Mesopotâmia, um local referenciado como berço das civilizações, não poderia deixar de ser também berço de ideias, conceitos e apreciações. Assim nascem as primeiras formulações sobre os conceitos de saúde, doença e cura. Através de achados históricos podem-se enfatizar as primeiras menções de saúde, formas de influência e comportamentos culturais do povo mesopotâmico diante da doença. Em um rico e complexo sistema social, fascinante até os dias de hoje, porém subjugado ao conhecimento empírico predominante, formulam-se bases de conhecimentos místicos sobre a saúde, peculiar a cada região da mesopotâmia, nomeiam-se profissionais da saúde com papeis diversificados (magos, medicadores e adivinhadores) e delineiam um fluxo inevitavelmente oscilante entre intermediação divina e influencia demoníaca. Numa terra de encantamento e misticismo principiam-se premissas que vem a ser hoje uma cientifica e metódica conceituação de saúde atual.