Muita coisa é compartilhada em redes sociais – espaços promissores para circulação de informações muitas vezes inacessíveis para algumas pessoas em instituições como a própria escola  (ou não) – inclusive, perolas do conservadorismo, deveras influentes.  Dia desses,  numa dessas redes, foi publicada e republicada uma imagem, ilustrando a ignorância e hipocrisia social, que continha algumas fotos de homossexuais e/ou transsexuais em beijo triplo, top less ou totalmente nus, e a seguinte frase  “Homofobia é crime... Atentado ao pudor, incentivo a promiscuídade, desacato, aliciamento... Também é! Quer respeito? Se dê respeito.”

 É ótimo que as pessoas estejam conscientizadas do que corresponde a crime, entretando, deveriam saber também que respeito é um direito humano, não algo que para tê-lo devemos ser julgados merecedores ou não. Muita gente cresce aprendendo que deve respeitar apenas quem lhe parece ser digno, mas existem momentos em que uma meditação mais ampla sobre a educação alienada lhes dada é muito útil.   Essa lógica sobre respeito é a mesma daqueles que cometem bullying com pessoas menos sociáveis, e dos que assediam mulheres presumindo que o tamanho de suas roupas sirva como justificativa.  Como se as roupas  ou  o comportamento de um, concedesse a outro o direito de invadir o espaço deste primeiro.

 Os ditos crimes na imagem cojitada, são considerados crimes se cometidos por pessoas, independe da orientação sexual, sendo assim, o carnaval por exemplo, é um prato cheio para denúncias, mas a maioria parece aceitar isso bem  melhor. 

 Talvez as pessoas realmente se exponham muito em determinados movimentos.  E certamente existem outras marchas de extrema  importancia que não têm tanta repercussão. Mas de qualquer forma, a proposta de algumas reflexões é válida: Quem somos nós para dizer qual é o limite? Se realmente essa opinião negativa é nossa, quais são nossos argumentos para ela? Comportamentos mais liberais são realmente errados, ou é apenas a sociedade, que já passou por tantas mudanças sociais, teimando em achar que possui razões concretas para dar lições de moral?