INCLUSÃO DIGITAL E TICs


Toda tecnologia, traz em si, uma técnica e esta sempre atrela-se àquilo que o homem faz ante suas necessidades e seu trabalho, elementos estes da sua vida cotidiana. É imprescindível, nos dias atuais, o suporte das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem no âmbito da educação.
Muito se tem discutido nos últimos anos a necessidade de se fazer uma inclusão digital para aqueles indivíduos que não tem acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Neste sentido há a idéia corrente de que o mais adequado processo de inclusão digital perpassa antes de mais nada pelas TICs, pela renda e pela Educação. Assim, é preciso que esse tripé esteja sempre firme para que se possa empreender essa luta contra a exclusão digital. Notadamente não deve-se abusar do "determinismo", pois tais princípios estão acessíveis a aprofundamento de estudos.
A exclusão socioeconômica também é um fenômeno que contribui consideravelmente para a exclusão digital. A idéia mais propagada é a de que a inclusão digital deveria ser propagada e/ou iniciada por meio de políticas públicas, através de ações e/ou projetos, que visem investimentos na compra do aparato tecnológico (computadores, data-show entre outros) e investimentos na capacitação de todos os cidadãos, destaque para os envolvidos na educação.
Destarte, é preciso ressaltar que a educação tem papel essencial na inclusão digital, isso porque os processos de ensino e aprendizagem poderiam e/ou podem incontestavelmente favorecer e fortalecer a formação critica dos indivíduos, o que é determinante para suas ações ante as dificuldades impostas pelo seu cotidiano.
Dessa forma, há maiores possibilidades do individuo aproximar-se das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, de modo à entendê-las num contexto global de ações de capitais, de mercados empresarias, informação, desigualdade e como uma ferramenta inteligente que pode (dependendo do uso que se pretende empreender) facilitar as ações tanto profissional, como cotidianas. Além do mais, não se pode deixar de mencionar que os indivíduos ao conseguirem alcançar tal nível de conhecimento e entendimento com relação às TICs, terão inúmeras possibilidades de conseguirem a capacitação adequada no que concerne ao manejo (uso) dessa tecnologias.
As ações que devem ser implementadas para resolver ou pelo menos amenizar a exclusão digital perpassam não somente pelo poder público, mas também pela parceria entre suas esferas (Federal, Estadual e Municipal) e outras entidades como: empresas privadas, Organizações não Governamentais (ONGs), escolas e Universidades. Uma vez que o governo e as empresas privadas se concentrariam principalmente e essencialmente na melhoria da renda, que já é um passo importante na melhoria da educação pública. Diante de tais fatores, pode ? se ter grandes expectativas quanto a disponibilização dos equipamentos tecnológicos nas escolas, assim como, na ajuda profissional referente ao manuseio, e conseqüente aquisição e produção de conhecimentos utilizando essas Novas Tecnologias.
Todos os fatores já citados ainda não são suficientes, há algo mais a ser pensado, idealizado, implementado, imposto e direcionado a tornar as Tecnologias da Informação e Comunicação acessíveis aos indivíduos de forma solidária e ampla. Portanto, é preciso fazer com que a exclusão digital perpasse por essa situação, mas não só, também no que concerne à capacitação e ao entendimento do que são essas TICs.
Neste ponto há a necessidade de se mencionar os processos de produção, aperfeiçoamento e difusão de conhecimentos. As escolas e as Universidades fazem parte dos componentes essenciais, que direcionam-se a acabar com a exclusão digital. Docentes, alunos, especialistas membros da comunidade acadêmica e/ou civil devem atuar em conjunto para o processo de construção do conhecimento, uma vez que de nada adianta ter acesso às tecnologias e a renda se não houver acesso à educação de qualidade.
Assim, no âmbito educacional, as tecnologias dão suporte ao ensino-aprendizagem, servindo assim como recursos essenciais para facilitarem a transmissão e/ou mediação do conhecimento para com os alunos. Alem do mais, servem também como estimulo para este últimos na construção dos seus próprios conceitos e ideais relativos às práticas de vivência.
A promoção da Inclusão digital como base para o desenvolvimento social auto-sustentável e promoção da cidadania, é algo muito importante para o Brasil, pois, assim se estará realmente proporcionando um processo globalizante de acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação, fator esse influenciado pelo possível aumento da quantidade de pessoas que passam a participar da Era Digital da Tecnologia.
A Inclusão digital é a solução para os excluídos digitais estarem devidamente inseridos no contexto da sociedade tecnológica ? informacional, impulsionada pelo processo de globalização, ao qual estamos inseridos. Como ela contribui para uma mais ampla compreensão e reflexão do mundo e do local cotidiano, deve-se excluir de imediato qualquer planejamento e/ou ações que se caracterizem como medidas emergenciais ou paliativas. Enfim, não devemos tentar consertar a vida do homem, mas sim ajudá-lo a obter a informação e a compreensão adequada para superar os obstáculos e as influências negativas que surgem no decorre de sua vida.
Dessa forma ao se remeter ao processo de produção e busca de conhecimentos, não se pode deixar de fazer a análise com o processo educativo, pois, a utilização das tecnologias da Informação e Comunicação cria os subsídios que fortalecem a propagação e o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. Assim, certamente será muito considerável na formação de seres críticos e capazes de não só viver, mas mudar a realidade em que se encontra.






























REFERÊNCIAS

GOMES, Elizabeth. Exclusão Digital: Um problema tecnológico ou social?. 2006. Disponível em: http:// www.anatel.com.br

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência ? o futuro do pensamento na era da Informática. Rio de Janeiro: ED. 34, 1993.

LIMA JR., Arnaud Soares de. Tecnologias inteligentes e educação: currículo hipertextual. Rio de Janeiro: Quartet; Juazeiro, BA: FUNDESF, 2005.

LEMOS, André. Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2002.