FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARA



Autor: Jocemar Paulo de Lima
Acadêmico de História da Faccat

Orientador: Daniel Luciano Gevehr
Professor do Curso de História da Faccat

Os Imaginários urbanos de Taquara na República Velha: 1889-1930



Introdução:
Os estudos de uma História cultural do urbano se implicam no resgate dos discursos das imagens e das práticas sociais, que constituem as representações sociais da cidade. Assim, nossa investigação considera que o imaginário urbano diz respeito às diferentes formas de percepção e identificação dos quais são atribuídos significados.
A cidade de Taquara no Rio Grande do Sul, da qual, nos propomos a investigar, aqui, no recorte temporal que se inicia com a Proclamação da República e vai até a Revolução de 1930, torna?se importante destacar a formação do Partido Republicano Rio-grandense, especialmente em relação aos governos de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros, bem como suas relações políticas com o município e seu desenvolvimento econômico, político e cultural.

Metodologia:
Este estudo é resumo do Trabalho de Conclusão de Curso de História em 2008. A pesquisa foi estruturada a partir de dois capítulos: O Primeiro trata basicamente, do embasamento teórico que norteia a análise dos espaços urbanos de Taquara. O segundo capítulo trata da construção dos imaginários urbanos sobre a cidade de Taquara.
Tal procedimento implicou analisar esta cidade a partir das suas representações arquitetônicas e de informações noticiadas pelos principais jornais da época.


Considerações finais:
Finalmente, após analisarmos o processo que envolveu a criação e a nomeação dos espaços urbanos de Taquara e que, assim, se manifestaram através das principais ruas do centro da cidade, praças e monumentos, bem como as próprias arquiteturas adotadas na maioria das edificações públicas ou privadas, capazes de conferir sentidos, resgatar sensibilidades aos cenários citadinos. Percebemos o significado dos binômios Ordem e Progresso que se tornou forma materializada na arquitetura. O regime republicano possibilitou o progresso através do trabalho livre e do avanço tecnológico, e que, após a consolidação deste regime, entra em cena uma nova exigência da burguesia local que é o manifestar da ordem.



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