Autor(es):
CLAUDIO DE SOUZA PEREIRA
ERIKA DE OLIVEIRA
LUCIANE Q. LOPES MACHADO
RICARDO NEVES MACHADO

Orientador(es):
ANA PAULA ESTEVES

INFECÇÃO PELO VIRUS DO HTLV I E HTLV II – UM PROBLEMA DE SAÚDE PUBLICA

Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar  o nível de conhecimento em relação a existência do pelos vírus linfotrópicos de células T humanas dos tipos I (HTLV-I) e II (HTLV-II), seus fatores de risco para adquirir a infecção, considerando-se a prática diária dos serviços de saúde, analisando a solicitação de exames e seus resultados. A pesquisa foi elabora através de questionário , com alunos de graduação em enfermagem do sexto período.

2.INTRODUÇÃO


O HTLV pertence à família dos retrovírus (a mesma do HIV). Infecta os linfócitos T e pode causar uma série de doenças, a principal delas é conhecida como leucemia das células T do adulto, que é normalmente fatal. Também pode causar uma síndrome de desmilienização conhecida como paraparesia espástica tropical (PET) ou mielopatia associada ao HTLV-1.
Os retrovírus, cujo material genético é composto de RNA, foram os primeiros vírus descritos a infectar mamíferos. Sua relação com algumas doenças em seres humanos permaneceu obscura até 1980, quando um novo retrovírus, chamado vírus T-linfotrópico humano tipo 1 (ou, em inglês, human T-lymphotrophic viruses 1, HTLV-1) foi identificado em um paciente com linfoma cutâneo.
As infecções causadas pelos vírus linfotrópicos de células T humanas dos tipos I (HTLV-I) e II (HTLV-II) representam importante problema de saúde pública em nosso país. Esses vírus podem ser transmitidos pela via sexual, pelo aleitamento materno prolongado, pelo compartilhamento de agulhas e seringas e pela transfusão de sangue. Embora a maioria dos indivíduos infectados não apresente sintomas, uma parcela dos portadores de HTLV-I pode no futuro desenvolver quadros neurológicos degenerativos ou mesmo manifestar alterações sangüíneas como leucemia ou linfoma.
As questões relacionadas à transmissão desses agentes virais, suas manifestações clínicas, bem como as estratégias de prevenção e controle da disseminação dessas infecções e o cuidado com os portadores foram objeto de discussão de especialistas do país e convidados do exterior presentes ao 8o Simpósio Internacional sobre HTLV no Brasil. O evento, promovido pelo Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, ocorreu em São Paulo no mês de janeiro, e teve entre as instituições apoiadoras a SBI.

3.JUSTIFICATIVA
Embora não cause a doença, o portador do vírus pode estar transmitindo para outras pessoas. Muitos adquiriram o HTLV por transfusão de sangue no Brasil antes de 1993, quando não havia obrigatoriedade de testagem nos doadores e bancos de sangue.
Outro sério problema desta infecção é que, embora raramente cause doença, quando ocorrem elas são em geral bastante sérias. Uma delas é a uma neoplasia hematológica que pode aparecer sob a forma de leucemia ou linfoma. A outra é uma patologia neurológica, degenerativa, que leva o paciente a uma fraqueza motora, principalmente dos membros inferiores, podendo causar algum grau de paralisia.
"Não podemos mascarar o problema. Porque se a pessoa tem o vírus e não sabe, ela pode transmitir para outras pessoas e a propagação da infecção persiste. E caso venha a aparecer uma doença, ela pode ser relativamente grave", alerta Segurado.
 É necessário que no Brasil os órgãos de Saúde Pública comecem a fazer estudos no sentido de se conhecer a magnitude deste problema.

4.OBJETIVOS

    4.1 OBJETIVO GERAL
Divulgar informações em relação ao HTLV

     4.2 OBJETIVO ESPECIFICO

Prevenir a disseminação do HTLV .

5-MARCO TEORICO

Os vírus T-linfotrópicos humanos tipo I (HTLV-I) e tipo II (HTLV-II), são retrovírus proximamente relacionados, mas são diferentes do vírus de imunodeficiência humano que causa síndrome de imunodeficiência adquirida (Aids). A partir da triagem de HTLV-I/II, em banco de sangue, nos Estados Unidos da América (EUA) em 1988 e 1993 no Brasil, foi possível identificar pessoas por eles infectadas, que deveriam ser aconselhadas, considerando estas infecções. O HTLV possui as mesmas rotas de transmissão que outros vírus como o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o vírus da hepatite C (HCV): pela relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada; uso em comum de seringas e agulhas durante o uso de drogas; da mãe infectada para a o recém-nascido (principalmente pelo aleitamento materno).
Catalan-Soares ; Proietti; Carneiro-Proeitti(1999-2000), citam em seus estudos que não há consenso sobre a origem do HTLV –I/II. Tem sido sugerido que a infecção em humanos se originou na África e foi levada para as Ilhas do caribe pelo trafico de escravos, e pra o Japão pela tripulação Africana dos navios portugueses e também no trafico de escravos no século XVI e XVII. Enquanto o tipo I tem uma distribuição por todo o mundo , o tipo II para ser um vírus predominantemente no hemisfério ocidental .Embora interaja de formas diversas com os hospedeiros esse grupo de vírus é semelhante em sua morfologia , ciclo de replicação e organização genômica. Duas doenças estão associadas ao HTLV – I:Leucemia / linfoma de células T do adulto ( ATL) , é uma doença neurológica crônica , a  paraparesia espástica tropical . A infecção pelo tipo II parece ser antiga entre os índios americanos , sendo a transmissão mantida principalmente por via sexual e amamentação natural , mas recentemente o tipo II teria sido introduzido na América urbana , Europa e Ásia , principalmente entre os usuários de drogas injetáveis , onde é transmitido por contato com sangue contaminado .Não se detectam partículas virais livres do HTLV I ou II no plasma ou fluidos biológicos dos infectados; é provável que o vírus infecte diferentes tipos de células, mas infecção produtiva e observadas em poucas células de origem linfóide. Apenas os linfócitos T tem se mostrado transformados pelo HTLV. O DNA do tipo I é encontrado inserido em células CD4+CD8- ; em contraste , o tipo II é encontrado predominantemente em células CD8+.O contato celular a célula é requerido para infecção eficaz;se comparado ao vírus da imunodeficiência humana(HIV-I/II), o HTLV apresenta menor infectividade e período de incubação mais longa. Receptor celular para o HTLV ainda não foi conclusivamente  identificado.

6- METODOLOGIA

Tratar-se-á de uma abordagem qualitativa e descritiva.
Para garantir as diretrizes da Resolução 196/96, os princípios da autonomia dos sujeitos, beneficiência, não-maleficiência e justiça, será solicitado ao Conselho de Ensino e Pesquisa a autorização (APÊNDICE A). O cenário será um estabelecimento de ensino superior, da Região Serrana. Os sujeitos serão todos os academicos de enfermagem do sexto periodo, convidados a participarem da pesquisa e que assinarem o Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B). O anonimato dos participantes será garantido com a utilização de pseudônimo escolhidos por eles.

O instrumento de coleta dos dados será um roteiro de investigação, realizado por meio de um questionário sem-estruturado, aplicado no período de Outubro a Dezembro de 2007.

A análise será realizados mediante a construção de categorias que emergirem das respostas dos sujeitos, após leitura e releitura das declarações dos pesquisados e será feito o confronto com o referencial teórico pertinente.

RESULTADOS:
Dos 60 alunos entrevistados da turma apenas 10% tinham conhecimento da infecção pelo HTLV-I/II e 20% já ouviram dizer ou ler algo sobre a infecção pelo HTLV-I/II  e 70% não eram conhecedor da infecção pelo HTLV-I/II .

CONCLUSÃO:
As infecções causadas pelos vírus linfotrópicos de células T humanas dos tipos I (HTLV-I) e II (HTLV-II) representam importante problema de saúde pública em nosso país. Esses vírus podem ser transmitidos pela via sexual, pelo aleitamento materno prolongado, pelo compartilhamento de agulhas e seringas e pela transfusão de sangue. Embora a maioria dos indivíduos infectados não apresente sintomas, uma parcela dos portadores de HTLV-I pode no futuro desenvolver quadros neurológicos degenerativos ou mesmo manifestar alterações sangüíneas como leucemia ou linfoma.
As questões relacionadas à transmissão desses agentes virais, suas manifestações clínicas, bem como as estratégias de prevenção e controle da disseminação dessas infecções e o cuidado com os portadores foram objeto de discussão de especialistas do país e convidados do exterior presentes ao 8o Simpósio Internacional sobre HTLV no Brasil. O evento, promovido pelo Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, ocorreu em São Paulo no mês de janeiro, e teve entre as instituições apoiadoras a SBI.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
16. Ministério da Saúde. Portaria nº 569, de 1 de junho de 2000. Diário Oficial, Brasília, 2000.        

15. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Online].http//:www.anvisa.gov.br/correlatos/sangue/relatório.htm, 2000.  
     
ittencourt AL, Primo JL, Oliveira FP. Manifestações infanto-juvenís associadas a infecção pelo virus linfotrópico de células T humanas (HTLV-I). In: Proietti AB, editor. Cadernos Hemominas. HTLV-I. Belo Horizonte: Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais; No prelo 2006.