1-      INTRODUÇÃO

A Psicologia Escolar cresce a cada dia no Brasil e no mundo, tentando dar conta de trabalhos com profissionais da educação, acompanhamentos com alunos que possuem algum tipo de dificuldade e também, recentemente, vem se inserido dentro do campo da inclusão escolar, com alunos especiais. A inclusão escolar ainda é um tema muito presente em discussões, pois permanece em um processo de inserção, ou seja, ao mesmo tempo que existem escolas recebendo alunos e conseguindo trabalhar com a inclusão, outras escolas não conseguem dar conta deste processo, levando assim, a um movimento de exclusão.

Quando nos remetemos ao termo “inclusão”, ele traz consigo uma ideia de exclusão, pensando que só podemos incluir alguém que já está excluído de alguma coisa. Sabe-se que tanto escolas públicas ou particulares, recebem todos os dias alunos com alguma deficiência, porém fica o questionamento; Quais são os benefícios e percalços que uma criança pode ter neste processo de inserção em uma escola regular?

Destaca-se a Declaração de Madrid (2002), que define o parâmetro para a construção de uma sociedade inclusiva, focalizando os direitos das pessoas com deficiências, as medidas legais e a vida independente. Sabe-se que antigamente, quando uma criança nascia com alguma deficiência mental ou deficiência física, essas crianças eram deixadas em casa, ficando escondidas e sem contato algum com a sociedade e com o ambiente escolar. Com o passar dos anos, o tema começou a receber atenção e ser mais explorado tanto pela mídia quanto pelo social, e com isso, essas crianças passaram a ser retiradas de casa, e trazidas para a escola.

A educação recebeu muitas informações e se muniu de diversas leis a fim de se preparar para receber crianças de inclusão em seu ambiente, mas o que percebemos, são as leis do Ministério de Educação vindo de encontro aos professores e eles não dão conta deste processo. Não importando se a criança é deficiente visual ou possui retardo mental, a lei de inclusão e manejos propostos são dados de uma única forma, não olhando para cada individuo e sua subjetividade. Desta forma, cumpriríamos com a proposta da lei; todos são tratados igualmente, porém com isso, haverá exclusão.

 

Assim sendo, o que conseguimos identificar em escolas, são alunos de inclusão sendo excluídos de diversas formas; sendo liberados antes da hora, podendo fazer o que querem em sala de aula, circulando nos pátios, assumindo tarefas que não são suas, recebendo exercícios em sala de aula de forma reduzida e não um exercício pensado exclusivamente nele, visando suas dificuldades e necessidades.

O cenário que temos de inclusão nas escolas hoje ainda não é o esperado, mas ressalta-se que este é um processo lento e gradual. Falta formação para professores e ambiente adequado para a inclusão escolar.

Pensando em discutir a relevância que este tema tem nos dias de hoje para as escolas, profissionais da educação e também para a psicologia, este trabalho suscitará este embate que o aluno de inclusão vivencia em uma escola regular. Assim pretende-se explorar um pouco mais o processo de inclusão, seus benefícios e prejuízos dentro do ambiente escolar.

 

2-      REFERENCIAL TEÓRICO

A Psicologia enquanto ciência, formação e mercado de trabalho tem sido, principalmente na última década, tema de interesse de pesquisadores e estudiosos nacionais e internacionais (Gonçalves, 1994). De acordo com Almeida (1999) a Psicologia Escolar é uma área da Psicologia que tem suscitado inúmeras reflexões acerca da identidade dos profissionais que nela atuam, sobretudo a necessidade de uma redefinição do papel do psicólogo na escola e de reestruturação da formação acadêmica. O surgimento da área esteve ligado à psicometria e à aplicação de testes, com o predomínio de um modelo clínico de atuação do psicólogo escolar. Nesse modelo, a causa do problema estava centrada no aluno, enquanto que fatores externos: sociais, institucionais e pedagógicos eram ignorados.

Joly (2001) cita que focalizando-se as áreas específicas de atuação, a Psicologia Escolar está a serviço de todos os que são educados ou influenciam o processo de desenvolvimento do educando sob todos os aspectos, considerando-se, de modo geral, o processo ensino-aprendizagem baseado no desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social, a estrutura curricular, a orientação e formação continuada de professores e o estabelecimento de parcerias com as famílias desde a Educação Infantil ao Ensino Universitário.

Segundo o estatuto da Associação Brasileira de Psicologia Escolar - ABRAPEE (1991), entende-se por psicólogos escolares e educacionais aqueles profissionais, que devido a sua preparação universitária em Psicologia e experiências subsequentes nas áreas escolar e/ou educacional, trabalham para melhorar o processo ensino-aprendizagem no seu aspecto global (cognitivo, emocional, social e motor) através de serviços oferecidos a indivíduos, grupos, famílias e organizações.

Considera-se o número crescente de psicólogos que passaram a trabalhar junto à rede de ensino público elementar. Se antes o mercado de trabalho era restrito para o psicólogo interessado em trabalhar em escolas públicas de primeiro grau, este fato deixou de corresponder à realidade a partir do momento em que, diante da cronicidade dos altos índices de reprovação, os poderes públicos reanimaram os serviços de              assistência ao escolar a partir da crença de que os problemas de aprendizagem e de ajustamento escolar encontram explicação no corpo e na mente adoecidos dos educandos. Foi assim que cresceu o número de psicólogos que vem exercendo a função de psicólogos escolares, não mais nas clinicas de atendimento as escolas, mas nas próprias escolas da rede de ensino (Patto, 1997).

Cada vez com maior clareza a Educação Geral considera a necessidade de que todos os alunos recebam uma educação de qualidade centrada na atenção das suas necessidades individuais. Objetivo que coincide plenamente com a finalidade da educação inclusiva, posto que reconhece a diversidade existente entre os alunos de uma classe, determinando que eles recebam uma educação de acordo com suas características, uma vez que incrementa as possibilidades de aprendizagem para todos (Daniels y Garner, 1999, Stainback & Stainback y Moravec,1999).

De acordo com Sanches (2008), as pessoas com deficiências por muito tempo foram mantidas segregadas e praticamente privadas de convívio social. Apenas a partir do século XX, quando teve início sua desinstitucionalização e sua educação escolar é que se verificou uma melhor aceitação do deficiente. Mesmo assim, observam-se ainda práticas segregatórias, preconceituosas e discriminatórias em relação ao deficiente e à deficiência. Isto aponta para uma sociedade que, continua supervalorizando a capacidade intelectual, a competitividade, a produção, a beleza física, a independência e a individualidade, fazendo com que pessoas portadoras de alguma limitação ou que fujam aos padrões estabelecidos como normais sejam vistas como problemas e altamente desvalorizadas pela sociedade.

Para Minghetti e Kanan (2010), o psicólogo inserido no ambiente escolar pode colaborar com o processo de ensino e aprendizagem das crianças com necessidades especiais, aquelas que, por algum motivo, encontrarem dificuldades de aprenderem e de conviverem com as demais. Poderá utilizar de intervenções e técnicas específicas do campo da Psicologia, visto que nem todas as crianças têm seu processo de socialização igual e que nem todas se apresentam dentro de um padrão, mas sim sempre inseridas e limitadas à sua potencialidade intelectual.  Paternite e Johnston (2005) consideram que devem ser criadas oportunidades para que profissionais, como o psicólogo, por exemplo, estabeleçam parcerias com educadores, compondo equipes interdisciplinares que tenham como objetivo focalizar a promoção de saúde, prevenção de problemas e a implementação de intervenções efetivas. 

Voltoni (2004) relata que, o que hoje se apresenta como inclusão escolar teve origem e evolução diferentes. Surge como política pública cujo afã seria o de garantir os direitos dessas pessoas à escolarização. E isso porque se percebeu que a tendência social de exclusão do deficiente e do louco passava também, como não poderia deixar de ser, pela instituição escolar. Aquela em que já havia sido apontada a vocação segregacionista a propósito dos pobres, agora recebia também o impacto da crítica de segregação aos loucos e diferentes.

 Embora o binômio exclusão/inclusão tenha estado presente nas sociedades urbanas há muitos anos, Salles (2006) trás que, somente nos últimos vinte anos essa dicotomia tem aparecido, com maior frequência, em situações de trabalho e em relação a educação. Com a discussão de como fazer a inclusão de pessoas com necessidades especiais em situações de trabalho e escola, surgiu, também, o debate sobre o tipo de necessidade que caberia ser incluída – o que leva, fatalmente, a uma definição do que seja inclusão.

 A fim de nomear o movimento de absorção das crianças com necessidades educativas especiais pelo ensino regular, passou-se a usar a expressão “educação inclusiva”. Esse termo começou a ser empregado a partir da Declaração de Salamanca, importante documento sobre o resultado de uma conferencia organizada pela UNESCO e pelo governo espanhol em 1994 com a finalidade de determinar ações mundiais para a promoção da “educação para todos”, é o que citam Coutinho e Carpinetti (2005). Ainda os autores trazem que a filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas, devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência).

Segundo Moraes (2012), a educação, quando voltada aos portadores de Necessidades Educacionais Especiais (NEE), tem como principal objetivo minimizar as condições impeditivas que os impossibilitam de participar de maneira plena do exercício da cidadania. Nessa perspectiva, a educação inclusiva propõe uma inclusão mais ampla dos portadores de deficiência, porque busca tanto uma aprendizagem factual quanto o desenvolvimento de suas potencialidades. A educação das pessoas com necessidades especiais é relativamente recente e suas discussões à respeito também são. Já existiam classes especiais em escolas públicas desde a década de 30.

No entanto, é preciso concordar que, muitas vezes, vamos “que o caminho para a correta educação” de crianças com deficiências mentais profundas “passa pela educação de um meio que lhes ajude a estabelecer vínculos necessários com a ajuda da educação” (Vygotsky, 2001). Por outro lado, mesmo na era da inclusão, há casos em que as escolas poderiam ser consideradas instituições de segregação, mas não de inclusão.

Salles (2006), também relata que em outras palavras, a inclusão se faz, de certa forma, por um tipo de adaptação, na maioria das vezes, 1) do espaço físico, 2) da escola, que deve ter pessoas habilitadas, seja para avaliar a capacidade cognitiva do aluno, seja para auxiliá-lo em relação aos recursos (tecnologia) que têm a seu dispor. No entanto, trata-se também de uma adaptação do próprio aluno – para que ele não fique “largado” – ou seja, para que ele aprenda a se organizar nesse mundo social que é a escola.

Na defesa da inclusão escolar, invoca-se ora a igualdade de todas as crianças, ora sua diferença. Essa discussão chega à sala de aula, e diante dela a professora não sabe mais que lado escolher. Ora impõe regras para todas, o que torna inviável a presença daquela criança que não faz outra coisa a não ser balançar-se ritmicamente, ora afirma que devemos respeitas as diferenças e permite que Joãozinho rasgue todos os desenhos que faz, para a revolta geral da classe (Kupfer, 2005). Para Jerusalinsky (1997) Os movimentos de inclusão escolar nascem como uma extensão do movimento antimanicomial que, se para os adultos representou a queda dos muros dos hospitais e o esforço de circulação social, para as crianças representou a possibilidade da escolarização regular.

A figura da escola não é socialmente um depósito como o hospital psiquiátrico, a escola é um lugar para entrar e sair, é um lugar de transito. Além do mais, do ponto de vista da representação social, a escola é uma instituição normal da sociedade, por onde circula, em certa proporção, a normalidade social. Ou seja, o significante escola é decisivo: escola é o lugar social da criança (Coutinho e Carpineti, 2005). Nos últimos 50 anos, muito tem se refletido sobre a permanência de crianças com deficiencia nas escolas regulares. No Brasil, a primeira explicitação de compromisso do estado com a educação especial surge em 1961, com a lei das Diretrizes e Bases da Educação (Lei 4.024/61). Até então, todo atendimento ao aluno com deficiência era realizado por clinicas particulares ou instituições privadas de caráter assistencialista.

De acordo com Gomes (2010), diferentes estudos internacionais enfocam os aspectos mais explícitos que dificultam o processo de inclusão de alunos com necessidades especiais na escolas. Dentro os vários aspectos abordados, ainda é unanime a falta de capacitação profissional adequada, a falta de recursos e materiais apropriados, as barreiras arquitetônicas e físicas e as barreiras humanas atitudinais que permeiam as práticas pedagógicas em relação a inclusão, dentre outros.

Abenhaim (2005) afirma que atualmente, em sua maioria, as escolas se encontram muito aquém do que se deseja. Elas têm conseguindo quando muito transmitir um saber que não se sabe a que ou a quem se destina, e com isto acabam excluindo todos os indivíduos que se distanciem de um modelo previamente elaborado, impossibilitando assim o caminhar junto com a diversidade e até mesmo impedindo o desenvolvimento e a possibilidade de troca entre as pessoas. Enfim, para essa autora, a desestruturação escolar leva à interrupção dos sonhos de muitas pessoas.

Ainda Abenhaim (2005) aponta que professores e demais profissionais da educação apresentam dificuldades na construção de novas representações do aluno com necessidades especiais, além de indicarem sentimentos ambíguos quanto ao processo inclusivo. Já para Tessaro (2004), os resultados de sua pesquisa indicam que os professores apresentam não só um conceito insatisfatório sobre inclusão, que viria a dificultar novas representações, mas também indicam, de certa forma, atitudes e sentimentos negativos para com alunos com necessidades especiais.

Pode ser constatada a percepção de constante ameaça e, consequentemente, a sensação de sufocamento que a implementação das propostas inclusivas esta causando, ao se desconsiderar os limites e desafios dos próprios educadores, ma consideração de sua pratica profissional e de seus alunos (Angelucci, 2002). De acordo com Stainback (1999) quando as escolas incluem todos os alunos, a igualdade é respeitada e promovida como um valor na sociedade, com os resultados visíveis da paz social e da cooperação. Ao passo que, quando as escolas são excludentes, o preconceito fica inserido na consciência de muitos alunos, o que resulta em maior conflito social e em uma competição desumana.

Logo, o processo de inclusão escolar implica mudanças radicais na compreensão dos sujeitos e na estrutura da escola, questionando, inclusive, os mecanismos sutis de exclusão aos quais os alunos parecem predestinados cotidianamente. (CASSOLI, 2006)

Coutinho e Carpineti (2005) citam o conhecimento escolar passa a ser uma ferramenta para que o aluno possa se estruturar como sujeito e não como instrumento de adaptação a um padrão suposto de normalidade social. O colega, vivenciando a diferença, tem a possibilidade, com a ajuda do professor, de subjetiva-la, passando a se saber e a respeitar mais o outro, diminuindo desta forma, o seu preconceito. O significante escola é decisivo: escola é o lugar social da criança.

Ainda Coutinho e Carpineti (2005) trazem que na escola, o encontro com a loucura provoca um impacto que deve ser cuidadosamente trabalhado, pois dele depende o sucesso da inclusão. Pensar uma aproximação com a loucura que não desorganize a subjetividade das educadoras a ponto de inviabilizar o trabalho educativo.

É unanimidade entre alguns pesquisadores e profissionais da área da Psicologia Escolar, a necessidade de se repensar ações e praticas profissionais mais comprometidas com a transformação social dos interesses da maioria da população. A exigência de uma pratica profissional que contemple a construção critica social, e para tanto, a abordagem das políticas educacionais inclusivas é um dos meios mais efetivos para esta necessária transformação profissional. (ALMEIDA, 1999) 

3-      OBJETIVOS

 

3.1 OBJETIVO GERAL

Investigar os benefícios e percalços no processo de inclusão em uma escola regular, na visão de educadores e psicólogos.

 

3.2  OBJETIVOS ESPECIFICOS

Compreender os sentimentos de professores referente a inclusão escolar;

Verificar dificuldades que educadores enfrentam no seu dia-a-dia;

Descrever as possíveis praticas da psicologia no processo de inclusão escolar;

4-      PROBLEMA DE PESQUISA

A inclusão escolar teve seu inicio há mais ou menos 20 anos, sendo então, um tema muito recente nas escolas e também nas discussões da psicologia. As escolas foram munidas de leis e propostas para receber os alunos de inclusão. Mas quais são os benefícios e também os percalços existentes processo de inclusão?

 

5- QUESTÕES NORTEADORAS

- Quais são as maiores dificuldades que educadores enfrentam quando recebem um aluno de inclusão?

- Que benefícios são percebidos na escola, ao receber um aluno de inclusão?

- Que benefícios um aluno de inclusão pode ter, ao ser incluído em uma escola regular?

6-DELINEAMENTO

Esta pesquisa será realizada com entrevistas a profissionais da educação e psicólogos de escolas regulares municipais, onde existe a inserção de alunos de inclusão. As entrevistas visam investigar os benefícios e percalços no processo de inclusão. Será um estudo transversal, com o delineamento misto que combina abordagens qualitativas e quantitativas, de cunho exploratório.

 

7 – METODO:

7.1- PARTICIPANTES

Participarão desta pesquisa, professores e psicólogos de cinco escolas municipais da rede pública da cidade de Ivoti, que por sua vez, possuem contato/vínculo com alunos de inclusão.

 

7.2- INSTRUMENTOS

Os seguintes instrumentos serão utilizados:

 

7.2.1 – ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA

Serão realizadas entrevistas semi-estruturadas com os professores e profissionais da educação que mantiverem contato com os alunos de inclusão, de cinco escolas municipais da cidade de Ivoti/RS. A entrevista semiestruturada foi escolhida, considerando o enfoque na fala dos indivíduos, o que servirá de material para análise no decorrer do estudo.

O roteiro da entrevista se encontra no anexo I.

7.3 PROCEDIMENTOS ÉTICOS E DE COLETA DE DADOS

Pretendendo atender às exigências éticas a realização de pesquisa com seres humanos, este projeto de pesquisa será encaminhado ao Comitê de Ética da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, para apreciação e aprovação. Se tratando da ética aos participantes deste estudo, deverá ser entregue e assinado pelos participantes antes da entrevista, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que explicará através de linguagem clara e objetiva as finalidades da pesquisa, seus procedimentos e a utilização dos dados.

            Tendo em vista o critério para participação no estudo, as cinco escolas da rede municipal de Ivoti, vão ser selecionadas pela inserção alunos de inclusão na instituição. Os profissionais desta instituição vão ser selecionados por possuir contato/vínculo na escola, com os alunos de inclusão. O formulário será entregue aos profissionais em seu local de trabalho, podendo ser preenchido em casa e devolvido com o prazo de uma semana para a secretária da escola.

 

 

7.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS

            Os dados recolhidos na entrevista semi-estruturada serão analisados qualitativamente, tendo como referencial teórico a psicanálise. A análise das entrevistas semi-estruturadas será conduzida pela análise de conteúdo de Bardin (2002); as diferentes fases da análise de conteúdo organizam-se em torno de três pólos: 1. A pré-análise; 2. A exploração do material; e, por fim, 3. O tratamento dos resultados: a inferência e a interpretação.

 

 

 

 

 

8. CRONOGRAMA

Meses/Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Tramitação no Comitê de Ética/

UNISINOS

X

Revisão de literatura

X

X

X

X

Contato telefônico com os participantes

X

Coleta de Dados

X

X

Análise dos Dados

X

X

X

Defesa TCC

X

Submissão do artigo

X

 

9. ORÇAMENTO

O custeio das despesas decorrentes desta pesquisa serão arcadas pela pesquisadora. De qualquer forma, seguem as despesas previstas ao longo dos estudos.

Livros – 200,00 reais

45 formulários de pesquisa semi-estruturada -  50,00 reais

45 copias dos termos TCLE e de assentimento – 50,00 reais

Despesas de deslocamento – 300,00 reais

 

 

 

 

 

 

ANEXO I

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA

 

1-      Ao seu entendimento, quais os beneficios de ter um aluno de inclusão para a classe?

2-      Por que o processo de inclusão ainda é tão dificil?

3-      O que temos no nosso cenario escolar atualmente, pode ser considerado inclusao ou exclusao?

4-      Quais as maiores dificuldades encontradas dentro da sala de aula, na prática com alunos de inclusão?

5-      Quais são as maiores dificuldades que educadores enfrentam quando recebem um aluno de inclusão?

6-      Na sua percepção, que benefícios um aluno de inclusão pode ter, ao ser incluído em uma escola regular?

7-      Quais são os sentimentos, ao conseguir trabalhar com alunos de inclusão?

8-      Quais são também os sentimentos que aparecem, quando o trabalho não ocorre de maneira esperada?

9-      Que práticas pensa que são possiveis para o psicologo, no processo de inclusão?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 REFERÊNCIAS

 

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