Diz a máxima: "nem tudo é o que parecer ser". Em se tratando de celebridades isso não é uma ficção. A imagem que criamos de um ídolo não é exclusivamente mérito ou culpa dele, mas é fruto de um trabalho de marketing, sendoum fator decisivo entre o sucesso ou fracasso.

Desempenho perfeito no palco, no cinema e na televisão, as celebridades esbanjam talentos nos diversos segmentos culturais de uma sociedade. Alem do reconhecimento artístico, o poder que sua imagem tem sobre seus admiradores beira os extremos, a ponto deum fã querer imitá-lo, venerá-lo, ou ate mesmo persegui-lo.

Fã a parte, a imagem que um ídolo projeta rende a ele milhões em sua conta bancária e para todos àqueles responsáveis por ela, os profissionais do marketing. Mas, para uma celebridade passar a imagem da perfeição o preço é alto, já que sua vida deve estar próxima a algo imaculado.O eterno astro pop Michael Jackson, é a prova viva do preço de uma imagem perfeita.

Destaque precoce de um grupo musical, formado juntamente com seus irmãos, "Jacksons Five", ele logo ascendeu para o sucesso solo, mostrando uma performance excepcional nos palcos e na mídia em geral. Foi inclusive o responsável pela revolução na linguagem do vídeo-clipe. O que antes era algo apagado, que se limitava em cantor e um cenário qualquer, passa a ser um mix entre música, ação e efeitos especiais assim como na linguagem cinematográfica.

Michael Jackson, o dono da imagem de um "pop star" dinâmico e criativo, conquistou milhares de fãs pelo mundo capitalista afora. Todos que o admiravam queriam ouvir e cantar a sua música, ver ou dançar sua nova coreográfica e assistir ao lançamento do seu novo vídeo clipe. Tudo que vinha daquele jovem de personalidade inventiva e criativa era bem vindo.

Todavia por trás da imagem do ídolo perfeito, seus fãs aos poucos foram vendo através de escândalos que a mídia sensacionalista fazia questão de exibir, um ser frágil e problemático, muito diferente da imagem dos palcos e dos vídeos-clipes. Foi assim com Jackson e é assim com tantos outros queprecisam vender uma aparência.

A imagem de uma celebridade quer seja da esfera cultural ou política, encontra no marketing os seus maiores idealizadores, que com o poder de persuasão, elaboram seres nos quais nos apegamos, acreditamos, sonhamos e consumimos seus valores. O risco se dá quando vem à decepção, afinal muitas vezes esquecemos-nos da velha máxima: "nem tudo é o que parece ser".