INCLUSÃO ESCOLAR: UM DESAFIO DO SÉCULO XXI Ismay Abreu de Arruda Desde o século XX, o direito de todos a uma escola que ofereça uma educação de qualidade e igualitária vem se destacando amplamente. E inclusão de alunos que apresentam alguma deficiência numa escola regular é o ponto para que haja a educação para todos, mas para que isso realmente aconteça é necessário buscar novos métodos pedagógicos, que favoreça o seu ensino-aprendizagem. Segundo Staimback e Staimback (1999), “o educador pode desempenhar um importante papel na percepção dos alunos de que esses têm potencialidades e limitações diferentes.” É possível perceber que através da convivência com outros alunos, a criança deficiente terá mais possibilidade de desenvolver suas potencialidades e limitações, tendo oportunidade de aprender mais. Mas ao se falar em inclusão, sabemos que não é uma tarefa fácil e impossível, principalmente para os alunos que apresentam algum tipo de deficiência. Santos (2003) afirma,” que há a necessidade de formar cidadãos responsáveis - que se deve instruí-los e propiciar educação para todos”. De acordo com Ferreira (2006, p. 3-4) é preciso que: “a construção de escolas de qualidade e inclusivas para todos deve, dessa forma, necessariamente envolver o desenvolvimento de políticas escolares de desenvolvimento profissional docente com vistas a prepará-los pedagogicamente para trabalhar com a pluralidade sócio-cognitiva e experiencial dos estudantes por meio de enriquecer [sic] conteúdos curriculares que promovam a igualdade, a convivência pacífica, a aprendizagem mútua, a tolerância e a justiça social.” Um dos grandes desafios da inclusão escolar vem por parte dos educadores, que precisam buscar novas maneiras em seu método de ensino, pois muitos não se sentem preparados para educar alunos com problemas tão diferenciados uns dos outros e isso se deve a falta de preparo de muitos professores. A política de Educação Especial, calcada no direito de todos à educação, sem discriminações, estabelece um elenco de objetivos e de diretrizes, consentâneos com a avaliação da conjuntura brasileira atual, tendo como finalidade a formação de cidadãos conscientes e participativos (MEC, 1994, p. 132). A inclusão deve ocorrer não somente nas redes regulares e privadas, mas também nas Universidades, só que os professores universitários também não estão preparados para a chegada desses alunos, pois as universidades muitas vezes oferecem um espaço adequado para a chegada desses alunos, mas esquecem de preparar os seus professores. Como diz carvalho (2005) “ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver.” Para que realmente ocorra inclusão dos estudantes nas escolas regulares, é necessário que haja uma participação de todos os profissionais envolvidos nesse processo de inclusão, pois é partindo daí que esses alunos conseguirão desenvolver suas potencialidades e habilidades no ensino-aprendizagem. É necessário também que aconteça ações voltadas para que não ocorra discriminação com esses alunos e buscar iniciativas que assegure o aprendizado e o bem-estar dos alunos no ambiente escolar. O Decreto nº 3.956/2001 vem reafirmar que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas, definindo como discriminação com base na deficiência toda diferenciação ou exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades fundamentais. Assim, é importante sempre está revendo e discutindo sobre a educação inclusiva, porque é a partir daí que teremos o ponto de partida para tentar acabar com o preconceito social.Neste sentido, faz-se necessário rever os conceitos da educação inclusiva, pois ela é o principal alicerce para o desenvolvimento social das pessoas com deficiência. Entretanto se deve ressaltar que deixar um aluno com necessidades educativas especiais em uma sala regular e não atender as suas necessidades, não é inclusão, pois as dificuldades existem e quando passamos a observá-las de forma crítica o trabalho, pode ser mais bem planejado.