FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIENCIAS, EDUCAÇÃO E LETRAS - FACEL

Curso de pós Graduação em: Docência do Ensino Superior

Estudante: Claudio José Bezerra de Aguiar

Pólo: Teologia

Data de início: 20/ 03/ 13

Disciplina: Histórias das Religiões

Data de entrega: 05/06/13

 

HISTÓRIA DAS RELIGIÕES

Uma análise filosófica

      

     As religiões surgem de necessidades específicas, visando dar soluções a problemas específicos. Conforme a pessoa que analisa a história ou a origem da religião tende a ver de uma forma diferente. Resultado das várias teorias sobre o estudo das religiões. Tácido da Gama Leite filho explica que religião é universal, e necessita ser de ser vista sobre vários aspectos. Pois cada visão traz verdades importantes para o estudo. Um sociólogo à enxerga no meio social, como a divindade ajuda e influencia a sociedade. O literário aponta as experiências religiosas, como influenciam a literatura, arte e musica. O psicólogo observa a relação dos sentimentos, dos pensamentos na criação e desenvolvimento da religião (1993, p9). Doravante, deve-se entender de primazia que a religião pode ser examinada sobre três pontos de vista; o teológico, inato de cada uma delas; históricos baseados nos documentos e achados arqueológicos e o filosófico, buscando uma forma de conciliar razão e fé (p10).

    Tratar sobre a história das religiões é falar sobre a história de um povo e de cada individuo em particular, pois ela esta relacionada a todos os aspectos da vida, social, espiritual e até políticos (Tácido, 1994, P7). Toda “expressão religiosa esta ligada ao meio e a cultura de um povo” (p8).  E é nela que o homem encontra uma forma de dar respostas aquilo que ele não consegue compreender, e ainda é um meio de segurança quando se sente indefeso (Tàcido.1993, p9). Zilles informa que é natural do homem se ver relacionado e determinado por algo maior e superior a ele mesmo (2009, p6). 

    Os primórdios da religião à mostram como crença num único Deus criador de tudo que domina e governa tudo. Contudo na busca de encontrar formas de se relacionar com esse Deus, os homens criaram intermediários. Outros deuses visíveis, numa representação do deus desejado, o que resultou no politeísmo. Para cada necessidade, cada dia, cada circunstância surge um deus (Tácido, 1994, p8). Não sendo suficiente o homem com cria mitos, com o intuito de dar explicação a suas existências, e aos problemas enfrentados, e a criação dos deuses. Para tentar explicar a rebeldia do homem do mito babilônico, dizia que na criação do homem o deus Marduque formou um boneco de barro misturado com sague de um deus rebelde, depois Marduque soprou no boneco o folego de vida (p16).  A causa principal das doença estavam ligadas a um castigo divino por algum pecado que o homem  tivesse praticado (p20). Observando a religião fica nítido como ela foi envolta de misticismo, sentimentalismo, ilusão, e verdades incluídas dentro de sua explicações.

    Com o desenvolvimento intelectual, e o avanço de informação a religião começou a não responder mais os anseios da sociedade. Vicente Alves mostra que os jovens estão deixando de lado a religião, pois suas cabeças estão ocupadas de mais com sonhos aventuras e descobertas, assumindo ser a religião coisa de criança e de velhos (2004, p80). Com o avanço do uso da razão começam a se revelar novas formas de interpretar a religião.  Immanuel Kant deduz que a religião não passa de conceitos éticos. O homem para conseguir viver de maneira integra projeta no outro uma forma de retribuição. Quando realiza algo que pode ter algum retorno para ele, então faz. Caso contrário não encontra força suficiente para tal ação. Por isso a necessidade de um Deus, um Ser Supremo, ou uma religião, para de algum lado encontrar a retribuição desejada (2006, p11). Feuerbach afirma que Deus é apenas um desejo do homem, não havendo desejo não existe religião. No entanto como o homem que ser feliz crê em um Deus que lhe possa garantir seu objetivo (2006, p116). Marx diz que a religião é um meio de fazer as pessoas aceitarem a situação de miséria, projetando uma vida melhor o além (2006,p126). Para Freud a religião não passa de um distúrbio gerado pelo sentimento de culpa (2006, p146).

   A disputa para explicar a fé e a razão causou muita polêmica. A preocupação ficou voltada para tentativa em desacreditar a religião, visto não ter como provar  empiricamente sua inexistência, do mesmo modo que sua existência. Contudo a religião promoveu e promove nas pessoas aquilo que a razão e a ciência são incapaz, fé, esperança, amor (Alves, 2004, p153). Resultado que mostra a importância da religião e seu estudo para os dia atuais.

REFERÊNCIAS

 

 

ALVES, Vicente Paulo. A religião e o seu ensino: Prática de ensino e relação interpessoal com os alunos. Brasília: Universa, 2004

FILHO, Tácido da Gama Leite. Origem e o desenvolvimento da religião: a religiosidade primitiva. Rio de Janeiro: JUERP. 1993

FILHO, Tácido da Gama Leite. As religiões antigas. Rio de Janeiro: JUERP. 1994

 

KANT, Immanuel. A religião nos limites da razão. Tradução Ciro Mioranza. São Paulo: Escala educacional, 2006

ZILLES, Urbano. Filosofia da religião. 7º ed. São Paulo: Paulus, 2009