Paula de Melo Boone

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Simone Faria da Silva Mileipp

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RESUMO

Este artigo é uma reflexão para os docentes sobre os benefícios que as novas tecnologias podem trazer para o processo de ensino x aprendizagem.

As novas tecnologias propiciam dinamicidade as aulas, sendo uma ferramenta facilitadora para o processo de ensino aprendizagem no ambiente escolar, que tornam as aulas mais lúdicas e interessantes para os alunos, quando saem do método tradicional de uso.

INTRODUÇÃO

A expansiva propagação da tecnologia no uso social é um fenômeno que atinge todo o mundo, inclusive grupos mais resistentes ou menos adeptos às inovações. Estas tecnologias são desde atrativos do cotidiano a sérias ferramentas de estudos que auxiliam em vários campos de estudos.

O campo da educacional, atualmente, tem sido alvo de grandes discussões. As exigências sobre o processo qualitativo de conhecimento cresceram consideravelmente e é exigido, socialmente, uma formação mais complexa.

Atualmente, nos países em desenvolvimento o uso das tecnologias no espaço escolar já é uma realidade; no Brasil, vemos que este desenvolvimento ocorre de forma progressiva.

Observa-se que, tratando-se da implementação das novas tecnologias no espaço escolar, em muitas regiões há grande resistência dos profissionais envolvidos. Entretanto é necessário reavaliar a inserção destas tecnologias para benefício educacional, visando a participação efetiva dos envolvidos e os benefícios individuais para os alunos. 

Novas tecnologias e mediação pedagógica

Atualmente, temos visto que as novas tecnologias se fazem cada vez mais presentes na vida de professores e alunos. Entretanto, quando falamos sobre o uso dessas tecnologias nos espaços escolas há grande rejeição e a maior justificativa é que os professores e a própria escola não estão preparados para receber e usufruir os instrumentos tecnológicos.

Todavia, esquecemo-nos que assim como os recursos tecnológicos mais atuais (computadores, datas show e tablets), os livros, cadernos, aulas e a própria escrita são tecnologias que usamos diariamente, porém, já estamos habituados ao seu uso diário. Hoje, a educação é quase inviável sem as tecnologias básicas e futuramente os novos aparelhos tecnológicos terão este mesmo uso indispensável.

Apresentados em sentidos básicos, percebemos que tecnologia e pedagogia caminham juntos a décadas e são componentes inseparáveis na educação. Os instrumentos tecnológicos são inaproveitáveis sem saber como usá-las, consertá-las e fazê-las. Conforme VALENTE (1999, p.199), “[...] tecnologia é um conjunto de discursos, práticas, valores e efeitos sociais ligados a uma prática particular num campo particular”.

Assim, qualquer que seja o uso desses instrumentos tecnológicos não basta apenas o seu uso de forma básica, deve-se compreender a relação entre o uso dessas tecnologias e a educação, complementando a reflexão sobre o uso deste instrumento no sentido de conhecimento, produção e utilização.

A velocidade das mudanças tecnológicas é tamanha que exige que a educação mude rapidamente, para acompanhá-las. O surgimento do rádio, da televisão, de microcomputadores e dos CD-ROMS interativos passou a influenciar o modo pelo qual aprendemos e continuamos aprendendo. Com uma fonte de energia elétrica e uma conexão telefônica, mesmo as áreas mais remotas podem ter acesso aos grandes centros de informação do mundo (COSCARELLI, 1998, p 77). 

Compreende-se que o professor deve utilizar dos instrumentos tecnológicos disponíveis pois estes estão inseridos diretamente na rotina dos alunos, respeitando o espaço e o tempo que cada indivíduo demanda para aprender.

O homem interage com a tecnologia constantemente em seu dia-a-dia. A educação se faz necessária para nortear e auxiliar os educandos, de formas que possam compreender e melhor usufruir de uma ferramenta que lhes possam proporcionar uma melhor qualidade de vida, formando-os para que sejam cidadãos críticos e reflexivos, com autonomia para vivência significativa em sociedade. LITWIN (1995) defende que a tecnologia prepara o homem para o convívio no presente, atendendo suas necessidade pessoais e as necessidade da sociedade em que atua.

Vale frisar que é fundamental que os profissionais da educação entendam que os instrumentos tecnológicos são facilitadores da educação e busquem meios de qualificação profissional a fim de melhor desenvolver o conhecimento de seus alunos. Assim como é importante manter-se sempre atualizado sobre os instrumentos tecnológicos, também faz-se necessário que o profissional da educação aprimore sua didática e empenhe-se na busca pela real educação qualitativa. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A tecnologia no âmbito educacional tem o poder de transformar o atual cenário da educação, pois forma um novo ambiente com mais recursos, sendo uma facilitadora da educação proporcionando uma educação mais rica e oportunizando aos alunos um estilo de aprendizagem individual.

Assim como a tecnologia é uma excelente ferramenta para a educação, uma boa proposta pedagógica se faz necessária para que haja uma efetiva aprendizagem. Para isso, é preciso que os profissionais da educação visualizem esta ferramenta como uma facilitadora, atuando como mediadores e auxiliando os alunos a construírem seus conhecimentos, de forma que exerçam papel ativo na sociedade em que vivem.

A disposição dos recursos tecnológicos são importantes agentes de mudança para a busca da qualidade no processo de ensino-aprendizagem, visto que são aliados dos professores e alunos. Isto requer profissionais bem formados, com conhecimentos sobre as didáticas e os conteúdos, buscando práticas que favoreçam a aprendizagem individual e coletiva, estimulando o desenvolvimento dos alunos em sua criatividade, criticidade, cidadania, afetividade e responsabilidade, tornando-se cidadãos com capacidade de reflexão, autônomos e com consciência de seu papel para uma democracia participativa e responsável. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASCARELLI, C. V. O uso da informática como instrumento de ensino-aprendizagem. Revista Presença Pedagógica, vol. 4, n.20, p.29-37, mar/abr. 1998.

VALENTE, J. A. Informática na educação. Revista Pátio, ano 3., n. 09. Porto Alegre, maio/jul, 1999.

LINTWIN, E. Tecnologia educacional: política, histórias e propostas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.