A resposta de Sché para o seu insucesso eleitoral (apesar de uma carreira política histórica e vitoriosa):

“Sché propõe CPI para investigar jogo ilegal – Joinville – Visivelmente resentido por não ter conquistado a reeleição, o pefelista Heitor Sché  ocupou a tribuna do plenário para defender a instalação  de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue o jogo ilegal em Santa Catarina, citando especialmente a permissão do governo para a instalação de máquinas do tipo caça-níqueis em estabelecimentos comerciais. Regionalmente, o projeto de quinto mandato do deputado foi atropelado pelo pepebista Nelson Goetten de Lima, da mesma base eleitoral e o mais votado nestas eleições, com 56.327 votos. Sché, apesar de opinar que Amin é ‘o melhor governador’ de Santa Catarina, disse que vai tocar no assunto até o final do seu mandato, considerando a resolução  que permitiu as máquinas de ‘imoral’. Ele chegou  a denunciar disseminação do jogo-do-bicho no Estado e o contrabando de máquinas caça-níqueis, ‘que podem ser encontrados em qualquer boteco ou padaria’.  A senadora Ideli Salvatti (PT), por outro lado, agradeceu em plenarário ‘1.054.304 vezes’, número de votos que recebeu e que a tornaram a primeira mulher de Santa Catarina a ocupar uma cadeira no Senado. A deputada estadual abriu a bandeira do PT na tribuna e lembrou que o resultado poderia ter sido melhor, ‘não fosse a margem de erro das pesquisas’”  (A Notícia, 10.10.2002).

Ao ler essa matéria me veio a cabeça diversas perguntas: a) por quê só agora Heitor Sché vem a público denunciar a corrupção dos “caça-níqueis”? b) que motivos teria Heitor Sché para atacar o deputado Nelson Goetten? c) por quê Heitor Sché não propôs logo no início de seu mandato a instalação de uma CPI? d) por quê não instigou o Ministério Público a investigar essas denúncias? e) por que Heitor Sché não acusou diretamente os desvios da Codesc que usurpou da Polícia Civil a fiscalização de jogos e diversões públicas?  Parece que se encerrou o período “Sché” que não terá mais espaço na política... ou ressucitará? O mesmo jornal registrou que Heitor Sché obteve 16.594 votos e foi o melhor votado dentre os candidatos com vínculo policial.

“Fortalecida - A candidatura Heitor Sché recebeu um reforço considerável nos últimos dias. Além da desistência do ex-deputado Marcondes Marchetti (PFL), que vai respaldá-lo eleitoralmente, o ex-prefeito de Ituporanga Gervásio Maciel (PPB) também lhe hipotecou apoio. Se já não bastasse isso, a prefeita Angela Amin (PPB) participou de uma reunião política, em que enalteceu a atuação de Sché (PFL)” (A Notícia, Cláudio Prisco, 30.8.2002).

Dia 7.10.2002, o jornal “A Notícia” publica o resultado das eleições para a Assembleia Legislativa.  Heitor Sché ao que tudo indica acabou colhendo um péssimo resultado, pois conseguiu perto da metade dos votos que precisava para se eleger (16.514 votos). João Paulo Kleinubing que foi o último colocado do PFL se elegeu com 31. 208 votos. Heitor Sché já se encontrava aposentado desde a década de oitenta e a partir dessa derrocada política entrou para o ostracismo.

O jornal “A Notícia” do dia 7.10.2002, publicou o resultado das eleições 2002 e Maurício não conseguiu se eleger. Ele ficou na segunda suplência do PSDB com 11.093 votos. Se Luiz Henrique vier a se eleger governador é bem provável que haverá concessões ao PSDB e nisso Mauricio poderá pleitear alguma coisa.  O Delegado Maurício acabou sendo contemplado com um cargo comissionado no Governo Luiz Henrique da Silveira: “Ato n. 1064, de 18/02/2003 – NOMEAR, de acordo com os arts. 9o e 11, da Lei n. 6745/85, MAURÍCIO JOSÉ ESKUDLARK, para exercer o cargo de provimento em comissão de Diretor de Combate ao Crime Organizado, nível  AD-DGS-1, da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão” (DOE n. 17.098, de 18.02.2003, p. 3). Maurício atualmente é Deputado Estadual (reeleito).

“Candidatos da segurança fracassam nas urnas -  Joinville – A bandeira da segurança pública não rendeu dividendos políticos nas eleições do último domingo. Os principais candidatos identificados com o tema, como os deputados estaduais Jaime Mantelli (PDT) e João Rosa (PTB), ex-sargento da Polícia Militar  e ex-delegado da Polícia Civil, respectivamente, não conseguiram a reeleição. A mesma situação ocorreu como o deputado estadual Heitor Shé (PFL), secretário de Segurança Pública durante o primeiro governo de Esperidião Amin (1983-1987) . Também ex-secretária da Pasta (durante o governo Paulo Afonso, Lúcia Stefanovich, ficou em penúltimo lugar na lista de 32 candidatos do PMDB à Assembleia Legislativa, com apenas 173 votos. Ao todo, 21 candidatos  estavam identificados de alguma forma com a segurança pública, seja como policial militar ou civil (...)” (A Notícia, 10.10.2002). Depois disso a Delegada Lúcia Stefanovich retornou para a 5ª. DP da Capital, em cuja lotação continua até o presente (atualmente licenciada por graves problemas de saúde).