HISTÓRIA EM QUADRINHOS

Marcos Espindola Macedo

11/05/2013 

RESUMO 

Iremos falar neste trabalho sobre as histórias em quadrinhos e seu uso como iniciação á literatura tentaremos expor qual a sua importância no contexto escolar, o motivo por sua tão escassa utilização nesse meio, se ela é ou não bem aceita como instrumento de ensino, e aprender o porquê do interesse das crianças e dos adolescentes por essa tão nobre e tão desprezada arte por parte de alguns professores e estudiosos.

Palavras-chave: História. Importância. Escola. 

1. INTRODUÇÃO  

        Este trabalho tem como ideia central estudar a História em quadrinho, sua importância como iniciação á Literatura, já que alunos menores dificilmente conseguem entender de forma clara algumas palavras e acham monótono texto sem cores ou figuras, e tratará também através de pesquisas sobre seu uso como objeto pedagógico e motivador dos alunos. Na área de concentração veremos o porquê de sua escolha e nossos objetivos com este trabalho,  mostraremos  também algumas citações que embasaram nossos estudos e como os utilizaremos na vivência de estágio, falando de nossas experiências na observação das aulas ministradas pelo professor e nas aulas de regência que foram feitas na E.E.Básica Ana Gondin, uma escola estadual que se situa na cidade de Laguna-Santa Catarina ,onde aprendemos muitas coisas.Nas considerações finais deste trabalho, discutiremos se nossas metas foram alcançadas ou não, se negativas, o que poderemos fazer em um futuro próximo para que elas sejam alcançadas.                         

2.LITERATURA:HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E SEU USO COMO LITERATURA.

A área de concentração escolhida por nós foi a Literatura, pelo simples motivo de ter uma grande importância na formação das pessoas, e mesmo assim, vem sendo deixada de lado por parte dos professores ou por desinteresse ou por desconhecer seu papel fundamental na vida humana. E através dela iniciaremos um trabalho referente às histórias em quadrinhos e sua história em geral.A publicação de histórias em quadrinhos no Brasil tem seu início no século xx, iniciou-se com a publicação da revista Tico-Tico, em 1905, e circulando até 1955.As histórias em quadrinhos brasileiras em seu princípio faziam uma reprodução dos quadrinhos norte-americanos,em 1960, começam suas publicações tupiniquins, com a revista O Pererê. Revista essa criada por Ziraldo, também na década de 60 o cartunista Henfil deu início á tradição do formato em tiras, com os personagens Graúna e Os fradinhos; foi nesse formato que também apareceram as personagens de Maurício de Souza, criador das revistas intituladas de Turma da Mônica, que é a mais famosa e bem sucedida revista em quadrinhos brasileira.

            As histórias em quadrinhos ao integrarem figuras e textos, auxiliam as crianças a aprender a ler e a progredir ligeiramente na leitura. Inegavelmente, aparecem como um meio de comunicação de massa de vasto consumo popular. Há alguns anos seria desconfortante aos professores considerarem as histórias em quadrinhos como forma de aprendizagem, onde muitas crianças eram obrigadas a esconder sua leitura feita muitas vezes de professores, por acharem-na uma “ameaça”; hoje as histórias em quadrinhos são valorizadas como gênero literário que conjuga imagem, palavra, símbolos e signos.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e os Referenciais Curriculares Nacionais para educação Infantil (1998) as histórias em quadrinhos constituem-se numa linguagem dinâmica, marcada pela ludicidade e associação de imagens que despertam no jovem leitor prazer e contribuem para o desenvolvimento da leitura e escrita.

As Histórias em Quadrinhos na sala de aula também motivam os alunos relutantes ao aprendizado e à leitura. Elas os envolvem num formato literário que eles conhecem. E também as HQs “falam” com eles de forma que eles entendem e, melhor do que isto se identificam. Mesmo para os alunos que já estão com o hábito de leitura formado, os quadrinhos dão a oportunidade de ler um material que combina imagem com texto para expressar simbolismos, pontos de vista, drama, humor, sátira, tudo isto num só texto.

Maria Antonieta Cunha (1991, p.100) enfatiza que a facilidade de aquisição de leitura, o apelo visual através das cores, os quadros, os balões e as onomatopeias, que dão uma movimentação à narrativa, o humor e o otimismo com personagens interessantes ou heroicos são alguns dos aspectos que levam o jovem leitor a adotar as revistas em quadrinhos. Alguns professores podem ainda pensar que o uso das Histórias em Quadrinhos na escola não atende às suas propostas educacionais. Há outros, contudo, que entendem que o ensino começa com a obtenção da atenção dos estudantes e resolvem experimentá-los.

Nos últimos quinze anos, em muitos países e também no Brasil, está comprovado que muitos professores estão usando os quadrinhos como um meio eficaz de ensino para as dificuldades de aprendizagem. Sendo assim, as Histórias em quadrinhos convertem- se em mais um instrumento pedagógico essencial, com o objetivo de ajudar, motivar, estimular o aluno a desenvolver habilidades, além de ensinar de forma lúdica Os benefícios são muitos, elas  dão uma extraordinária representação visual do conhecimento, mostram o que é essencial ajudam na organização narrativa da história, são de fácil memorização, enriquecem a leitura, a escrita e o pensamento; desenvolvendo conexões entre o visual e o verbal, transformando uma aula geralmente monótona em algo agradável e prazeroso.

3. VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

 

 

No dia 26/03/2013 iniciei meu estágio na E.E.B.Ana Gondin situada a Praça Polidoro Santiago na cidade de Laguna, fundada em 19 de Abril de 1935. Fui recebido pela professora Débora que me apresentou aos seus alunos da 6° série 2,ela passou uma redação e  após terminarem , passou matéria nova referente  a substantivos.Terminada essa aula, fomos para 7° série 3 e a professora iniciou sua aula me apresentando aos alunos e entregou de imediato uma folha contendo atividades, após isso fez a chamada e os alunos fizeram seus exercícios.Tal qual a primeira sala esta era espaçosa contendo ventiladores de teto e uma televisão onde os professores passam seus vídeos referentes à matéria.

Após esta turma fui encaminhado para 6° série 3, turma mais difícil do que as anteriores, com alunos muito barulhentos, mas a professora soube dominar a questão chamando a atenção dos alunos e falando sobre “respeitar “ o próximo.Esta sala era bastante iluminada e possuía mais alunos que nas outras séries, a professora deu a cada aluno um dicionário Michaelis contendo a gramática e pediu que eles copiassem as páginas por ela sugeridas.

A professora Débora era uma pessoa muito atenciosa com seus alunos, apesar do desinteresse por parte de alguns, ela conseguia dominar a aula com sua firmeza experiência e carisma.

Em minha regência percebi que realmente o trabalho com Histórias em quadrinhos pode fazer a diferença em uma sala de aula, pude perceber o desejo por parte dos alunos em fazer as atividades propostas e sua alegria em estar trabalhando com algo que faz parte de seu dia a dia. Os alunos quando recebem um professor novo geralmente fazem o possível para testá-lo e desmotivá-lo, mas percebi que ao entregar as atividades todos participavam ao ponto de a própria professora fazer com eles uma atividade parecida e pediu que eles trouxessem nas próximas aulas histórias em quadrinhos. 

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS 

          A vivência do estágio e da regência nos trouxe uma pequena amostra do que é estar em sala ministrando aulas, muitos estão ali com o objetivo de crescer como pessoa, outros obrigados pelos pais, alguns se dedicam a fazer os trabalhos propostos, outros não trazem caderno ou pior, faltam; vi professores interessados em passar suas experiências aprendidas na faculdade, nos cursos, na vida, e, descobri que nem tudo está perdido, pois eles estavam dando o seu melhor.

       Nossa proposta como regência nesta escola foi demonstrar que é possível motivar alunos, de diversas maneiras, seja com música, dança, teatro, no nosso caso histórias, que no passado eram taxadas por professores como algo que não trazia aprendizado algum, hoje as cortinas foram tiradas e os livros atuais trazem figuras de quadrinhos para motivar os alunos a lerem e escreverem de forma correta.

5.REFERÊNCIAS 

CUNHA,Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil: Teoria e prática. São                Paulo:Ática,1991.

PASQUALINI, Joseni Terezinha Frainer. Didática e Metodologia do ensino de língua Portuguesa e Literatura. Indaial: Editora Grupo Uniasselvi, 2007.

Disponível em: WWW.educador.brasilescola.com. Acesso em: 08 abr.2013