Teresa Batista da Cidade de Itapagipe Minas Gerais.

O tempo passou.

Ninguém sabe de sua origem.

Nem mesmo uma foto tem como.

Descrição.

Mas lembro das palavras.

Da mãe da minha mãe.

E das palavras da minha mãe.

Em referência à senhora.

Tereza Batista.

A Esposa de Manoel Batista.

No pontal do Triangulo Mineiro.

Sempre tive o mais absoluto carinho.

Por Tereza Batista.

 Mesmo  não conhecendo.

Dela desenvolveu se.

Uma grande dinastia.

Os Batistas de Itapagipe.

A única imagem que tenho.

Ainda criança.

Pude ver o velho Manoel Batista.

Ao leito da morte.

Sei apenas.

Essa historiografia.

Que a palavra Batista.

Vem de uma tradição comum.

Em que os filhos ou filhas.

Recebiam como sobrenome.

O nome de algum Santo.

Na esperança da criança.

Ser protegida pelo santo.

Cuja homenagem foi prestada.

Então o pai de Manoel Batista.

Por ter nascido no dia.

De João Batista.

Por esse motivo.

Designou se a família Batista.

E como a Tereza.

Casou-se com Manoel Batista.

Recebeu-se o nome.

De Tereza Batista.

Pela descrição uma linda mulher.

Dócil.

Meiga e carinhosa.

Teve diversos filhos e filhas.

Netos.

Bisnetos.

Tataranetos.

Hoje filhos e filhas dos tataranetos.

E filhos e filhas dos filhos.

Dos tataranetos.

Hoje a família é muito grande.

Sou apenas bisneto de Tereza Batista.

Eu não tive a graça de receber.

O sobrenome Batista.

O meu sobre sobrenome é Vasconcelos.

Mas sou duplamente parente de Tereza.

Isso porque sua irmã Bilica casou.

Com Primo Machado de Vasconcelos.

Sou bisneto de Primo.

Então sou Bisneto de Bilica e Tereza.

Mas o poema tem como finalidade.

Prestar apenas uma grande homenagem.

A Tereza Batista.

Sempre tive vontade.

De  conhecer Tereza.

Sentar no seu colo.

Beijar o seu rosto.

Dizer palavras lindas ao seu ouvido.

Mas não pude nascer no seu tempo.

Histórico.

Eu sei da vossa beleza.

Apenas pela descrição.

Sei dos seus atos de bondade.

Por relatos.

Das vossas filhas.

Entre elas a mãe da minha mãe.

E a minha própria mãe.

 Revelou  a minha pessoa.

A vossa doçura.

Tereza Batista.

Se sua alma tiver existência.

Um dia sentarei ao vosso lado.

E direi a sua sentimentalidade.

O meu eterno agradecimento.

Por ser procedente da vossa genética.

Sou a vossa continuidade.

Como todos outros serão eternamente.

Os filhos dos vossos bisnetos.

Continuarão.  

 Fazendo  da vossa pessoa.

A sua permanência.

Nas células dos seus corpos.

No sangue de suas veias.

A  cor da vossa  pele.

Você será a Tereza Batista.

Como sempre foi.

Linda, Bela e dócil.

Mesma não existindo mais.

 Para sempre a eternidade.  

Homenagem de um tataraneto.

Edjar Dias de Vasconcelos