RESUMO

A fratura é uma descontinuidade óssea, causada por um choque de intensidade variável, que provoca um significativo impacto ao indivíduo senil. O estudo identificou os locais de fraturas mais comuns em idosos em um serviço hospitalar na cidade de Barreiras-BA. Trata-se de um estudo quantitativo de cunho descritivo transversal, com amostra composta por 10 pacientes cadastradas em um serviço hospitalar, onde os dados foram colhidos através dos prontuários dos mesmos. A análise dos dados mostra que em relação ao gênero houve um equilíbrio entre os pesquisados, 50% eram do sexo masculino, com idade média de 72 anos. Acerca do tipo de fratura 60% dos pesquisados apresentaram fratura de fêmur, causa da fratura predominante queda da própria altura 60%. Conclui-se que medidas epidemiológicas baseadas em um programa de prevenção de quedas que orientem a população idosa, podem reduzir a incidência de fraturas, diminuição da morbimortalidade além de permitir ao idoso uma vida funcionalmente independente.

Palavras-Chave: FRATURAS, IDOSO, QUEDAS.

ABSTRACT

A fracture is a bone discontinuity caused by a shock of varying intensity, which causes a significant impact on the senile person. The study identified the most common sites of fractures in the elderly in a hospital service in the city of Barreiras- BA. This is a quantitative study of a descriptive cross-sectional, with sample of 10 patients were enrolled in hospital service, where data were collected through the records of the same. Data analysis shows that in relation to gender there was a balance between the respondents, 50% were male with an average age of 72 years. About the type of fracture, 60% of respondents had a femur fracture, fracture cause predominant fall from height 60%. It is concluded that epidemiological measures based on a falls prevention program to guide the elderly, may reduce the incidence of fractures, low mortality and allows the elderly living functionally independent.

Key- words: FRACTURES, ELDERLY, FALLS.

1 INTRODUÇÃO

A fratura pode ser estabelecida como uma descontinuidade óssea (FILGUEIRAS et al., 2007). Sendo assim, a mesma provoca um significativo impacto ao indivíduo senil, devido a suas consequências que podem comprometer de forma negativa a independência da pessoa, e até mesmo, levar ao óbito (KAUFFMAN, 2001).

A bibliografia geriátrica e gerontológica avaliam o idoso a partir de 65 anos de idade. Devido às convergências atuais de declínio no percentual de fecundidade e mortalidade, a população brasileira enfrentará grandes picos do envelhecimento até o ano 2025, considera-se que o Brasil tenha aproximadamente 31,8 milhões de habitantes com uma faixa etária de 60 anos ou mais e que ocupará o sexto lugar, em número de idosos. Estima-se que nos próximos 40 anos a expectativa de vida será de aproximadamente 72 anos tanto para o sexo masculino quanto para o feminino (CAMPOS, et al. ,2007).

Com o envelhecimento acontecem alterações no tecido ósseo fazendo da fratura um assunto relevante quando se trata de pacientes idosos. A massa óssea, em geral, atinge o ápice de desenvolvimento entre os 25 e 30 anos e continua relativamente estável até os 40 ou 50 anos, logo após, inicia-se um período de declínio. O percentual de perda de osso cortical é semelhante no homem e na mulher; no entanto, a taxa de perda de osso trabecular é aproximadamente duas vezes mais elevada na mulher pós menopausa quando comparada com os homens da mesma idade. Essa redução na densidade óssea (osteoporose) permanece durante toda a vida a uma média anual de 0,075 % nos homens e 2% nas mulheres (REBELATTO & MORELLI, 2004).

De acordo com Filgueiras et al. (2007) em consequência do envelhecimento, a condição física do idoso favorece ao aumento do índice de quedas e posteriormente de complicações adjuntas. Em meio a essas complicações, as fraturas são as mais comuns, cerca de 64% dos casos. Esse alto índice marca a necessidade de atenção de profissionais de saúde em relação à dificuldade que os pacientes enfrentam ao voltarem a suas atividades diárias. Apenas 25% dos pacientes retornam às atividades habituais; 40% não conseguem mais viver independentemente e 20% morrem após o primeiro ano da lesão, por conta do agravamento de doenças preexistentes.

Conforme Mello (2005) fatores ambientais como moradia não adaptada, isolamento social, agravam as condições de saúde dos pacientes que sofreram a primeira fratura, e que apresentam capacidade de locomoção parcial ou completamente prejudicada. A presença de doenças associadas é uma condição inerente, pois, podem desviar a atenção para o diagnóstico, influenciando que uma lesão passe despercebida (HIRANO et al., 2007).

A fratura vem acompanhada de inúmeros danos, além, do prejuízo social, o senil apresenta uma reserva funcional diminuída e um alto índice de patologias crônicas associadas, envolvendo os sistemas musculoesqueléticos e cardiovasculares. Diante disso, podendo causar uma maior limitação funcional e alterações na qualidade de vida do idoso, com 70% dos pacientes tendo aproximadamente duas outras doenças no momento da fratura estando, mais suscetível a complicações no pós-operatório tanto imediato quanto tardio, com uma média de três complicações, no qual 26% dos casos são graves, induzindo a um risco aumentado de morte (CANDELORO & SILVA, 2002, SAKAKI et al. ,2004).

A depressão pode alterar o nível de atenção do idoso, levando a uma redução da extensão do passo, da autoestima, indiferença ao meio em que vive e inatividade, perda de apetite e, posteriormente, emagrecimento. Em contrapartida a ansiedade, pode levar a uma diminuição da atenção, aumento da insegurança e, consequentemente induzir a tonturas, arritmias e dispnéia. As demências e os estados confusionais agudos (delirium) levam a agitação, alteração do nível de consciência e alucinações, o que pode ocasionar as quedas (JAHANA & DIOGO, 2007).

Os idosos estão mais propícios às fraturas devido às quedas, em consequência de fatores como a falta de atenção, alterações do equilíbrio, demência, entre outros. A idade avançada e a senilidade desaceleram, porém não chegam a reduzir o desenvolvimento do processo reparador. A intensidade da reparação e a qualidade do calo de fraturas diminuem. Contudo, elas se consolidam desde que submetidas ao tratamento clássico, que se baseia na redução dos fragmentos, imobilização continuada até o final da consolidação e recuperação funcional (CANDELORO & SILVA, 2002).

De acordo com Jahana & Diogo (2007) o efeito cascata é uma realidade que o senil enfrenta após uma fratura, onde uma queda pode originar uma fratura, causando à restrição do idoso ao leito, levando a um rápido desgaste da sua condição geral. A imobilização prolongada aumenta a probabilidade do desenvolvimento de afecções, como respiratórias e vasculares, e diversas outras complicações.

Segundo Cortez apud Ortolan (2006):

As fraturas ósseas são produzidas com mais frequência por mecanismos indiretos, como os que ultrapassam o momento de flexão de um osso e a ação muscular. Os sinais clássicos de fraturas são: a tumefação, a dor, a impotência funcional, a mobilidade anormal e, em alguns casos, o deslocamento e a alteração do eixo do membro.   

Conforme Netto & Brito (2001) o atendimento ao senil quase sempre necessita de um acompanhamento pós-emergencial que pode ser efetivado no nível ambulatorial, institucional ou domiciliar através de uma equipe multiprofissional, com atenção primária a manutenção ou recuperação das capacidades funcionais afetadas pelo evento agudo ou crônico. Dessa forma, o aumento da população idosa em nível mundial e nacional demanda, mais do que recursos, e sim uma conscientização dos profissionais de saúde no atendimento diferencial a esse grupo etário, que certamente tem o direito a todos e quaisquer recursos diagnósticos e terapêuticos.

O envelhecimento da população brasileira estimula, cada vez mais, a mobilização da sociedade e dos meios públicos, a criar alternativas de prevenção desse índice de fraturas, atrelados à assistência ao senil, através da família de modo que ele participe de forma ativa do processo de melhoria da saúde, para que o mesmo atinja sua independência e consequentemente mantenha uma melhor qualidade de vida.

Partindo do pressuposto de que as fraturas são causas importantes de morbidade e mortalidade no idoso, que leva a incapacidade funcional, reduz a mobilidade e que pode acarretar diversas complicações especialmente no que diz respeito à dificuldade que os pacientes enfrentam em regressarem a suas atividades habituais, surgiu o interesse de pesquisar mais profundamente sobre o tema.

2 CAPÍTULO I

2.1 ENVELHECIMENTO

O envelhecimento representa a passagem do tempo, não a patologia, sendo um processo universal e individual, inserido no ciclo biológico natural inerente a todo ser humano, iniciando com a concepção e concluindo com a morte. Refere-se a uma alteração progressiva, lenta, dinâmica e complexa, onde carrega consigo um declinar das funções físicas, que se caracterizam por uma lentidão e exaustão do comportamento motor, uma diminuição da capacidade anatômica e adaptativa. Os sinais da velhice combinam-se de diferentes formas e em proporções variadas, o que ratifica o seu caráter biológico. Dessa forma as alterações fisiológicas, ao se somarem, reduzem a capacidade funcional do indivíduo e, posteriormente, comprometem sua qualidade de vida (AGOSTINHO, 2004; ARAÚJO et al., 2007; FREITAS et al.,2011; MUNIZ et al. ,2007).

O processo de envelhecimento é definido como um conjunto de alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, que geram a perda progressiva da capacidade de adequação do indivíduo ao meio ambiente. O declínio das funções orgânicas, que ocorrem durante o envelhecimento, tende a aumentar com o tempo, com um ritmo que varia não só de um órgão para outro, mas também entre senis da mesma idade, evidenciando nesta fase da vida as fragilidades do corpo. Alguns hormônios deixam de ser produzidos por determinação do próprio organismo, o que gera a redução da capacidade funcional de órgãos e tecidos; consequentemente há diminuição da velocidade do metabolismo, tornando o idoso mais propenso a doenças (FERREIRA et al., 2010, BERLATO et al., 2009).

 Agostinho (2004) atribui o envelhecimento, as modificações físicas degenerativas que ocorrem no corpo com o passar do tempo e que são: a redução da taxa de metabolismo basal, diminuição do oxigênio no cérebro por circulação cerebral insuficiente, redução da acuidade visual e auditiva, diminuição da sensibilidade ao nível do sabor e olfato, dor e vibração, aumento de susceptibilidade às variações da temperatura, problemas digestivos, deterioração de dentes, perda do cabelo, secura da pele, e aumento da pigmentação, atrofia muscular, redução da função renal e do rendimento cardíaco, além da perda de neurônios do sistema nervoso central.

À medida que as sociedades se desenvolveram, houve um aumento da população idosa, sobretudo em virtude do progresso na área da ciência médica. Tal comprovação está intensamente associada com o controle e prevenção de doenças; ao avanço no campo da geriatria; planejamento e controle sanitário; redução do índice de natalidade mortalidade, com a maior prestação de cuidados realizados pelas famílias e casas asilares. A longevidade é, portanto, um avanço do desenvolvimento criado pelo homem, contudo essa conquista vem sendo acompanhada de situações inadequadas, que acabam por transformar o viver em um pesado fardo, com pessoas receosas em enfrentar essa etapa da vida (CARVALHO FILHO & PAPALÉO NETTO, 2006; SANTIN & BOROWSKI, 2008).

Hirano et al. (2007) afirmam que segundo a Organização Mundial da Saúde, o idoso é considerado um indivíduo com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e 60 anos para os países em desenvolvimento. De acordo com Deliberato (2002) existem diferenças entre envelhecimento e velhice. O envelhecimento é um processo natural, progressivo, irreversível e comum a todos os seres humanos, por outro lado a velhice é caracterizada pela redução da capacidade funcional, de trabalho e da resistência, um fenômeno social, que rotula o idoso com um ser improdutivo (FREITAS et al., 2011).

Falar em qualidade de vida (QV) na senilidade abrange fatores como independência, autonomia, continuidade de papéis sociais, apoio formal e informal, segurança ambiental, saúde. Podendo ainda ser idealizado como uma representação social com parâmetros objetivos: satisfação das necessidades básicas e criadas pelo grau de desenvolvimento econômico e social da sociedade e subjetivos: bem-estar, felicidade, amor, prazer, realização pessoal. Além desses parâmetros, o conceito também compreende critérios de satisfação individual e de bem-estar coletivo (ARAÚJO et al., 2007; RIBEIRO et al., 2006).

A longevidade humana comumente associa-se a ocorrência de doenças e de prejuízos da funcionalidade física, psíquica e social, bem como a dificuldade da preservação da autonomia e da independência o que torna essencial que se reflita como envelhecer com qualidade de vida. A qualidade de vida está intensamente relacionada com o grupo de idade, numa população com mais de 75 anos, refere-se às muitas doenças e suas implicações no plano funcional, já no grupo etário entre 65 - 74 anos, os seus problemas de saúde têm mais a que ver com a evolução do seu estatuto social, nomeadamente com a entrada na reforma que, por muitos, pode ser considerada com uma perda de ligação social, podendo ocasionar problemas de depressão (GONÇALVES, 2010; SOARES et al., 2012).

 

2.1.1 Alterações Fisiológicas e Anatômicas do Envelhecimento

 

O decréscimo na função fisiológica pode estar associado com o desuso. Algumas alterações são decorrentes a processos patológicos ou doenças e não ao envelhecimento: redução da velocidade do sistema nervoso central, por perda de mielina das fibras nervosas; diminuição da massa muscular e óssea (cada vez menos capaz de suportar carga, ou seja, mais sujeito à fraturas); os ligamentos vão fibrosando; há perda de 30% de água corporal; diminuição da amplitude de movimento o que aumenta a probabilidade de lesões em movimentos de flexibilidade; alterações do equilíbrio e da marcha, aumentando o risco de quedas; aumento da resistência vascular periférica o que aumenta a pressão arterial; diminuição da expansibilidade torácica e aumento da complacência pulmonar; diminuição das mitocôndrias, o que diminui a capacidade do sistema aeróbico e consequentemente diminui o consumo de oxigênio (ORTOLAN, 2006; CANDELORO & SILVA,2002)

Para Guccione (2002) as alterações fisiológicas associadas ao envelhecimento resultam de uma perda progressiva. Essas perdas podem iniciar no início da vida adulta, porém, devido à composição redundante dos sistemas orgânicos, não se tornam relevantes e funcionalmente significativas até que o declínio seja extenso. Fundamentado em estudos transversais, a maior parte dos sistemas fisiológicos orgânicos parece perder cerca de 1% da função por ano, iniciando por volta dos 30 anos de idade. Em contrapartida estudos longitudinais aludem que as alterações são menos expressivas e não ocorrem antes dos 70 anos de idade.

Netto (2005) considera que o envelhecimento relaciona-se necessariamente com alterações proteicas que compõem o organismo. Elas constituem aproximadamente 15% dos componentes orgânicos e são os elementos responsáveis pelo desenvolvimento de estruturas nobres do organismo como células, tecidos, órgãos, além disso são componentes dos sistemas bioquímicos referentes a produção de energia. Diversas teorias procuram explicar essa alteração proteica no envelhecimento, porém duas delas são mais aceitas pelos pesquisadores e possivelmente se completam: a teoria da deterioração da síntese protética e teoria do relógio biológico. Além disso, existiriam diversos fatores que teriam influência sobre esse mecanismo de alteração proteica. Eles têm sido classificados como intrínsecos onde encontram-se a hereditariedade, os radicais livres, as alterações imunológicas e, entre os extrínsecos, a alimentação, as variações climáticas e a radioatividade. Essas transformações da síntese proteica refletem-se nas células, nos tecidos e órgãos, alterando-os morfológica e funcionalmente.

Dentre as alterações fisiológicas e anatômicas que ocorrem no corpo com o envelhecimento podemos citar: Alterações na composição e na Forma do Corpo, Alterações no Sistema Tegumentar, Alterações no Sistema Ósseo, Alterações no Sistema Articular, Alterações no Sistema Muscular, Alterações no Sistema Nervoso, Alterações no Sistema Cardiorrespiratório (CARVALHO FILHO & PAPALÉO NETTO, 2006; PIETTA, 2011; ALVES et al., 2012; KAUFFMAN, 2001).

 

 

 

2.1.2 Alterações na Composição e na Forma do Corpo

 

Segundo Rebelatto & Morelli (2004) quando envelhecemos, apresentamos perda em estatura. Essa perda é da aproximadamente 1 cm por década e começa a acontecer por volta dos 40 anos de idade. Os referidos autores acima, ainda afirmam que essa perda se deve, sobretudo à diminuição dos arcos do pé, ao aumento das curvaturas da coluna e também a uma diminuição no tamanho da coluna vertebral em razão à perda de água dos discos intervertebrais decorrentes dos esforços de compressão a que são submetidos.

Há modificações evidentes na composição do corpo, com o aumento do tecido adiposo que tende a se depositar nos omentos, na região perirrenal e em substituição ao parênquima perdido dos diversos órgãos. No tecido celular subcutâneo, ocorre uma diminuição do tecido adiposo nos membros e um aumento no tronco. O conteúdo total de água do corpo diminui por perda de água intracelular, para o extracelular. O potássio total, que na maior parte é intracelular, também diminui. A perda de água e potássio deve-se à diminuição geral do número de células nos órgãos. Os rins e o fígado são os órgãos internos mais afetados quando se trata em perda de massa, mas os músculos são os que mais sofrem prejuízo ponderal com o passar do tempo (CARVALHO FILHO & PAPALÉO NETTO, 2006).

Em consequência à redução do componente aquoso do organismo, o senil pode ser considerado um “desidratado crônico” e, com perdas moderadas de líquido, apresenta desidratação evidente. Por outro lado, a reposição líquida nesses indivíduos deve ser lenta e cuidadosa para evitar sobrecarga cardíaca e circulatória, já que o compartimento extracelular também é reduzido (BIANCO, 2008).

 

2.1.3 Alterações no Sistema Tegumentar

 

Durante o processo de envelhecimento algumas alterações fisiológicas do tecido tegumentar destacam-se com maior fragilidade cutânea e menor capacidade da pele de atuar como barreira contra fatores externos, termoregulação deficiente em resposta ao calor, decorrente da diminuição do número de glândulas sudoríparas, pele mais seca e rugosa por diminuição de glândulas sebáceas, resultando em pequena produção de óleo, menor estímulo sensitivo, diminuição da elasticidade, flacidez, alteração da resposta imunológica celular e diminuição da espessura da derme e da epiderme. Nota-se também que os melanócitos tendem a se atrofiar com a idade, sendo então continuo os cabelos grisalhos e a pele manchada pela redução da produção de pigmentos em certas áreas. Ocorre uma redução do número de receptores sensitivos responsáveis pela percepção de dor, calor e pressão, há também diminuição da vascularização justificando a palidez e a diminuição da temperatura da pele (FREITAS et al., 2011; PIETTA, 2011). 

 

2.1.4 Alterações no Sistema Ósseo

 

Ao longo da vida, ocorre remodelagem fisiológica na superfície dos ossos, bem como no seu interior, que compreende a ativação dos osteoclastos, a reabsorção dos ossos, a ativação dos osteoblastos e a formação de osso novo no local da absorção. A remodelagem interna ocorre quando os osteoclastos criam canais por meio dos ossos, camadas de osteoblastos vão se colocando ao longo da superfície da cavidade de reabsorção por trás dos osteoclastos e depositam sucessivas lamelas de matriz óssea nova, essas camadas se mineralizam e preenchem o canal, substituindo a matriz óssea na qual surgiram defeitos causados pelo uso normal. Com a senilidade, o sistema ósseo apresenta uma perda gradual de massa óssea, sendo associado à diminuição do mecanismo de cálcio, tornando o esqueleto frágil, predispondo o indivíduo a fraturas, o que estabelece uma causa significativa de morbidade e mortalidade dos idosos (ALVES et al., 2012; KAUFFMAN, 2001).

O tecido ósseo é um sistema orgânico em continua remodelação, fruto dos processos de formação e reabsorção, sendo que na quarta década de vida o homem atinge o chamado “pico de massa”. A partir, daí enquanto a taxa de reabsorção aumenta a taxa de formação quase que se estabiliza, consequentemente, passa a ocorrer perda progressiva e absoluta da massa óssea, levando a osteopenia fisiológica. Esse tecido ósseo apresenta-se sob dois tipos: o compacto e o esponjoso, ambos se alteram no envelhecimento. Nos ossos longos, o tecido compacto está concentrado na diáfise do osso, também conhecida como cortical. O tecido esponjoso aparece principalmente nas epífises, nessa parte esponjosa do osso idoso, há perda de lâminas ósseas em relação ao jovem, formando-se cavidades maiores entre as trabéculas ósseas (CARVALHO FILHO & PAPALÉO NETTO, 2006; NARDI, 2007).   

 

2.1.5 Alterações no Sistema Articular

 

Com o envelhecimento todos os tipos de articulações sofrem alterações. Nas suturas do crânio, o tecido fibroso vai sendo substituído por osso, processo que começa por volta dos 30 anos, desaparecendo por completo em épocas diferentes em cada sutura. Os discos intervertebrais são compostos por um núcleo pulposo e um anel fibroso, com o envelhecimento, o núcleo pulposo perde água e proteoglicanas, e as fibras colágenas aumentam em número e espessura. No anel fibroso, ao contrário, há perda de células, acúmulo de cálcio e as fibras colágenas ficam mais delgadas, com isso a espessura do disco diminui, acentuando-se as curvas da coluna, principalmente a torácica, favorecendo a cifose torácica, frequentemente observada entre idosos, sendo mais corriqueiras nas regiões cervicais e lombares (CARVALHO FILHO & PAPALÉO NETTO, 2006).

As diartroses (articulações sinoviais) geram um movimento eficaz, graças à cartilagem hialina existente nas extremidades dos ossos, à lubrificação promovida pelo líquido sinovial e à capsula articular flexíveis. Quando a cartilagem articular é comprimida, ela exsuda líquido através de poros existentes na camada externa, e, quando a compressão cessa, o líquido sinovial volta para a cartilagem, sendo esta compressão fundamental para à nutrição da cartilagem articular. Períodos prolongados ou falta de compressão causam deterioração dessa cartilagem. Sendo que a mesma apresenta uma capacidade limitada de auto regeneração, estando mais reduzida ainda no idoso. O envelhecimento normal também provoca uma redução do volume e da qualidade do líquido sinovial, contribuindo para a deterioração da cartilagem articular (KAUFFMAN, 2001).

 

2.1.6 Alterações no Sistema Muscular

 

Estudos demonstram que a força muscular atinge seu pico por volta dos trinta anos de idade e é satisfatoriamente preservada até os cinquenta anos. Apesar disso, um declínio de força ocorre entre os cinquenta e sessenta anos de idade, com um grau bem mais rápido de diminuição após os sessenta anos. A massa muscular diminui cerca de 50% entre os vinte e os noventa anos e o número de fibras musculares no idosos é em torno de 20% menor que no adulto. A taxa de progressão de redução da força se dá em torno de 8% a 15% a cada dez anos, quando medida depois da quinta década de vida, e tanto homens quanto mulheres exibem o mesmo padrão de diminuição da força durante o envelhecimento (LACOURT & MARINI, 2005).

O músculo esquelético é constituído de dois tipos de fibras esqueléticas principais. O tipo II, as fibras de contração rápida (fibras brancas) e o tipo I (fibras vermelhas) fibras de contração lenta que são resistentes à fadiga. O número total de fibras musculares é expressivamente reduzido com a idade, começando aos 25 anos de idade e avançando a uma taxa acelerada a partir de então. O declínio da área de seção muscular é devido à diminuição do número total de fibras, principalmente as fibras do tipo II (contração rápida). A perda de fibras musculares é seguida por uma substituição por gordura e tecido fibroso e um aumento gradual de tecidos não musculares. O tamanho individual das fibras do tipo II, de contração rápida, diminui com a idade, enquanto as fibras do tipo I, de contração lenta, não se alteram (GUCCIONE, 2002).

A musculatura esquelética do idoso fornece menos força e desenvolve suas funções mecânicas com mais lentidão, dado que a excitabilidade do músculo e da junção mioneural está diminuída; há uma contração duradoura, um relaxamento lento e um aumento da fatigabilidade, menor capacidade para hipertrofia, diminuição no tamanho e número de fibras musculares. A diminuição da força muscular na cintura pélvica e nos extensores dos quadris resulta em maior dificuldade para a impulsão e o levantar-se; ao mesmo tempo, a diminuição da força da mão e do tríceps torna mais difícil o eventual uso de bengalas (FREITAS et al., 2011; ROCHA & MONTENEGRO,2006). 

Segundo Freitas et al. (2011), a sarcopenia é um termo que indica o complexo processo do envelhecimento muscular associado a diminuições da massa, da força e da velocidade de contração muscular. A etiologia da sarcopenia é multifatorial, envolvendo alterações no metabolismo do músculo, alterações endócrinas e fatores nutricionais, mitocondriais e genéticos. Calcula-se que, após os 60 anos, sua prevalência seja de 30%, aumentando progressivamente com o envelhecimento. Desenvolvendo-se por décadas gradativamente diminui a capacitação física, acabando por afetar as atividades da vida diária e de relacionamento, aumentando o risco de quedas, levando, por fim, a um condição de dependência cada vez mais grave.       

 

2.1.7 Alterações no Sistema Nervoso

 

Rebelatto & Morelli (2004) descrevem que o envelhecimento provoca redução do peso e do volume cerebral, havendo atrofia cerebral e, por outro lado, aumento do volume dos ventrículos encefálicos. Essa perda diferencia-se por não ser uniforme, mas aos 90 anos o encéfalo apresenta peso aproximadamente 10% menor que aos 30 anos. A perda de peso e volume parece se concentrar nos lobos frontais e temporais e, notadamente, no complexo amígdala-hipocampal do lobo temporal por causa de seu papel no aprendizado e na memória.

Com o envelhecimento, há perda gradual das células do cérebro e cerebelo, diminuição dos sensores proprioceptivos nas articulações e nos músculos oculares, associado a uma diminuição da velocidade de condução nervosa, interferindo com a rapidez na recepção das informações sensoriais e, portanto, lentificando a resposta motora necessária ao controle postural (ALFIERE et al., 2004).

Os centros reguladores localizam-se no cérebro que, no homem aos 70 anos de idade tem uma redução de 5% de seu peso e aos 90 anos de 20%. Há uma perda considerável na quantidade de neurônio, sendo que o indivíduo possui aproximadamente dez bilhões de neurônios a após 25 a 30 anos há uma perda diária de 50 a 100 mil. Esta perda celular é maior no córtex e menor no tronco cerebral, onde estão os centros reguladores da homeostase apesar disso, produzem uma resposta mais lenta para a manutenção do organismo do idoso (BIANCO, 2008). 

 

2.1.8 Alterações no Sistema Cardiorrespiratório

 

Com o envelhecimento ocorre diminuição do comprimento e aumento da distância antero-posterior da caixa torácica, com sobrecarga da função diafragmática. A estrutura óssea torna-se mais vulnerável às fraturas. No parênquima pulmonar ocorre diminuição da elastina, do volume e área alveolar e diminuição da função mucociliar. As camadas íntima e média das artérias pulmonares se espessam causando elevação das resistência vascular pulmonar. Essas alterações fisiológicas geram um aumento do trabalho respiratório, consequentemente sobrecarrega o sistema cardiovascular, além do risco maior de infecção pulmonar (HIRANO et al., 2007).  

O sistema cardiovascular sofre uma relevante redução de sua capacidade funcional com o envelhecimento. Em repouso, o idoso não apresenta redução significativa do débito cardíaco, mas em situações de maior demanda, tanto fisiológicas como patológicas, os mecanismos para sua manutenção podem falhar, provocando processos isquêmicos. Com aumento da idade, o coração e os vasos sanguíneos apresentam alterações morfológicas e teciduais, mesmo sem o aparecimento de qualquer doença. Ocorre uma evolução que se diferencia de indivíduo para indivíduo, originando alterações hemodinâmicas caracterizadas por uma redução da reserva funcional, que é evidenciada pela diminuição da resposta cardiovascular ao esforço observado nos idosos (FREITAS et al., 2011).

 

2.2 ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO

 

O envelhecimento biológico define-se pela redução da taxa metabólica, em consequência à redução das trocas energéticas do organismo, associado a uma diminuição na capacidade de regeneração das células. Refere-se ao conjunto de modificações físicas que levam a uma menor eficiência dos sistemas orgânicos e funcionais, que diante de situações normais não parecem causar perdas funcionais. Apesar disso, quando esta perda de capacidade é muito proeminente, torna o idoso mais propenso, o que poderá levar ao aparecimento de doenças crônicas, com consequentes repercussões na capacidade funcional, às quais se associa a perda de autonomia e independência (GONÇALVES, 2010).

Deliberato (2002) explica que o envelhecimento biológico é um fenômeno do processo natural, dinâmico, progressivo e irreversível, ou seja, essencial a todo ser humano, que são caracterizadas por mudanças biopsicossociais específicas, associadas a passagem do tempo. Podendo ainda ser considerada com uma consequência ou um meio condutor para o indivíduo chegar mais rápido a velhice, seria a diminuição da capacidade individual de adaptação ao meio ambiente, o que tornaria o idoso mais suscetível à possibilidade de adoecer.

 As alterações biológicas que ocorrem no processo de envelhecimento refletem-se nos problemas de saúde dos idosos, principalmente no aumento da vulnerabilidade a certas doenças, sendo disso exemplo a incidência das doenças crônicas que tendem a aumentar com a idade (AGOSTINHO, 2004).

De acordo com Guccione (2002) as alterações associadas à idade que abrangem as estruturas físicas e o funcionamento do organismo e que comprometem a capacidade de funcionamento ou sobrevivência da pessoa são chamadas de envelhecimento biológico. As células, os componentes fundamentais de cada sistema orgânico do corpo humano, trabalham constantemente para construir e manter a estrutura do corpo e realizar a sua função. O estado em que se tem condições próprias e prontas é chamado de homeostase, que envolve muitas variáveis, tais como temperatura, nível de nutrientes e conteúdo de água, com o envelhecimento biológico ocorre uma diminuição da capacidade do organismo de manter a homeostase e, portanto, de sobreviver. 

 

2.3 SENESCÊNCIA E SENILIDADE

 

A senescência, processo natural de deterioração biológica, tem início com alterações nos aspecto exterior tais como: surgimento de cabelos brancos, lentificação dos movimentos, alterações no equilíbrio, diminuição da força muscular, redução da velocidade de reação, alterações emocionais e cognitivas. A nível interno, as variações do organismo ocorrem por modificações no nível dos órgãos vitais, concomitantemente com transformações em nível do metabolismo basal, as quais por sua vez podem gerar perda da capacidade funcional. A pré-disposição para lesões pode estar relacionada ao processo de senescência, ou seja ao envelhecimento fisiológico. As modificações que ocorrem em vários sistemas reduzem a funcionalidade dos idosos, este envelhecimento também pode estar associado a patologias, sendo definido como senilidade (MUNIZ et al., 2007; GONÇALVES, 2010).

Carvalho filho & Papaléo Netto (2006) entendem por senescência ou senectude as alterações orgânicas, morfológicas e funcionais, que acontecem como resultado do processo de envelhecimento, e por senilidade as modificações determinadas pelas afecções que comumente envolvem os indivíduos idosos. A distinção entre essas duas condições é por vezes extremamente difícil, existindo situações nas quais há grande dificuldade em definir se uma determinada alteração é manifestação de senescência ou de senilidade. Entretanto, o progresso dos conhecimentos tem feito com que condições, primeiramente consideradas como manifestações de senescência, sejam hoje definidas como afecções e vice-versa.

3 CAPÍTULO II

3.1 FRATURAS

 

Fratura é uma lesão, na qual ocorre uma ruptura do tecido ósseo. É toda solução de continuidade súbita e violenta de um osso. Às fraturas podem ser fechadas quando o osso fragmentado não aparece na superfície, ou seja, quando não ocorre ruptura das partes moles superficiais, apenas o desnível e movimento anormal dos ossos, ou aberta quando os ossos fraturados aparecem na superfície corporal, devido aos rompimentos da carne e da pele (FÁTIMA et al., 2004; MUNIZ et al., 2007). 

A consolidação das fraturas pode ser dividida em três fases: A fase inflamatória leva em torno de 1 a 2 semanas, causa primeiramente uma reação inflamatória. O aumento da vascularidade que envolve a fratura facilita o desenvolvimento de um hematoma de fratura invadido por células inflamatórias, como neutrófilos macrófagos e fagócitos que em conjunto com os osteoclastos, eliminam o tecido necrosado, preparando o terreno para a fase reparativa que habitualmente dura vários meses, sendo classificada pela diferenciação de células mesenquimatosas pluripoteciais. O hematoma da fratura é invadido por condroblastos e fibroblastos, que depositam a matriz para o calo. Primeiramente forma-se um calo mole, constituído especialmente por tecido fibroso e cartilagem com pequena quantidade de osso. Assim, os osteoblastos são responsáveis pela mineralização desse calo mole, transformando-o em calo duro de osso reticulado e aumentando a estabilidade da fratura. A fase de remodelagem, que dura cerca de meses a anos para se completar é formada por atividades osteoblásticas e osteoclásticas que levam a substituição do osso reticulado desorganizado e imaturo por osso lamelar, organizado e maturo, aumentando a estabilidade do local fraturado (HOPPENFELD & MURTHY, 2001; WHITING & ZERNICKE, 2001).

Para Netto & Brito (2001) as fraturas mais corriqueiras em idosos estão diretamente ligadas à osteoporose e posterior enfraquecimento ósseo e ao índice elevado de quedas como consequência da diminuição da acuidade visual e auditiva, alterações do equilíbrio e enfraquecimento muscular generalizado. Geralmente acontecem em ossos longos, e em regiões que sofrem maiores cargas ou estresses rotacionais.

O risco de fratura está associado ao tipo de osso que está sendo submetido a uma determinada carga. O osso cortical (compacto), por consequência de sua porosidade relativamente baixa, geralmente é mais resistente à fratura que o osso trabecular menos denso (esponjoso). Comumente, os fatores que colaboram para um aumento na densidade do osso funcionam aumentando a resistência óssea e, posteriormente, reduz o risco de fratura. Opostamente, os fatores que contribuem para uma menor densidade do osso elevam o risco de lesão óssea (WHITING & ZERNICKE, 2001).

As alterações no tecido ósseo que advêm do envelhecimento fazem das fraturas um requisito importante quando se trata de pacientes idosos. As fraturas típicas que incidem esses pacientes são no osso metafisário (trabecular) e abrangem fraturas do colo do fêmur, fraturas distais do rádio, fraturas proximais do úmero e fraturas por compressão vertebral (GUCCIONE, 2002; REBELATTO & MORELLI, 2004). 

   Segundo Rebelatto & Morelli (2004) as fraturas do quadril correspondem a um número superior a 270 mil fraturas ocorridas nos Estados Unidos da América, anualmente, sendo esta uma das fraturas mais comuns no idoso. Estudos em grandes séries marcam que a osteoporose associada ou isolada não deve sempre ser considerada um fator etiológico, mas um fator contribuinte para as fraturas do quadril. Outros fatores de risco descritos englobam vida sedentária, uso de álcool, tabagismo, demência, uso de medicação psicotrópica, fraturas prévias e dietas com baixo consumo de cálcio.

A incidência deste tipo de fratura aumenta com a idade e está associado, sobretudo com o elevado número de quedas correlacionado a uma maior prevalência de osteoporose. É frequentemente relacionada com senis moradores nas áreas urbanas, do sexo feminino e institucionalizado. À idade média de episódio de uma fratura do colo femoral é de 77 anos nas mulheres e 72 anos nos homens, onde este último pode sofrer 80% destas fraturas, sendo que seu percentual duplica a cada década de vida após os 50 anos (FRÉZ, 2003; SAKAKI et al., 2004).

O elevado número de casos da fratura do colo femoral não é apenas reflexo dos conhecidos fatores – envelhecimento populacional, relativo aumento do índice de mulheres (mais suscetíveis às fraturas), como também de uma tendência mundial ao aumento referente de sua ocorrência. Mudanças de hábitos do dia a dia, como alimentação com menor teor de cálcio, redução da exposição solar e da atividade física podem estar levando à uma menor aquisição de pico de massa óssea, consequentemente maior fragilidade óssea em idades mais avançadas, o aumento do comprimento do colo femoral e fraturas prévias, aumentam em uma a duas vezes o risco de novas fraturas (LITVOC & BRITO, 2004; MELLO, 2005).

No primeiro ano pós-fratura este tipo de lesão ocasiona maior mortalidade (15%), representa uma perda significativa da capacidade funcional. Aproximadamente metade dos idosos torna-se incapaz de deambular e um quarto precisa de cuidado domiciliar prolongado, apresenta uma ocorrência aumentada de pseudoartrose, acrescenta ainda que mesmo com o tratamento ótimo podem acontecer sinais de necrose asséptica, que é o infarto ocorrido em seguida a uma fratura do colo femoral, é secundário à fratura, redução ou fixação, e posteriormente pode ocorrer o colapso segmentar, o decúbito prolongado durante a recuperação pode ocasionar a formação de úlceras de pressão (FRÉZ, 2003; MUNIZ et al., 2007).

Conforme Rebelatto & Morelli (2004) estima-se que as fraturas distais do rádio são uma das fraturas mais frequentes na ortopedia (15% de fraturas tratadas em salas de emergência). A incidência dessas fraturas aumenta consideravelmente com a idade e, principalmente na mulher pós-menopausa. Fatores contribuintes como visão limitada, coordenação diminuída e perda da força muscular, leva a um aumento da predisposição a quedas.

Diante dos fatores de risco responsabilizados pelo aumento do índice de quedas e fraturas na população de idosos destaca-se o uso de medicamentos que geram sonolência, alteram o equilíbrio, a tonicidade muscular e/ou provocam hipotensão. Os anti-hipertensivos podem provocar hipotensão postural ou mesmo tonturas, atrelado a isso o uso de diuréticos, faz com que o paciente levante à noite para urinar provocando quedas e consequentes fraturas (HAMRA et al., 2007).

De acordo com Pozzi et al. (2011) as complicações estão diretamente ligadas à consolidação viciosa da fratura do terço distal do rádio. A inabilidade de restaurar o comprimento e a inclinação palmar do rádio induzirá ao mau resultado e às queixas referentes a dor radioulnar distal por conta do impacto da ulna no carpo, deformidade com desvio radial e dorsal do punho e, saliência no terço distal da ulna com articulações próximas, com as metacarpofalangeanas e interfalangeanas, redução da força de preensão da mão, dentre outras.

A incidência de fratura da extremidade proximal do úmero equivale a cerca de 4 a 5% do total de fraturas. São mais constantes nos idosos, acometendo especialmente pacientes do sexo feminino (incidência de 2 mulheres/1 homem) Abrange três estruturas, a cabeça umeral, o colo anatômico e o colo cirúrgico, variando em fraturas de uma, duas, três ou quatro partes (COHEN et al., 2009; BARBOSA et al., 2010).

A fratura do úmero decorre dos mecanismos envolvidos nas quedas sobre um braço hiperestendido, de acidentes com veículos motorizados e de cargas diretas agindo sobre o braço, acontecem também em resposta às contrações musculares violentas. Essas fraturas podem resultar em consolidação viciosa, alteração nos eixos mecânicos e braços de alavanca com consequente insuficiência funcional não só do ombro, mas de todo o membro quando não tratadas de forma apropriada (MORELLI & TRAVIZANUTO, 2010; WHITING & ZERNICKE, 2001).

Acredita-se que 44% das mulheres com uma faixa etária acima dos 70 anos apresentam fraturas por compressão, sendo está um tipo de fratura comum em idosos. Geralmente essas fraturas ocorrem na coluna toracolombar entre T8 e L2 em consequência de atividades de baixa energia, como se levantar a partir da posição sentada ou transportar objetos leves. Esses pacientes na maioria das vezes apresentam início agudo da dor na coluna ou um achado incidente na radiografia (REBELATTO & MORELLI, 2004).

As fraturas compressivas do corpo vertebral podem estar relacionadas a diversas condições patológicas, tais como: hemangioma, mieloma múltiplo, metástase osteolítica e osteoporose primária ou secundária, sendo tais fraturas por compressão comuns especialmente nos idosos. São geralmente causadas por osteoporose de moderada a grave, o colapso vertebral osteoporótico gera dor localizada na coluna vertebral associada com instabilidade e/ou cifose, induzindo à inabilidade para atividades de vida diária e posterior alteração psicossocial com o aumento da idade, a estabilidade do colágeno trabecular reduz e os componentes proteoglicanos do osso oferecem orientação molecular alterada (CORDERO et al., 2008).

Conforme Gali (2001) as fraturas vertebrais podem acarretar complicações consideráveis, como dor residual, redução da altura dos corpos vertebrais e cifose. Múltiplas fraturas torácicas podem originar uma doença pulmonar crônica, fraturas de vértebras da coluna lombar podem ainda modificar a anatomia do abdômen.

 

3.2 COMPLICAÇÕES PÓS-FRATURA

3.2.1 Consolidação Viciosa

 

O termo consolidação viciosa é aplicado para caracterizar um osso que foi consolidado em posição errada, ou seja o alinhamento fisiológico funcional não é atingido após o período de imobilização e, geralmente ocorre o encurtamento ou perda da função. Ainda que pareça alarmante, este episódio nem sempre é expressivo. Eventualmente se a morbidade de uma cirurgia para fixação da fratura e prevenção da consolidação viciosa foi inferior à morbidade consequente dessa consolidação, o procedimento cirúrgico é recomendado. Caso contrário é conveniente permitir que ocorra má união a submeter o paciente a uma operação cujo resultado é controverso (DANDY & EDWARDS, 2011, REBELATTO & MORELLI, 2004).

 

3.2.2 Pseudoartrose

 

Se o processo de cicatrização for insatisfatório, as extremidades ósseas não se unem e continuam separadas. Este é um problema grave quando envolve ossos de sustentação do corpo, pode ocasionar menor incapacitação em outras circunstâncias, como na fratura do metacarpo. A pseudoartrose óssea é dividida em dois tipos: hipertrófica que é determinada pela formação de um manguito de osso maciço ao redor das extremidades da fratura, análoga a uma pata de elefante e já a atrófica, observa-se um arredondamento das extremidades ósseas tão acentuada que as pontas das extremidades do osso se assemelham a ponta de lápis, enquanto a cavidade medular pode estar fechada. Outra razão de pseudoartrose são fraturas cominutivas tratadas sem o uso de enxerto ósseo autólogo, necessitando este ser usado sempre que não se obtém uma redução perfeita ou que não há contato cortical superior a 60% da circunferência do osso, ocasionado pela cominuição (DANDY & EDWARDS, 2011; HEBERT et al., 2003).

 

3.2.3 Atrofia de Desuso

 

As modificações do tecido muscular relacionadas com a imobilização resultam da posição em que a musculatura permaneceu durante o tempo. Assim como o tecido muscular é plástico, ou seja, pode se alterar dependendo das circunstâncias do meio, as fibras musculares, que ficam em posição de encurtamento, experimentam perda de sarcômeros em série e o tecido conjuntivo aumenta. Em seguida a retirada da imobilização, em duas semanas, os grupos musculares que encontravam-se encurtados voltarão ao normal com o rearranjo do tecido conjuntivo e com a neossíntese de sarcômeros. Os músculos imobilizados em alongamentos também voltam ao normal. Esse retorno acontece em decorrência à plasticidade, ou seja, a diminuição e o comprimento do sarcômero permitem um movimento máximo desejado e quando essa disposição não é correspondente há alteração correta, que tende a deixar cada sarcômero num comprimento fisiológico (REBELATTO & MORELLI, 2004).

 

3.3 SÍNDROME DO IMOBILISMO

 

É a fundamental complicação devido ao período do tratamento conservador por imobilização, a síndrome do imobilismo e caracterizada por um conjunto de variações que ocorrem no indivíduo acamado ou imobilizado por algum recurso em um período prolongado. Os efeitos da imobilização são determinados como uma diminuição na capacidade funcional dos sistemas locomotor, cardiorrespiratório, vascular, neurológico, endócrino, gastrointestinais, urinário, comprometendo os tecidos conjuntivo muscular e ósseo, bem como as articulações. O repouso favorece a região lesada porém, seu prolongamento prejudica o resto do organismo, sendo que estas complicações podem ser aumentadas dependendo dos fatores pré-existentes de cada paciente (NOGUEIRA & MEJIA, 2008; BOECHAT et al., 2012).

Segundo Silva & Mejia (2012), para que se chegue ao diagnóstico da Síndrome do Imobilismo, deve ser levada em consideração a presença de dois critérios: um critério maior, que pode ser um déficit cognitivo de médio à grave e o aparecimento de contraturas e, um critério menor, que compreende as alterações cutâneas, com a úlcera de decúbito ou pressão e descamações da pele, dificuldade de deglutir, incontinência, além de perda parcial ou total da fala e entendimento da linguagem. O paciente é diagnosticado com essa síndrome quando apresenta um critério maior e, pelo menos, dois menores. Comumente, o sistema musculoesquelético é o mais atingido pelo imobilismo, seguido das alterações tegumentares, que geram a formação de úlceras de pressão, notadamente em locais com pouco tecido adiposo e com proeminências ósseas.

De acordo com Vojvodic (2004), a imobilidade pode modificar o estado emocional do indivíduo independente da condição que o levou ao decúbito prolongado, podendo apresentar ansiedade, apatia, depressão, labilidade emocional, isolamento social entre outros. Estima-se que de 7 a 10 dias seja um período de repouso, de 12 a 15 dias já é considerada imobilização e a partir de 15 dias decúbito de longa duração. Para cada semana de imobilização completa no leito um paciente pode perder de 10 a 20% de seu grau inicial de força muscular. Dentro de 4 semanas, 50% da força inicial pode estar perdida.

 

4 OBJETIVOS

4.1 GERAL

 

- Identificar os locais de fraturas mais comuns em idosos em um serviço hospitalar na cidade de Barreiras- BA.

4.2 ESPECÍFICOS

- Analisar os locais de fraturas em idosos no pré e pós-operatório em um hospital na cidade de Barreiras-BA.

- Identificar as principais causas que levam a fraturas em idosos.

 

5 CASUÍSTICA E MÉTODO

5.1 TIPO DE ESTUDO

Esta pesquisa trata-se de um estudo quantitativo de cunho descritivo transversal, estabelecido através de revisões literárias que fundamentaram a base teórica. Para a fundamentação teórica foram utilizadas fontes de informações seguras e atualizadas com auxílio do acervo pessoal e da Biblioteca Antônio Balbino da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, de publicações de artigos científicos, revistas de saúde e teses dos últimos treze anos disponíveis em bancos de dados eletrônicos como Scientific Electronic Librery Online (SCIELO).

5.2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTUDO

A pesquisa foi realizada no Hospital do Oeste (HO), situado na cidade de Barreiras-BA, com sede à Rua do Antigo Aeroporto, 500- Vila Amorim-Barreiras-BA.

 

5.3 POPULAÇÃO

 

O público-alvo desta pesquisa foi de aproximadamente 20 idosos com uma faixa etária entre 60 a 90 anos cadastrados em um serviço hospitalar na cidade de Barreiras-BA.

 

5.4 AMOSTRA

 

A amostra foi composta por 10 pacientes com uma faixa etária entre 60 e 90 anos cadastrados em um serviço hospitalar na cidade de Barreiras-BA.

 

5.5 CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO DOS SUJEITOS

 

O critério utilizado para participação do estudo se resume em idosos atendidos na clínica cirúrgica do HO, apresentando algum tipo de fratura, que aceitaram fazer parte da pesquisa e que apresentaram a faixa etária entre 60 a 90 anos.

 

5.6 CRITÉRIOS PARA EXCLUSÃO DOS SUJEITOS

 

Idosos atendidos na Clínica Cirúrgica do HO que se recusaram a participar da pesquisa e pacientes com idades inferiores há 60 anos e acima de 90 anos.

 

5.7 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

 

Para o processo de coleta de dados foi utilizado como instrumento prontuários selecionados de forma aleatória, nos quais foram colhidas informações dos pacientes participantes. O mesmo contendo dados de identificação, as causas e os tipos mais comuns de fraturas.

 

5.8 DESCRIÇÃO DA COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada no período de 09 de Agosto a 24 de Setembro de 2013 de acordo com a aceitação dos pacientes que se enquadravam na pesquisa.

Após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade São Francisco de Barreiras no dia 14 de Junho de 2013 sob o parecer Nº305.452, CAAE: 14771913.6.0000.5026 e autorização concedida pelo Hospital do Oeste (HO) através do termo de Aceite Institucional (Anexo I), o pesquisador apresentou-se à instituição e em seguida aos sujeitos da pesquisa esclarecendo seus objetivos e solicitando sua participação através da assinatura do termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II), garantido aos entrevistados o sigilo das informações, a voluntariedade na participação e a possibilidade de interromper a qualquer momento, sem penalidade alguma e sem prejuízo.

5.9 DESCRIÇÃO DA ANÁLISE DOS DADOS

 

Os dados foram coletados, analisados através da estatística descritiva, com porcentagem simples e anexados em uma planilha do Microsoft Office Excel e Word sendo, dispostos em tabelas.

6 RESULTADOS

 

A amostra foi composta por 10 pacientes, com relação ao gênero observou-se um equilíbrio entre os pesquisados, 50% eram do sexo masculino. A idade média e a mediana das idades desses pacientes foi de 72 anos, conforme a Tabela 1.

Tabela 1 - Dados Sociodemográficos

 

Dados

Porcentagem (%)

Frequência (N)

Homens

50

5

Mulheres

50

5

61 anos

10

1

65 anos

20

2

71 anos

10

1

72 anos

30

3

79 anos

10

1

81 anos

20

2

Fonte: Própria pesquisa

Conforme apresentado na Tabela 2, em relação ao tipo de fratura, percebeu-se que 60% dos pesquisados apresentaram fratura de fêmur, 30% fratura de tíbia e 10% fratura de fêmur e tíbia associados.

Referente a causa da fratura constatou-se que o predomínio foi de queda da própria altura 60%, seguido de acidente automobilístico correspondendo a 30% dos casos, e apenas 10% dos participantes apresentaram queda de bicicleta.

Tabela 2 - Percentual acerca das fraturas

 

 

Incidência (%)

 

Fêmur

60

Tipo de fratura

Tíbia

30

 

Fêmur e Tíbia

10

 

Queda da própria altura

60

Causa da fratura

Acidente automobilístico

30

 

Queda de bicicleta

10

Fonte: Própria pesquisa

7 DISCUSSÃO

As quedas representam a principal causa de morbimortalidade por trauma acima de 60 anos de idade, sendo as fraturas uma de suas consequências mais comuns, com incidência de 64%, sendo um episódio cada vez mais constante, potencialmente grave e incapacitante. Além disso, constitui um desafio aos programas que buscam fomentar o envelhecimento com autonomia, capacidade funcional e qualidade de vida (JAHANA & DIOGO, 2007; MELLO, 2005).

Este estudo analisou a incidência de fraturas em idosos com uma faixa etária de 60 a 90 anos. Os resultados marcaram variações, exceto a variável gênero, onde observou-se um equilíbrio entre os pesquisados.

A incidência de fraturas encontradas neste estudo foi de 50% em ambos os sexos. De acordo com o estudo de Ortolan (2006) a prevalência de quedas seguidas de fraturas em idosos é predominante no sexo feminino 83% dos entrevistados. Neto et al. (2011) e Campos et al. (2007) confirmam em sua pesquisa a predominância feminina de 67% e 61,5% respectivamente para quedas e fraturas.

De acordo com os dados encontrados no estudo de Filgueiras et al. (2007), as mulheres foram mais acometidas por fraturas após as quedas 55,69%, do que os homens. Este resultado deve-se ao fato de que a mulher perde cerca de 50% da densidade do osso trabecular e 35% do osso cortical com o avanço da idade, além disso, são mais acometidas por osteoporose, pois passam pela menopausa e possuem menor densidade mineral.

Segundo Muniz et al. (2007) as quedas ocorrem com maior frequência no sexo feminino, em virtude da prevalência de doenças crônicas, maior exposição às atividades domésticas e por apresentar uma menor quantidade de massa magra e de força muscular quando comparadas com homens da mesma idade. As mulheres sofrem o declínio mais precocemente, pois alcançam o pico de potência muscular antes que os homens.

A variável idade média nesse estudo foi de 72 anos. Já Fréz (2003) afirma que dos 95 pacientes idosos analisados com fratura de fêmur decorrentes de quedas representaram 58,3%, com idade média de 73 anos. Neto et al. (2011) e Muniz et al. (2007) relatam que em seu estudo a idade média encontrada foi 78 anos.

Os dados encontrados nesta pesquisa demonstram o predomínio da fratura de fêmur, seguida de queda da própria altura correspondendo a 60% dos casos. O estudo de Menezes et al. (2007) confirmam que independentemente do sexo, o principal tipo de fratura encontrada foi fratura de fêmur, em um total de 122 pacientes, 46,4% dos idosos estudados com predomínio de queda da própria altura. Fréz (2007) também constatou em seu estudo que, entre as lesões traumáticas mais comuns na população idosa, está a fratura de fêmur por consequência de queda da própria altura.

Segundo Rocha et al. (2010) aproximadamente 30% dos senis sofrem quedas a cada ano, sendo que esse percentual aumenta para 40% ‘entre os idosos com mais de 80 anos. Dentre os idosos até 75 anos, as mulheres apresentam uma maior tendência a cair mais que os homens e, a partir dessa idade, as frequências se igualam.

De acordo com o resultado encontrado por Machado & Duarte (2010) dos 699 pacientes idosos analisados com fraturas a maioria apresentou fratura de fêmur, com 45% das ocorrências. Os dados corroboram com Fabrício et al. (2004) que verificaram através de prontuários hospitalares na cidade de São Paulo as incidências de fraturas entre idosos com mais de 60 anos, sendo que 66% das lesões eram do sexo feminino com média de 76 anos. A queda da própria altura, com 54% das injúrias foi o principal mecanismo de lesão tendo a maior parte de ocorrência às fraturas de fêmur.

Segundo Melo et al. (2011) dentre os tipos mais frequentes de causas de fraturas a queda da própria altura prevalece com 211 internações (52,50%). Já Katz et al. (2007) mostra em seu estudo que dos 28 pacientes analisados com faixa etária acima de 65 o mecanismo de trauma mais prevalente nos idosos é o atropelamento 67,9%.

Divergindo de outros autores no estudo de Costa et al. (2012) quanto a causa da lesão constatou-se que 82,6% sofreram fratura por queda e o rádio foi o local mais acometido pela fratura, com 37,5% de incidência. Ressaltando ainda, que o fato de o rádio ter sido o osso mais acometido deve-se possivelmente à reação de proteção de apoio da mão ao solo, contrapondo os estudos que marcam o fêmur como o osso mais atingido por fratura em idosos.

8 CONCLUSÃO

As quedas seguidas de fraturas em idosos constituem uma importante causa de mortalidade e morbidade, sendo um problema de saúde pública pelo alto índice de casos, conforme foi evidenciado nesse estudo.

Esta pesquisa delineou o perfil dos idosos, constituído por homens e mulheres, com média de idade de 72 anos. Quanto ao tipo de fratura o trauma mais comum foi de fêmur 60%, apresentando como principal mecanismo de lesão a queda da própria altura 60%.

Em virtude do envelhecimento populacional associado a uma maior suscetibilidade dos idosos a quedas seguidas de fraturas, acredita-se que medidas epidemiológicas baseadas em um programa de prevenção de quedas que orientem a população idosa, podem reduzir a incidência de fraturas com diminuição da morbimortalidade, redução dos custos hospitalares, além do envelhecimento saudável com qualidade de vida.

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