Desde o final do século XIX, a educação ganhou destaque e a escola, finalmente, consolidou-se como um recinto institucional. No entanto, as poucas salas que existiam eram salas adaptadas que abrigavam alunos de todas as séries, e carecia de organização.

             Saber ler e escrever se tornou  privilégio para poucos, inicialmente as aulas eram em lugares privados do lar ou de maneira menos informal. Com o passar do tempo as escolas foram se tornando obrigatórias, o processo de aprender a leitura e a escrita. Com esse fundamento a escola passou a ser gratuita e para isso precisou ir em busca de preparação de profissionais especializados.

               Aprender a leitura e a escrita para as crianças se apresenta como um mundo novo, novos modos e conteúdos de pensar, sentir, querer e agir. Entretanto, nas duas ultimas décadas a escola vem enfrentando obstáculos. Estudiosos vêm tentando estratégias para esse “fracasso escolar na alfabetização”. Por quase um século, esses esforços se concentraram a um sistema e oficialmente na questão dos métodos de ensino da escrita e da leitura.

              A questão dos métodos de alfabetização entre o “tradicional” e um método novo e revolucionário na alfabetização. No início, as salas de aula eram em prédios pouco apropriados e a precariedade era grande, as aulas dependiam muito do esforço dos professores e dos alunos. Com o passar do tempo foi-se conseguido materiais impressos que eram chamados de cartilha A, B,C.

             Nesse período, utilizavam-se vários métodos para o ensino da leitura, sempre com a ordem crescente de dificuldades. Quanto à escrita, restringia-se  à caligrafia e ortografia.

            Em 1880, o professor português João de Deus, veio trazendo outro tipo de alfabetização que apresentava o ensino da leitura, primeiro pela palavra para depois analisá-la.  Em 1890, recomeça novamente o enfrentamento sobre a leitura. Entre os defensores do método João de Deus e os defensores do método sintético.

              Mais uma vez em São Paulo, professores passaram a defender o método analítico que foi passado para os outros estados brasileiros. A partir dai o método analítico se tornou obrigatório no estado de São Paulo, esse método ficou até a reforma de “Sampaio Dória”, com esse novo método a leitura deveria ser indicada pelo todo, deveria partir da análise da palavra. Depois mais uma vez iniciou-se uma disputa entre partidários. Alguns defendiam o revolucionário método e outros defendiam o método tradicional.

             Até 1920, ficaram na disputa para saber qual seria o melhor método para o ensino da leitura. Já na escrita o ensino era entendido como uma questão de caligrafia. A partir da reforma, meados de 1920, aumentaram a resistência dos professores quanto à utilização do método, que buscaram solução para o problema. Na década seguinte passaram a utilizar os dois métodos, sintéticos e analíticos. As disputas foram se diluindo, mas, não pararam.      

          Em 1934, depois de tantas disputas, foi criado o método revolucionário bases psicológicas, contida no livro testes A,B,C, que incluía testes para medir o nível de maturidade necessária para o aprendizado da leitura e escrita. Desse modo, criar classes homogêneas, questionamento sobre a questão da escrita e da leitura resultou em decorrência de novas urgências políticas e sociais, mesmo assim sempre levantando a necessidade das cartilhas.

                Emília Ferreiro e colaboradores, no ano de 1980, veio contribuir com o Brasil, foi introduzido o pensamento construtivista sobre a alfabetização, que se apresentou não como um método novo, mas como uma teoria, uma revolução conceitual. A partir daí veio a fase do convencimento para os alfabetizados, mediante divulgações. Mais uma vez veio a disputa entre os partidários do construtivismo e dos defensores dos tradicionais métodos, ( sobretudo misto ou ecléticos) e das tradicionais cartilhas.

            Devido às dificuldades enfrentadas no ensino da escrita e da leitura, vem abrindo espaços para pesquisadores apresentarem novas propostas de alfabetização baseado em antigos métodos.

             No entanto todo os estudos estão em torno da leitura e da escrita, todas as mudanças consideradas  até agora foram na tentativa de acertar. Por mais que às vezes não se atinge o objetivo, procuram-se estratégias cada vez mais eficazes de estudo/pesquisa, evidenciando a alfabetização.     

          Considerando os estudos para a realização deste trabalho, descobri que a alfabetização é um processo que se desenvolve a partir da análise, reflexão e muito estudo, não há muito que inventar em relação à situação de ensino e aprendizagem, pois a atividade especifica de reflexão sobre o sistema de escrita, devem basicamente se construir em contextos de uso dos conhecimentos, de análise das regularidades da escrita, de comparação de seus estudos da leitura e escritas, de resposta a desafios, de resolução de problemas.

               Alfabetizar consiste na realização de atividades pedagógicas, ou seja, no processo de ensino e aprendizagem da aquisição da linguagem, que por sua vez, consiste no processo vivenciado pela criança. Se por um lado, alfabetizar, requer uma metodologia especifica, por outro, requisita conhecimentos acerca da criança, do ensino e da língua.