O pensamento humano é uma fonte inesgotável de possibilidades, no qual brotam versões para explicar aquilo que está além do alcance dos meros mortais (filosofar não é para qualquer um), na busca por explicações daquilo que não temos respostas imediatas. Em um mundo de verdades imutáveis, falar em ideologia é no mínimo necessário, porque vertentes filosóficas se configuram em armas para desarticular verdades impostas e difusas na sociedade de forma absoluta.

Em tempos totalitários, principalmente na política e no cenário religioso, sabemos que a ideologia é um mau que deve ser combatido, principalmente quando é proliferada por aqueles que não querem lagar o poder. A ideologia não nasce do vazio, nasce para exprimir um sentimento e pensamento que não condiz aos fatos e ás necessidades humana, no qual pessoas seguem lideres ou projetos políticos cegamente, por isso, discursos foram excluídos dos padrões convencionais da práxis. Portanto, falar de liberdade de expressão, vinculada a um pensamento filosófico não é proliferar ideologias, também não é falar abertamente de democracia, mas, é enquadrar o que de fato pertence a cada sujeito, quem deve ter a plena consciência de escolha.

Democracia é muito mais que a ilusão de que temos de liberdade, é a alternância no poder, é a escolha que fazemos no dia do voto – sem o aliciamento ou cooptação ideológica de quem almeja o poder – nesta data devemos estar desprendido de qualquer sentimento de dever cívico ou ideológico, porque o poder não pertence a quem governa. No processo democrático o poder é um lapso vazio, ocupado por alguém, cuja vontade popular deve ser respeitada, e esta pessoa para alcançar ou se manter no poder, jamais deve usar de meios obscuros para alcança-lo, não deve interferir no processo de escolha, pois, induzirá seus pares ao erro, isto é a ação ideológica, que geralmente predomina onde impera a ignorância, falta de conhecimento crítico.