ARTIGO

 

INCLUSÃO SOCIAL EDUCACIONAL:

 NECESSIDADE BÁSICA PARA OS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS.

Eva de Carvalho Neto Souza

 

 

“Escola deve buscar o respeito às diferenças e que as mesmas não podem ser vistas como obstáculo para o cumprimento da ação educativa”. BRITTO

 

 

Todos os alunos especiais têm o direito de participar das classes comuns da rede regular de ensino, com oportunidades iguais, portanto precisa ser respeitados o ritmo e estilo de cada um, desenvolvendo atividades, respeitando a Resolução CNE em vigor, quando a mesma prevê que os alunos com necessidades educacionais especiais devem ser atendidos em classes comuns do Ensino Regular, em qualquer etapa ou modalidade da educação básica  e a   Lei 9.394, criada em  20 de dezembro de 1996, a chamada LDB é uma lei derivada da Constituição Federal, que fez a correção social da terminologia “portadores de deficiência” para “educando com necessidades educacionais especiais”.

No seu artigo 4º, inciso III, a LDB diz que o dever do Estado, com a educação escolar pública, será efetivado mediante a garantia de:

“atendimento educacional especializado gratuito aos educando com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”.

 Logo, vemos a melhoria do dispositivo da Lei 9.394/96, dando ostentação ao atendimento educacional gratuito, no âmbito da rede oficial de ensino e a mesma jamais pode ser cobrada, deste modo, cabe a escola dar condições de aprendizagem com recursos e apoios necessários, proporcionando a ele um sucesso escolar, sendo assim as unidades de ensino deverão estar se ajustando para atender a diversidade, de acordo com a constituição Federal e a LDB e Resolução CNE.

Na escola a direção após a matricula deve procurar fazer uma distribuição dos Alunos Com Necessidades Educacionais Especiais conforme o estabelecida na lei do seu sistema de ensino, sendo distribuída  pelas varias classes do ano escolar em que forem classificados, de modo que essas classes comuns se beneficiem das diferenças e ampliem de maneira positiva as experiências, não podendo ter numa mesma sala alunos com diferencia de deficiência.

Quanto ao professor que prestar atendimento nas classes comuns, onde haja alunos que apresentaram necessidades educacionais especiais, deve-se seguir a referencia citadas na LDB, bem como a RES. Do CNE e Deliberações do seu referido sistema, que devera estar constando em sua proposta pedagógica. Assim de acordo com a LDB o ARTIGO 58, III cita:

 “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educando nas classes comuns”.

Cabendo os professores das classes comuns terem capacitações ou especializações para oferecer atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos e de acordo com a necessidade de cada educando, contar com professores interprete das linguagens e códigos aplicáveis e de outros profissionais na área de psicologia, fonódiologia e outros.

A Inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classe comum do ensino regular exigiu uma integração entre professor da classe comum e os do Serviço de Apoio Pedagógico, onde o currículo obedece à base nacional comum, conforme a LDB e completado de acordo com as adaptações curriculares que se faz necessários e a proposta pedagógica, considerando o significado dos conteúdos, a metodologia de ensino, os recursos didáticos diferenciados, devendo buscar meios úteis e práticos para favorecer o desenvolvimento da aprendizagem do aluno, de modo que seja adequado às condições dos discentes, respeitando seu caminhar próprio e favorecendo seu progresso escolar.

Segundo os PCNs“ as Adaptações  Curriculares Nacionais para Educação de alunos com necessidades especiais.” Visa-se, assim, consubstanciar a incorporação do aprendiz com necessidades educativas especiais à dinâmica pedagógica do ensino regular.

“focaliza o currículo como ferramenta básica de escolarização”(p.15), “organizado para orientar, dentre outros, os diversos níveis de ensino e ação docente(p.31). Já as adaptações curriculares são entendidas como “estratégia e critérios de atuação docente”.(p15 )

A avaliação dos alunos incluídos será considerada todas as variáveis, que envolva a aprendizagem, levando em conta as condições oferecidas pela instituição de ensino à prática docente, dando ênfase no desenvolvimento do aluno e na sua melhoria, como um processo permanente e continuo, para tanto nesta atividade escolar será formada uma equipe de avaliação, contando com a participação de todos os profissionais que acompanham o aluno, bem como Coordenação Pedagógica, Direção Escolar, Técnico da Unidade de Inclusão, Psicólogo e outros.

Esta unidade proporcionara condições para reflexão, com estudos, debates, com a atuação de toda a comunidade escolar, para o processo de inclusão escolar.

A Sala de Recurso consiste em uma sala da escola, provida com materiais e equipamentos especiais e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos, com a finalidade de dar atendimento educacional que suplementa e complementa o atendimento educacional, realizando em classe comum, utilizando equipamento e materiais especiais, sendo a escola responsável pela sua sustentação.

Esta sala possui um objetivo voltado para os alunos especiais, que prestar atendimento educacional, aos alunos incluídos nas classes comuns, do ensino regular e outras instituições, cujo atendimento ocorrera em turno diferenciado, com composição de no máximo cinco (05) alunos por turmas, obedecendo ao critério de uma mesma faixa etária, respeitando a Resolução Vigente.

 O trabalho é de ordem diversificada, respeitando o ritmo e o potencial de cada aluno, em seu desenvolvimento cognitivo, tendo uma organização por natureza de deficiência, abordando um caráter transitório e concomitante. Realizando um atendimento que de complementação ou suplementação curricular, com utilização de procedimento diferenciado e equipamentos e materiais específicos como suporte. Há também dependendo de cada escola, incluir no seu sistema os objetivos específicos que ajudara a subsidiar o serviço que manterá a sala de recurso bem posicionada frente o trabalho que estará apto a atender. Desta maneira pode se definir alguns como:

  • Oferecer aos alunos cuja deficiência seja de causa orgânica ou não, condições adequadas para o seu pleno desenvolvimento de aprendizagem, proporcionando assim, sua inclusão no meio social, favorecendo o seu desenvolvimento global, visando a sua integração no meio social em que vive.
  • Dar atendimento diferenciado da sala regular, com métodos e didáticas adaptadas, visando o pleno desenvolvimento integral da criança, adolescente e adulto.
  • Envolver a família, prestando apoio, em relação aos alunos específicos da sala de recurso, em forma de reuniões, visitas familiares, bem como contar com a orientação e apoio técnico da Direção escolar e Coordenação Pedagógica.
  • Envolver os profissionais da escola, numa construção coletiva de valores, respeitando e valorizando cada individuo em suas diferenças.
  • Dar oportunidade aos educadores da sala de regular e sala de recurso, de se especializarem na educação especial ou inclusão social, visando uma garantia no atendimento aos alunos incluídos no ensino regular.
  • Ter um assessoramento por parte da escola, contando com toda equipe pedagógica e administrativa na assistência ao professor, bem como um acompanhamento pela coordenação pedagógica nas praticas necessárias, promovendo a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especificas.
  • Oferecer diferentes técnicas, instrumentais para melhorar a aprendizagem dos alunos, desenvolvendo uma imagem positiva, tornando-o mais independente, confiante em suas capacidades, proporcionando uma ampliação na capacidade de aprender dos alunos, tendo como meios básicos da leitura, escrita e do calculo.
  • Prestar atendimento diferenciado, de formas lúdicas, concretas aos alunos.

Os atendimentos nesta sala podem atender uma clientela diversificada, onde inclui alunos de outra escola, onde não há este atendimento, sendo este de forma que se estabelece na legislação e atende a LDB, conforme o que diz sobre a educação especial, assim, o atendimento aos alunos é feito em pequenos grupos de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, respeitando as normas de semelhança, de acordo com a deliberação do CEE, em horário diferenciado daqueles em que os mesmo freqüentam.

Existindo variadas salas com objetivos distintos, como por exemplo, sala para aluno com Deficiência Visual (DV), sala para Deficiente Auditivo (DA), sala para Deficiente Intelectual (DI) e ainda inclui as Deficiências Múltiplas, Baixa Visão, Paralisia Cerebral e outras, mas contudo pode este trabalhar em sala multifuncional que procura atender todos os alunos de forma eficaz com horário diferenciada, distribuído por deficiência  que atenda ao aluno conforme sua necessidade.

O professor lotado na sala de Recurso atende os dispostos na LDB e RES/CNE, sendo ele capacitado ou especializado para prestar atendimento às necessidades educacionais dos alunos, como consta na Legislação, assim este profissional tem  dupla função:

  • Prestar atendimento direto ao aluno e indireto, através da orientação e assistência aos professores da classe comum e as famílias dos alunos. O seu trabalho deve desenvolver de forma cooperativa com os professores de classe comum.
  • Acompanhar os programas, avaliações, conteúdos, atividades e materiais, de modo a encontra formas possíveis de aprendizagem e de contatos sociais, estar sempre interado com a coordenação pedagógica da Unidade escolar e com a Técnica da Unidade de Inclusão.

 Para acompanhar o serviço do professor é viável o acompanhamento pedagógico feito pelo coordenador pedagógico, onde a sala de recurso se encontra inserida, pois este profissional prestará atendimento necessário e adequado à professora da sala de Recurso e sala comum, auxiliando quanto, a recurso materiais, didático pedagógico que se faz necessário à aprendizagem do aluno. Onde ele é  aquele que constrói com os professores o seu trabalho diário tendo como papel envolver uma atuação grupal, pois atende tantos professores, alunos como todos os setores de uma escola. Por ser grupal, seu trabalho exige o exercício constante do pensar, do descobrir e do saber o modo de avançar nas ações. O trabalho pedagógico exige muito esforço e dedicação que dará suporte para ambas as partes professor e coordenador, que corresponde também há uma hierarquia, que é a Direção e secretarias etc...

Durante todo o estudo desempenhado pode-se notar varias probabilidades para se atingir a um acabamento, no entanto não era uma analise derradeira, mas permanecer atitudes relatos e clinica para ameninar o problema, cabendo a instituição de ensino, bem como professores, se orientar para que haja um atendimento, percebendo que crianças portadoras de DA, não são excepcionais que necessitam de salas especiais, mas são crianças que possuem dificuldades acentuadas e que jamais poderão ser mantidas fora do convívio de uma sala de ensino regular, e que devera buscar métodos para que sanem essa dificuldade da leitura e escrita que é apenas quantitativa e não qualitativa em relação a outras crianças, incentivar, tratar bem, dar carinho, são técnicas plausíveis e que não custa nada.

Perante as dificuldades da leitura e escrita confronta-se no desenvolvimento de varias crianças com deficiência de aprendizagem, diferença existente entre os tipos de criança, pode levá-las a evasão escolar, se não diagnosticada e tratada adequadamente, devendo existir nas escolas, maiores informações, alertando o professor quanto ao conhecimento e como agir, e fazendo com que some grupos de apoio como intuito de atender essas crianças.

É possível que todas as crianças tenham as mesmas chances dentro de uma instituição escolar publica, pois recebem as mesmas orientações, mas provavelmente as crianças, são mais lentas no reconhecimento de formas em geral, porém nesta fase da alfabetização o aluno precisa receber o apoio do professor para ler e escrever. Por isso, o professor pode exercer o papel de leitor ou escritor, até que ele esteja pronto para isto.

Fica claro que, todas as crianças que possuem deficiência não devem ser tratadas ou consideradas anormais, preguiçosas, mas que necessita de suporte de ajuda para sanar estas dificuldades deve-se ter em mente que a educação é para ser vivenciada com uma pratica concreta de liberdade e com objetivo de construir uma história.

       E com isso que a criança vai se sentir bem valorizada, levando-a às amenizar sintomas e desenvolver-se frente a suas necessidades acadêmicas.

 

REFERENCIA

 

BRASIL. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. MEC. Brasília. 1999

BRASIL. LDB, nº9394/96. MEC. Brasília. 1999.

BRASIL. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Temas transversais. MEC. Brasília. 1999