INFINITO: ALGUNS PENSARES 

Sabe-se que INFINITO é algo que não tem começo e tampouco fim; e, portanto, é algo sem fronteiras demarcadas, sem limites, sem fim; sendo que, em termos matemáticos, gozaria do símbolo (oo); assim, pois: se contar-se do zero ao infinito, o seu último termo não existiria e não existirá nunca, pois a escala numérica de seus componentes finitos não tem limites no infinito, e, portanto, não tem fim: 

0, 1, 2, 3, 4, 5,... , até o infinito (oo). 

E tampouco se terá limites para seus números negativos donde se iniciaria referida contagem no mesmo infinito que, por sua vez, se estenderá ao mesmo e referido infinito: 

(oo),... , -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5,... , (oo) 

Todavia, o infinito pode ser apreciado em outras perspectivas ainda. Para o selvagem, o homem primitivo que não sabe contar além do termo três (3), o infinito é algo além de tal âmbito numérico; para o fotógrafo, entrementes, o infinito começa a poucos metros de sua câmara fotográfica, de sua lente que não alcança mais do que isto; já, para o filósofo, o infinito é algo que tem tudo a ver com a eternidade, com o divino, com o espiritual; e, para um cosmólogo, tal seria algo que contêm o Universo e, quem sabe, outros Universos mais, ou seja: o tão propalado Multiverso. 

Doutra parte: alega-se que sendo Deus Infinito em Tudo, em Si Mesmo e em Sua criação, então a Mente de Deus é Infinita, e, portanto, abarca Tudo e Todos, nada lhe escapando de Sua Jurisdição. E é bem possível que seja, de fato, assim, pois se imaginássemos um termo para o Universo físico e espiritual, Morada Divina e de todos nós, óbvio que não encontraríamos um termo para o mesmo, pois se o imaginássemos finito, o que teríamos após tal finito: o nada? 

Mas o nada não existe e, portanto, há que haver algo além do referido ponto finito, além do Universo físico e espiritual, algo pois que há de ser Infinito, sem começo nem fim, mesmo que não compreendamos o que tal possa representar por nossas Mentes finitas, mas que já compreendem Algo Infinito, de Espaço que, não tendo um início tampouco terá um fim, dado suas dimensões infinitas que, paradoxalmente, inicia-se no Infinito mesmo e nele mesmo se “encerra”, ou seja: no Infinito que não tem fim, ou mesmo, dir-se-ia, em Deus: o Infinito do infinito, se é que se possa atinar para tal, ou seja: para o infinito, em minúsculo, que seria morada de Deus, o Infinito, em maiúsculo. 

Por outro lado, diz-se que Deus, sendo o Motor do Universo, ainda assim, Ele não precisaria mover-se pelo mesmo (Vide: “A Gênese” – AK – Ide), pois, sendo Infinito, Ele estaria por toda parte, em mim, em você, em todos nós; e, se no futuro algo distante, seríamos ou seremos ‘Uno’ com Deus, então, também abarcaríamos, como Dom Divino, o poder de estar em toda parte mesmo sem sermos o próprio Deus, e, portanto, como faculdade relativa do Ser no Absoluto Divino, pois que só Deus, mesmo sendo Imóvel, está em toda parte, e, como já dito, em mim, em você, em todos nós. 

Com isto, pois, é possível sim, mesmo com nossas mentes finitas, conceber-se o Infinito, pois se imaginarmos o espaço finito, o que haveria após o finito de tal espaço mensurável quando o mesmo é Imensurável? 

Mesmo por que, já vimos com Emmanuel, como relatado em nosso e.Book: “SupressãoEspaço-Tempo” (disposto na Web-Artigos), que a questão é bem mais complexa, pois que, para o referido: 

“No esquema das realidades eternas e absolutas, Tempo e Espaço não tem expressões objetivas; se são propriamente formas viciosas do vosso intelecto, elas são precisas ao homem como expressões de controle dos fenômenos da sua existência”. 

E prossegue informando que: 

“As figuras, em cada plano de aperfeiçoamento da vida, são correspondentes à organização através da qual o Espírito se manifesta”. (Vide: “Emmanuel” – Chico Xavier – 1937 – Feb) 

Vejam a elevada altura de tais conclusões: 

O renomado autor infere que, mais além: “Tempo e Espaço não tem expressões objetivas”, dando, com isso, um giro brusco de cento e oitenta graus em nosso intelecto, forçando-nos a rever nossas mais sólidas interpretações de Espaço, finito ou infinito, a que nos referimos no presente e falho texto de nossa autoria. 

UM GRANDE ABRAÇO A TODOS: 

Fernando Rosemberg Patrocinio

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