RESUMO Este artigo pretende demonstrar a importância do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) para a liberalização econômica brasileira. Tal processo ocorreu de forma mais acentuada entre os anos de 1991 e 1994, período este em que se observaram os primeiros esforços formais para a construção do Bloco. O desenho institucional proposto pelo Tratado de Assunção apresentou regras elásticas e mecanismos flexíveis, fundamentais para a viabilidade e constituição da integração. Esta ajudou na estratégia de abertura comercial do Brasil, à medida que permitiu que seus países membros ensaiassem a transição de suas economias fechadas para economias mais condizentes com as demandas neoliberais do sistema internacional, alocando de maneira mais eficiente as suas estruturas produtivas. Também, através de uma análise da balança comercial brasileira, nota-se uma maior preferência de parceria comercial do Brasil com o MERCOSUL ao longo do período em estudo. Percebe-se que o Bloco foi uma opção não apenas econômica, mas como também de estratégia política, em que o Brasil o utilizava como forma de obter um maior protagonismo do cenário mundial. Palavras-chave: MERCOSUL. Tratado de Assunção. Desenho institucional. Brasil. Liberalização econômica. Balança Comercial.