Quando iniciam sua carreira, pilotos de automobilismo precisam de duas coisas para alcançar o sucesso: talento e gosto pela adrenalina. Os que não se encaixam em uma dessas características geralmente ficam longe do lugar mais alto do pódio.

No entanto, muitas vezes, essa adrenalina acaba acompanhando o piloto mesmo fora das pistas, onde ele deveria levar uma vida normal. Acidentes com pilotos fora dos autódromos são mais comuns do que se imagina. Será que pilotos de automobilismo não conseguem desligar o botão da adrenalina? Muitas pessoas acreditam que não, mas cabe um psicólogo ser consultado.

O número de acidentes envolvendo pilotos e ex-pilotos realmente é grande. Para citar alguns exemplos, temos o polonês Robert Kubica. Logo após abandonar a Fórmula 1, Kubica se acidentou em uma pista de Rali e ficou gravemente ferido.

Em 2005, o colombiano Juan Pablo Montoya sofreu um acidente de moto que o deixou fora de duas provas da Fórmula 1, quando o piloto ainda corria pela equipe McLaren. Três anos depois, o australiano Mark Webber, que se aposentou da principal categoria de automobilismo do mundo no fim do ano passado, quebrou a perna direita ao ser atropelado enquanto andava de bicicleta. Testemunhas disseram que o australiano havia sido imprudente.

A mesma imprudência explica outros acidentes envolvendo pilotos, mas é importante lembrar que o risco não é restrito a eles. No nosso dia-a-dia, milhares de motoristas agem com imprudência e acabam causando graves acidentes e até mortes. O Brasil, por exemplo, é um dos países com maior número de vítimas fatais no trânsito. Ainda de acordo com a seguradora, o comportamento abusivo dos motoristas no trânsito colabora com o alto número de multas e gastos com seguro automotivo.

A combinação bebida e direção é outro fator que colabora com o número de acidentes. Mesmo após as autoridades realizarem blitzes com Lei Seca, motoristas ainda saem nas ruas guiando sob efeito de álcool.

Uma solução para esse problema é cada vez mais difícil de encontrar, porém, é possível começar por abusar da velocidade apenas nos lugares certos, ou seja, em autódromos. Outra atitude é desligar o botão da adrenalina quando estiver dirigindo nas ruas e jamais dirigir após ingerir álcool. Além disso, é importante ficar atento a sinais de problemas no carro, como luzes de alerta no painel e ruídos estranhos. Segundo a Itaro, a falta de manutenção e atenção com os pneus pode levar ao desgaste prematuro e problemas mais sérios, como um estouro.

Um trânsito bom é feito por todos, inclusive por aqueles que se julgam pilotos. E vale ressaltar: a adrenalina não faz falta alguma nas ruas.