ao dar a resposta, no entanto, fora da sala de aula, elas ficariam bem à vontade, e assim transcorreu o curso do trabalho. Em seguida, apresenta-se o demonstrativo em percentual de idade e alimentação, conforme Gráfico 1:     

Gráfico 01: Gráfico referente à idade das escolares pesquisadas.

Fonte:  Silva, 2016.

 

        Verificou-se que no gráfico 01, que está relacionado à idade das escolares temos 54% (cinquenta e quatro por cento) das escolares com idades entre 12 e 13 anos, 37% (trinta e sete por cento) com idades entre 10 e 11 anos, 6% (seis por cento) com idade entre 14 e 15 anos, e 3% três por cento) das escolares com idade entre 08 a 09 anos, sendo que, com 16 anos não foi se evidenciou.

                   Sobre o tipo de alimentação das escolares envolvidas na pesquisa constatou-se um tipo comum da região como: carne vermelha, frango congelado e peixe, de acordo com o Gráfico2:

Gráfico 02: referente a alimentação das escolares pesquisadas.

Fonte: Silva  2016.

                          Verificou-se, conforme o gráfico 02, relacionado com a alimentação das escolares têm os seguintes resultados:  42% (quarenta e dois por cento) das escolares consomem como alimentação principal frango congelado (de granja), 41% (quarenta e um por cento) carne vermelha, e 17% (dezessete por cento) consomem peixe. Percebe-se que há um déficit alimentar, o desequilíbrio no percentual de ingestão de alimentos, nesse grupo de meninas pesquisadas.  Entende-se que a alimentação do ser humano, para obter bons resultados deve ser equilibrada, composta por vitaminas, proteínas, sais minerais e muitos outros nutrientes que compõe a exigência nutricional do organismo, esses nutrientes são encontrados em alimentos de origem animal e vegetal, a carne vermelha por exemplo,  principalmente, a carne magra, incluindo carne bovina, de vitela e de porco podem, de fato, fazer parte de uma dieta saudável. Elas contribuem com nutrientes que podem ajudá-lo a manter uma boa saúde e prevenir ou mesmo combater doenças. A carne bovina, a carne de vitela e a carne de porco são repletas de proteínas de alta qualidade. Elas são também uma imensa fonte de nutrientes como ferro e zinco. O ferro presente na carne vermelha carrega um bônus duplo. Cerca de metade do ferro é heme, uma forma altamente aproveitável, encontrada apenas em produtos de origem animal. A ingestão de carne também melhora a absorção do tipo de ferro presente nos vegetais (essa é uma boa razão para usar porções de carne menores associadas a porções maiores de vegetais nas suas refeições). Do mesmo modo, o zinco presente na carne é melhor absorvido do que o presente nos grãos e nos legumes.

         Segundo Zannin (2016) o frango, principalmente o frango congelado (de granja), também deve ser consumido com o objetivo de complementar a dieta, uma vez que é fonte de proteína conduzindo em si, o equivalente 32,8g de proteína por 100g.    As carnes de frango e peru são consideradas alternativas saudáveis de pouca gordura em relação à carne vermelha. O peixe, no demonstrativo acima foi entendido que as escolares consomem com menos intensidade, algumas delas declararam que não apreciam a carne do peixe, o percentual ficou com apenas 17%.  Vale lembrar que   o peixe é uma adição maravilhosa a qualquer dieta saudável. Geralmente o teor de gordura é baixo (muitos tipos fornecem 20% ou menos de calorias da gordura), fazendo dele uma ótima opção de proteína. Comer peixe no lugar de carne vermelha ou de ave geralmente significa menos gordura total, mas isso quase sempre quer dizer menos gordura saturada. Isso é importante quando se trata da saúde do coração e dos vasos sanguíneos.

Tabela de alimentos ricos em proteína animal

      Ver na tabela abaixo a quantidade desse nutriente que cada alimento fornece.

Alimentos

Proteína animal por 100 g

Energia por 100 g

Carne de frango

32,8 g

148 calorias

Carne de vaca

26,4 g

163 calorias

Queijo

26 g

316 calorias

Salmão grelhado

23,8 g

308 calorias

Pescada

19,2

109 calorias

Ovo

13 g

149 calorias

Iogurte

4,1 g

54 calorias

Leite

3,3 g

47 calorias

Tabela 1: O consumo de proteínas após a prática de atividade física.

Fonte: ZANIN, (2016).

          Segundo Zanin (2007) os alimentos ricos em proteína de origem animal são principalmente carnes, peixes, ovos, leite e derivados. Outros alimentos ricos em proteínas vegetais. Esses alimentos precisam ser combinados para que a união dos aminoácidos forme proteínas de boa qualidade, vejamos alguns exemplos.  Arroz e o feijão (qualquer tipo); Ervilhas e milhete; Lentilhas e trigo sarraceno; Quinoa e milho; Arroz integral e ervilhas vermelhas, a combinação desses alimentos e a variedade na dieta são importantes para manter o crescimento e o bom funcionamento do organismo de pessoas vegetarianas ou não, além disso os alimentos ricos em proteína magra são todos os alimentos de origem vegetal citados acima e as carnes pobres em gordura, como peito de frango e peito de peru sem pele, clara de ovo e peixes magros, como a pescada, não esquecendo das frutas e legumes. Alguns alimentos ricos em carboidratos, como os pães, cereais, arroz e massas, são uma importante forma de energia para o organismo e, por isso, são muito importantes para uma alimentação saudável. Além de favorecer o crescimento muscular, o consumo de proteína magra é importante para prevenir doenças como aterosclerose, colesterol alto e excesso de peso. (ZANIN, 2016).

CONCLUSÃO

        O trabalho foi pensado e elaborado pelos motivos vivenciados no cotidiano, ao observar meninas com idade muito inferir às meninas de 20 ou 30 anos atrás, que o processo menarca acontecia aos 15 anos de idade, hoje a realidade é outra, a menarca se manifesta precocemente  assim o trabalho veio pautado em curiosidade pelo assunto,  de descobrir que manifestação tão antecipada, qual indicador estimula esse acontecimento,  se a alimentação contribui nesse processo,  o  meio ambiente  tem indicador  favorável para esse procedimento,  ou mesmo as meninas que menstruam mais cedo pode acarretar problemas no desenvolvimento físico, por estes e muitos outros motivos desencadeou a pesquisa.

         Outra causa foi, em observar algumas mães preocupadas com o crescimento de suas filhas, essa preocupação pode estar relacionada às pequenas variações da normalidade, ao fato de a menina ser alta demais ou estar abaixo da estatura esperada, em saber que tanto os pais quanto as adolescentes sempre não estão conformados com a estética que vislumbram em suas crias ou em si mesmos.

            Percebeu-se com as leituras que a estatura das filhas está relacionada com a de seus pais, a uma certa idade se for uma criança saudável o crescimento transcorre dentro da normalidade, durante toda a infância a correlação entre a estatura da criança e a de seus pais é moderada. Entretanto, no período da adolescência as características físicas vem a se desenvolver com clareza, e a estatura dessa criança tendem a ser estimada pela média entre a estatura de seus pais, razão pela qual a preocupação dos pais em não entender a manifestação da menarca tão cedo, se isso pode alterar ou não no desenvolvimento da filha.

             Outro motivo que desencadeou a pesquisa, foi uma certa preocupação dos pais com essas escolares no que tange à fertilidade, vale lembrar que enquanto a menina ainda não recebeu a sua primeira menstruação, não há a preocupação por uma gravidez indesejável, isto porque os órgão reprodutivos da mulher estão dentro da normalidade, só estão aptos ao iniciar a atividade inerente a eles após a maturação sexual, que se fará com o aparecimento da menarca, com o início precoce também pode acontecer uma gestação na adolescência.

            Pelos dados da pesquisa verificou-se que a idade em que aconteceu a primeira menstruação das adolescentes participantes, sendo que a maioria evidenciou-se entre 11 e 12. Perguntado qual o tipo de alimento que mais gosta, elas responderam comer frango congelado com 42%, em segundo lugar a carne vermelha, com 41% e consumo de peixe aparecendo em terceiro lugar com 17% de escolha. Desta forma, conclui-se que a alimentação é um fator que interfere no desenvolvimento das adolescentes e influem na antecipação da menarca, entretanto, pressupõe-se que outro fator que merece pesquisa é investigar sobre a falta de exercício físico.

        

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INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA MENARCA DAS MENINAS DO MUNICÍPIO DE ITAITUBA/PA

                Maria do Rozário Barros Silva[1]

                                                          Prof. Msc. Marcos Mendonça[2]

                  Profª Drª Djalmira de Sá Almeida Barros[3]

RESUMO

       O trabalho foi elaborado após percepção em meninas de convívio próximo (sobrinhas) apresentarem a manifestação da menstruação muito precoce, e em perceber que muitas delas tinham um hábito alimentar um pouco desproporcional para  sua idade, não tendo uma alimentação balanceada com alimentos ricos em vitaminas, proteínas, sais minerais e outros nutrientes indispensáveis para o bom funcionamento do organismo humano,  por esse motivo houve a escolha do tema, “Influência da Alimentação na Menarca nas Meninas do Município de Itaituba/PA”,  buscando informação para o caso, resolveu-se fazer essa pesquisa. O objetivo deste trabalho é descobrir qual a influência da alimentação na menarca nas meninas da cidade de Itaituba/PA. Em nossos dias a manifestação menstrual começa cada vez mais cedo, em relação a meninas de 20 ou 30 anos atrás. De acordo com a pesquisa serão descritas todos os dados levantados durante a fase de coleta de dados (pesquisa) deste trabalho. A finalidade deste estudo é entender os motivos da manifestação precoce da Menarca em adolescentes de 8 a 16 anos, aguçando investigações mais profundas em torno dessa problemática, mesmo depois de pesquisar sobre o caso, de entender que é apenas um fenômeno natural das adolescentes, procurou-se descrever como está ocorrendo na zona urbana de Itaituba, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

          

ABSTRACT

       

The work was done after perception convivial girls next (nieces) have the manifestation of the very early period, and realize that many of them had a habit feed a little disproportionate to their age, not having a balanced diet with foods rich in vitamins, protein, minerals and other nutrients essential to the proper functioning of the human body, therefore there was the choice of theme, "Food Influence of menarche in girls of the municipality of Itaituba / PA", seeking information for the case was resolved do this research. The objective of this study is to find out the influence of food on menarche in girls of the city of Itaituba / PA. In our day menstrual manifestation begins earlier and earlier, for girls 20 or 30 years ago. According to the survey will be described all the data collected during the data collection phase (research) of this work. The purpose of this study is to understand the reasons for the early onset of menarche in adolescents 8-16 years sharpening further investigation around this problem, even after searching on the case, to understand that it is just a natural phenomenon of the teen sought If describe how is taking place in the urban area of Itaituba, the Municipal Elementary School Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

Key words: Menarche. Menstrual manifestation. Food Influence. Adolescents 8-16 years.

1 INTRODUÇÃO

       

A cidade de Itaituba está localizada na região Oeste do Pará, com uma população estimada de 97.343 habitantes, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). A cidade ainda preserva muito verde, seus habitantes têm ainda o privilégio do desfrute do ar puro e saudável, oriundo da floresta Amazônica, o acesso à cidade pode ser feito por via aérea, aeroporto localizado a 5 km do centro da cidade, ou pelas rodovias; BR 163 Santarém Cuiabá, ou BR 230 Transamazônica, ou ainda por via fluvial, sendo o corredor fluvial o Rio Tapajós. A população da cidade ainda conserva alguns hábitos alimentares bem distintos, alimentação orgânica advinda da agricultura familiar, razão pela qual tive curiosidade de entender “A influência da alimentação nas meninas do município de Itaituba”,  as  cidades mais desenvolvidas do Brasil,  com suas indústrias de alimento em expansão no mercado, oferecendo ao  consumidor alimentos enlatados, embutidos, congelados, produtos que interferem na qualidade do alimento, se tratando de produtos naturais.     

 A pesquisa demonstra que a menarca está se manifestando em meninas a partir de 09 anos de idade, essas garotas, ainda tão pequenas já estão se preocupando com problemas de adultos, considerando ainda que a cidade de Itaituba tem uma população de hábito alimentar natural (orgânico) esse fator tem relevância contribuição nesse processo, devido as pequenas não estarem vivenciando experiência de meninas de cidades desenvolvidas, ou de cidade industrializada.

Por esta razão, supõe-se que a diferença na precocidade da menarca em relação às adolescentes que residem no sul do País por exemplo. Considerando que uma boa parte das meninas estudadas está na fase de criança, e já começam a enfrentar problemas de adolescentes, porque segundo o Ministério da Saúde a adolescência inicia aos 12 anos e termina aos 19 anos. 

            

2 MENARCA

 Brêtas et al (2012) afirmam que a menarca é considerada um evento muito significativo na vida da mulher, por caracterizar-se como o início de sua vida reprodutiva e envolve grandes transformações de ordem somática, metabólica, neuromotora e psicossocial. A ocorrência da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de amadurecimento uterino. A menarca, além de ser um indicador de maturação biológica, também mostra as mudanças que ocorrem com o desenvolvimento social e econômico das populações. As meninas de “status” socioeconômicos mais elevados apresentam a primeira menstruação mais precocemente do que aquelas menos favorecidas, mesmo residentes na mesma cidade ou país.

              Vários são os modelos determinantes do período maturacional, no entanto a velocidade com que as jovens atingem o estagia adulto são perceptivos após elas começam a perceber periodicamente a menstruação. Entretanto percebe-se que as garotas em cada tempo entram na menarca com mais imaturidade. Esse adiantamento no relógio da puberdade, que segundo as estimativas atinge cerca de 10% e 12% das meninas, pode trazer consequências indesejáveis. Uma delas é que a precocidade pode impedir que a garota atingisse a altura que estava geneticamente programada para ter. (MALINA & BOUCHARD, 1991).

               Em 2002, Wu et al, avaliando 1.168 meninas americanas negras, brancas e mexicanas na faixa etária entre 08 e 16 anos, observaram que a média de idade da menarca foi 12,7 anos para as americanas brancas, 12,1 anos para as negras e 12,2 anos para as mexicanas.

               Chipkevitch (1995) cita algumas situações de risco para uma nutrição adequada na adolescência: estirão do crescimento; perda sanguínea menstrual; prática esportiva; trabalho físico excessivo; baixo padrão aquisitivo; modismos, mitos e tabus alimentares; dietas alternativas; obesidade e regimes de emagrecimento; depressão; anorexia/bulimia nervosa; uso de substâncias psicoativas; consumo de esteroides anabolizantes; anticoncepção hormonal; gravidez/lactação; doenças crônicas e uso continuado de medicação.

  • PUBERDADE

            A Puberdade é a fase de transição da infância para a adolescência, na qual o indivíduo desenvolve característica física, masculinas ou femininas, tornando-se apto a reprodução. Puberdade é o processo que leva o corpo humano à maturidade sexual ou fertilidade, que é a capacidade de reprodução.

A puberdade entende-se, por várias mudanças maturacionais, são dinâmicas e podem variar quanto à idade de início ou término, à magnitude, à velocidade que se expressam e suas inter-relações, independentemente de etnia, gênero ou meio ambiente em que o indivíduo se desenvolve. Nas mulheres, a sequência de eventos que caracteriza a puberdade abrange o desenvolvimento das gônadas, dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias, em especial, da mama (telarca), pelos pubianos (pubarca) e a ocorrência da primeira menstruação (menarca). Dentre esses eventos, a menarca é o fenômeno mais representativo e de mais fácil determinação, constituindo um importante indicador da maturação sexual, especialmente em estudos históricos e/ou retrospectivos. Muitas mães por não entenderem do assunto, pela experiência vivida ter sido diferente, fazem alguns questionamentos em relação a essa tese.

 Considerando a maturação sexual, que acontece de forma desigual, pois cada adolescente tem sua característica própria, e um metabolismo diferente, as características sexuais primários e secundários se desenvolvem e, como decorrência, o aparelho genital na menina passa a laborar, ocasionando a primeira menstruação, denominada menarca. Tendo importante papel na avaliação do crescimento e desenvolvimento infantopuberal, a observação das características sexuais secundárias e a idade da menarca são recomendadas no acompanhamento recorrente do desenvolvimento da criança.

           Sendo assim, além de seu contexto biológico, social e psíquico, a menarca tem relevante importância como marco do crescimento e desenvolvimento humano e é o indicador de maturidade sexual mais usado. A variabilidade da data da primeira menstruação envolve características genéticas e influência ambiental, alimentação, com interações complexas.

           É mais comum, o início da menstruação aparecer entre 12 e 13 anos de idade cronológica. O acontecimento da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de madureza uterino, não significando que a menina tenha atingido o estágio de função reprodutiva completo, pois os ciclos menstruais iniciais são geralmente anovulatórios, havendo um período de relativa esterilidade na adolescência, que dura de 1 a 18 meses após a menarca (BORGES; SCHWARZTBACH, 2003; MOREIRA et al., 2006).

              

 4  ALIMENTAÇÃO            

Alimentação é o conjunto de alimentos ou substâncias que constituem a dieta regular de um ser vivo, uma alimentação saldável, é abastecimento para que algo funcione. (MINI DICIONÁRIO CONTEMPORÂNEO DA LÍNGUA PORTUGUESA, (2004).

A história alimentar é um ponto importante da avaliação nutricional, devendo caracterizar a quantidade e a frequência de diversos alimentos dos principais grupos alimentares: carnes, peixes, aves, ovos; leites e derivados; cereais; vegetais e frutas. Atualmente, os alimentos de origem animal que chega à mesa das famílias, não são produtos saudáveis, orgânicos, como eram as alimentações dos nossos antecedentes, em nossos dias os alimentos sofre alterações desde o início até a mesa do consumidor,  nas granjas de frangos de corte, galinha poedeira (ovos), produtores de gado de corte, com fins de acelerar o crescimento dos lotes de animais, adicionam doses de medicamentos na ração desses animais, para acelerar o crescimento, e dessa forma o retorno financeiro ao proprietário vem com maior brevidade. Também os alimentos de origem vegetal traz sérios problemas, com o uso desordenado dos agrotóxicos nas plantações, doenças que acometem as plantações, e principalmente pela falta de mão obra especializada para o cultivo da terra. 

 A alimentação é uma necessidade fundamental do ser humano e é um dos fatores que mais afeta a saúde pública em nosso Brasil. O aforismo “somos o que comemos” traduz bem este fato. Rozin et al (1999), para os seres humanos, a comida é o maior contribuinte para o bem-estar físico, a maior fonte de prazer mas também de stress, de preocupação e de despesa. Os alimentos são fundamentais para a sobrevivência, segurança e bem-estar da humanidade. Esta consciencialização conduz à necessidade do estabelecimento de uma relação de confiança com os alimentos que se dispõe.

         As vitaminas tiamina, riboflavina e niacina são recomendadas em quantidades maiores para atingir as altas necessidades de energia. Todas as vitaminas necessárias podem ser fornecidas por uma dieta balanceada, incluindo carne, peixe, frango, frutas, legumes, leite e derivado, não sendo preciso o uso de suplementos vitamínicos. (MAHAN & ESCOT-STUMP, 1998).

            Na adolescência, uma alimentação saudável é aquela que possibilita o desenvolvimento máximo consentido pelas características genéticas, que incrementa a capacidade de resposta imune e de realizar trabalho e demais atividades da vida de relação, que contribui para as aptidões escolares e diferenciação profissional ao beneficiar a capacidade mental e favorecer a atenção, que impede o desenvolvimento de doenças ligadas aos excessos (obesidade, diabetes tipo II, hipertensão, aterosclerose, doença mental, e outras), que possibilita ao organismo funcionar e reparar as estruturas e regular a produção e eliminação de calor de modo a manter constantes a temperatura corporal e permitir o metabolismo adequado Martins (1995). Há mais de uma década que organizações internacionais, nacionais e profissionais, como a Organização Mundial de Saúde e a American Heart Association entre outras, defendem e disseminam diretrizes para uma alimentação saudável, recomendando a todas as pessoas (a partir dos dois anos de idade) a adaptação de uma dieta rica em frutas e vegetais, e pobre em gordura total (não mais do que 30% do total de calorias diárias) e em ácidos gordos saturados (menos de 10% das calorias diárias). Não obstante, a maioria das crianças e dos adolescentes consomem demasiadas gorduras totais, ácidos gordos saturados e açúcar, e quantidades insuficientes de frutas, vegetais e cálcio Lytle (2003). As dietas ricas em calorias e lipídios estão associadas a maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de cancro.

             Pode se perceber que o efeito colateral de uma má alimentação vem frequentemente se manifestando, neste caso temos como consequência a chegada antecipada da 1ª menstruação, as meninas ainda não saíram da infância, e já entram na adolescência. Tempos atrás as garotas tinham sua primeira menstruação por volta dos 14, 15 anos ou mais. Embora a idade de ocorrência da menarca seja um indicador extensamente usado nos estudos de maturidade em meninas, ela é restringida a uma juventude mais atrasada, ocorrendo cerca de um ano depois do pico de celeridade de desenvolvimento, coincidindo com a fase de desaceleração máxima do crescimento (CASTILHO; BARROS FILHO, 2000; BAXTER-JONES; EISENMANN; SHERA, 2005).

   5 MATURAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA    

   

           A maturidade sexual corresponde à idade ou fase da vida em que um organismo se pode reproduzir sexualmente. É geralmente considerado como a mesma coisa que idade adulta, ainda que sejam conceitos diferentes. Nos humanos, o processo de maturação sexual termina com a puberdade que não marca, contudo, a idade adulta.

A respeito da maturação sexual, Duarte (1993), diz que as variações na velocidade e no tempo em que o indivíduo atinge a maturidade biológica são os fatores mais importantes. Entretanto, a vida é um processo continuo de mudanças em que os indivíduos passam por diferentes fases, manifestadas por meio de mudanças das características biológicas epsicossociais até alcançarem um estado maduro (TSUKAMOTO; NUNOMURA, 2003). 1984, Scaf et al, em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru.

            A adolescência constitui um processo biológico de vivências orgânicas, no qual se aceleram o desenvolvimento cognitivo e a estruturação da personalidade, abrangendo a faixa etária dos 10 aos 19 anos. O adolescente pode ser definido como alguém que teve o tempo necessário para assimilar valores na comunidade alguém cujo corpo chegou à maturação necessária para que possa se consagrar às tarefas que lhe são apontadas por esses valores, competindo no mundo em condições de igualdade.

              O Ministério da Saúde considera adolescência como a faixa etária que vai dos 12 aos 19 anos, abrangendo nesta faixa os conflitos enfrentados por estes indivíduos, as mudanças físicas, sexuais, emocionais e relacionais como sendo um processo natural do desenvolvimento e da firmação de sua personalidade.  É ainda na infância que os bons hábitos alimentares devem ser estabelecidos, por sua influência ao longo da vida e, particularmente, na adolescência. Entretanto, os alimentos indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento devem ser introduzidos de acordo com as particularidades de cada faixa etária. A superalimentação pode ocorrer nesta fase de transição, infância/adolescente, podendo ter impacto negativo na saúde como é o caso da obesidade que pode se estender pela adolescência e pela vida adulta (LAMOUNIER & LEÃO, 1998).

                    Uma dessas fases é a adolescência, que é o mais rápido período de crescimento físico que o ser humano experiência (com exceção do crescimento fetal e neonatal), caracterizado por grandes variações (BROOKS-GUNN et al., 1987), que estão associadas a três eventos: crescimento, desenvolvimento e maturação. Herman-Giddens et al, em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas.

6  ATIVIDADE FÍSICA

           A atividade física é, segundo Caspersen (1985), "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso

            Ewles e Simnett (2003) tratam da restrição dietética utilizada em alguns esportes nos quais a classificação em categorias depende do peso ou nos quais o peso mais baixo se associa à melhor performance (por exemplo, balé, ginástica olímpica, artes marciais) é prejudicial por possibilitar o atraso do crescimento, retardar o desenvolvimento puberal, causar osteopenia, anemia e síndromes relacionadas à deficiência de vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos graxos e elementos traço. Dizem que é fundamental considerar que a saúde implica a capacidade de adaptação contínua às alterações constantes das exigências, expectativas e estímulos, uma vez que todos os aspectos da saúde estão interrelacionados e são interdependentes.

              A mesma opinião é manifestada por Costa e López (1998), ao referirem que o novo conceito de saúde implica dar poder ao indivíduo para que este se desenvolva e influencie positivamente o meio que o envolve, e que o termo “poder” se refere à capacidade de tomar decisões que afetam a vida e os determinantes pessoais e ambientais de saúde, e à capacidade de adaptação contínua às novas e dinâmicas exigências do meio. A noção de que a saúde é uma responsabilidade individual, mas também social e que envolve as pessoas na melhoria da sua qualidade de vida, é assim reforçada, não obstante se reconhecer que numa visão holística da saúde, quer o potencial de cada pessoa quer as suas necessidades são diferentes. Enquanto alguns atletas restringem sua alimentação, outros usam aminoácidos como arginina, lisina e ornitina para estimular a secreção de GH, acreditando que tal prática promova um maior ganho de massa e força muscular. No entanto, não existem estudos que comprovem a eficácia dessa prática. A resposta do GH à administração de aminoácidos apresenta variabilidade individual, sendo alterado pela intensidade da atividade (maior liberação de GH quando o treinamento é mais intenso), sexo (menor resposta em homens), dieta (resposta menor nos que consomem muita proteína) e via de administração (a dose oral necessária para aumentar a liberação de GH geralmente causa desconforto estomacal e diarreia).

                 Além disso, os níveis circulantes de IGF-1 não são alterados após a administração oral de arginina e lisina. Portanto, o uso de aminoácidos específicos como estimuladores para a liberação de GH com o intuito de aumentar o ganho de massa e força muscular ou alterar a composição corporal não é recomendado. Existe grande dificuldade em avaliar e interpretar os estudos do impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes devido a diversos fatores. Intervêm na avaliação desse impacto fatores relacionados à faixa etária, tais quais as diferentes fases de crescimento (repleção, estirão) e os diversos estágios puberais, fatores relacionados à diversidade de atividades físico-desportivas realizadas como vôlei, natação e ciclismo, bem como a forma de praticá-las (competitivamente ou não), fatores relacionados à adoção de restrição dietética, ao uso de suplementos alimentares e à utilização de substâncias ergogênicas e esteroides anabólicos, além da diversidade metodológica dos trabalhos sobre o tema. Nesta revisão, o impacto da atividade físico e esporte foi avaliado em relação a três questões: mineralização óssea, crescimento estatural e desenvolvimento puberal.

           Para o profissional da educação física, a análise da maturação de jovens passa a ser importante em dois contextos: o esportivo e o da saúde. No que se refere ao primeiro contexto, esta análise ajuda a preparar o programa de treino para o jovem atleta - tentando reduzir o risco de lesões, serve como meio de limitar ou de desqualificar indivíduos em esportes de contato e identifica os períodos de crescimento rápido, justificando a redução do regime de treinamento em esportes de alta intensidade.

           A literatura relata idade da menarca tardia entre garotas que praticam esportes. Embora não só o esporte pode retardar essa manifestação, mas também a predisposição genética, o baixo peso, uma dieta balanceada, e/ou baixo percentual de gordura corporal, condutas dietéticas restritivas e estresse, parecem que o excesso de treinamento é um determinante fundamental, mesmo porque mantem o corpo em equilíbrio, (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

            Estudos entre os anos de 1840 e 1980, em países como Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, mostraram que houve um decréscimo de cerca de três meses na idade da menarca a cada década, caindo de 17 anos para 13 anos, havendo uma relação provável com a melhoria das condições sociais e econômicas nos países avaliados. Nos Estados Unidos, em 1997, Herman-Giddens et al(18), em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas, mostraram que, apesar de 6,7% das brancas e 27,2% das afro-americanas começarem a puberdade antes dos oito anos de idade, a média de idade da menarca foi 12,2 anos para as meninas afro-americanas e 12,9 anos para as brancas. Os autores relacionaram esta antecipação da puberdade à elevada incidência de obesidade e sobrepeso observada na população americana.

           No Brasil, em diversas regiões já aconteceram estudos referente a menarca. Em 1984, Scaf et al(5), em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru, São Paulo, entre 08 e 16 anos, mostraram que a média de idade de início da puberdade foi 10,4 anos e a média de idade da menarca foi 13,0 anos. (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

7 METODOLOGIA

       

  A pesquisa foi realizada em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, localizada na 7ª rua do bairro da floresta nº 424, a referida escola foi inaugurada no dia 1 de maio de 1984, tendo portanto 32 anos de funcionamento, atendendo um público em duas modalidades, Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano, e o Curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) pela Autorização nº 253/2015 do C.E.E./PA. A escola tem 830 alunos, matrícula inicial do ano letivo de 2016. A consulta foi realizada com um quantitativo de 169 meninas, na faixa etária de 08 a 16 anos de idade.

Os primeiros passos para a pesquisa, elaboração de uma carta de aceite à direção do estabelecimento de ensino, e esta foi deferida pelo diretor da escola que tem o objetivo de atender os alunos dos bairros Floresta, Bom Jardim e São Francisco, que são os mais distantes do centro da cidade.

             Os dados utilizados no presente trabalho provêm de um estudo quantitativo, em que as participantes são escolares com idade entre 08 a 16 anos de idade, coletados entre fevereiro e março de 2016, com grupo estudado composto de 169 meninas.      

             Os métodos utilizados foram: pesquisa de campo, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, primeiro houve a carta de aceite para a Instituição com representação o diretor da escola. Os professores foram informados pela direção que a pesquisa iria acontecer nas séries de 5º ao 9ª ano e nas 3ª e 4ª etapas, e qual o seu objetivo, foram informados também que não seria divulgado nome de alunas, somente os dados em percentual referente a alimentação e idade.

             Com essa informação ao corpo docente da escola, os trabalhos foram iniciados, primeiramente no 5º ano, no turno matutino e prosseguiu por as demais turmas, ao concluir as turmas do horário matutino, passou para o turno vespertino, chegando ao final da coleta de dados houve os procedimentos dos trabalhos seguindo um ritmo normal, organização da estrutura física (estética) do trabalho. Questionou-se: Com quantos anos aconteceu a primeira menstruarão, qual o tipo de alimento que mais gosta? Carne vermelha, frango congelado ou peixe?  O corpo docente da escola colaborou para a pesquisa transcorrer dentro da normalidade, os professores solicitaram informações dos resultados da pesquisa, disseram que era muito interessante esse estudo, até então na escola não houve nenhum estudo desse tipo.

           Foi reservada uma sala para receber as alunas, para garantir a privacidade das meninas, deixando-as à-vontade. Por ser turma mista, meninas e meninos as garotas poderiam se sentir constrangidas ao dar a resposta, no entanto, fora da sala de aula, elas ficariam bem à vontade, e assim transcorreu o curso do trabalho. Em seguida, apresenta-se o demonstrativo em percentual de idade e alimentação, conforme Gráfico 1:     

Gráfico 01: Gráfico referente à idade das escolares pesquisadas.

Fonte:  Silva, 2016.

 

        Verificou-se que no gráfico 01, que está relacionado à idade das escolares temos 54% (cinquenta e quatro por cento) das escolares com idades entre 12 e 13 anos, 37% (trinta e sete por cento) com idades entre 10 e 11 anos, 6% (seis por cento) com idade entre 14 e 15 anos, e 3% três por cento) das escolares com idade entre 08 a 09 anos, sendo que, com 16 anos não foi se evidenciou.

                   Sobre o tipo de alimentação das escolares envolvidas na pesquisa constatou-se um tipo comum da região como: carne vermelha, frango congelado e peixe, de acordo com o Gráfico2:

Gráfico 02: referente a alimentação das escolares pesquisadas.

Fonte: Silva  2016.

                          Verificou-se, conforme o gráfico 02, relacionado com a alimentação das escolares têm os seguintes resultados:  42% (quarenta e dois por cento) das escolares consomem como alimentação principal frango congelado (de granja), 41% (quarenta e um por cento) carne vermelha, e 17% (dezessete por cento) consomem peixe. Percebe-se que há um déficit alimentar, o desequilíbrio no percentual de ingestão de alimentos, nesse grupo de meninas pesquisadas.  Entende-se que a alimentação do ser humano, para obter bons resultados deve ser equilibrada, composta por vitaminas, proteínas, sais minerais e muitos outros nutrientes que compõe a exigência nutricional do organismo, esses nutrientes são encontrados em alimentos de origem animal e vegetal, a carne vermelha por exemplo,  principalmente, a carne magra, incluindo carne bovina, de vitela e de porco podem, de fato, fazer parte de uma dieta saudável. Elas contribuem com nutrientes que podem ajudá-lo a manter uma boa saúde e prevenir ou mesmo combater doenças. A carne bovina, a carne de vitela e a carne de porco são repletas de proteínas de alta qualidade. Elas são também uma imensa fonte de nutrientes como ferro e zinco. O ferro presente na carne vermelha carrega um bônus duplo. Cerca de metade do ferro é heme, uma forma altamente aproveitável, encontrada apenas em produtos de origem animal. A ingestão de carne também melhora a absorção do tipo de ferro presente nos vegetais (essa é uma boa razão para usar porções de carne menores associadas a porções maiores de vegetais nas suas refeições). Do mesmo modo, o zinco presente na carne é melhor absorvido do que o presente nos grãos e nos legumes.

         Segundo Zannin (2016) o frango, principalmente o frango congelado (de granja), também deve ser consumido com o objetivo de complementar a dieta, uma vez que é fonte de proteína conduzindo em si, o equivalente 32,8g de proteína por 100g.    As carnes de frango e peru são consideradas alternativas saudáveis de pouca gordura em relação à carne vermelha. O peixe, no demonstrativo acima foi entendido que as escolares consomem com menos intensidade, algumas delas declararam que não apreciam a carne do peixe, o percentual ficou com apenas 17%.  Vale lembrar que   o peixe é uma adição maravilhosa a qualquer dieta saudável. Geralmente o teor de gordura é baixo (muitos tipos fornecem 20% ou menos de calorias da gordura), fazendo dele uma ótima opção de proteína. Comer peixe no lugar de carne vermelha ou de ave geralmente significa menos gordura total, mas isso quase sempre quer dizer menos gordura saturada. Isso é importante quando se trata da saúde do coração e dos vasos sanguíneos.

Tabela de alimentos ricos em proteína animal

      Ver na tabela abaixo a quantidade desse nutriente que cada alimento fornece.

Alimentos

Proteína animal por 100 g

Energia por 100 g

Carne de frango

32,8 g

148 calorias

Carne de vaca

26,4 g

163 calorias

Queijo

26 g

316 calorias

Salmão grelhado

23,8 g

308 calorias

Pescada

19,2

109 calorias

Ovo

13 g

149 calorias

Iogurte

4,1 g

54 calorias

Leite

3,3 g

47 calorias

Tabela 1: O consumo de proteínas após a prática de atividade física.

Fonte: ZANIN, (2016).

          Segundo Zanin (2007) os alimentos ricos em proteína de origem animal são principalmente carnes, peixes, ovos, leite e derivados. Outros alimentos ricos em proteínas vegetais. Esses alimentos precisam ser combinados para que a união dos aminoácidos forme proteínas de boa qualidade, vejamos alguns exemplos.  Arroz e o feijão (qualquer tipo); Ervilhas e milhete; Lentilhas e trigo sarraceno; Quinoa e milho; Arroz integral e ervilhas vermelhas, a combinação desses alimentos e a variedade na dieta são importantes para manter o crescimento e o bom funcionamento do organismo de pessoas vegetarianas ou não, além disso os alimentos ricos em proteína magra são todos os alimentos de origem vegetal citados acima e as carnes pobres em gordura, como peito de frango e peito de peru sem pele, clara de ovo e peixes magros, como a pescada, não esquecendo das frutas e legumes. Alguns alimentos ricos em carboidratos, como os pães, cereais, arroz e massas, são uma importante forma de energia para o organismo e, por isso, são muito importantes para uma alimentação saudável. Além de favorecer o crescimento muscular, o consumo de proteína magra é importante para prevenir doenças como aterosclerose, colesterol alto e excesso de peso. (ZANIN, 2016).

CONCLUSÃO

        O trabalho foi pensado e elaborado pelos motivos vivenciados no cotidiano, ao observar meninas com idade muito inferir às meninas de 20 ou 30 anos atrás, que o processo menarca acontecia aos 15 anos de idade, hoje a realidade é outra, a menarca se manifesta precocemente  assim o trabalho veio pautado em curiosidade pelo assunto,  de descobrir que manifestação tão antecipada, qual indicador estimula esse acontecimento,  se a alimentação contribui nesse processo,  o  meio ambiente  tem indicador  favorável para esse procedimento,  ou mesmo as meninas que menstruam mais cedo pode acarretar problemas no desenvolvimento físico, por estes e muitos outros motivos desencadeou a pesquisa.

         Outra causa foi, em observar algumas mães preocupadas com o crescimento de suas filhas, essa preocupação pode estar relacionada às pequenas variações da normalidade, ao fato de a menina ser alta demais ou estar abaixo da estatura esperada, em saber que tanto os pais quanto as adolescentes sempre não estão conformados com a estética que vislumbram em suas crias ou em si mesmos.

            Percebeu-se com as leituras que a estatura das filhas está relacionada com a de seus pais, a uma certa idade se for uma criança saudável o crescimento transcorre dentro da normalidade, durante toda a infância a correlação entre a estatura da criança e a de seus pais é moderada. Entretanto, no período da adolescência as características físicas vem a se desenvolver com clareza, e a estatura dessa criança tendem a ser estimada pela média entre a estatura de seus pais, razão pela qual a preocupação dos pais em não entender a manifestação da menarca tão cedo, se isso pode alterar ou não no desenvolvimento da filha.

             Outro motivo que desencadeou a pesquisa, foi uma certa preocupação dos pais com essas escolares no que tange à fertilidade, vale lembrar que enquanto a menina ainda não recebeu a sua primeira menstruação, não há a preocupação por uma gravidez indesejável, isto porque os órgão reprodutivos da mulher estão dentro da normalidade, só estão aptos ao iniciar a atividade inerente a eles após a maturação sexual, que se fará com o aparecimento da menarca, com o início precoce também pode acontecer uma gestação na adolescência.

            Pelos dados da pesquisa verificou-se que a idade em que aconteceu a primeira menstruação das adolescentes participantes, sendo que a maioria evidenciou-se entre 11 e 12. Perguntado qual o tipo de alimento que mais gosta, elas responderam comer frango congelado com 42%, em segundo lugar a carne vermelha, com 41% e consumo de peixe aparecendo em terceiro lugar com 17% de escolha. Desta forma, conclui-se que a alimentação é um fator que interfere no desenvolvimento das adolescentes e influem na antecipação da menarca, entretanto, pressupõe-se que outro fator que merece pesquisa é investigar sobre a falta de exercício físico.

        

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[1] Acadêmica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[2] Docente de Metodologia Científica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[3] Docente de Língua Portuguesa do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA MENARCA DAS MENINAS DO MUNICÍPIO DE ITAITUBA/PA

                Maria do Rozário Barros Silva[1]

                                                          Prof. Msc. Marcos Mendonça[2]

                  Profª Drª Djalmira de Sá Almeida Barros[3]

RESUMO

       O trabalho foi elaborado após percepção em meninas de convívio próximo (sobrinhas) apresentarem a manifestação da menstruação muito precoce, e em perceber que muitas delas tinham um hábito alimentar um pouco desproporcional para  sua idade, não tendo uma alimentação balanceada com alimentos ricos em vitaminas, proteínas, sais minerais e outros nutrientes indispensáveis para o bom funcionamento do organismo humano,  por esse motivo houve a escolha do tema, “Influência da Alimentação na Menarca nas Meninas do Município de Itaituba/PA”,  buscando informação para o caso, resolveu-se fazer essa pesquisa. O objetivo deste trabalho é descobrir qual a influência da alimentação na menarca nas meninas da cidade de Itaituba/PA. Em nossos dias a manifestação menstrual começa cada vez mais cedo, em relação a meninas de 20 ou 30 anos atrás. De acordo com a pesquisa serão descritas todos os dados levantados durante a fase de coleta de dados (pesquisa) deste trabalho. A finalidade deste estudo é entender os motivos da manifestação precoce da Menarca em adolescentes de 8 a 16 anos, aguçando investigações mais profundas em torno dessa problemática, mesmo depois de pesquisar sobre o caso, de entender que é apenas um fenômeno natural das adolescentes, procurou-se descrever como está ocorrendo na zona urbana de Itaituba, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

          

ABSTRACT

       

The work was done after perception convivial girls next (nieces) have the manifestation of the very early period, and realize that many of them had a habit feed a little disproportionate to their age, not having a balanced diet with foods rich in vitamins, protein, minerals and other nutrients essential to the proper functioning of the human body, therefore there was the choice of theme, "Food Influence of menarche in girls of the municipality of Itaituba / PA", seeking information for the case was resolved do this research. The objective of this study is to find out the influence of food on menarche in girls of the city of Itaituba / PA. In our day menstrual manifestation begins earlier and earlier, for girls 20 or 30 years ago. According to the survey will be described all the data collected during the data collection phase (research) of this work. The purpose of this study is to understand the reasons for the early onset of menarche in adolescents 8-16 years sharpening further investigation around this problem, even after searching on the case, to understand that it is just a natural phenomenon of the teen sought If describe how is taking place in the urban area of Itaituba, the Municipal Elementary School Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso.

Key words: Menarche. Menstrual manifestation. Food Influence. Adolescents 8-16 years.

1 INTRODUÇÃO

       

A cidade de Itaituba está localizada na região Oeste do Pará, com uma população estimada de 97.343 habitantes, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). A cidade ainda preserva muito verde, seus habitantes têm ainda o privilégio do desfrute do ar puro e saudável, oriundo da floresta Amazônica, o acesso à cidade pode ser feito por via aérea, aeroporto localizado a 5 km do centro da cidade, ou pelas rodovias; BR 163 Santarém Cuiabá, ou BR 230 Transamazônica, ou ainda por via fluvial, sendo o corredor fluvial o Rio Tapajós. A população da cidade ainda conserva alguns hábitos alimentares bem distintos, alimentação orgânica advinda da agricultura familiar, razão pela qual tive curiosidade de entender “A influência da alimentação nas meninas do município de Itaituba”,  as  cidades mais desenvolvidas do Brasil,  com suas indústrias de alimento em expansão no mercado, oferecendo ao  consumidor alimentos enlatados, embutidos, congelados, produtos que interferem na qualidade do alimento, se tratando de produtos naturais.     

 A pesquisa demonstra que a menarca está se manifestando em meninas a partir de 09 anos de idade, essas garotas, ainda tão pequenas já estão se preocupando com problemas de adultos, considerando ainda que a cidade de Itaituba tem uma população de hábito alimentar natural (orgânico) esse fator tem relevância contribuição nesse processo, devido as pequenas não estarem vivenciando experiência de meninas de cidades desenvolvidas, ou de cidade industrializada.

Por esta razão, supõe-se que a diferença na precocidade da menarca em relação às adolescentes que residem no sul do País por exemplo. Considerando que uma boa parte das meninas estudadas está na fase de criança, e já começam a enfrentar problemas de adolescentes, porque segundo o Ministério da Saúde a adolescência inicia aos 12 anos e termina aos 19 anos. 

            

2 MENARCA

 Brêtas et al (2012) afirmam que a menarca é considerada um evento muito significativo na vida da mulher, por caracterizar-se como o início de sua vida reprodutiva e envolve grandes transformações de ordem somática, metabólica, neuromotora e psicossocial. A ocorrência da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de amadurecimento uterino. A menarca, além de ser um indicador de maturação biológica, também mostra as mudanças que ocorrem com o desenvolvimento social e econômico das populações. As meninas de “status” socioeconômicos mais elevados apresentam a primeira menstruação mais precocemente do que aquelas menos favorecidas, mesmo residentes na mesma cidade ou país.

              Vários são os modelos determinantes do período maturacional, no entanto a velocidade com que as jovens atingem o estagia adulto são perceptivos após elas começam a perceber periodicamente a menstruação. Entretanto percebe-se que as garotas em cada tempo entram na menarca com mais imaturidade. Esse adiantamento no relógio da puberdade, que segundo as estimativas atinge cerca de 10% e 12% das meninas, pode trazer consequências indesejáveis. Uma delas é que a precocidade pode impedir que a garota atingisse a altura que estava geneticamente programada para ter. (MALINA & BOUCHARD, 1991).

               Em 2002, Wu et al, avaliando 1.168 meninas americanas negras, brancas e mexicanas na faixa etária entre 08 e 16 anos, observaram que a média de idade da menarca foi 12,7 anos para as americanas brancas, 12,1 anos para as negras e 12,2 anos para as mexicanas.

               Chipkevitch (1995) cita algumas situações de risco para uma nutrição adequada na adolescência: estirão do crescimento; perda sanguínea menstrual; prática esportiva; trabalho físico excessivo; baixo padrão aquisitivo; modismos, mitos e tabus alimentares; dietas alternativas; obesidade e regimes de emagrecimento; depressão; anorexia/bulimia nervosa; uso de substâncias psicoativas; consumo de esteroides anabolizantes; anticoncepção hormonal; gravidez/lactação; doenças crônicas e uso continuado de medicação.

  • PUBERDADE

            A Puberdade é a fase de transição da infância para a adolescência, na qual o indivíduo desenvolve característica física, masculinas ou femininas, tornando-se apto a reprodução. Puberdade é o processo que leva o corpo humano à maturidade sexual ou fertilidade, que é a capacidade de reprodução.

A puberdade entende-se, por várias mudanças maturacionais, são dinâmicas e podem variar quanto à idade de início ou término, à magnitude, à velocidade que se expressam e suas inter-relações, independentemente de etnia, gênero ou meio ambiente em que o indivíduo se desenvolve. Nas mulheres, a sequência de eventos que caracteriza a puberdade abrange o desenvolvimento das gônadas, dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias, em especial, da mama (telarca), pelos pubianos (pubarca) e a ocorrência da primeira menstruação (menarca). Dentre esses eventos, a menarca é o fenômeno mais representativo e de mais fácil determinação, constituindo um importante indicador da maturação sexual, especialmente em estudos históricos e/ou retrospectivos. Muitas mães por não entenderem do assunto, pela experiência vivida ter sido diferente, fazem alguns questionamentos em relação a essa tese.

 Considerando a maturação sexual, que acontece de forma desigual, pois cada adolescente tem sua característica própria, e um metabolismo diferente, as características sexuais primários e secundários se desenvolvem e, como decorrência, o aparelho genital na menina passa a laborar, ocasionando a primeira menstruação, denominada menarca. Tendo importante papel na avaliação do crescimento e desenvolvimento infantopuberal, a observação das características sexuais secundárias e a idade da menarca são recomendadas no acompanhamento recorrente do desenvolvimento da criança.

           Sendo assim, além de seu contexto biológico, social e psíquico, a menarca tem relevante importância como marco do crescimento e desenvolvimento humano e é o indicador de maturidade sexual mais usado. A variabilidade da data da primeira menstruação envolve características genéticas e influência ambiental, alimentação, com interações complexas.

           É mais comum, o início da menstruação aparecer entre 12 e 13 anos de idade cronológica. O acontecimento da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de madureza uterino, não significando que a menina tenha atingido o estágio de função reprodutiva completo, pois os ciclos menstruais iniciais são geralmente anovulatórios, havendo um período de relativa esterilidade na adolescência, que dura de 1 a 18 meses após a menarca (BORGES; SCHWARZTBACH, 2003; MOREIRA et al., 2006).

              

 4  ALIMENTAÇÃO            

Alimentação é o conjunto de alimentos ou substâncias que constituem a dieta regular de um ser vivo, uma alimentação saldável, é abastecimento para que algo funcione. (MINI DICIONÁRIO CONTEMPORÂNEO DA LÍNGUA PORTUGUESA, (2004).

A história alimentar é um ponto importante da avaliação nutricional, devendo caracterizar a quantidade e a frequência de diversos alimentos dos principais grupos alimentares: carnes, peixes, aves, ovos; leites e derivados; cereais; vegetais e frutas. Atualmente, os alimentos de origem animal que chega à mesa das famílias, não são produtos saudáveis, orgânicos, como eram as alimentações dos nossos antecedentes, em nossos dias os alimentos sofre alterações desde o início até a mesa do consumidor,  nas granjas de frangos de corte, galinha poedeira (ovos), produtores de gado de corte, com fins de acelerar o crescimento dos lotes de animais, adicionam doses de medicamentos na ração desses animais, para acelerar o crescimento, e dessa forma o retorno financeiro ao proprietário vem com maior brevidade. Também os alimentos de origem vegetal traz sérios problemas, com o uso desordenado dos agrotóxicos nas plantações, doenças que acometem as plantações, e principalmente pela falta de mão obra especializada para o cultivo da terra. 

 A alimentação é uma necessidade fundamental do ser humano e é um dos fatores que mais afeta a saúde pública em nosso Brasil. O aforismo “somos o que comemos” traduz bem este fato. Rozin et al (1999), para os seres humanos, a comida é o maior contribuinte para o bem-estar físico, a maior fonte de prazer mas também de stress, de preocupação e de despesa. Os alimentos são fundamentais para a sobrevivência, segurança e bem-estar da humanidade. Esta consciencialização conduz à necessidade do estabelecimento de uma relação de confiança com os alimentos que se dispõe.

         As vitaminas tiamina, riboflavina e niacina são recomendadas em quantidades maiores para atingir as altas necessidades de energia. Todas as vitaminas necessárias podem ser fornecidas por uma dieta balanceada, incluindo carne, peixe, frango, frutas, legumes, leite e derivado, não sendo preciso o uso de suplementos vitamínicos. (MAHAN & ESCOT-STUMP, 1998).

            Na adolescência, uma alimentação saudável é aquela que possibilita o desenvolvimento máximo consentido pelas características genéticas, que incrementa a capacidade de resposta imune e de realizar trabalho e demais atividades da vida de relação, que contribui para as aptidões escolares e diferenciação profissional ao beneficiar a capacidade mental e favorecer a atenção, que impede o desenvolvimento de doenças ligadas aos excessos (obesidade, diabetes tipo II, hipertensão, aterosclerose, doença mental, e outras), que possibilita ao organismo funcionar e reparar as estruturas e regular a produção e eliminação de calor de modo a manter constantes a temperatura corporal e permitir o metabolismo adequado Martins (1995). Há mais de uma década que organizações internacionais, nacionais e profissionais, como a Organização Mundial de Saúde e a American Heart Association entre outras, defendem e disseminam diretrizes para uma alimentação saudável, recomendando a todas as pessoas (a partir dos dois anos de idade) a adaptação de uma dieta rica em frutas e vegetais, e pobre em gordura total (não mais do que 30% do total de calorias diárias) e em ácidos gordos saturados (menos de 10% das calorias diárias). Não obstante, a maioria das crianças e dos adolescentes consomem demasiadas gorduras totais, ácidos gordos saturados e açúcar, e quantidades insuficientes de frutas, vegetais e cálcio Lytle (2003). As dietas ricas em calorias e lipídios estão associadas a maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de cancro.

             Pode se perceber que o efeito colateral de uma má alimentação vem frequentemente se manifestando, neste caso temos como consequência a chegada antecipada da 1ª menstruação, as meninas ainda não saíram da infância, e já entram na adolescência. Tempos atrás as garotas tinham sua primeira menstruação por volta dos 14, 15 anos ou mais. Embora a idade de ocorrência da menarca seja um indicador extensamente usado nos estudos de maturidade em meninas, ela é restringida a uma juventude mais atrasada, ocorrendo cerca de um ano depois do pico de celeridade de desenvolvimento, coincidindo com a fase de desaceleração máxima do crescimento (CASTILHO; BARROS FILHO, 2000; BAXTER-JONES; EISENMANN; SHERA, 2005).

   5 MATURAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA    

   

           A maturidade sexual corresponde à idade ou fase da vida em que um organismo se pode reproduzir sexualmente. É geralmente considerado como a mesma coisa que idade adulta, ainda que sejam conceitos diferentes. Nos humanos, o processo de maturação sexual termina com a puberdade que não marca, contudo, a idade adulta.

A respeito da maturação sexual, Duarte (1993), diz que as variações na velocidade e no tempo em que o indivíduo atinge a maturidade biológica são os fatores mais importantes. Entretanto, a vida é um processo continuo de mudanças em que os indivíduos passam por diferentes fases, manifestadas por meio de mudanças das características biológicas epsicossociais até alcançarem um estado maduro (TSUKAMOTO; NUNOMURA, 2003). 1984, Scaf et al, em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru.

            A adolescência constitui um processo biológico de vivências orgânicas, no qual se aceleram o desenvolvimento cognitivo e a estruturação da personalidade, abrangendo a faixa etária dos 10 aos 19 anos. O adolescente pode ser definido como alguém que teve o tempo necessário para assimilar valores na comunidade alguém cujo corpo chegou à maturação necessária para que possa se consagrar às tarefas que lhe são apontadas por esses valores, competindo no mundo em condições de igualdade.

              O Ministério da Saúde considera adolescência como a faixa etária que vai dos 12 aos 19 anos, abrangendo nesta faixa os conflitos enfrentados por estes indivíduos, as mudanças físicas, sexuais, emocionais e relacionais como sendo um processo natural do desenvolvimento e da firmação de sua personalidade.  É ainda na infância que os bons hábitos alimentares devem ser estabelecidos, por sua influência ao longo da vida e, particularmente, na adolescência. Entretanto, os alimentos indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento devem ser introduzidos de acordo com as particularidades de cada faixa etária. A superalimentação pode ocorrer nesta fase de transição, infância/adolescente, podendo ter impacto negativo na saúde como é o caso da obesidade que pode se estender pela adolescência e pela vida adulta (LAMOUNIER & LEÃO, 1998).

                    Uma dessas fases é a adolescência, que é o mais rápido período de crescimento físico que o ser humano experiência (com exceção do crescimento fetal e neonatal), caracterizado por grandes variações (BROOKS-GUNN et al., 1987), que estão associadas a três eventos: crescimento, desenvolvimento e maturação. Herman-Giddens et al, em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas.

6  ATIVIDADE FÍSICA

           A atividade física é, segundo Caspersen (1985), "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso

            Ewles e Simnett (2003) tratam da restrição dietética utilizada em alguns esportes nos quais a classificação em categorias depende do peso ou nos quais o peso mais baixo se associa à melhor performance (por exemplo, balé, ginástica olímpica, artes marciais) é prejudicial por possibilitar o atraso do crescimento, retardar o desenvolvimento puberal, causar osteopenia, anemia e síndromes relacionadas à deficiência de vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos graxos e elementos traço. Dizem que é fundamental considerar que a saúde implica a capacidade de adaptação contínua às alterações constantes das exigências, expectativas e estímulos, uma vez que todos os aspectos da saúde estão interrelacionados e são interdependentes.

              A mesma opinião é manifestada por Costa e López (1998), ao referirem que o novo conceito de saúde implica dar poder ao indivíduo para que este se desenvolva e influencie positivamente o meio que o envolve, e que o termo “poder” se refere à capacidade de tomar decisões que afetam a vida e os determinantes pessoais e ambientais de saúde, e à capacidade de adaptação contínua às novas e dinâmicas exigências do meio. A noção de que a saúde é uma responsabilidade individual, mas também social e que envolve as pessoas na melhoria da sua qualidade de vida, é assim reforçada, não obstante se reconhecer que numa visão holística da saúde, quer o potencial de cada pessoa quer as suas necessidades são diferentes. Enquanto alguns atletas restringem sua alimentação, outros usam aminoácidos como arginina, lisina e ornitina para estimular a secreção de GH, acreditando que tal prática promova um maior ganho de massa e força muscular. No entanto, não existem estudos que comprovem a eficácia dessa prática. A resposta do GH à administração de aminoácidos apresenta variabilidade individual, sendo alterado pela intensidade da atividade (maior liberação de GH quando o treinamento é mais intenso), sexo (menor resposta em homens), dieta (resposta menor nos que consomem muita proteína) e via de administração (a dose oral necessária para aumentar a liberação de GH geralmente causa desconforto estomacal e diarreia).

                 Além disso, os níveis circulantes de IGF-1 não são alterados após a administração oral de arginina e lisina. Portanto, o uso de aminoácidos específicos como estimuladores para a liberação de GH com o intuito de aumentar o ganho de massa e força muscular ou alterar a composição corporal não é recomendado. Existe grande dificuldade em avaliar e interpretar os estudos do impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes devido a diversos fatores. Intervêm na avaliação desse impacto fatores relacionados à faixa etária, tais quais as diferentes fases de crescimento (repleção, estirão) e os diversos estágios puberais, fatores relacionados à diversidade de atividades físico-desportivas realizadas como vôlei, natação e ciclismo, bem como a forma de praticá-las (competitivamente ou não), fatores relacionados à adoção de restrição dietética, ao uso de suplementos alimentares e à utilização de substâncias ergogênicas e esteroides anabólicos, além da diversidade metodológica dos trabalhos sobre o tema. Nesta revisão, o impacto da atividade físico e esporte foi avaliado em relação a três questões: mineralização óssea, crescimento estatural e desenvolvimento puberal.

           Para o profissional da educação física, a análise da maturação de jovens passa a ser importante em dois contextos: o esportivo e o da saúde. No que se refere ao primeiro contexto, esta análise ajuda a preparar o programa de treino para o jovem atleta - tentando reduzir o risco de lesões, serve como meio de limitar ou de desqualificar indivíduos em esportes de contato e identifica os períodos de crescimento rápido, justificando a redução do regime de treinamento em esportes de alta intensidade.

           A literatura relata idade da menarca tardia entre garotas que praticam esportes. Embora não só o esporte pode retardar essa manifestação, mas também a predisposição genética, o baixo peso, uma dieta balanceada, e/ou baixo percentual de gordura corporal, condutas dietéticas restritivas e estresse, parecem que o excesso de treinamento é um determinante fundamental, mesmo porque mantem o corpo em equilíbrio, (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

            Estudos entre os anos de 1840 e 1980, em países como Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, mostraram que houve um decréscimo de cerca de três meses na idade da menarca a cada década, caindo de 17 anos para 13 anos, havendo uma relação provável com a melhoria das condições sociais e econômicas nos países avaliados. Nos Estados Unidos, em 1997, Herman-Giddens et al(18), em um estudo transversal de 17.077 meninas afro-americanas e americanas brancas, mostraram que, apesar de 6,7% das brancas e 27,2% das afro-americanas começarem a puberdade antes dos oito anos de idade, a média de idade da menarca foi 12,2 anos para as meninas afro-americanas e 12,9 anos para as brancas. Os autores relacionaram esta antecipação da puberdade à elevada incidência de obesidade e sobrepeso observada na população americana.

           No Brasil, em diversas regiões já aconteceram estudos referente a menarca. Em 1984, Scaf et al(5), em estudo transversal com 1.379 meninas da cidade de Bauru, São Paulo, entre 08 e 16 anos, mostraram que a média de idade de início da puberdade foi 10,4 anos e a média de idade da menarca foi 13,0 anos. (DUARTE, 1993; SILVA et al, 2003).

7 METODOLOGIA

       

  A pesquisa foi realizada em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, localizada na 7ª rua do bairro da floresta nº 424, a referida escola foi inaugurada no dia 1 de maio de 1984, tendo portanto 32 anos de funcionamento, atendendo um público em duas modalidades, Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano, e o Curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) pela Autorização nº 253/2015 do C.E.E./PA. A escola tem 830 alunos, matrícula inicial do ano letivo de 2016. A consulta foi realizada com um quantitativo de 169 meninas, na faixa etária de 08 a 16 anos de idade.

Os primeiros passos para a pesquisa, elaboração de uma carta de aceite à direção do estabelecimento de ensino, e esta foi deferida pelo diretor da escola que tem o objetivo de atender os alunos dos bairros Floresta, Bom Jardim e São Francisco, que são os mais distantes do centro da cidade.

             Os dados utilizados no presente trabalho provêm de um estudo quantitativo, em que as participantes são escolares com idade entre 08 a 16 anos de idade, coletados entre fevereiro e março de 2016, com grupo estudado composto de 169 meninas.      

             Os métodos utilizados foram: pesquisa de campo, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Brigadeiro Haroldo Coimbra Veloso, primeiro houve a carta de aceite para a Instituição com representação o diretor da escola. Os professores foram informados pela direção que a pesquisa iria acontecer nas séries de 5º ao 9ª ano e nas 3ª e 4ª etapas, e qual o seu objetivo, foram informados também que não seria divulgado nome de alunas, somente os dados em percentual referente a alimentação e idade.

             Com essa informação ao corpo docente da escola, os trabalhos foram iniciados, primeiramente no 5º ano, no turno matutino e prosseguiu por as demais turmas, ao concluir as turmas do horário matutino, passou para o turno vespertino, chegando ao final da coleta de dados houve os procedimentos dos trabalhos seguindo um ritmo normal, organização da estrutura física (estética) do trabalho. Questionou-se: Com quantos anos aconteceu a primeira menstruarão, qual o tipo de alimento que mais gosta? Carne vermelha, frango congelado ou peixe?  O corpo docente da escola colaborou para a pesquisa transcorrer dentro da normalidade, os professores solicitaram informações dos resultados da pesquisa, disseram que era muito interessante esse estudo, até então na escola não houve nenhum estudo desse tipo.

           Foi reservada uma sala para receber as alunas, para garantir a privacidade das meninas, deixando-as à-vontade. Por ser turma mista, meninas e meninos as garotas poderiam se sentir constrangidas ao dar a resposta, no entanto, fora da sala de aula, elas ficariam bem à vontade, e assim transcorreu o curso do trabalho. Em seguida, apresenta-se o demonstrativo em percentual de idade e alimentação, conforme Gráfico 1:     

Gráfico 01: Gráfico referente à idade das escolares pesquisadas.

Fonte:  Silva, 2016.

 

        Verificou-se que no gráfico 01, que está relacionado à idade das escolares temos 54% (cinquenta e quatro por cento) das escolares com idades entre 12 e 13 anos, 37% (trinta e sete por cento) com idades entre 10 e 11 anos, 6% (seis por cento) com idade entre 14 e 15 anos, e 3% três por cento) das escolares com idade entre 08 a 09 anos, sendo que, com 16 anos não foi se evidenciou.

                   Sobre o tipo de alimentação das escolares envolvidas na pesquisa constatou-se um tipo comum da região como: carne vermelha, frango congelado e peixe, de acordo com o Gráfico2:

Gráfico 02: referente a alimentação das escolares pesquisadas.

Fonte: Silva  2016.

                          Verificou-se, conforme o gráfico 02, relacionado com a alimentação das escolares têm os seguintes resultados:  42% (quarenta e dois por cento) das escolares consomem como alimentação principal frango congelado (de granja), 41% (quarenta e um por cento) carne vermelha, e 17% (dezessete por cento) consomem peixe. Percebe-se que há um déficit alimentar, o desequilíbrio no percentual de ingestão de alimentos, nesse grupo de meninas pesquisadas.  Entende-se que a alimentação do ser humano, para obter bons resultados deve ser equilibrada, composta por vitaminas, proteínas, sais minerais e muitos outros nutrientes que compõe a exigência nutricional do organismo, esses nutrientes são encontrados em alimentos de origem animal e vegetal, a carne vermelha por exemplo,  principalmente, a carne magra, incluindo carne bovina, de vitela e de porco podem, de fato, fazer parte de uma dieta saudável. Elas contribuem com nutrientes que podem ajudá-lo a manter uma boa saúde e prevenir ou mesmo combater doenças. A carne bovina, a carne de vitela e a carne de porco são repletas de proteínas de alta qualidade. Elas são também uma imensa fonte de nutrientes como ferro e zinco. O ferro presente na carne vermelha carrega um bônus duplo. Cerca de metade do ferro é heme, uma forma altamente aproveitável, encontrada apenas em produtos de origem animal. A ingestão de carne também melhora a absorção do tipo de ferro presente nos vegetais (essa é uma boa razão para usar porções de carne menores associadas a porções maiores de vegetais nas suas refeições). Do mesmo modo, o zinco presente na carne é melhor absorvido do que o presente nos grãos e nos legumes.

         Segundo Zannin (2016) o frango, principalmente o frango congelado (de granja), também deve ser consumido com o objetivo de complementar a dieta, uma vez que é fonte de proteína conduzindo em si, o equivalente 32,8g de proteína por 100g.    As carnes de frango e peru são consideradas alternativas saudáveis de pouca gordura em relação à carne vermelha. O peixe, no demonstrativo acima foi entendido que as escolares consomem com menos intensidade, algumas delas declararam que não apreciam a carne do peixe, o percentual ficou com apenas 17%.  Vale lembrar que   o peixe é uma adição maravilhosa a qualquer dieta saudável. Geralmente o teor de gordura é baixo (muitos tipos fornecem 20% ou menos de calorias da gordura), fazendo dele uma ótima opção de proteína. Comer peixe no lugar de carne vermelha ou de ave geralmente significa menos gordura total, mas isso quase sempre quer dizer menos gordura saturada. Isso é importante quando se trata da saúde do coração e dos vasos sanguíneos.

Tabela de alimentos ricos em proteína animal

      Ver na tabela abaixo a quantidade desse nutriente que cada alimento fornece.

Alimentos

Proteína animal por 100 g

Energia por 100 g

Carne de frango

32,8 g

148 calorias

Carne de vaca

26,4 g

163 calorias

Queijo

26 g

316 calorias

Salmão grelhado

23,8 g

308 calorias

Pescada

19,2

109 calorias

Ovo

13 g

149 calorias

Iogurte

4,1 g

54 calorias

Leite

3,3 g

47 calorias

Tabela 1: O consumo de proteínas após a prática de atividade física.

Fonte: ZANIN, (2016).

          Segundo Zanin (2007) os alimentos ricos em proteína de origem animal são principalmente carnes, peixes, ovos, leite e derivados. Outros alimentos ricos em proteínas vegetais. Esses alimentos precisam ser combinados para que a união dos aminoácidos forme proteínas de boa qualidade, vejamos alguns exemplos.  Arroz e o feijão (qualquer tipo); Ervilhas e milhete; Lentilhas e trigo sarraceno; Quinoa e milho; Arroz integral e ervilhas vermelhas, a combinação desses alimentos e a variedade na dieta são importantes para manter o crescimento e o bom funcionamento do organismo de pessoas vegetarianas ou não, além disso os alimentos ricos em proteína magra são todos os alimentos de origem vegetal citados acima e as carnes pobres em gordura, como peito de frango e peito de peru sem pele, clara de ovo e peixes magros, como a pescada, não esquecendo das frutas e legumes. Alguns alimentos ricos em carboidratos, como os pães, cereais, arroz e massas, são uma importante forma de energia para o organismo e, por isso, são muito importantes para uma alimentação saudável. Além de favorecer o crescimento muscular, o consumo de proteína magra é importante para prevenir doenças como aterosclerose, colesterol alto e excesso de peso. (ZANIN, 2016).

CONCLUSÃO

        O trabalho foi pensado e elaborado pelos motivos vivenciados no cotidiano, ao observar meninas com idade muito inferir às meninas de 20 ou 30 anos atrás, que o processo menarca acontecia aos 15 anos de idade, hoje a realidade é outra, a menarca se manifesta precocemente  assim o trabalho veio pautado em curiosidade pelo assunto,  de descobrir que manifestação tão antecipada, qual indicador estimula esse acontecimento,  se a alimentação contribui nesse processo,  o  meio ambiente  tem indicador  favorável para esse procedimento,  ou mesmo as meninas que menstruam mais cedo pode acarretar problemas no desenvolvimento físico, por estes e muitos outros motivos desencadeou a pesquisa.

         Outra causa foi, em observar algumas mães preocupadas com o crescimento de suas filhas, essa preocupação pode estar relacionada às pequenas variações da normalidade, ao fato de a menina ser alta demais ou estar abaixo da estatura esperada, em saber que tanto os pais quanto as adolescentes sempre não estão conformados com a estética que vislumbram em suas crias ou em si mesmos.

            Percebeu-se com as leituras que a estatura das filhas está relacionada com a de seus pais, a uma certa idade se for uma criança saudável o crescimento transcorre dentro da normalidade, durante toda a infância a correlação entre a estatura da criança e a de seus pais é moderada. Entretanto, no período da adolescência as características físicas vem a se desenvolver com clareza, e a estatura dessa criança tendem a ser estimada pela média entre a estatura de seus pais, razão pela qual a preocupação dos pais em não entender a manifestação da menarca tão cedo, se isso pode alterar ou não no desenvolvimento da filha.

             Outro motivo que desencadeou a pesquisa, foi uma certa preocupação dos pais com essas escolares no que tange à fertilidade, vale lembrar que enquanto a menina ainda não recebeu a sua primeira menstruação, não há a preocupação por uma gravidez indesejável, isto porque os órgão reprodutivos da mulher estão dentro da normalidade, só estão aptos ao iniciar a atividade inerente a eles após a maturação sexual, que se fará com o aparecimento da menarca, com o início precoce também pode acontecer uma gestação na adolescência.

            Pelos dados da pesquisa verificou-se que a idade em que aconteceu a primeira menstruação das adolescentes participantes, sendo que a maioria evidenciou-se entre 11 e 12. Perguntado qual o tipo de alimento que mais gosta, elas responderam comer frango congelado com 42%, em segundo lugar a carne vermelha, com 41% e consumo de peixe aparecendo em terceiro lugar com 17% de escolha. Desta forma, conclui-se que a alimentação é um fator que interfere no desenvolvimento das adolescentes e influem na antecipação da menarca, entretanto, pressupõe-se que outro fator que merece pesquisa é investigar sobre a falta de exercício físico.

        

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[1] Acadêmica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[2] Docente de Metodologia Científica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[3] Docente de Língua Portuguesa do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

  

            

[1] Acadêmica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[2] Docente de Metodologia Científica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[3] Docente de Língua Portuguesa do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

  

           

[1] Acadêmica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[2] Docente de Metodologia Científica do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.

[3] Docente de Língua Portuguesa do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –Campus de Itaituba.