Memorias e Pensamentos Meus.

rodrigo da silva barroso[1]

 

O presente texto tem o propósito de trazer diversas mensagens importantes e engraçadas, as idéias podem ser lidas em qualquer ordem.

Pacto da galinha com o porco (“acordo caracu” ou “acordo ovos com bacon”).

Vou contar-lhes uma historinha resumida que me ajuda a me precaver de entrar em frias.

 A galinha e o porco conversavam sobre a vida. A galinha, muito atenta as tendências mundiais, propôs uma sociedade ao porco.           A sociedade consistia em manter um Buffet de Café da Manhã no modelo Americano, o qual contaria com o diferencial “ovos com bacon”.              O porco, muito entusiasmado, com a proposta tratou logo de definir as funções e os detalhes pormenorizados da nova sociedade.                  Foi então que, a galinha, muito mais depressa, concluiu objetivamente: ora eu cuido os ovos, e você providencia o bacon.

Na sociedade moderna, a cada dia, nos deparamos com pessoas maliciosas, das mais diversas etnias e idades, buscando promover acordos com pessoas desavisadas com o único intuito de utilizar da força de trabalho deste em prol da suposta “sociedade”.         Este pacto que chamo de “acordo caracu” consiste em buscar, a “baixo esforço” a realização de operação trabalhosa, dispendiosa. A formalização dessa sociedade com fins lucrativos na qual o “sócio convidado” se encarregará de trazer divisas, ou fazer esforços de ordem material, intelectual, etc., sem que o proponente (“cara de pau”) faça nada que lhe comprometa diretamente.          Ou seja, esse “acordo ovos com bacon” só favorece quem o propõe, mesmo que você não perceba.           No decorrer do acordo é que o prejudicado percebe o erro que cometeu.  É quando se descobre o “te enganei” do proponente.

        Assim estou cansado de ser convidado a fazer parte de “acordos caracu” nos quais levo o meu conhecimento, minha força de trabalho, e, em troca o meu suposto sócio divide os lucros sem adicionar nada ou quase nada.   Por incrível que pareça, todos os dias, surgem acordo desse tipo e só nos daremos conta da cilada que entramos tarde demais.

Lição de catequese que nunca irei esquecer.

        Certa vez estava na praia, na temporada do carnaval (quarta-feira de cinzas), vendo o tempo passar, quando minha Irmã mais nova (mas já de maior) me convidou para ir a igreja com ela ver o culto da ressurreição de cristo.    Confesso que já freqüentei a crisma, mas não sou do tipo que freqüenta igrejas, ao contrario da minha Irma mais nova, que era membro do grupo de jovens da igreja perto de casa.

        Assim como não tinha o que fazer, fui acompanhar minha Irmã. Outro fato que me levou à acompanhá-la  foi porque a referida igreja não tinha padre, e os cultos eram realizados pelos próprios pescadores e demais fieis. Estávamos em uma cidade na praia que durante o ano não tinha movimento nem de carro fora da temporada.

         Dentro da igreja ‑ que estava lotada ‑ os fieis rezavam em um silêncio absoluto.  Pois, nos estávamos realizando a ressurreição de cristo.   Então, o clima dentro da igreja era calmo porem estranho haja vista que não havia a presença de um pároco.

Eu e minha irmã ao meu lado, ficamos no fundo da igreja observando a movimentação toda quando percebi que estava sozinho....Olhei a minha volta e não vi minha querida irmã.   Logo em seguida percebi que ela se deslocava em direção ao altar da igreja e murmurava algo que não pude entender.       Preocupado fui atrás dela sem saber por que.

        Logo que cheguei próximo ao altar, me segurei junto aos fieis, por receio de como proceder em uma igreja em publico, eis que não tenho intimidade nem mesmo saberia o que fazer em frente ao povo todo.  Todavia pude presenciar a situação mais vexatória da minha vida vivida pela minha irmã.  Situação esta que eu mesmo senti vergonha por ela (vergonha alheia).

        Calma já explico.  Notem estávamos na quarta feira de cinzas em meio a ressurreição de cristo, em uma igreja sem padre.  Minha pobre irmã muito conhecedora dos dogmas e crenças da igreja católica sabe que em toda igreja deve existir uma luz ou uma vela no fundo da igreja para representar a vida de Jesus Cristo naquele local.  Todavia havia no meio do altar uma mesa linda com uma toalha de renda com uma enorme vela apagada.   A pobre da minha irmã não se segurou em meio a multidão e subiu no altar com toda a pompa que se exige, e acendeu a vela, em meio a todos os fieis da igreja.

        Quando foi que uma beata qualquer apagou a vela e pediu que ela saísse, ela não concordando com a atitude da beata ia acender novamente a vela quando eu puxei-a pelo braço e levei-a pra casa.

        Quando saímos pela porta lateral a igreja ficou fervorosa para saber quem era aquela moça que se intrometeu no culto deles e ainda acendeu a luz da vida de cristo durante a sua morte.

        Ela custou entender e aceitar a atitude da beata, mais eu prometi contar essa historia todos os carnavais que passo em casa, para que ninguém esqueça a vergonha que ela passou.

Isso aconteceu em 2001 se não me engano, e eu venho mantendo minha promessa, por mais indignada que minha irmãzinha possa ficar. Eu a amo mais o que posso fazer, e mais forte que eu.

“O que se leva da vida é a vida que se leva”

Certa vez fiz uma viagem à Fortaleza/CE para ver uma tia que não via fazia 20 anos. Ela me apresentou a sua “nova” família, e me levou para comer caranguejo, um prato muito apreciado por ela e muito complicado de comer, principalmente para mim, que sou bem “fresco” com comida.

Durante a janta, minha tia me fez uma serie de perguntas sobre minha vida e dos meus irmãos e pais. Eu, com a maior felicidade, estava contando que todos meus irmãos estavam formados e se especializando nas áreas em que se formaram, e trabalhando em empresas importantes, quando, repentinamente,  minha tia interrompeu a conversa e disse para o “meu tio”: “viu só? não te disse que eles não vivem, lá no SUL, eles só trabalham e estudam”....

Bom confesso que fiquei surpreso com a interrupção, porem, isso me fez pensar muito na minha vida, sob o que queria da minha vida, se valia a pena trabalhar muito e deixar a família e minha saúde em segundo lugar. 

Atualmente, levo minha vida mais relaxado, deixo um pouco das minhas atividade para outro dia, não fico tão na fissura de ser perfeito, etc.  

Pensem nisso, você pode reavaliar sua vida, repensar seus princípios, sempre há tempo.

“Dor de barriga não dá só uma vez”.

No mundo dos negócios devemos ter fornecedores e parceiros. Nem sempre podemos seguir sozinhos em busca do melhor negocio.  As vezes um bom negocio se faz com a escolha dos melhores parceiros, da terceirização de operações não principais do negocio. Perder tempo com tarefas periféricas faz você perder o foco principal, o seu objetivo.

 Assim “nunca cuspa no prato que você comeu ou come”. Nunca pise em ninguém que você possa vir a precisar, “perder” ou aceite que os outros possam ganhar de vez em quando. Não sacaneie quem te ajuda, o mundo dá voltas, e o mundo dos negócios é pequeno.

Qualquer ramo profissional de atuação têm o tamanho de um ovo e tudo que você faz nesse mundo globalizado fica na memoria virtual, e vira vitrine para todos deste mundo seja para o teu bem ou para o teu mal.

Oi....eu gosto de você...

Estava na casa da minha mãe conversando com um amigo na sala, quando minha mãe de repente desceu as escadas com uma das mãos na parede, ao transcorrer metade da escada ela parou e olhou para o meu amigo e... ‑ para a surpresa geral – disse do nada: eu gosto de você!

A surpresa foi geral, mas ficou a lembrança e a lição. Temos que, a qualquer custo, saber dizer o que sentimos as pessoas sejam o que for, e para quem for. Devemos ser sinceros conosco e com os outros.

Trauma para comprar pão de manhã.

Quando era mais novo por ser o filho homem sempre era obrigado a acordar cedo e ir comprar pão.           Acontece que eu tinha 05 irmãos, e nem era o mais novo.  Eu sempre me indignava em ter que ir comprar pão não era minha função, não queria me tornar o comprador oficial de pão da casa. 

Assim uma bela manha de domingo minha mãe me acordou para ir comprar pão, só que não fui, fiquei na cama dormindo.          E após tempo de espera, minha mãe mandou minha Irmã mais nova.            Note que morávamos no centro da cidade, e a padaria ficava na mesma quadra de casa na esquina.

Então vejamos, aconteceu que no meio do meu sono uma pessoa foi atropelada na esquina oposta à padaria enquanto minha irmã estava na rua. Minha mãe enlouqueceu vendo da janela do apartamento a movimentação da SIATE, e me acordou aos gritos para que eu fosse atrás dela, e o final da historia vocês devem imaginar.

Desde então fiquei com trauma de ter que ir comprar pão e nunca me livrei deste encargo.

O trauma da canja de frango.

Certa vez estava na praia com minha tia quando ela e minha mãe resolveram fazer uma canja de frango de jantar.           

Eu já não curtia o “tal do frango”, mas, quando com fome bate, e, como não tinha mais nada para comer, fui obrigado a ver minha tia e minha mãe “espancando” e se esbaldando com os pés de frango.

Só de lembrar.... credo!        

Elas lambiam e chupavam, até o osso, o som do frango soa na minha mente até hoje.    Comeram bastante, comera tudo, pé, miúdos, pescoço, sei lá o que mais... naquela noite passei fome e deixei de comer frango.

Não suporto o frango nem de longe, fiquei com “trauma”, meus amigos sempre brincam comigo “vamos comer uma canja conosco”.               Já fui comi pratos de faisão, coelho, carneiro, carangueijo, todos em “rituais especiais” festas mas nenhum desses me marcou tanto como a minha tia chupando um pescoço de galinha.

E bom marcarmos nossa presença sempre, mas positivamente. Uma imagem ruim pode arruinar um empresa, temos que tomar cuidado.

O bom vizinho.

Quando tinha 14 anos morava no centro de Curitiba/Pr.  Minha mãe sempre falava com as vizinhas viúvas e sozinhas, prometia ajuda-la, etc. Todavia o trabalho sujo sempre sobrava para mim e meu irmão.  Certo dia, um domingo, minha mãe me acordou bem cedo, cerca de “9h da madrugada” (em vez de acordar o meu irmão, mais velho e mais forte).  E me pediu para por uma roupa e ir à porta de casa. 

Então sem entender nada do que acontecia, e aos berros da minha mãe, fui até a porta da casa, quando uma senhora me olhou entrou no elevador e disse vamos que tenho pressa.     Minha mãe fechou a porta da casa e eu fiquei sem entender nada, então fui com a senhora sem perguntar. Fiquei curtindo um pouco do sono.

Saímos do prédio e fomos do outro lado da rua para a casa da senhora.  Não entendia nada, havia acabado de acordar, ainda esta com sono.              Então a senhora me disse: que bom que você vai me ajudar preciso que você troque o meu botijão de gás ele esta emperrado.            Só que eu era criança, tinha “acabado de acordar”, por obvio eu não tinha força suficiente para girar o registro do gás, só passei vergonha.

Acontece que quando nos deparamos com situações inusitadas e inesperadas devemos ter calma.    Eu podia até trocar o botijão de gás da senhora, mas sem força e sem me preparar anteriormente eu não consegui.   Assim sempre fico preparado para encarar as mais diversas situações.

Planta de plástico

Um amigo de meu pai veio trabalhar no nosso escritório, ele era mais velho que a media da turma do escritório.      Assim, tinha hábitos e costumes, bem como vocabulário próprio da sua idade.

Certa manhã percebi que um arbusto de plástico do escritório estava encharcado, o vaso da suposta flor estava boiando na água.        Fiquei imaginando quem podia ter regado o arbusto e não demorei concluir.

Assim com vergonha de falar com o senhor amigo do meu pai, conversei com outras pessoas do escritório, e, nomeamos uma moça bem despachada para conversar com ele, para que ele parasse de molhar a planta de plástico.

Sem enrolar muito ela chegou a sala dele e disse: olá é você que está regando este arbusto?           E ele disse: você notou que esta planta está mais verde, mais alegre, ela me agradece todos os dias quando ponho água.         Daí minha amiga disse: Seria melhor o Sr. passar um pano para tirar o pó, essa planta é de plástico. Daí a risada foi geral.

Temos sempre que ser diretos nas situações de crise, ir direto ao ponto nos ajuda a ganhar tempo e resolver os conflitos de uma só vez.

P.s.: Só para constar, o arbusto de plástico foi furtado em 02/2009.

O dia que alaguei a sala do chefe

Eu trabalhava em um escritório de advocacia grande, no qual eu era o único advogado contratado, responsável pelos estagiários, e demais funcionários, na ausência dos “chefinhos”.

Assim, eu acabava cuidando da sala principal do Dr., sala esta super luxuosa, com sofás de couro importado, detalhes de marfin no piso, com mogno, para dar um requinte.  Um belo tapete persa de 2x2mts, havia uma fonte de água enorme com uma cachoeira artificial, que escorria em um vidro 12mm de uns 3m2, tudo impressionava naquela sala.  

Eu era o único autorizado a ligar a cachoeira da sala, que dava um efeito de calmante para se trabalhar, e impressionava os clientes que entravam na sala do advogado e havia uma cachoeira de 2mts dentro da sala, coisa impressionante.

Assim o Dr. Me ligou e disse que tinha programado uma reunião par as 14h, com um grupo de empresários importante.        Antes de sair para ir almoçar eu liguei a cachoeira, e sai, todavia eu me esqueci de abrir a saída da água....básico.... sem saída a água escorreu pelo tapete persa, molhou os detalhes do mogno, que estufou e ficou meses atrapalhando a abertura da porta.   

Ao chegar no escritório do almoço com os chefes e os clientes todos juntos, eu vi água escorrendo da sala principal, o que me deu um frio na barriga... uma vontade de abrir um buraco e ate pensei em pular pela janela....

Foi muito engraçado... todo mundo de  terno ajudando a secar a sala, operação que durou horas... os clientes diziam vc deve ser muito querido fazer isso e não ser demitido....

Eu passei muito “nervoso”, muita vergonha com esse episódio, mas na hora não adiantava chorar, eu tinha de administrar a situação, assumir a responsabilidade pelos meus atos. 

Nunca fuja de suas responsabilidades, gerencie seus atos, e administre a situação que vierem.  

 

Meu telhado “subiu no telhado”!

Minha casa é bem simples, tinha um telhado de Eternit, folha de 3mm vermelha, de amianto, aquelas de 2,pouco metros por  uns 60 cm.        Só que em decorrência do tempo as telhas, as vigas todo o telhado foi ficando podre.    Sem me avisar.        É lógico que quando chovia pingava muito em casa... estilo aquela musica “mas essa casa tem goteira, pinga NE mim...” .

Só que isso não era nada comparado com o que iria vir acontecer.  Um belo dia estava eu em casa em um feriado, sozinho curtindo o sussego do meu lar, aquele esquema final de tarde, café pronto, quando um “PE de vento” levou umas telhas podres e dá-lhe chuva, muita chuva...

Cada telha que voou deixou um buraco gigante (2mts x 60cm).  Subi no telhado no escuro, com uma lanterna, um martelo e fui resgatando as telhas quebradas e repregando, só que o vento acabava retirando as telhas de novo e jogando elas na casa do meu vizinho que estava viajando, o que acabou por quebrar as telhas dele também, assim desisti da empreitada e fui curti a chuva dentro de casa mesmo.            Mas uma das telhas que entrou no telhado dele acabou cortando a fiação de entrada de energia, o que deixou a casa toda sem eletricidade (depois fiquei sabendo que isso desligou as geladeiras dele estragando um monte de coisa que estava guardada lá). 

Imagine a cena eu sozinho, arrastando moveis, desespero total...  alagou a casa, estragou a pintura, etc.

No outro dia, o sol pegando forte, eu acordei com minha sala mais clara do que o normal, da sala dava para ver os aviões passando...

Daí me programei, comprei 4 telhas (não tinha mais para vender), lona e uns pregos no primeiro lugar onde achei aberto (era feriado) e subi no telhado sozinho.

Estiquei a lona preta, pus as folhas daquele jeito, e preguei de forma bem tosca, só para nada voar mais.  Naquela tarde choveu de novo, minha “arte” de certo resultado, mais ficou empoçado na lona, o que impediu as gotas mas gerou um problema maior “as lavadas”. 

Assim, resolvi chamar um profissional que estava de plantão lá no bairro.  Só que o doido chegou depois do almoço  “bêbado” e acabou por cair em cima do telhado, e quebrou mais telhas do que eu tinha para repor.  Tive que tirar o doido de cima do telhado, para ele não se quebrar também. 

No final da historia, eu mesmo consertei o telhado, ficou bem bom, eu não dormia quando chovia, e continuava chovendo mais dentro do que fora, mas eram só goteiras. 

Só alguns meses depois, eu troquei todo o telhado, com um pessoal profissional, de verdade, ficou muito bom, hoje dá até para andar em cima.

Temos que sempre buscar a solução do problema de uma vez, não adianta dar soluções imediatas, porque acabamos ficando no comodismo e a coisa fica pior de resolver depois.

O cara do peito peludo!

Em uma manha fria em Curitiba, eu ia para minha aula (primeiro ano de faculdade) as 06h30, tremendo de frio (todo agasalhado), era sem duvida a manhã mais fria do ano.   Devia estar sem exagero uns -5 c graus negativos, eu não sei como fazia tanto frio assim.

Quando vi um pedreiro com uma camisa mal abotoada de manga curta, com o peito peludo ao vento, só com a marmita dele, de boa no meio da rua sem nada a temer.

Fiquei bobo de ver aquilo, cheguei a faculdade e, como o assunto era o frio, por obvio, eu contei para os meus amigos o que acabara de ver e não acreditava.

Resumo do opera, virei piada, muitos achavam que eu era gay, por ficar encantado com o pedreiro do peito peludo...  piada que durou uns 2 anos.  Todos me chamavam de peito peludo...

Fiquei sem gasolina com o tanque cheio.

O meu pai tinha um carro velho e não deixava ninguém andar com ele. Toda manha ele ligava o carro e ficava uma meia hora esquentando o carro antes de saia para trabalhar. Rotina aquela que via todo dia.    Eu sempre achei que o carro dele era a álcool, não poderia ser diferente!

Um belo dia meu pai foi viajar e me deixou com o carro dele, para que eu fizesse umas tarefas. Assim como tinha de ir para a faculdade, fui cedo enchi o tanque de álcool, e fui estudar, na saída da aula, eu convidei uns amigos para dar uma carona.  Enchi o carro que para minha surpresa não tinha força para andar....eu acelerava e o carro não saia do lugar...  Todos ficaram quietos porque achavam que eu era muito “barbeiro”, fama essa que segue  ate hoje.           No mesmo dia isso aconteceu varias vezes ( fiquei parado um uma rampa no shopping, tive que ser empurrado rampa acima; fiquei parado em uma subida movimentada perto de casa, tive que para o transito e descer de ré ate o carro pegar de novo, etc).   

Quando comentei com o meu pai ele me perguntou: vc abasteceu o carro com álcool ? Então descobri que o carro do meu pai era a gasolina e não álcool...   

Nessa lição eu apreendi como é bom não adivinhar as coisas, e sempre bom perguntar, ter humildade de admitir que não sabe.

Estagiaria gostosa e os presos. (piolhos)

Eu trabalhei como voluntario em diversos projetos municipais, estaduais e de ONGs diversas.   Certa vez trabalhava atendendo réus presos em flagrante na cidade de Curitiba e Região Metropolitana, projeto prisão em flagrante atualmente chamado de OAB = cidadania. Éramos cerca de 35 estagiários voluntários.

Eu era um dos mais antigos no projeto, já estava quase terminando meu estágio, minha função era treinar o pessoal mais novo no projeto, acompanhava o pessoal na delegacia, levava o pessoal novo dentro das celas, conversava com os presos, etc.

   Era muito comum as estagiarias voluntarias serem alunas da UFPR, portanto, classe media alta. 

Certa vez apareceu uma beldade no projeto que chamava muito a atenção de todos, ela usava roupas de academia todo dia, deixava 70% do corpo a mostra.         Fomos a uma delegacia e o carcereiro responsável teve que tirar ela do quadrante porque os presos começaram a gritar.  Fiquei com todo o trabalho para mim... saindo dessa delegacia fomos a uma segunda delegacia, e entrando na cela o carcereiro responsável perguntou, para a estagiaria: “Uma moça tão bonita como você não tem medo de pegar piolho, na cela?”.. não precisa nem terminar...fiquei com o trabalho todo para mim de novo.

O negocio é manter o foco no trabalho e não deixar se levar por “bonitonas” que usam da sua beleza para fugir do trabalho, não podemos nos iludir com beleza e esquecer o que realmente importa o conteúdo.



[1] Advogado atuante em Curitiba/PR, com habilitação em Direito Empresarial pela Universidade Positivo.