A ideia de um Poema.

 

De qualquer modo não sou eu mesmo.

Subitamente não tenho de mim nenhum entendimento.

Sei o acaso da rua e da cidade e de tudo que ainda vai acontecer  aqui.

Das flores que surgirão em outro jardim.

Sei de tudo até mesmo da sombra que representará outra figura.

Da vantagem de ter uma alma às avessas sem maravilhar as celebridades.

 Se existir ou haverá outro tempo, mas tive oportunidade de perceber tudo isso.

Exatamente no presente.

Da última conversa concludentemente não resolvida.

Nunca quis pensar nada, muito menos escrever, a única oportunidade que tive, descartou-se.

Com efeito, os sinais inevitáveis à insensibilidade do universo.

Sabe o que é escrever poemas sem sentido eles serão referenciados.

Eternamente.

Como algo que representará  a genialidade.

Descrita.

Numa folha de papel  em branco.

Mas esse poema.

Não foi escrito por mim.

Não sei da sua existência real.

Entendo apenas a pretensão.

Da ideia do seu conceito.

 De elaboração.

Metafórica.

Edjar Dias de Vasconcelos.