Autor : Helton Miyoshi

Cirurgião- dentista

Especialista em Estomatologia Bucal

Resumo

Prevenção é o melhor artifício para diagnóstico precoce de patologias que podem comprometer a saúde geral do indivíduo. Em termos atuais, as propedêuticas em diagnose sofreram sérias revoluções, evitando que pessoas sofram as conseqüências que outrora no passado ocorria sem a pessoa se dar conta do que estava acontecendo. Os focos de infecção ou infecções focais odontológicas são responsáveis pelas infecções a distância, levando a enfermidades em órgãos vitais tais como coração e outros órgãos. O objetivo desse texto é de orientar quanto focos de infecção odontológicos que podem levar a patologias secundárias e suas formas de detecção através de exames e formas possíveis de tratamento.

Infecções Focais (Focus Infecciosos)

Dentes infectados podem causar toxinas devidas infecção pelas bactérias do meio bucal, integrando-se à corrente sanguínea, comprometendo órgãos a distancia como coração, rins e outros órgãos vitais.

Por definição infecções focais ou focus infecciosos são todas as formas de infecção patológicas provocadas por uma fonte primária de infecção (dentes, gengivas) em outra parte do organismo onde se denominam infecções secundárias.

Desde início do século XX, pesquisadores estudaram a teoria da propagação de germes como infecção focal sendo seu pioneiro o pesquisador americano EC Rosenow. Em seu estudo, basearam-se na remoção de germes *bactérias* que se encontravam nas raízes dentárias humanas em injeção endovenosa (EV) em animais de laboratório. Observou que as cobaias adquiriam o mesmo tipo de patogenia descrito em seres humanos.

Após anos de estudo, demonstrou que as bactérias conhecidas no meio científico, estreptococos e estafilococos eram as bactérias que freqüentemente provocavam enfermidades como nefrites, endocardites, reumatismo articulares, miosites dentre outros.

Dos achados odontológicos, citando pulpites, periodontites, sinusites odontológicas, abscessos dentários eram as principais responsáveis pelas infecções nos órgãos á distância.

Artifícios que revolucionaram o cenário atual de diagnóstico:

·*Anamnese ( questionário que aborda desde a queixa principal, como levantamento de doenças vividas pelo paciente;

·** exames clínicos de diagnóstico (inspeção, palpação, auscultação, percussão, exames físicos, radiografias complementares ao exame clínico).

·*** prova de cultura microbiológica.

Como tratar??? Eis a questão!!!

Sabe-se que desde que existam lesões periapicais, periodontites, infecções em raízes residuais a ponto de estabelecer infecções secundárias, não resta alternativa, senão a remoção do foco infeccioso, entre outras palavras, a exodontia do elemento dentário ****extração do dente****.

Toda regra tem sua exceção!!!

Obviamente, existem casos que apesar de existir o foco infeccioso presente, entretanto, em estágio de evolução inicial, o tratamento pode ser na preservação do elemento dentário, através de endodontia (tratamento de canal), ou outras alternativas para poupar o sacrifício do órgão dentário.

Portanto quando o assunto relaciona questões odontológicas, a melhor alternativa é a prevenção, desde simples cáries até infecções de grande porte. Procurar o dentista periodicamente é a melhor opção para diagnóstico precoce.