Estudante: Claudio José Bezerra de Aguiar

Tarefa: Resesnha

Obra: HÄGGLUND, Bengt. História da Teologia. Porto Alegre: Concórdia, 1981. p. 291 a 336.

História da Teologia- Iluminismo

  O iluminismo no século XVIII foi um período que surge de movimentos precedentes do século passado, como renascimento, socianismo, deismo, entre outros. O iluminismo surge com uma nova feição, ele tira Deus do centro e agora se coloca a razão lugar, assumindo o controle. Um fator decorrente foi deixar a filosofia e a educação fora do controle de Deus. A vida do homem passa ser dirigida pela razão, e o empirismo predomina. Todas as coisas devem ser comprovadas empiricamente. O que leva o homem por meio da razão a poder governar o estado e as leis, tirando o domínio da igreja. Na segunda metade do século, a teologia passa a ser influenciada pelo pensamento iluminista, onde a revelação e as Escrituras devem passar pelo crivo da razão.

  Na Inglaterra no século XVII, percebiam-se traços centrais do iluminismo, com os latitudinários e com João Locke , que queriam associar a razão e a fé. Acreditavam ser possivel manter a fé nos limites da razão sem contrariar os princípios cristãos. Nesse período aparece José Butier, com um tratado apologético, por causa dos deistas que estavam em alta. Sua principal afirmação era que se acreditar que as Escrituras foram inspiradas por Deus, dela podemos tirar verdades de fé. Ainda existia o movimento metodista com João Wesley contra as idéias racionalistas.

  No início do século XVIII surge a teologia da transição. Com teólogos alemães que tentam fazer ligação entre teologia pietista e iluminismo. Aparece no mesmo século Cristiano Wolf, que se utiliza da razão matemática para comprovar argumentos teológicos. Enquanto a neologia brota questionando e negando dogmas da igreja for falta de racionalidade. E os denominados racionalistas, que negavam tudo que não se podia explicar racionalmente, e os suprernaturalistas que apoiavam o uso da razão, mas defendem as Escrituras e a revelação.

  Nesta época brotam pessoas que tentam defender a religião, como Frederico Schieiermarcher um pensador que rompeu com o pensamento iluminista, porque via que a vida da pessoa não é apenas razão e moral. A religião é “perceber que tudo que é finito está dentro do infinito e através do infinito, e as temporais dentro do eterno e através do eterno”. Isso se resume que Deus e as cosias materiais são o mesmo. Schieiermarcher acreditava na dependência absoluta de Deus e desconsiderava a existência do mal. Para combater esse pensamento apareça Frederico Hegel, afirmando que Deus se revela dentro da razão humana, o que torna a religião uma busca pelo conhecimento, muito mais do que o puro sentimento. Na tentativa de um volta aos princípios cristãos, antes do surgimento do racionalismo, no século XIX se revela a teologia da restauração, que conseguiu manter durante esse período as características luteranas. No que nasce um neoluteranismo, voltado a buscar a posição luterana original. Nesse afinco, origina-se a teologia mediadora que busca fazer uma mediação entre o secular e o religioso. E abrolha Coren Kierkegaard, que se ocupa em explicar a “existência” e o “indivíduo”, para mostrar o que é um cristianismo verdadeiro. Que para ele era ser a imitação de Cristo nas angustia da obediência e da solidão, por esse são fatores inevitáveis na vida do cristão. Suas idéias foram contra a opinião da igreja contemporânea, o que o levou a romper com ela e levantar varias críticas a igreja, afirmando que esta não tinha nada igual à igreja do Novo Testamento.  

  Decorrente, a teologia inglesa do século XIX passa por sérias transformações, devido às novas descobertas, e os avanços a teologia liberal. Ela ainda é influenciada fortemente pelos argumentos da igreja anglo-católica. E a igreja católica romana nesse século, com a baixa do iluminismo começa a ganhar importância, assim como o protestantismo. A igreja católica em sua teologia atribui o valor a tradição, aplicou a crítica à Bíblia, e institui a infabilidade Papal.  Enquanto por outro lado a teologia reavivamentista se levantava com promulgações sobre mudança moral na vida dos fiéis, a igreja como representação do corpo de Cristo onde pela fé e mudanças de atitudes era possível a pessoa ser um participante, e os sacramentos, assumindo que eles não perdoavam pecados, apenas eram provas de comunhão da igreja. 

  Hoje as diferenças teológicas entre as igrejas são menores, e as discussões são até sem importância, pois a busca não é mais definir qual é a teologia certa, mas encontrar uma que se enquadre dentro dos parâmetros de todas, o conhecido movimento ecumênico.