INCLUSÃO SOCIAL, UM DESAFIO PARA AS ESCOLAS 

Leila Martins da Silva 

PALAVRAS - CHAVE: Escola, aluno, inclusão, professor.  

     A inclusão social Diante do cenário atual da Educação Brasileira, vem sendo uma das prioridades na legislação brasileira desde a década de noventa, com base nos princípios da Declaração de Salamanca (UNESCO,1994), onde toda criança mesmo essa sendo portadora de necessidade especial, tem o direitos e deveres garantidos e reconhecidos pela lei e pela Constituição Brasileirade receber uma educação de qualidade dentro de suas limitações devendo esse aprender junto com os demais, sendo inserido na rede regular de ensino.

     Crianças que antes eram excluídas das escolas por apresentarem diferentes déficits, sejam eles temporários ou crônicos, graves ou leves, devem ser inseridas no ensino regular. A escola deve ser capaz de atender os alunos em qualquer situação seja ele portador de necessidades especiais ou não, todos tem o direito de aprender juntos, sendo os educadores responsáveis para que haja de fato essa inclusão, esses precisam elaborar suas aulas de maneira dinâmica inovadora e centralizada no educando que está sendo inserido no processo de inclusão. Segundo FONSECA (1995, p.202):

 

A escola terá de adaptar-se a todas as crianças, ou melhor, à variedade humana. Como instituição social, não poderá continuar a agir no sentido inverso, rejeitando escorraçando ou segregando “aqueles que não aprendem como os outros”, sob pena de negar a si própria. Não se pode continuar a defender que tem de ser a criança a adaptar-se às exigências escolares, mas sim o contrário.

     À escola cabe, porém, dispor recursos e procedimentos para que os profissionais da educação desenvolvam um trabalho inovador com esses alunos para que esses tenham possibilidade de caminhar além de seus limites, tendo o professor que adequar sua prática diante de alunos que apresentem algumas necessidades especiais que necessitam de atendimento diferenciado que o inclua no processo educacional.

     Sendo assim, como instituição social, a escola não poderá continuar a agir no sentido inverso, precisa estar atenta para que não haja rotulação de nenhum aluno, sendo ela capaz de adaptar-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos. A inclusão ainda enfrenta muitas barreiras e tem caminhos para serem percorridos, o importante é que isso já se iniciou e, a escola precisa ser um dos lugares que não haja discriminação e preconceitos onde as diferenças e o tempo de aprendizagem de cada um seja valorizado, e que as práticas pedagógicas, a exemplo do que diz a Declaração de Salamanca, que a inclusão e participação são essenciais a dignidade humana e ao gozo e exercícios dos direitos  humanos.

Então o processo de inclusão nas escolas só será realmente uma ação inclusiva e de cunho pedagógico se houver a efetiva participação de todos os envolvidos no processo de formação integral desse perfil de aluno.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MEC, Saberes e práticas da inclusão: recomendações para a construção de escolas inclusivas. [2.ed.]/ coordenação geral SEESP/ MEC.- Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial,2006.

MENDES, Eniceia Gonçalves, et al; Inclusão escolar pela via da colaboração entre educação especial e educação regular. Disponível em www.scielo.com acesso 15/10/12 às 14h45minh.

PAÍN, Sara; Diagnósticos e Tratamentos dos Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre: Artemed, 1985.

SANTOS, Mônica Pereira; Inclusão em Educação. 2. ed.São Paulo: Cortez, 2008.